ESQUISTOSSOMOSE HISTÓRICO A esquistossomose é uma doença conhecida desde a antiguidade. O exame de múmias do antigo Egito revelou lesões produzidas pela doença. Em 1852, Bilharz descobriu o verme causador da doença - Schistosoma. Posteriormente, verificou-se a existência de cinco espécies de Schistosoma que causam a esquistossomose ao homem: S. mansoni, S. haematobium, S. japonicum, S. intercalatum e S. mekongi. No Brasil, a transmissão da doença teve início com a chegada dos escravos africanos que se localizaram em áreas onde existia caramujo - planorbídeo. ESQUISTOSSOMOSE SINTOMAS Fase crônica: Intestinal - desinteria, seguido de catarro e sangue nas fezes. Hepato-intestinal - fígado aumentado de volume. Hepato-esplênica - lesões no fígado e baço. ESQUISTOSSOMOSE PERÍODO DE INCUBAÇÃO Geralmente de 4 a 6 semanas, após a infecção. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE O homem, uma vez infectado, pode continuar eliminando ovos por vários anos, desde que ocorra a reinfecção. ESQUISTOSSOMOSE AGENTE CAUSADOR No Brasil, o agente causador da esquistossomose é o Schistosoma mansoni. O S. mansoni nasce do ovo, do qual sai a larva chamada miracídio, que penetra num caramujo hospedeiro. Do caramujo saem milhares de cercárias que penetram no homem e se transformam em vermes adultos. Os vermes adultos, vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de comprimento por 0,44 mm de diâmetro. VERMES ADULTOS macho fêmea ESQUISTOSSOMOSE OUTROS NOMES A doença é conhecida por diferentes nomes: xistosa doença do caramujo barriga d'água esquistossomose xistosomose bilharziose DEFINIÇÃO É uma doença grave, causada por um verme do gênero Schistosoma, que se instala nas veias do fígado e do intestino das pessoas. ESQUISTOSSOMOSE HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO O hospedeiro intermediário da esquistossomose é um molusco de água doce - planorbídeo – conhecido popularmente por caramujo. Esse molusco tem a concha em espiral, com as voltas ou giros no mesmo plano, recebendo por isso a denominação de planorbídeo. Os caramujos ou planorbídeos criam-se e vivem na água doce de córregos, riachos, valas, alagados, brejos, açudes, represas e outros locais onde haja pouca correnteza. Os caramujos jovens alimentam-se de vegetais em decomposição e folhas verdes. Os caramujos põem ovos, dos quais, depois de alguns dias, nascem novos caramujos que crescem e tornam-se adultos. As principais espécies de caramujos no Estado de São Paulo são: Biomphalaria glabrata, tenagophila e straminea. ESQUISTOSSOMOSE TRANSMISSÃO A transmissão depende: - da presença de portador humano, eliminando ovos do verme nas fezes; - da existência de hospedeiro intermediário, que é o caramujo; e - do contato do homem com a água contendo cercárias de S. mansoni. ESQUISTOSSOMOSE SINTOMAS Fase aguda Mal estar e prostração Dor de cabeça Emagrecimento Dor de barriga Falta de apetite · No Estado de São Paulo geralmente, a doença é assintomática. ESQUISTOSSOMOSE DIAGNÓSTICO 1. Clínico - pelos sintomas apresentados. 2. Laboratorial - é realizado pela demonstração de ovos do parasita em exame de fezes métodos de sedimentação espontânea, método do Kato, Kato-Katz, ou por biópsia retal. - métodos sorológicos. 3. Epidemiológico - pela informação do paciente, procurando evidenciar o contato com água contaminada, no período de 30 a 60 dias antes dos sintomas. ESQUISTOSSOMOSE TRATAMENTO São utilizados dois medicamentos: - oxamniquina (Mansil) - praziquantel ESQUISTOSSOMOSE MÉTODOS DE VIGILÂNCIA - Censos cropológicos de escolares ou da população; - Coleta e exame de planorbídeos. ESQUISTOSSOMOSE MÉTODOS DE CONTROLE . Saneamento básico; . Tratamento de portadores da doença; . Educação em saúde . Controle químico dos planorbídos