Director: José Luís Araújo | N.º 247 | 15 de Maio de 2015 | Preço 2,00 Euros
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Por detrás dos Montes
Sumário
04 Confraria Gastronómica
do Cabrito Estonado apresentada no final de Maio
05 Street Art celebra a Primavera e os vinhos do Dão
em Viseu
06 Feira aposta nos produtos locais e no turismo de
Vila Velha de Ródão
07 “Montado e Lezíria – a sua importância para a
conservação dos solos" é o tema da FICOR 2015
08 Mangualde volta a promover os Produtos da Terra
e o Cabrito
09 Quinta Mendes Pereira mostra nova imagem
10 Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais
2015 em Ponte de Lima
11 Refresh - Bairrada Meets Coimbra 2015 desafia-o
a brindar com espumantes
13 Leitão é rei em quinzena gastronómica na
Mealhada
15 Quinta das Corriças apresenta novo branco
Colheita Seleccionada 2014
16 “O sector primário é fundamental para Trás-osMontes”, diz director da EPADR
18 MONTEL: um DOC Douro diferente e… “de
produção familiar”
21 Quinta do Arcossó lança monocasta Bastardo
2012
23 Head Rock: Vinhos de Trás-os-Montes
24 Vinhos ‘José Preto’ virados para o mercado da
saudade
25 “O azeite teve um aumento de preço no mercado
de cerca de 50%”, diz presidente da COMC
26 Topitéu aposta na matéria-prima nacional e na
exportação
28 Indústria quer aumentar área florestal certificada
em Portugal
29 FNAPF fez pré apresentação do primeiro livro
publicado em Portugal sobre a doença
30 Expoflorestal bateu recorde de visitantes e de
expositores
33 Investigadores portugueses criam enzima que
protege abelhas e colmeias
35 Expo Mortágua alargada a todos os sectores de
actividade
36 Prazo de candidaturas para PAC alargado até 31
Maio
38 Castro Daire revive Rota da Transumância
Com apresentação marcada para dia 31 de Maio
Confraria Gastronómica
do Cabrito Estonado nasce em Oleiros
No próximo dia 31 de Maio, Oleiros vai ser palco da apresentação da Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado, no âmbito de uma acção promocional do Cabrito Estonado organizada
pelo Município de Oleiros, em parceria com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, sendo apoiado no âmbito do PROVERE
– Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos.
O evento, aberto a toda a população, terá lugar numa tenda no
recinto das Devesas Altas, a partir das 15 horas.
Naquele que será um evento variado, onde não faltará a visualização de um vídeo promocional, a escritura pública de constituição, a apresentação do logótipo e do traje da Confraria, um
showcooking com o chef Nuno Diniz, a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros ou a degustação desta iguaria.
Na ocasião, o actor Ruy de Carvalho e sua família vai ler o conto
“A Paz por um Cabrito”, da autoria de Sérgio Luís de Carvalho.
A promoção deste prato medieval que se confecciona desde sempre em Oleiros dá assim o mote para a reunião. Também
conhecido como “Cabrito da Paz”, recorde-se que este era consumido igualmente pelas três religiões descendentes do profeta
Abraão, ou seja, por cristãos, judeus e muçulmanos.
Festival vai decorrer de 20 a 24 de Maio
“Street Art” celebra a Primavera
e os vinhos do Dão em Viseu
De 16 a 31 de Maio em 15 restaurantes do concelho
Marvão promove Quinzena Gastronómica do Bacalhau
O Município de Marvão promove, de 16 a 31 de Maio, a VI
Quinzena Gastronómica do Bacalhau, uma iniciativa que conta
com a participação de 15 restaurantes do concelho e tem como
principais objectivos promover Marvão, enquanto destino gastronómico, os seus produtos endógenos e atrair mais visitantes.
Durante quinze dias, os restaurantes aderentes vão apresentar, nas suas ementas, mais de 40 pratos de bacalhau, confeccionados com azeite produzido no concelho e que podem ser
acompanhadas por um bom vinho marvanense. O intuito é recriar e trazer para o quotidiano da nossa alimentação o tradicional bacalhau, prato genuíno da gastronomia portuguesa, e
depois saboreá-lo com os familiares e amigos.
Lombo de bacalhau e bacon frito em azeite “Castelo de Marvão”, bacalhau assado com alecrim e batatinhas novas, açorda
alentejana com poejo e bacalhau, tiborna de bacalhau, sopa de
batata com bacalhau, bacalhau com capa de grão, bacalhau
dourado, cataplana de bacalhau com gambas, ou lombo de bacalhau assado com pimentos, são alguns dos pratos que poderá
degustar nos restaurantes aderentes.
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O Festival “Street Art” será a principal atracção e novidade do
“Tons da Primavera” 2015 – o primeiro evento enoturístico deste
ano em Viseu, integrado no programa “Viseu & Vinho Dão Festa”.
Sete artistas aceitaram o desafio de interpretarem a Primavera e os vinhos do Dão e darem mais cor a algumas ruas da cidade de Viseu, no âmbito deste evento que vai decorrer de 20 a
24 de Maio. Aka Corleone, Fidel Évora, Frederico Draw, Gustavo
Mesk, Marco Mendes, Mariana a Miserável e Martinho Costa são
os artistas que vão deixar as suas marcas em paredes da Avenida Capitão Homem Ribeiro, das ruas Capitão Silva Pereira e Augusto Hilário, da central de transportes, dos largos S. Teotónio
e Pintor Gata e de vários pontos entre a Praça da República e
Santa Cristina.
