Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia Módulo de Parasitologia squistossomose Manaus, junho de 2007 Acadêmicas: Christine Rondon Jessica Castiel Laíssa Guimarães Leila Prezott Lissett González Maria Carolina Morfologia e Hábitat Maria Carolina Zanata www.arepublica.blogger.com.br Schistosoma mansoni e esquistossomose www.nhm.ac.uk www.canalkids.com.br Maria Carolina Zanata Classificação Maria Carolina Zanata S. mansoni www.internetmedicin.se Classe: Trematoda Família: Schistomatidae Subfamília: Schistosomatinae Gênero: Schistosoma Espécie: S. mansoni S. haematobium S. japonicum S. mekongi S. intercalatum www.internetmedicin.se S. Haematobium S. intercalatum www.internetmedici n.se S. Japonicum S. mekongi Meio de eliminação dos ovos S. japonicum Esquistossomose vesical S. mekongi Urina * S. haematobium S. intercalatum Esquistossomose intestinal Fezes S. mansoni Maria Carolina Zanata * Apresentou variações entre literaturas pesquisadas. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.biologie.unierlangen.de/parasit/contents/research/images/schistlc.jpg&imgrefurl=http:/ /www.biologie.unirlangen.de/parasit/contents/research/schisto.html&h=300 &w=347&sz=12&hl=ptBR&start=18&tbnid=2_aqrbMIA2zCPM:&tbnh=104&tb nw=120&prev=/images%3Fq%3Dschistosoma%26gbv%3D2%26svnum%3 D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG Morfologia Maria Carolina Zanata Morfologia - Ovo Oval Espículo lateral Casca transparente http://wikipedia.com.br Ovo maduro: - apresenta miracídio - forma usualmente encontrada nas fezes. Maria Carolina Zanata Morfologia - Miracídio Cilíndrico Células epidérmicas com cílios Extremidade anterior: - Terebratorium ventosa - Glândulas de penetração - Terminações nervosas http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.biolo gia.pl/artykuly/Schi.gif&imgrefurl=http://www.biologia.pl/artykuly/historia_pew nej_przywry.php3&h=463&w=600&sz=20&hl=ptBR&start=28&tbnid=56b_MJ3t EVWXLM:&tbnh=104&tbnw=135&prev=/images%3Fq%3Dschistosoma%26start %3D20%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26hl%3DptBR%26sa%3DN Maria Carolina Zanata Miracídio Maria Carolina Zanata www. biology.unm.edu Morfologia - Cercária Cauda bifurcada Ventosa oral – glândulas de penetração Acetábulo Cauda (provisória) schistosolum www.wikipedia.com.br Maria Carolina Zanata www.google.com.br Morfologia - Macho Mede cerca de 1cm Porção anterior do corpo: - Ventosa oral - Acetábulo Porção posterior do corpo: - Canal ginecóforo - Massas testiculares. Maria Carolina Zanata Morfologia - Fêmea Mede cerca de 1,5cm Tegumento liso Parte anterior do corpo: - Ventosa oral - Acetábulo - Vulva, útero e ovário Parte posterior do corpo: - Ceco. Maria Carolina Zanata Casal em cópula paginas.terra.com.br Maria Carolina Zanata Malacologia relacionada aos moluscos hospedeiros intermediários. Reino: Animalia Filo: Mollusca Classe: Gastropoda Subfamília: Planorbinae Bulininae Gênero www.medonline.com.br Espécie B. glabrata Biomphalaria B. tenagophila B. straminea B. africanus/globosus Bulinus B. truncatus B. forskalii Maria Carolina Zanata Hábitat da população malacológica www.malaco.ufjf.br - Temperatura: 20 a 30º C - Locais claros - pH: entre 6,8 e 7,8 Maria Carolina Zanata Hábitat www.med.cmu.ac.th Vermes adultos Fígado (crescimento) 25 dias Maturação sexual Veia mesentérica inferior (acasalamento) 35º dia Postura dos ovos www.usuhs.mil Maria Carolina Zanata Ciclo Biológico Leila Prezott Fase Assexuada Fezes com ovos maduros eclosão Miracídios penetração Caramujos Biomphalaria (hospedeiro intermediário) http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Leila Prezott Penetração do Miracídio Fixação ao tegumento: terebratorium em forma de ventosa e glândulas de adesão; Introdução nos tecidos: movimentos contráteis e glândula de penetração; Duração: 10 a 15 min. http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view. Leila