Técnicas de Modelagem e Otimização aplicadas a Expansão da Esquistossomose na Área Litorânea de Pernambuco SNCT - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UAST/UFRPE – Serra Talhada/PE Silvana Bocanegra – DEINFO/UFRPE Jones Albuqueque -DEINFO/UFRPE Roteiro • Introdução • O projeto • Modelagem de Sistemas Biológicos - Equações Diferenciais - Autômatos Celulares; Grafos e Redes Complexas • Modelos de Otimização - Programação Linear, Inteira - Programação multi-objetivo • Trabalhos em andamento 2 Introdução O que é Esquistossomose ? – infecção causada pelo parasita Schistossoma Mansoni (Brasil) - Grande importância socioeconômica nas áreas tropicais e subtropicais. 3 Por que modelos computacionais para estudar a Esquistossomose em Pernambuco? Projeto - “Ecoepidemiologia da Esquistossomose no Litoral de Pernambuco” - CPqAM/FIOCRUZ -mapear e caracterizar criadouros e focos dos vetores da esquistossomose - correlacionar determinantes biológicos da doença com o contexto ambiental da sua ocorrência. Praia de Carne de Vaca Praia Enseada dos Golfinhos Praia do Forte Praia do Janga Lagoa do Náutico Praia Porto de Galinhas 4 1º Registro – Praia do Forte-Itamatacá 5 Esquistossomose - Ilha de Itamaracá – Pe Focos de moluscos em terrenos e quintais 22 casos humanos agudos registrados (1999) 6 Esquistossomose - Ilha de Itamaracá–Pe Croqui da Área focus buildings lagos swimming pools 7 Esquistossomose - Ilha de Itamaracá-Pe Croqui da Área 8 Esquistossomose – Porto de Galinhas 9 Esquistossomose – Porto de Galinhas 2000 10 Esquistossomose – Porto de Galinhas 400 CASOS AGUDOS 11 Projeto CNPq- “Modelos Computacionais para Simulação do Processo de Expansão da Esquistossomose na Área Litorânea de Pernambuco.” • Desenvolver modelos para auxiliar a composição de cenários e o estudo do processo de expansão da doença. • Determinar de forma precisa as variáveis mais relevantes no modelo: serão capturadas imagens de satélite que revelam o aspecto de migração e contaminação. • Prover as autoridades de insumos e dados de como a doença vem se comportando e melhor, sugerir cenários futuros de comportamento para planejamento estratégico objetivando otimizar a utilização de recursos no combate e prevenção da doença no estado de Pernambuco. • Realizar o acompanhamento da caracterização de um dos focos, sua coleta e armazenamento dos dados. 12 Participantes CPqAM FIOCRUZ Jones Albuquerque, Computer Science Engineering Systems (DEINFO/UFRPE) Silvana Bocanegra, Computer Science Constança Barbosa, Biology Mathematics (DEINFO/UFRPE) (CPqAM/FIOCRUZ) Reinaldo Santos, Imaging Processing and Biology (FIOCRUZ-Rio) Biology (Hernande Pereira, GEOSERE) (Paulo Sérgio, SVVR/LNCC) GEOCERE Computer Science WMMC UFMG, UFPE… Mathematics UFRPE LNCC 13 Barra de Canoé – Carne de Vaca 14 Expedição Canoé 15 Coleta de Moluscos > Total =1838, B.G. 267, 24 positivos! fundos da casa de “D. Linda” 16 Até 07.ago.2007 No laboratório 17 Resultados Preliminares Número de moluscos Biomphalaria glabrata coletados vivos Levantamento Malacológico - Carne de Vaca 200 180 160 140 120 100 80 Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março 60 40 20 0 Reservatório Abaixo do de água reservatório de água Córrego Maceió Riacho Doce Riacho Doce Riacho Doce ponte pasto lavadeiras Fundos da casa de Dona Erlinda Frente a casa Constança D. Linda: e em 07.ago, 467!!! 18 Dados do Modelo – Carne de Vaca Croqui da Área 19 Dados para o modelo: Imagens GEOSERE Mapa de Cobertura Vegetal Mapa de Bacias Hidrográficas Matas de Topo, Encosta e Galerias Áreas de Campos e Pastagens Áreas de Silvicultura Campos Rupestres de Altitudes Bacia do Rio Piracicaba Bacia do Rio Gualaxo do Norte Sub-bacia do Córrego Águas Claras Sub-bacia dos Córregos Boa Vista/ Paciência Bacia do Ribeirão do Carmo Bacia do Rio Gualaxo do Sul 20 Sub-bacia do Ribeirão Cachoeira do Brumado Equações Diferenciais • Equações Diferenciais: São amplamente usadas na modelagem matemáticas de inúmeros fenômenos que podem ser descritos em termos de taxa de variação, como por exemplo fenômenos físicos, químicos e biológicos • Uma equação diferencial é uma relação que envolve uma função incógnita e suas derivadas ou diferencias. dy a (t ) y b(t ) dt Equações Diferenciais Ordinárias 2 y (t , x) 2 y (t , x) 0 2 2 t x Equações Diferenciais Parciais 21 Modelo SIR Modelo SIR: no total de indivíduos em um instante t : Dinâmica do Modelo: 22 Modelo Tradicional • Anderson e May (1984) propuseram um modelo para transmissão de esquistossomose utilizando equações diferenciais ordinárias. Esse modelo relaciona as variações ocorridas nos principais fatores envolvidos na transmissão da doença em uma determinada escala temporal. 