Para o presidente da Câmara de Viseu, “o ‘Tons da Primavera’
celebra a estação mais emblemática da Cidade-Jardim com a
sua identidade vinhateira. Apostar e tirar partido destas grandes marcas de Viseu é irresistível na melhor cidade para viver e
visitar”.
Almeida Henriques destacou o naipe de artistas convidados.
"Não fomos buscar produtos pronto-a-vestir. Convidámos sete
jovens reputados para marcarem a imagem da cidade de Viseu",
frisou o autarca, considerando que "um bom grafite é uma forma
de arte", mas lembrou que há muitos desenhos de mau gosto que
são "um atentado contra o património". Nesse âmbito, durante
esses dias, andarão jovens pela cidade a limpar as paredes onde
há maus grafitos. Haverá também dois momentos em que os
artistas estarão disponíveis para conversar com a comunidade
sobre as suas criações e as práticas do grafite e da arte urbana.
O “Tons da Primavera” contempla um mix de eventos anual
de cariz criativos, culturais, urbanos, vinhateiros e turísticos alusivos à identidade vinhateira, sendo a primeira iniciativa deste
ano da agenda de eventos vinhateiros promovidos pelo município de Viseu, que levará também muita animação ao Mercado 2
de Maio. Este será, aliás, em permanência o palco de destaque
para os néctares do Dão, acolhendo provas vínicas na peça Entre Aduelas, com dezenas de produtores da região representados. A acompanhar, esta praça de eventos do coração da cidade
recebe os sabores tradicionais do Dão (pela Taberna da Milinha)
e um programa próprio de animação e música.
A 23 de Maio, sábado, actua em Viseu a banda portuguesa
We Trust, conhecidos por temas como “Better Not Stop” e “Once
at a Time”. Prometem uma praça cheia nessa noite, no patamar
superior do Mercado 2 de Maio. As “Dão Party” voltam em força,
com um “warm-up” a 22 de Maio, no Mercado, e uma colheita
especial, sábado, dia 23, nos Claustros do Museu Grão Vasco.
Também as ruas terão um décor específico para o evento e condizente com o mote.
O Banco BIG será o principal patrocinador da iniciativa. O Município de Viseu conta também com as parcerias da Comissão
Vitivinícola da Região do Dão, do Turismo do Centro e do Museu
Grão Vasco.
O autarca de Viseu adiantou que os jardineiros do município
vão também associar-se aos Tons de Primavera, colocando novas flores nos espaços ajardinados da cidade.
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Nos dias 26 e 28 de Junho
Feira aposta
nos produtos locais
Em Coruche, de 28 a 31 de Maio
“Montado e Lezíria
a sua importância para a conservação
dos solos” é o tema da FICOR 2015
Numa iniciativa do Município de Coruche, decorre de 28 a 31 de Maio a VII
edição da FICOR - Feira Internacional da Cortiça, que este ano tem como temática principal o “Montado e Lezíria – a sua importância para a conservação
dos solos”, destacando o papel vital destes para os ecossistemas e biosfera.
Ao longo dos anos a FICOR tem vindo a afirmar-se no contexto nacional e
internacional pelo carácter interprofissional, agregando os principais agentes
da fileira, desde a produção florestal à indústria, passando pela investigação e
I&D.
Uma das novidades desta edição, é a associação da FICOR 2015 às Comemorações do Ano Internacional dos Solos, através da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), e alertar para a necessidade de gerir
os solos de forma sustentável, com vista a um sistema alimentar produtivo,
qualidade de vida no mundo rural e um meio ambiente sustentável, tanto na
perspectiva florestal como agrícola.
A FICOR irá ser realizada no Centro de Exposições de Coruche, que para além
da excelente área, goza de uma importante localização estratégica. Toda a
componente científica, irá decorrer no Observatório do Sobreiro e da Cortiça,
num ciclo de seminários, os quais se irão focar na importância da conservação
dos solos, com visitas de campo ao montado e à lezíria, mas também à indústria.
Entre as novidades da VII edição está o reforço da ligação entre a Cortiça e
o Mundo do Vinho. E por isso, tendo em conta que o Concurso Internacional
“Selezione del Sindaco” se realiza este ano em Portugal, na cidade de Oeiras, a
FICOR será também palco de uma acção de sensibilização realizada pelo júri do
concurso internacional, demonstrando que a cortiça é a melhor matéria-prima
natural para assegurar a correcta evolução do vinho em garrafa.
Destaque ainda para a aposta da FICOR na ligação da inovação à criatividade e à moda, tendo o seu auge com o desfile - Coruche Fashion Cork - onde
jovens designers e estilistas de renome são desafiados a criar com esta nobre
matéria-prima, natural e ecológica.
A FICOR integra inúmeras propostas de animação, actividades de natureza
e passeios no montado, gastronomia, provas de vinho, entre outras, que motivam uma visita à Capital Mundial da Cortiça.
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e no turismo de Vila Velha de Ródão
A II Feira de Sabores do
Tejo decorre entre os dias
26 e 28 de Junho, em Vila Velha de Ródão, e aposta na promoção dos produtos locais e no
turismo. “Na edição deste ano vamos
apostar forte na promoção dos produtos e das instituições locais e vamos criar
um novo espaço, dedicado exclusivamente às
quatro empresas de turismo que estão localizadas em Vila Velha de Ródão”, disse o presidente da
Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
O autarca explicou ainda que o certame vai ter,
este ano, 160 expositores e que o município vai in-
vestir 150 mil euros na sua organização, um montante
igual ao da primeira edição. “Paralelamente à feira vai
abrir o restaurante do Bar do Cais, um investimento
do município que rondou os 200 mil euros”, adiantou
Luís Pereira.