Prezott Penetração do Miracídio Estabelecimento no tecido subcutâneo; Perda contínua de estruturas; Transformação em esporocisto primário: parede cuticulares e células germinativas (50 a 100). Leila Prezott Desenvolvimento do Esporocisto Secundário Poliembrionia – esporocisto primário dobra de tamanho; Aglomerados de células germinativas em disposição periférica; Formação de septos (150-200); Cada septo é um esporocisto secundário. Leila Prezott Migração Intratissular dos Esporocistos Secundários Iniciada no 18º dia; Efetuada pela camada muscular dupla e espinhos na parede externa da cutícula; Localização final: ovotéstis e hepatopâncreas; Duas áreas distintas: cercárias em desenvolvimento e formas embrionárias. Leila Prezott http://www.klinikum.uni-heidelberg. Formação Cercariana (27-30 dias) Células germinativas mórula célula central: glândula de penetração células externas: camadas celulares cutícula acelular ventosas Leila Prezott http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Emergência Cercariana Regida por fatores éxogenos; Migração pelos espaços intracelulares e pelo sistema venoso; Formação de vesícula no epitélio do manto e pseudobrânquia. http://www.md.ucl.ac.be/stages/hygtrop/eauimg Leila Prezott Esporocistos terciários Prolongam cercárias infectados a eliminação de pelos caramujos Leila Prezott Fase Sexuada B.Glabrata infectado em média 4.500 cercárias pele ou mucosas Hospedeiro definitivo (homem) Leila Prezott http://www.md.ucl.ac.be/stages/hygtrop. Penetração Cercariana Fixação na epiderme: duas ventosas e glândulas acetabulares; Introdução do corpo e perda da cauda por ação lítica e mecânica; Duração: 5 a15 min. Esquistossômulos http://cienciahoje.uol.com.br/control Leila Prezott Panel/materia/view/2643 Migração dos Esquistossômulos Tecido subcutâneo Vaso sangüíneo Pulmões via sanguínea via transtissular Sistema porta desenvolvimento e acasalamento Leila Prezott http://cienciahoje.uol.com.br/c ontrolPanel/materia Migração dos Esquistossômulos Via sangüínea: Pequena circulação; Grande circulação. Via transtissular: Alvéolos pulmonares; Parênquima pulmonar; Pleura; Diafragma; Cavidade peritoneal; Cápsula e parênquima hepático. Leila Prezott Oviposição http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica Leila Prezott Submucosa das veias mesentéricas; Cada fêmea: 400 ovos por dia; 50% chegam a luz intestinal. Fatores que promovem a chegada dos ovos à luz intestinal Lesão tecidual; Reação inflamatória; Distensão endotelial; Descamação epitelial. http://teaching.path.cam.ac.uk/Abnormal/IN_I nfections/PS_Parasitic.jpg Leila Prezott Oviposição Ovo maduro: 6 dias após sua deposição; Morte do miracídio; Sobrevida: 24h (fezes líquidas) e 5 dias (fezes sólidas); temperatura, luz e oxigenação da água – eclosão dos ovos. Leila Prezott http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/images/Par asiteImages.jpg Leila Prezott Transmissão 1. 2. 3. 4. Leila Prezott Patogenia e Imunidade Laíssa Martins Guimarães Fatores Patogênicos Cepa do Parasito Carga Parasitária Adquirida Idade Estado Nutricional Resposta Imune do Indivíduo Laíssa Martins Guimarães Cercária Dermatite Cercariana Sensação de Comichão Erupção Urticariforme Após 24h: Eritema Edema Pequenas Pápulas Dor Reinfecção: Mastócitos, Eosinófilos, SC’, IgE http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Laíssa Martins Guimarães Esquistossômulos Três dias após a penetração da cercária Esquistossômulos chegam aos pulmões A partir da segunda semana Esquistossômulos nos vasos hepáticos Sistema Porta Intra-hepático Linfademia generalizada Febre Esplenomegalia Sintomas Pulmonares Já apresenta os mecanismos de evasão Resposta Imune Laíssa Martins Guimarães Vermes Adultos Migram do Sistema Porta para a Veia Mesentérica Inferior Permanecem sem produzir grandes danos. Vermes mortos podem causar lesões extensas Fígado Laíssa Martins Guimarães http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Ovos Pequeno número de ovos: Lesões pontuais mínimas Reparo Tecidual Rápido Grande número de ovos: Hemorragias http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/images/Para Edemas da Submucosa siteImages.jpg Formações Ulcerativas (pequenas e superficiais) São geralmente reparadas com reconstituição do epitélio. Laíssa Martins Guimarães Ovos Secretam antígenos Antígeno Solúvel Resposta Inflamatória Granulomatosa GRANULOMA Fases do Granuloma: 1. 