O AEE PARA PESSOA SURDA
INTRODUÇÃO
• A Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem ao
encontro do propósito de mudanças no ambiente
escolar e nas práticas sociais/institucionais para
promover a participação e aprendizagem dos alunos
com surdez na escola comum.
Muitos desafios precisam ser enfrentados e as
propostas educacionais revistas, conduzindo a uma
tomada de posição que resulte em novas práticas de
ensino e aprendizagem consistentes e produtivas
para a educação de pessoas com surdez, nas escolas
públicas e particulares.
INTRODUÇÃO
• De acordo com o Decreto 5.626, de 5 de dezembro
de 2005, as pessoas com surdez têm direito a uma
educação que garanta a sua formação, em que a
Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa,
preferencialmente na modalidade escrita, constituam
línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas
ocorra de forma simultânea no ambiente escolar,
colaborando para o desenvolvimento de todo o
processo educativo.
INTRODUÇÃO
• Não se trata de um novo caminho metodológico e
sim de uma ruptura definitiva com as formas
tradicionais de entender e lidar com o conhecimento.
• É com essa perspectiva que abordaremos o
Atendimento Educacional Especializado aos alunos
com surdez.
A HISTÓRIA DOS SURDOS CONTADA
PELOS OUVINTES
• Em síntese os surdos foram “descobertos” pelos
ouvintes, depois eles foram isolados da sociedade
para serem “educados” e afinal conseguirem ser
como os ouvintes; quando não mais se pôde isolálos, porque eles começaram a formar grupos que se
fortaleciam, tentou-se dispersá-los, para que não
criassem guetos.
•A história comum dos surdos é uma história que
enfatiza a caridade, o sacrifício e a dedicação
necessários para vencer “grandes adversidades”. A
história tradicional enfatiza que os resultados
apresentados geralmente são pequenos, mas são
enobrecidos pelos esforços dispendidos para
consegui-los.
CONCEITO
• Nos estudos Surdos não se utiliza a expressão
“deficiente auditivo” numa tentativa de re-situar o
conceito de surdez, visto que esta expressão é a
utilizada, com preferência, no contexto médicoclínico, enquanto que o termo “surdo” está mais
afeito ao marco sócio-cultural da surdez.
• Parcialmente surdo é aquele cuja capacidade de
ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem
prótese auditiva.
CONCEITO
• É identificado como surdo o indivíduo cuja audição
não é funcional no dia-a-dia.
• Podemos definir uma pessoa surda como aquela
que vivencia um déficit de audição que o impede de
adquirir, de maneira natural, a língua oral/auditiva
usada pela comunidade majoritária e que constrói
sua identidade calcada principalmente nesta
diferença, utilizando-se de estratégias cognitivas e de
manifestações
comportamentais
e
culturais
diferentes da maioria das pessoas que ouvem.
AEE PARA PESSOAS COM
SURDEZ: Uma proposta Inclusiva
• O AEE em seus três momentos visa oferece a esses
alunos a oportunidade de demonstrarem se
beneficiar de ambientes inclusivos de aprendizagem,
removendo as barreiras pedagógicas e lingüísticas:
1. AEE em libras ( Língua Brasileira de Sinais) –
•
Fornece a base conceitual dos conteúdos
curriculares desenvolvidos na sala de aula. Esse
atendimento contribui para que o aluno com surdez
participem das aulas, compreendendo o que é
tratado pelo professor e interagindo com seus
colegas.
•
O AEE em Libras ocorre em horário oposto ao da
escolarização o professor do AEE trabalha com os
conteúdos curriculares que estão sendo estudado no
ensino comum em Libras, articuladamente com o
professor de sala de aula.
2. AEE para o ensino de libras • Nos últimos anos, várias iniciativas foram criadas para
promover o uso da Libras nas escolas, desenvolvendo
práticas pedagógicas que favorecem o ensino dessa
língua para as pessoas com surdez.
• Tais ações são necessárias, considerando a
singularidade da língua de sinais e que esta não é usual
na sociedade. Assim, um dos desafios das políticas
públicas inclusivas para as escolas brasileiras é a
construção de ambientes educacionais para o ensino da
Libras, por meio de métodos adequados.
2. AEE para o ensino de libras • É direito das pessoas surdas o acesso ao aprendizado
da Libras desde a educação infantil para sua apropriação
de maneira natural e ao longo das demais etapas da
educação básica, com a presença de um profissional
habilitado, preferencialmente surdo.
• As línguas de sinais são línguas naturais e complexas
que utilizam o canal visual-espacial, articulação das
mãos, expressões faciais e do corpo, para estabelecer sua
estrutura.
3. AEE para o ensino de língua portuguesa –
• A proposta didático-pedagógica para se ensinar
português escrito para os alunos com surdez orienta-se
pela concepção bilíngüe - Libras e Português escrito,
como línguas de instrução destes alunos.