Do programa de espectáculos musicais destaca-se no dia da abertura da feira, 26 de Junho, o concerto dos Amor Electro e, no dia seguinte, a presença de João Pedro Pais. No dia 28 de Junho, cabe aos
D.A.M.A. o encerramento da feira.
Durante os três dias, vai ainda haver provas
de azeite, vinhos e mostra de produtos regionais,
“workshops” culinários, espectáculos de magia e tasquinhas com produtos locais.
De 23 de Maio a 10 de Junho
Carne de Vitela “domina”
mostra gastronómica em Arraiolos
Os pratos à base de carne de vitela vão dominar
as ementas de 19 restaurantes de Arraiolos, durante
uma mostra gastronómica a realizar de 23 de Maio a
10 de Junho. O evento “Semanas da Vitela” é promovido pela Câmara de Arraiolos, no distrito de Évora,
integrado nas mostras gastronómicas anuais e vai
coincidir com o certame “O Tapete está na Rua”.
Entre os dias 23 deste mês e 10 de Junho, indicou
o município, a vitela vai “imperar” nos pratos confeccionados nos 19 restaurantes aderentes. Mão de
vaca, vitela de caldeirada, peitos de vitela na brasa
com esparregado, posta à alentejana com migas à
carvoeiro, bife na caçarola, escalope de vitela recheado com cogumelos ou naco de vitela com migas de
hortelã vão ser algumas das iguarias disponíveis. “As
ofertas gastronómicas, elaboradas por mãos experimentadas no tempero, não se irão esgotar”, afiançou
a entidade organizadora.
O evento promete ainda, segundo a autarquia, “a
melhor gastronomia da cozinha alentejana confeccionada com produtos do concelho, nomeadamente
carne de vitela certificada da região”. Dos 19 restaurantes participantes na mostra gastronómica, 10 estão localizados em Arraiolos e quatro na povoação
de Vimieiro.
As localidades de Igrejinha, Sabugueiro, Santana
do Campo, S. Pedro da Gafanhoeira e S. Gregório vão
estar representadas, cada uma, por um estabelecimento de restauração.
Ao longo do ano, a Câmara de Arraiolos vai promover outras iniciativas gastronómicas no concelho,
nomeadamente o evento “Semanas das Sopas Alentejanas”, de 25 de Julho a 09 de Agosto.
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Produtor mostra
novas colheitas do Dão
Quinta Mendes Pereira
mostra nova imagem
É numa das mais antigas regiões demarcadas de Portugal que a Quinta Mendes Pereira produz vinhos austeros e elegantes, como manda a tradição do Dão. A arte
do vinho que também chega à garrafa com imagem renovada e novas colheitas no mercado.
No fim-de-semana de 23 e 24 de Maio
Mangualde volta a promover
os Produtos da Terra e o Cabrito
No fim-de-semana de 23 e 24 de Maio, Mangualde acolhe
mais uma edição da Feira dos Produtos da Terra e do Fim-de-semana Gastronómico do Cabrito. A Feira, que decorre no Largo
Dr. Couto no sábado das 14 às 20 horas e no domingo das 10 às 20
horas, procura dinamizar os produtores e promover os produtos
da terra que a região nos oferece.
Estes são os objectivos pelos quais a Câmara de Mangualde,
em parceria com a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores
de Mangualde (COAPE), voltam a promover esta feira que conta
com o apoio da Cidade d’Excelência Associação e do Gabinete de
Agricultura de Mangualde. Diversos produtos, como vinho, mel,
queijo, fruta (maçã, cereja, mirtilo), licores, doçaria, batatas, cebolas, ervilhas, favas, couves, feijão, azeitonas, ovos, frutos secos,
azeite, enchidos, pastelaria, artesanato, fazem parte integrante
deste fim-de-semana gastronómico que será de novo um marco
no município de Mangualde.
A IV Feira dos Produtos da Terra contará com muita animação,
a cargo de vários grupos, e com uma vasta lista de restaurantes
que se associaram ao Fim-de-semana Gastronómico do Cabrito,
onde será possível deliciar-se com esta iguaria, confeccionada de
diferentes maneiras.
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Presidente da COAPE destaca crescimento
do sector primário no concelho
O presidente COAPE, entidade parceira na Feira dos Produtos
da Terra, sublinha a importância desta iniciativa para os pequenos
produtores da região. “Procuramos, desta forma abrangente, dar
dignidade e relevo aquilo que os agricultores do concelho produzem, desde o queijo de ovelha Serra da Estrela, ao vinho, aos
frutos secos, às compotas, ao mel, às hortícolas, aos pequenos
frutos, entre outros”, refere Rui Costa.
Para o dirigente, o sector “teve um crescimento substancial nos
últimos anos, dado que só nos pequenos frutos houve a implementação de mais de uma centena de hectares, permitindo que
terrenos abandonados tenham agora aproveitamento agrícola e
estejam a produzir alguma coisa”. Isso, diz Rui Costa, “mexeu com
a nossa economia, gerou trabalho, emprego e é uma mais-valia
para o concelho”.
O presidente da COAPE destaca também o sector avícola,
onde “houve grandes investimentos na construção de aviários e
na produção de frango do campo, a par de outros investimentos
na vinha e no olival”, refere Rui Costa.
A Quinta Mendes Pereira, empresa familiar localizada no coração da aldeia histórica de Oliveira
do Conde, no concelho de Carregal do Sal, apresenta as suas novas colheitas com imagem renovada. Esta é uma das maiores explorações particulares em toda a região com produção de
vinhos que aliam a moderna tecnologia às mais antigas tradições do Dão.