2. 3. Fase Necrótica-exsudativa Fase Produtiva Fase de Cura http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/ima ges/ParasiteImages.jpg Podem apresentar-se em pontos isolados ou difusos no Intestino Grosso e Fígado. Laíssa Martins Guimarães Imunidade Resposta Imune Inata Fagócitos secretam substâncias microbicidas SC’ Não são muito eficazes Via alternativa IgM Parasitas adultos conseguem escapar da Resposta Imune por aquisição ou síntese de antígenos semelhantes ao do hospedeiro. Laíssa Martins Guimarães Resposta Imune Adaptativa Polarização Th2 IL-4 e IL-5 Produção de Anticorpos IgA – contra Glutationa-S-transferase IgG4 IgE ADCC mediada por Eosinófilos Proteína básica principal Laíssa Martins Guimarães Resposta Imune Adaptativa Ovos de Schistosoma mansoni estimulam células T CD4+ Macrófagos Formação de granulomas ao redor dos ovos Pode chegar a uma fibrose grave = interrupção do fluxo sanguíneo venoso do fígado, hipertensão porta e cirrose. Laíssa Martins Guimarães Imunidade Protetora Imunidade Concomitante Atua contra as formas evolutivas iniciais das reinfecções sem afetar os vermes adultos. Indivíduos em áreas endêmicas Contato frequente com cercárias IgE IFN-g Th1 Estes indivíduos por terem uma resposta celular via Th1 e Th2 não se infectariam ou apresentariam cargas parasitárias baixíssimas. Laíssa Martins Guimarães Vacina ?? 1989 - Oliveira Observou que o organismo das pessoas resistentes à esquistossomose combatia o verme por meio de uma intensa – e quase exclusiva – produção de anticorpos, acionados por IgE e IFN-g. Paramiosina Seu estudo em laboratório não foi satisfatório Anos depois – Oliveira e Loukas Transpaninas (TSP) TSP-1 : reduziu a metade o número de ovos TSP-2 : redução de 64% na quantidade de vermes. As duas podem ser produzidas em quantidades elevadas por meio de bactérias e depois purificadas. Laíssa Martins Guimarães Esquistossomose Lissett González Pérez Esquistossomose www.canalkids.com.br/.../esquistossomose.gif Lissett Gonzalez Perez Os principais parasitas são: S. mansoni, S. haematobium, S. japonicum., S. mekongi, S. intercalatum S. mansoni caramujos da família Planorbidae, gênero Biomphalaria Esquistossomose Aguda - Fase Pré-Postural - Fase Aguda Lissett Gonzalez Perez Fase Pré-Postural http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquistossomose Lissett Gonzalez Perez 10 a 35 dias após a infecção. Assintomática crianças Prurido Erupção papuloeritematosa Fase Aguda www.canalkids.com.br/.../esquistosso mose.gif Lissett Gonzalez Perez 2 a 8 semanas Febre elevada Sudorese Calafrios Cefaléia Prostração mialgia Fase Aguda Dores abdominais diarréia dissentérica Lesões hepatoesplênicas hipersensibilidade aos Ag circulantes produzidos pelos ovos Sintomas respiratórios simula tuberculose Lissett Gonzalez Perez Esquistossomose Crônica - Forma intestinal - Forma hepatointestinal - Forma hepatoesplênica - Forma cardiopulmonar Lissett Gonzalez Perez Forma intestinal Anorexia Flatulência Pirose Cólicas intestinais Tenesmo Fases diarréicas intercaladas (evacuação normal ou obstipação) Lissett Gonzalez Perez Lissett Gonzalez Perez Forma intestinal - Forma hepatointestinal: Lesões hepáticas discretas Hepatomegalia Sintomatologia mais acentuada Lissett Gonzalez Perez Forma Hepatoesplênica Hipertensão porta Varizes esofágicas Ascite ( Barriga D’Água) Lissett Gonzalez Perez