• O Ensino da L.2 deverá ser desenvolvido por um
professor ouvinte e que conheça os pressupostos
lingüísticos. Devendo ser organizado com: Riqueza de
materiais e recursos visuais, amplo acervo textual em
Língua Portuguesa, dinamismos e criatividade na
elaboração de serviços.
ABORDAGENS EDUCACIONAIS
• ORALISMO - [...] é uma abordagem que visa à
integração da criança surda na comunidade ouvinte,
enfatizando a língua oral dos pais (Goldfeld, 1997).
• COMUNICAÇÃO TOTAL - utiliza todo e qualquer
recurso possível para a comunicação, a fim de
potencializar as interações sociais, considerando as
áreas cognitivas, lingüísticas e afetivas dos alunos.
•BILINGUISMO - propõe capacitar a pessoa com
surdez para a utilização de duas línguas no cotidiano
escolar e na vida social, quais sejam: a Língua de
Sinais e a língua da comunidade ouvinte.
PLANO DE AEE - SURDEZ
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: A.M.N.
DATA DE NASCIMENTO: 04/11/1996 IDADE: 16 anos
SEXO: Masculino
1. OBJETIVOS DO PLANO:
Desenvolver as potencialidades lingüísticas, comunicar-se
e socializar-se com o máximo de autonomia possível,
sendo capaz de compreender o contexto em que se
encontra,
tomando
iniciativas,
intervindo
e
desenvolvendo sua capacidade crítica e criativa,
possibilitando dessa forma o desenvolvimento de novas e
constantes aprendizagens.
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Desenvolver atividades funcionais considerando os
desejos, necessidades e a idade cronológica do
estudante;
• Desenvolver a aprendizagem de conceitos e funções,
além dos processos mentais de raciocínio, percepção,
interpretação, memória e cognição;
• Minimizar as barreiras lingüísticas, pedagógicas e de
atitude que dificultam o desenvolvimento de
aprendizagem do estudante e conseqüentemente sua
permanência na sala comum.
3. ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO:
Período: Agosto a Dezembro de 2012
Freqüência: 2x por semana com duração de 50 min. Cada
atendimento podendo ser ampliado sempre que
necessário de acordo com as atividades realizadas.
Composição do atendimento: Individual e coletivo
Outros: Domiciliar e externo.
4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:
•Organizar um calendário com a rotina e atividades
utilizando materiais concretos e relacionando esses
materiais à palavra escrita e ao desenho do sinal em
libras (objetos de referência). Aos poucos esses materiais
vão sendo substituídos pela palavra escrita e o sinal em
libras;
• Ir até ao supermercado comprar o material para fazer
lanches rápidos. Nessa ocasião deverá ser trabalhado as
noções de quantidade e valores monetários, além das
operações matemáticas (soma e subtração);
4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:
• Interpretação, Leitura, Escrita;
• Trabalhos artísticos;
• Configuração de mãos para o desenvolvimento da
Libras;
• Possibilitar as relações temporais através de marcação
de tempo e de advérbios temporais como: futuro,
passado, presente, ontem, semana passada, mês
passado, ano passado, antes, hoje e etc;
5. SELEÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• A SEREM PRODUZIDOS:
* Jogos didáticos;
* Tecnologias Assistivas;
* Internet (vídeos, jogos, pintura, música, etc);
* Jogos pedagógicos (encaixe, quebra-cabeça, memória,
atenção e concentração, etc);
• A SEREM ADQUIRIDOS
* Canetinha, cola com gliter, tinta guache, ofício branco e
colorido, apontadores, lápis de cor, E.V.A em diversas
cores, dominós, baralhos, dama, xadrez, papel cartão,
cartolina, T.N.T colorido, dicionários, revistas, livros,
computadores, revista para recorte, fotografias e outros.
6. TIPOS DE PARCERIAS
Família;
Secretaria de Educação - NEE/I;
Professor da Escola Comum;
Intérprete;
Professor com graduação em Letras (Língua Portuguesa
como 2ª língua)
Profissionais da Área da Saúde;
Comunidade Escolar.
7. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
A avaliação do processo educacional será feita de forma
contínua e sistemática, com registros de relatórios
periódicos, observando principalmente a evolução e as
necessidades do educando. Além dos relatórios, deverá
ser criada uma ficha de acompanhamento, onde constará
o plano de atendimento além de outros registros dos
demais profissionais que acompanham o estudante.
EQUIPE: REGIÃO II e VI
1.AVANI
2.DOROTÉA
3.GILVANA
4.GILVÂNIA
5.IRLANDA
6.IRMA
7.IVONE
8.NEIDE
9.SORAYA
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Apresentação Surdez.