Considerada uma das mais antigas e nobres regiões demarcadas, o Dão é o berço de vinhos frescos, austeros e elegantes, características típicas deste terroir. Esta “terra com mão
de Deus”, como escreveram gerações, desafia a mão humana com a ilusão de sol todo o
ano e com imprevisíveis mudanças de clima. Desafio aceite pela Quinta Mendes Pereira
que trabalha colheita após colheita com a missão de preservar esta essência em garrafa.
A propriedade, cuja construção remonta a meados do séc. XIX, é actualmente
gerida por Raquel Mendes Pereira, que agarrou este projecto dando continuidade
aos primeiros passos do pai há mais de 20 anos. Ali, alia-se a tradição à modernidade e inovação que resultou na renovação de toda a adega com tecnologia
de ponta.
Esta visão arrojada expandiu-se também à garrafa que apresenta este
ano uma imagem mais estilizada, em tons dourados e prateados, com traços
simples que uniformizam todos os rótulos do produtor. Esta mudança ocorre
numa altura em que são apresentadas as novas colheitas, sugestões perfeitas para a estação quente.
A completa gama Quinta Mendes Pereira inclui um espumante, um rosé,
dois brancos e quatro tintos. Em destaque estão o imbatível Encruzado Reserva, casta típica da região, o monocasta Reserva Touriga Nacional e o
intenso Rosé 2011 Touriga Nacional.
Encruzado Reserva 2012 foi engarrafado apenas em Setembro de
2013, um ano depois de vinificado, resistindo à pulsão do mercado pelo
consumo dos vinhos brancos demasiado jovens o que lhe confere características únicas de acidez, volume e fruta capazes de ombrear com muitos tintos na degustação de carnes e pratos mais densos e temperados.
É um Branco único feito a pensar em finais de tarde mais frescos.
Para apreciadores de tintos únicos, a sugestão é o Touriga Nacional Reserva 2010, que pode ser consumido acompanhando pratos de
carne fortes e enchidos ou no final de uma refeição com uma selecção de queijos da Serra. Se preferir aproveite a excelente capacidade
de evolução em garrafa por alguns anos, onde vai ganhar muito mais
complexidade e vai ficar mais aveludado.
Já para os dias quentes e festas de verão que se aproximam o
Quinta Mendes Pereira Rosé 2011 é a escolha do produtor. Um vinho
com paladar muito jovem e fresco, com aromas de boca intensos e
fruta vermelha bem viva. Na boca apresenta-se fresco, estruturado
e algo volumoso com final persistente. Para consumo imediato, este
vinho acompanhando todos os pratos de peixe e mariscos, algumas
carnes mais leves e sardinhas.
Seja qual for o pretexto, parta à descoberta da complexidade e
elegância do Dão, uma das mais misteriosas e desafiantes regiões
do país, com sugestões de topo para celebrar os convívios da nova
estação.
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De 12 a 14 de Junho, na ExpoLima
Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais
de Ponte de Lima comemora bodas de prata
Ponte de Lima recebe de 12 a 14 de Junho a XXV Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais, evento que comemora as
bodas de prata e que visa promover e divulgar o afamado vinho
verde e os melhores sabores que compõem a cozinha regional
deste região minhota.
Sendo Ponte de Lima um concelho afamado pela produção
do Vinho Verde, uma herança que herdou dos seus antepassados com o cultivo de diversas castas de vinho, com destaque
para o Loureiro e o Vinhão, e um microclima propício a esta
actividade vinícola, justifica-se a aposta neste sector e na realização anual deste evento.
Numa parceria conjunta entre o Município, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima e a Escola
Superior Agrária de Ponte de Lima do Instituto Politécnico de
Viana Castelo, há 25 anos que em Ponte de Lima se celebra a
Festa do Vinho Verde. O evento promove a mostra de Produtos
Regionais, organizando em simultâneo o Concurso de Vinhos
Verdes de Ponte de Lima, dirigido a produtores, garrafeiras,
engarrafadores e distribuidores, acção que permite aos produtores obter condições especiais para apresentar os seus vinhos
a segmentos de mercado estratégicos, traduzindo-se seguramente numa boa oportunidade de negócio.
A Festa do Vinho Verde promove em paralelo outros produtos endógenos, típicos do concelho, como os Enchidos e
Fumados, que aliados à confecção tradicional, contribui para
promoção dos sabores tradicionais. O programa da Feira inclui
ainda a realização de Shows Cookings, Workshops, XIII Concurso de Vinhos Verdes, VII Concurso de Leite-Creme, VII Concurso Regional da Raça Frísia do Alto Minho e uma Jornada do
Campeonato Regional de Ensino.
Prova realiza-se nos próximos dias 3 e 4 de Junho
Minho Wine Tasting reúne especialistas
em Monção e Melgaço
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Os vinhos elaborados nos 24 municípios que integram as Comunidades Intermunicipais (CIM)
do Alto Minho, Cávado e Ave estarão em prova nos próximos dias 3 e 4 de Junho, em Monção e
Melgaço. A “Minho Wine Tasting” reúne um painel de conceituados especialistas em vinho, de
países como Portugal, Brasil, França, Holanda, Suécia e Polónia.
Ao longo de dois dias, jornalistas e críticos de vinhos terão oportunidade de provar algumas dezenas de vinhos elaborados no Minho, percepcionando não apenas a actualidade desses vinhos como ainda visitar, in loco, alguns locais de produção da sub-região
de Monção e Melgaço, particularmente famosa pelos vinhos da casta Alvarinho. A
prova decorrerá nas manhãs de dia 3, no Museu do Alvarinho, em Monção, e de dia
4, no Solar do Alvarinho, em Melgaço. No período da tarde serão efetuadas visitas a
produtores.