Varizes esofágicas Lissett Gonzalez Perez Sistema Porta Lissett Gonzalez Perez Forma Cardiopulmonar Hipertensão da artéria pulmonar Aumenta a pressão cardíaca sistólica e diastólica Dispnéia, palpitações Dor torácica Tontura Tosse Lissett Gonzalez Perez Diagnóstico Clínico Christine Rondon Pedrosa Métodos Parasitológicos ou Diretos Exame de Fezes Biópsia Retal Christine Rondon Pedrosa Exame de Fezes Coletar amostras de fezes em 3 dias diferentes. Procura de ovos do parasita Christine Rondon Pedrosa Método de Lutz Sedimentação espontânea Christine Rondon Pedrosa Método de Lutz 5 g de fezes adicionar água misturar completar volume de água Cobrir com gaze filtração Recolher no copo de sedimentação Repouso por 1 ou 2 horas Pipetar o fundo do Copo de sedimentação Christine Rondon Pedrosa O preparo da lâmina Por uma gota do material na lâmina Adicionar uma gota de lugol Por a lamínula Microscópio Christine Rondon Pedrosa Método Kato-Katz Christine Rondon Pedrosa Método Kato-Katz QUANTITATIVO permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes avaliar a intensidade da infecção Christine Rondon Pedrosa 1. Colocar amostra fecal em papel absorvente 2. Comprimir tela metálica ou de nailon sobre as fezes 3. Remover as fezes que atravessam a tela Christine Rondon Pedrosa 1. Preencher o orificio central do cartão com o material 2. Cobrir as fezes com a laminula,inverter a lâmina e pressionar contra o papel absorvente Christine Rondon Pedrosa 1. Deixar as lâminas em repouso por cerca de 1 a 2 horas 2. Observar ao microscópios Christine Rondon Pedrosa Biópsia ou Raspagem Retal Raspagem da mucosa retal + Maior sensibilidade e rapidez de diagnostico - Desconforto do paciente Christine Rondon Pedrosa Em busca do Ovo... 60 micrômetros Espinho lateral Schistosoma mansoni Ovo de S. mansoni contendo miracídio Christine Rondon Pedrosa Métodos Imunológicos ou Indiretos Reação intradérmica ELISA Christine Rondon Pedrosa Reação intradérmica Teste de hipersensibilidade 1 Formação de Pápula Reação +:Pápula 1cm criança e 1, cm em adulto Christine Rondon Pedrosa Antes da Intradermorreação Christine Rondon Pedrosa Durante a Intradermorreação Christine Rondon Pedrosa Após a Intradermorreaçao Eritema Christine Rondon Pedrosa Método Imunoenzimático ou ELISA Teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro Baseado na interação anticorpo-antígeno Placa de Elisa Christine Rondon Pedrosa Christine Rondon Pedrosa Epidemiologia Christine Rondon Pedrosa Introdução do Schistosoma no Brasil S. mansoni S. haematobium S. mansoni S. japonicum Condições ambientais Presença de Hospedeiro intermediário Christine Rondon Pedrosa Brasil – S. mansoni Pernambuco, Alagoas e Sergipe. = Maior prevalência 2 a 3 milhões de infectados Christine Rondon Pedrosa Distribuição Global Christine Rondon Pedrosa Presença e Expansão da Esquistossomose Christine Rondon Pedrosa Poluição orgânica Esgotos desembocan do nas águas Proliferação do fitoplancton Contaminação fecal das águas Alta temperatura e luminosidade Proliferação dos caramujos – hospedeiro intermediário Desenvolvimento de larvas Esquistossomose Christine Rondon Pedrosa Fatores ligados à População Humana Christine Rondon Pedrosa Idade Maior prevalência nos mais jovens. Fatores: imunológicos e comportamentais Christine Rondon Pedrosa Raça A prevalência é menor em negros Christine Rondon Pedrosa Tratamento e Profilaxia Jessica Castiel Coutinho Tratamento o Medicamentos específicos para tratamento e cura; o Remédios específicos dosagens inadequadas problemas não cura do paciente o Alterações neurológicas, mulheres grávidas, doenças cardíacas graves e hepatite; Jessica Castiel Coutinho Tratamento o Tratamento retardado complicações graves ( p. ex: ascite); o Faixa etária favorecida: jovens até 20 anos; o Drogas recomendadas pela OMS: oxamniquina praziquantel Jessica Castiel Coutinho Praziquantel o Ação: espécies