23 Esquistossomose e o ciclo da doença 24 Principais Fatores envolvidos na transmissão da doença • Número médio de larvas por habitante na população (worm burden) • Número de ovos • Número de miracídios • Número de caramujos • Número de cercárias 25 Ciclo de Vida do Parasita 26 Fonte: Modelo Matemático • Variação da worm burden no tempo dWi i ci Wi iWi dt βi raio da infecção devido ao contato com água contaminada ci densidade de cercaria na água μi raio de mortalidade natural das larvas πi mortalidade devido ao tratamento (praziquental) Wi média de worm burden , i: vila 27 Modelo Matemático • Quantidade de ovos depositados no ambiente ei 1 hgniWi 2 ei a quantidade de ovos ni humanos infectados h ovos produzidos g fezes produzidas WiΦ larvas fêmeas (1/2) 28 Modelo Matemático • Densidade de Miracídios mi n.vilas e j S ij j 1 bi mi: densidade de miracídios αej: miracidio produzido dos ovos bi: área aquática da vila i Sij: matriz de interação espacial das vilas 29 Modelo Matemático • Densidade de caramujos infectados dZi mi xi Z i dt Zi densidade de caramujos infectados xi densidade total de caramujos mi densidade de miracídios ρ raio de infecção ε raio de mortalidade per capita 30 Modelo Matemático • Densidade de cercárias ci n.vilas Z j a j Sij j 1 bi ci Zi ai α densidade de cercárias densidade total de caramujos área de habitat raio de produção de cercária bi: área aquática da vila i 31 Autômatos Celulares • • • • Autômatos Celulares são sistemas dinâmicos que são discretos em tempo e espaço. São definidos como a evolução dos estados das células que o compõe. O estado de uma célula indica que na posição i no tempo t a célula assume um dos estados definidos, neste caso 0 ou 1 A evolução dos estados das células é dada por uma função, assim a regra de evolução é definida como: it 1 f itk ,, it ,, itk 32 Grafos e Redes Complexas Redes de Contato utilizadas para modelar transmissão 33 Modelos de Otimização Objetivo: Otimizar o uso de recursos no combate e prevenção da doença. Modelos de Programação Linear e Inteira: min c T x s.a. Ax b x 0, 34 Programação Linear Áreas de Aplicação • • • • • Administração da Produção Análise de Investimentos Alocação de Recursos Limitados Planejamento Regional Logística – Custo de transporte – Localização de rede de distribuição • Problemas da área de saúde 35 Exemplo Ilustrativo • As indústrias LCL Produtos Farmacêuticos Ltda. desejam produzir dois medicamentos, um analgésico e um antibiótico, que dependem de duas matérias primas A e B, que estão disponíveis em quantidades de 5 e 8 toneladas, respectivamente. Na fabricação de uma tonelada de analgésico são empregadas uma tonelada da matéria A e uma tonelada da matéria B, e na fabricação de uma tonelada de antibiótico são empregadas uma tonelada de A e quatro toneladas de B. Sabendo que cada tonelada de analgésico é vendida a $8,00 e de antibiótico a $5,00, encontre a quantidade de toneladas de medicamentos a serem produzidas pelas indústrias LCL de maneira a maximizar seu lucro. 36 Variáveis do Modelo • Hipótese Assumida – Quantidade Produzida = Quantidade Vendida • Variáveis de Decisão – x1 – Quantidade de Toneladas de Analgésico a ser produzida. – x2 – Quantidade de Toneladas de Antibiótico a ser produzida. 37 Formulação Matemática • Função-Objetivo – Maximizar o Lucro Max 8 x1 5 x2 • Restrições de Matéria Prima 1x1 1x2 5 1x1 4 x2 8 • Restrições de não negatividade x1 0 ; x2 0 38 Exemplo: Alocação de Postos de Atendimento Médico 1 14 2 7 2 1 10 4 11 3 4 18 8 9 6 8 12 5 15 6 9 19 16 10 17 3 13 20 5 7 Alocação de postos de atendimento médico de emergência (AME) - 20 distritos 39 - 10 locações candidatas ProfFernandoGomide DCA-FEEC-Unicamp Definindo variáveis e restrições 40 ProfFernandoGomide DCA-FEEC-Unicamp Formulação Matemática 10 min x j número de AMEs j 1 x 4 x5 x 6 1 x 4 x5 x 7 1 (D12) 1 (D14) 1 (D15) 1 x5 x 6 x5 x7 x10 1 (D16) 1 (D18) (D9) x8 x9 x9 x10 1 (D19) x 4 x6 1 (D10) x10 1 (D20) x 4 x5 1 (D11) x1 x3 1 (D3) 1 s.a. x 2 x1 x 2 1 (D1) x3 1 (D4) x3 1 (D5) x2 1 (D6) x2 x4 1 x3 x 4 1 (D7) 1 x8 x1 , , x10 0 ou 1 ProfFernandoGomide (D2) (D8) x8 x9 x 6 x9 (D13) (D17) 41 DCA-FEEC-Unicamp Modelos de Otimização Otimização Multi-objetivo Soluções que representam um compromisso entre todos os objetivos. Técnica de Solução: Algoritmo Evolucionários –trabalha com uma população de soluções que vai evoluindo até um determinado critério de convergência ou parada. 42 Trabalhos em andamento • Disciplinas de graduação, modelos computacionais, capital humano, área de modelagem –computacional na região; • Adequar de modelos estudados a esquistossomose; • Incorporar dados coletados ao modelo; • Desenvolvimento de um sistema gerenciador de conteúdo para epidemiologia 43