A comitiva de especialistas será constituída pelos brasileiros Alexandre Lalas (crítico de vinhos no portal www.alexandralalas.com.br) e Miguel Icassati (especialista
em gastronomia e vinhos, revistas “Veja” e “Gosto”), o francês Eric Riewer (editor
de vinhos do famoso guia “Gault Millau”), o polaco Pawel Bravo (crítico da revista “Magazyn Wino”), o sueco Fredrik Âkerman (especialista em vinhos que colabora
com o projeto “Din Vinresa”), a holandesa Leonie Mooijekind (jornalista da revista “Jan
Magazine”), e os portugueses Manuel Moreira (sommelier, formador e crítico de vinhos, colabora com as revistas “WINE” e “Escanção”), Rui Falcão (jornalista e crítico de
vinhos, colabora com o suplemento “Fugas” do jornal “Público” e a revista “WINE”) e Nuno
Guedes Vaz Pires (director da revista “WINE”).
A “Minho Wine Tasting” integra o projecto Essência do Minho, promovido pelo Consórcio
Minho IN, que integra as CIM do Alto Minho, Cávado e Ave, com produção da empresa EV – Essência do Vinho. Além da prova de vinhos com especialistas internacionais, Essência do Minho
realizará ainda um evento enogastronómico nos dias 5, 6 e 7 de Junho, em Braga – o “Minho
IV Edição decorre nas Piscinas do Mondego a 31 de Maio
‘Refresh - Bairrada Meets Coimbra 2015’
desafia-o a brindar com espumantes
No último dia do mês, Domingo, 31 de Maio, o convite é
para ir até Coimbra provar a excelência dos espumantes Bairrada. A cidade vai ser palco de uma apetecível mostra que reunirá muitos dos players de uma
das mais singulares regiões vitivinícolas do país.
A quarta edição do ‘Refresh - Bairrada Meets
Coimbra’ volta a realizar-se nas Piscinas do
Mondego, localizadas à beira do rio que lhe
empresta o nome e integradas no Parque
Verde, com a silhueta da cidade como pano
de fundo.
Com alguns dos mais emblemáticos vinhos espumantes à prova, em ambiente
informal e num local propício ao convívio
e a momentos de descontracção, o ‘Refresh - Bairrada Meets Coimbra’ é também um privilegiado espaço de contacto com os produtores. Para a mostra de
2015 está prevista a presença de 15 a 20
produtores e mais de 80 referências de
espumantes com certificados pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, numa
saudável combinação de produtores já
estabelecidos no mercado.
O evento é um projecto promovido
pela Catarino & Associados, contando
com o apoio da Comissão Vitivinícola
da Bairrada. É um evento que tem vindo
a crescer de forma sustentada, tendo a
edição de 2014 contado com cerca de mil
visitantes, entre apreciadores de espumantes e representantes da indústria.
Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola
da Bairrada, afirma que “os espumantes Bairrada
são um produto versátil na oferta e no (momento
de) consumo, sendo crescente a sua valorização. Isso deve-se ao esforço e trabalho dos
produtores da região, que trilham um incansável caminho para melhorara a qualidade
do mesmo”.
Para Eduardo Gonçalves, porta-voz da
organização, “o objectivo desta mostra –
a maior do país, segundo sabemos – é a
divulgação e promoção do espumante,
abrindo para isso as portas da cidade de
Coimbra, não só ao público especializado, mas chamando também a atenção
da comunicação social e do consumidor final para o enorme potencial deste
produto originário da nossa região”.
Aberto ao público entre as 14 e as 20
horas, com entradas pagas, o ‘Refresh Bairrada Meets Coimbra’ integra-se na
estratégia de divulgação da região, um
esforço levado a cabo pela CVB e que
tem dado frutos nos últimos anos, com a
sua transformação num modelo a seguir
e com a afirmação dos seus singulares
espumantes, nomeadamente dos da casta Baga, ex-libris da região.
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De 16 a 31 de Maio
em 11 restaurantes aderentes
Leitão é rei
em quinzena gastronómica
na Mealhada
Abriu a 1 de Maio de 1980
Restaurante Pic Nic comemorou 35 anos
“a bem servir”
Abriu no Dia do Trabalhador, no ano de 1980. Já lá vão 35
anos e o restaurante Pic Nic, na Mealhada, continua apostado
em oferecer aos seus clientes o mesmo serviço de sempre, em
que a qualidade e o bem servir andam juntos há mais de três
décadas.
Sandra Alves, filha dos actuais proprietários, à Gazeta Rural,
fala do trajecto dos pais, que depois de terem trabalhado noutros restaurantes da região, adquiram o espaço, onde, curiosamente, a mãe de Sandra tinha trabalhado.
qualidade e “ser feito com carinho”. Depois, o cliente é que julga.
Gazeta Rural (GR): Como foram estes 35 anos?
Sandra Alves (SA): Os meus pais já tinham trabalhado
noutros restaurantes e a minha mãe já tinha trabalhado neste como empregada. Mais tarde decidiram investir no ramo e
acabaram por comprá-lo. São eles que ainda estão à frente do
negócio.
Eu estou cá há meia dúzia de anos, mas o caminho que os
meus pais fizeram foi longo e rigoroso. Foram-se mudando
algumas coisas, pois a casa era muito mais pequena e fomos
tentando acompanhar os tempos.