do gênero Schistosoma; o Composição: isoquinolino-pirazino; o Mecanismo de ação: lesão do tegumento do parasito; o Efeitos colaterais: dor abdominal, cefaléia, sonolência; Jessica Castiel Coutinho Praziquantel o elimina o parasita e a disseminação dos ovos meio ambiente; o previne a evolução dos portadores de S. mansoni para formas graves; o dosagens recomendadas: 60mg/kg de peso: crianças até 15 anos (3dias); 50mg/kg de peso: adultos (3 dias); Jessica Castiel Coutinho no Oxamniquina o Composição: aminoalquiltolueno; o Mecanismo de ação: efeito anticolinérgico aumento da motilidade do parasito e inibição da síntese de ác. Nucléicos; o Efeitos colaterais: alucinações, tonteiras, excitação; Jessica Castiel Coutinho Oxamniquina o Dose oral única em adultos, 2x em crianças; o Dosagens recomendadas: 10mg/kg crianças até 15 anos 15mg/kg adultos o Baixa toxicidade Jessica Castiel Coutinho Tratamento cirúrgico o Reservado para complicações. o Esplenectomia; o Desvascularização esofagogástrica; o Propanolol: profilaxia da hemorragia digestiva; o Octreotide. Jessica Castiel Coutinho Profilaxia o Medidas de saneamento e combate ao caramujo, tratamento dos doentes e proteção do homem são. o Medidas que devem ser tomadas pelos órgãos competentes: Implantação e tratamento adequado de esgotos sanitários; Aterros, drenagens e retificação de valas e córregos; Controle periódico de valas de irrigação e barragens; Jessica Castiel Coutinho Profilaxia Limpeza e retirada da vegetação das margens de coleções hídricas; Destruição dos caramujos transmissores (substâncias molusquicidas); Informar a população sobre a doença e promover educação sanitária; Programas de tratamento para pessoas infectadas; Tratamento massivo em zonas endêmicas. Jessica Castiel Coutinho Profilaxia o Medidas que devem ser tomadas pela população: Construir e usar fossas sanitárias; Utilizar a água não contaminada para fim doméstico - ferver a água ou deixar descansar de um dia para o outro; Utilizar equipamentos de proteção como luvas e botas de borracha no trabalho em contato com água suspeita ou contaminada; Jessica Castiel Coutinho Evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de roupa em rios, lagoas, córregos; Jessica Castiel Coutinho Profilaxia Retirar a vegetação e limpar as margens de coleções de águas; Impedir o lançamento de dejetos humanos em coleções de água; Divulgar as medidas de prevenção junto aos seus grupos sociais; Organizar grupos para obtenção de medidas de controle do meio ambiente. Jessica Castiel Coutinho “A Construção Cultural da Esquistossomose em Comunidade Agrícola de Pernambuco” Constança Simões Barbosa & Carlos E. A. Coimbra Jr. Introdução o Finalidade: articular diferentes níveis de conhecimento acerca da esquistossomose o Identificar elementos relevantes para programas de controle da endemia o Comunidade rural: região canavieira do Nordeste Brasileiro. o Pernambuco tratamento em massa das populações prevalência estável. Introdução o Natuba prevalência de infecção de Schistosoma mansoni 30% a 40%, de 1983 a 1992. o Realização de três tratamentos no período. o Presença de alguns fatores de risco diagnóstico instantâneo de variáveis que poderiam estar associadas a transmissão da esquistossomose na localidade. o Estudo visa auxiliar no entendimento das bases socioculturais dos “comportamentos” e “práticas de risco” na área compreensão da transmissão da doença. Características da área de Estudo o Pesquisa de campo antiga fazenda de Natuba, município de Vitória de Santo Antão 65 km de Recife, PE. o Clima: temperado úmido. o Zona da Mata. o Período colonial: grandes latifúndios de cana de açúcar. o Atualmente: antigos trabalhadores de engenhos legalização da posse de terra. o 117 casas com 535 moradores (1994). Características da área de Estudo o Recurso hídrico natural: rio Canha. o Margens: instalação de bombas de sucção alimentar o