Foi “um trajecto longo e rigoroso”, diz a progenitora, referindo que o segredo de um bom leitão é ter matéria-prima de
GR: Muito se diz e se fala sobre o segredo do Leitão
da Bairrada. Há, na sua opinião?
SA: Diria que a matéria-prima é o mais importante. No nosso
caso é o meu pai e o meu marido que escolhem os leitões, que
não excedem os cinco quilos, num fornecedor da nossa região.
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GR: Entretanto, aderiram ao projecto 4 Maravilhas
da Mesa da Mealhada?
SA: Sim, foi muito bom para o nosso restaurante, porque
tem muita adesão, é falado, e tem uma grande divulgação.
Para além disso, há a Quinzena Gastronómica que atrai mais
visitantes à região.
GR: E têm algum segredo?
SA: O nosso… está no segredo dos deuses. Não. É claro que
a matéria-prima é importante. Tem de ter qualidade. Depois,
gostamos que o cliente fique bem servido e que volte. É sinal
que ficou satisfeito. Fazemos tudo com carinho e, muito importante, gostamos do que fazemos.
Onze restaurantes que integram o projecto 4 Maravilhas da
Mesa da Mealhada aderiram à quinzena gastronómica “Leitão
à Mesa” que decorre de 16 a 31 de Maio, promovida pela Câmara local e pela Associação Maravilhas da Mealhada.
A iniciativa pretende promover a qualidade do produto leitão e reforçar a marca gastronómica municipal, impulsionando
a actividade económica deste concelho da região da Bairrada.
Os restaurantes aderentes têm menus especiais e vão oferecer
aos clientes as mais diversas entradas feitas com leitão, da cabidela às iscas, dos croquetes aos rissóis, das empadas à bôla.
São duas semanas dedicadas ao prato rei do concelho.
Para o presidente da Câmara da Mealhada, esta quinzena
gastronómica visa “dar a conhecer um produto que é marcante no concelho” e a sua realização “serve para dizer aos potenciais consumidores que os nossos produtos, neste caso o
leitão, continuam a ter muita qualidade”, refere Rui Marqueiro,
explicando isto com o velho ditado popular de que “quem não
é visto, não é lembrado”. Para além disso, acrescenta o autarca, “o concelho da Mealhada é conhecido, nacional e, talvez,
internacionalmente, como a terra do leitão”, deixando um desafio aos restaurantes aderentes no sentido de fazerem um
esforço para “servirem ainda com mais atenção e melhor”. No
fundo, sublinha Rui Marqueiro, pretende-se “divulgar um dos
grandes produtos da gastronomia nacional e, sem dúvida, o
mais importante embaixador da nossa terra”.
O leitão é dos produtos das 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada, juntando-se à água, ao vinho e ao pão. Para o autarca
da Mealhada, este projecto “teve a grande vantagem de juntar
as pessoas que tinham muita dificuldade em o fazer, desde a
restauração, aos produtores de vinhos, às padarias e à Sociedade das Águas do Luso”. Rui Marqueiro diz que “tradicionalmente há um certo individualismo, que faz parte das gentes das
Beiras e a iniciativa 4 Maravilhas, no caso da Mealhada, teve o
condão de as juntar à volta da mesma mesa”. Isso permitiu –
acrescenta Rui Marqueiro -, desafiar os produtores de vinho a
apresentarem um néctar ‘4 Maravilhas’, o que foi conseguido”.
Já foram produzidos dois tintos, de grande qualidade. O autarca elogiou também os vinhos da Bairrada, destacando que
“têm como principal característica sua capacidade de envelhecer por força da presença da baga, casta que, segundo o
próprio, “encontrou na Bairrada as condições ideais”.
Durante duas semanas, os visitantes para além de poderem
saborear o melhor leitão, vão poder ainda apreciar as mais diversas iguarias feitas com este produto, que vão ser oferecidas pelos restaurantes. Cada um terá ainda menus especiais e
outras surpresas, que poderão ir de degustações de vinhos e
espumantes às mais variadas, e criativas, ofertas.
O “Leitão à Mesa” vai na terceira edição e tem consagrado o seu sucesso de ano para ano. Tal como no ano passado,
vai haver um sorteio de refeições para duas pessoas por cada
restaurante aderente. De 16 a 31 de Maio, todos os que consumirem leitão num dos 11 restaurantes aderentes receberão um
cupão por cada refeição efetuada que, no final do evento, irá
a sorteio, cujos resultados serão conhecidos posteriormente.
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Restaurante “Celso dos Leitões”
foi a concretização de um projecto
A crise, por vezes, gera novas ideias e projectos que ganham
corpo devido à vontade de vencer dos seus intervenientes. Foi o
que aconteceu com António Lopes e Eduardo Martins que, com
as esposas desempregadas, - ambas professoras -, decidiram
‘atirar-se’ ao leitão.
Depois do projecto ter sido iniciado na Mealhada, há dois anos,
em Fevereiro de 2013, surgiu a oportunidade de criarem o “Celso
dos Leitões”, uma vez que o pai de António Lopes, (Celso Lopes
– na foto), trabalhou durante 61 anos no restaurante “Pedro dos
Leitões”.
António Lopes, um dos sócios, em conversa com a Gazeta Rural, sublinhou a importância de uma boa matéria-prima para oferecer aos clientes um prato de qualidade. Se o leitão não for bom…
Gazeta Rural (GR): O que vos levou a apostar na
restauração?
António Lopes (AL): Foi por gosto. Era um projecto que já
vinha de trás, com o meu sócio, Eduardo Martins, especialmente
depois das nossas esposas, que eram professoras, terem ficado desempregadas. Sentimos que tínhamos de criar uma actividade para elas, que estava prevista para a Mealhada. Isto foi
evoluindo e, entretanto, apareceu esta casa, que acabámos por
adquirir.
GR: Têm facilidade de encontrar matéria-prima?
AL: Em tempos a situação foi pior, pois havia muito leitão que
viria de Espanha e até de outros países. Hoje isso já não aconte-
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ce, pois há um controlo rigoroso por parte dos restaurantes na
sua aquisição, o que faz com os fornecedores tenham também
essa exigência. A maior parte do leitão fornecido aos restaurantes é criada no nosso país, onde há pocilgas com grande capacidade de produção, nomeadamente no Alentejo e na região de
Leiria.
GR: Qual o maior segredo para um bom leitão assado?
AL: São todos os factores que entram na sua confecção. Sem
dúvida que a qualidade do animal é a mais importante. Depois os
temperos, o forno e os molhos fazem o resto. Agora, se o leitão
não for bom, não há temperos nem forno que lhe valham. Isso
nota-se na pele.
Se o leitão não for de qualidade, se sair do forno e for logo
para a mesa o cliente, menos conhecedor, pode nem se aperceber, mas 15 ou 20 minutos depois a pele começa a ficar tipo
borracha.
ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Aposta de António Lopes e Eduardo Martins
Vinhos têm recebido rasgados elogios
Quinta das Corriças apresenta
novo branco Colheita Seleccionada 2014
A Quinta das Corriças, de Trás-os-Montes, prepara-se para
lançar no mercado três novos vinhos, um branco e dois tintos,
que têm recebido críticas muito positivas. “São vinhos que nos
enchem a alma”, diz o produtor Telmo Moreira.
O branco Colheita Seleccionada 2014 recebeu “uma nota de
vinho de topo”, na análise efetuada pelos serviços enológicos.
“É um vinho notável e extraordinário”, diz o produtor, referindo
que o Colheita Seleccionada 2013 é, também, “um grande vinho, reconhecido pelo consumidor (está quase esgotado), mas
o de 2014 está excelente e que surpreende pela positiva”. A
Quinta das Corriças vai também lançar, paralelamente, o prestigiado Reserva Tinto 2011 e um novo Reserva Tinto 2013.
O produtor tem apostado claramente em vinhos de um patamar de qualidade elevado, o que lhe tem valido inúmeros
galardões a nível nacional e internacional. Para Telmo Moreira
são o reconhecimento “em dois sentidos”. Por um lado, “pelo
trabalho e enorme esforço que temos demonstrado e gerido
ao longo dos últimos quatro anos para manter viva uma actividade desenvolvida ao longo de séculos ou mesmo milénios”
e, por outro, “são a certeza da qualidade dos nossos vinhos,
que tem aumentado significativamente, surpreendendo tudo
e todos”. Para o produtor transmontano, estes “são aspectos
nos orgulham e encorajam para continuar a trilhar este difícil e árduo caminho, porém, temos a certeza que estamos no
sentido certo, pelo que seguiremos com esta determinação e
certeza, a bem da região e do País, contribuindo para a melhoria do bom nome da vitivinicultura portuguesa”, refere Telmo
Moreira”.
GR: Que importância tem os eventos que a Câmara
promove? Nota-se o aumento de clientes?
AL: Ainda não temos um termo de comparação. Este ano é
que o vamos poder fazer relativamente ao ano anterior. Acredito que todas as acções de promoção são benéficas para atrair
mais pessoas. O município da Mealhada tem estado na linha da
frente e tem sido uma boa ajuda na divulgação destas actividades e dos produtos do nosso concelho.
Av. da Restauração
3050-375 Mealhada
Tel.: 231 281 148 | Tlm.: 925 670 113
E-mail: [email protected]
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
sua grande maioria recentemente instaladas, com uma colecção de castas regionais bastante importantes, brancas e tintas,
cujas uvas são laboradas no nosso lagar e na adega.
Iremos fazer uma intervenção no edifício, onde estão os
lagares, pois é um edifício antigo, muito lindo e com interesse
cultural e patrimonial.
Temos também na quinta cabras serranas e duas raças de
ovelhas, uma para produção de leite e queijo e outra de carne
(Churra da Terra Quente, uma raça autóctone). Iremos instalar
em breve uma exploração extensiva de porcos bísaros e um centro hípico. Neste âmbito, temos feito uma série de parcerias, que nos
permitem levar a cabo todos estes projectos e que nos ajudam imenso.
Queria destacar a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte que
nos facilita a partilha de pastos de uma quinta próxima da nossa, que nos permite também ter lá uma raça autóctone de ovinos, vocacionada para a produção
de carne.
Estamos certos que os projectos avançarão e, nesse sentido, temos trabalhado bastante com diferentes entidades da região,
publicas, privadas e associativas.
Trabalhamos diariamente com todos os parceiros, não só na realização de estágios, mas também para desenvolver outros projectos ao longo do ano.
Diz Manuel Taveira Pereira, da EPADR de Carvalhais/Mirandela
“O sector primário é fundamental
para Trás-os-Montes”
Com cerca de duas centenas de alunos oriundos de vários
concelhos da região transmontana, mas também de Moçambique, Angola e Cabo Verde, a Escola Profissional de Agricultura e
Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela (EPA) tem vindo a levar a cabo um trabalho importantíssimo para o meio rural
da região.