sistema de irrigação por aspersão manual. o Práticas agrícolas lavagens de verduras e bombeamento de água para as hortas. o Criadouros artificiais para os moluscos. o Residências: alvenaria banheiros com fossas (precário estado) drenagens para quintais e para o rio fonte de contaminação fecal o Um posto de saúde. Atendimento: 2x/semana Pesquisa de campo o Base: observação participante, entrevistas (abertas) e discussões de grupo. o Levantamento de informações sobre percepções, conhecimentos e crenças da relação saúde / doença. o Entrevistados: 30 famílias, das 117. o Maioria: mulheres (80%). o Roteiro: 1. morbidade referida: doenças comuns na família e na comunidade; recursos assistenciais e terapêuticos. 2. percepções sobre esquistossomose. Análise dos dados o Transcrição do conteúdo das fitas após a realização da entrevista. o Retirada dos trechos relacionados a cada tema. o Aproximação do imaginário coletivo em relação a esquistossomose, dos moradores de Natuba. Características socioeconômicas e culturais da comunidade o Comunidade predominantemente agrícola o Atividades domésticas e de lazer + intensa exposição a esquistossomose o Lavagem e limpeza de verduras no rio o Escola: freqüentada por crianças até o 1º grau considerado o suficiente para a vida pática. Agravos mais comuns à saúde da comunidade, referidos pelos moradores de Natuba, Vitória de Santo Antão - PE Doença do aparelho respiratório (bronquites, pneumonias, cansaço, asma, catarro preso, gripe) 23 Esquistossomose 21 Doenças na pele (sarna, pano branco, alergia) 18 Doenças de aparelho intestinal (desinteria, diarréia com sangue, constipação, cocô empedrado, crise de verme) 16 Verminoses (verme comum, verme brabo, ascaris, hemorróide, ameba, lumbriga, micróbio) 12 Doença do fígado (fígado inchado, fígado ruim) 9 Doença dos rins (rins podres, rins parados, rins infeccionados) 4 Doença da coluna (Espinhaço caído, dor na espinha, espinha troncha) 4 Doença do sistema nervoso (nervoso, neurastênico, doente dos nervos) 2 Etiologia popular da esquistossomose em Natuba “tem gente que abusa da cachaça, achando que ela vai matar o verme, é pior, vai é fraquejar o organismo...” “é pela água que se pega o micróbio da xistosoma (...) depois que entra no corpo da pessoa vai se instalar no baço e no fígado, que vão derretendo virando água e a barriga vai inchando.” “eu já vi xamexuga penetrando nas pessoas quando elas estão nas hortas ou lavando roupas...” Etiologia popular da esquistossomose em Natuba “do caramujo sai umas lêndeas, e como o corpo da gente já é todo furado, é assim que elas entram. Se beber da água é pior, porque aí elas já entram direto. Dentro do corpo elas começam a desovar e se criar, a verme vai comendo as carnes das pessoas, se não cuidar vai estragando o baço que cresce e toma lugar do estômago, aí não cabe mais nada, tudo o que a pessoa come, ofende” Conhecimento sobre o vetor “ no rio tem muito caramujo, de manhã, no sol, ficam com os olhinhos pra fora espiando a gente. Eles também se criam na lama das hortas e aí ficam soltando os micróbios que entram na gente...” Percepção dos sintomas “Vivia de barriga inchada e dolorida, um empachamento, bolo do estômago, azia, crises de disenteria...” Tratamento e Efeitos Colaterais Oxaminiquina efeitos colaterais “a primeira vez que me tratei deu uma agonia de morte, uma secura, cabeça zonza, vontade de vomitar, pensei que ia morrer...” Obrigada!! Obrigada! Referências Bibliográficas BARBOSA, S. Constança e COIMBRA Jr, E. A. Carlos – A construção cultural da esquistossomose em Comunidade Agrícola de Pernambuco http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquistossomose http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/esqu istossomose.htm http://www.saudeemmovimento.com.br/conteud os/conteudo_exibe.asp?cod_noticia=661 NEVES, P. Davi – Parasitologia Humana – Editora Atheneu Rio - 2005.