Herdeira da escola mais antiga do concelho de Mirandela, que
se iniciou na quinta onde está instalada há mais de meio século, a
EPA Carvalhais/Mirandela, tem a responsabilidade de ser a única
escola profissional de agricultura pública em Trás-os-Montes. À
Gazeta Rural, Manuel Taveira Pereira, director da EPADR, diz que
“o sector primário é fundamental para Trás-os-Montes”
Gazeta Rural (GR): Que cursos a Escola oferece?
Manuel Taveira Pereira (MTP): Temos vários cursos em
funcionamento. Vamos propor para o próximo ano lectivo a
abertura dos Cursos Técnico de Produção Agrária, na variante
de Produção Animal, de Viticultura e Enologia, de Gestão de Recursos Florestais e Ambientais, Mecatrónica, Instalações Elétricas e Gestão Equina. Propomos também um curso vocacional
de Agroturismo de nível básico e equivalência ao 9.º ano de escolaridade, cursos EFA’s e Formações Modulares.
GR: Os alunos são todos oriundos desta região?
MTP: Sim, na sua maioria. Do total de alunos da escola, apenas 37 são do concelho de Mirandela. Temos alunos originários
de 24 concelhos da região, mas também alguns, num total de
12, vindos de Moçambique, Angola e Cabo Verde, devidamente
acompanhados e enquadrados. Ao mesmo tempo que mostramos o que de melhor fazemos na nossa agricultura e os nossos
produtos endógenos, são oportunidades que damos aos nossos
países irmãos, nomeadamente aos alunos no sentido de estabelecerem contactos e relações de futuro, que podem ser de
índole técnico e comercial.
GR: Como olha para o sector agrícola? É uma opor16
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tunidade para fixar pessoas nesta região?
MTP: Somos uma escola regional. O nosso objectivo e os
nossos alunos, que são oriundos de diferentes concelhos da
região, possam regressar à sua terra, criar riqueza e constituir
família. Achamos que, para Trás dos Montes, o sector primário
é fundamental e uma alavanca essencial para o seu desenvolvimento. Daí, termos a certeza de sermos imprescindíveis para
a região.
GR: Em relação ao vinho, a Escola criou uma marca própria?
MTP: Sim. Todos os produtos que saem da escola têm a marca “EPA” Escola Profissional de Agricultura, associada a Vinha Nova.
Por sugestão dos antigos alunos e amigos, adotaremos a marca “Charrua” para os vinhos mais nobres. A produção de vinho vai levar
um impulso, com a modernização da adega, pois estávamos a faze-lo pelo método tradicional. O Ministério da Educação tratou do
processo e as instalações já foram a concurso para serem modernizadas.
Actualmente, conseguimos ter tecnologia avançada via adegas ou Comissão Vitivinícola Regional, onde os nossos alunos fazem o
estágio. No último ano tivemos os melhores resultados de Portugal no concurso de jovens provadores de vinho em França. Tivemos
um segundo lugar, um oitavo, um décimo quarto e um décimo quinto, entre muitos concorrentes de vários países da União Europeia.
Somos uma verdadeira escola profissional. Temos capacidade para alojar e alimentar os alunos deslocados em regime de internato, sem qualquer custo para as respectivas famílias, isto é, proporcionamos todas as condições para a aprendizagem e 100%
gratuito.
GR: A Escola, além do ensino, tem a componente prática, que resulta na produção de vários produtos?
MTP: O nosso projecto educativo, desde há seis anos, está
virado para o empreendedorismo, com sustentabilidade social
e ambiental. Cientes disso, procedemos a uma alteração produtiva da quinta, atendendo a esse desiderato, mas também ao
facto de termos poucos funcionários. Daí que as aulas práticas
são vocacionadas para uma ideia de negócio e a criação de riqueza. Os nossos alunos acompanham desde a produção até
a comercialização, passando pelo embalamento, rotulagem e
conservação. Por outro lado, temos neste momento uma queijaria licenciada, cujo queijo já dá cartas e é conhecido em
todo o país. É muito procurado, não só no minimercado que temos em funcionamento,
mas também por todo país, para onde
enviamos pelos vários meios disponíveis.
Temos também um projecto,
que está em fase terminal e já
foi vencedor de um prémio, que
é uma loja rural online. Além
do queijo, temos um lagar de
azeite tecnologicamente muito avançado, ecológico, que
funciona no período da colheita 24 horas por dia. Temos
quatro hectares de vinhas, na
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
mas apenas colocar no mercado as colheitas com o patamar
de qualidade que nós exigimos. Diria que é um “vinho familiar”,
criado com muito trabalho e dedicação, mas também com muito amor e prazer.
GR: Já foram premiados?
EP:
Sim. O MONTEL 2011 teve uma medalha de
Bronze em 2014, no Decanter de Londres.
De realçar, porém, que o concurso não
era de vinhos Biológicos. Estivemos a
competir com vinhos convencionais de
todo o mundo. Se o concurso fosse apenas entre vinhos biológicos, seria uma
medalha de ouro. Porque não? Mas não
faltarão oportunidades de pôr novas colheitas à prova!
Produzido em Modo Biológico
MONTEL: um DOC Douro diferente e…
“de produção familiar”
A aposta na produção em modo biológico tem
vindo a ganhar adeptos, com o sector dos vinhos
a seguir essa tendência. Foi o que aconteceu com
Elisa Pimentel e Luís Miguel Monteiro, dois enólogos com experiência no Douro, que decidiram
apostar na produção de vinhos biológicos. Assim
nasceu o MONTEL, que segundo a produtora, Elisa Pimentel, é “um vinho de qualidade, de produção familiar”.
Gazeta Rural (GR): Como surgiu a ideia de fazerem
Agricultura Biológica?
Elisa Pimentel (EP): Eu e o Miguel Monteiro somos enólogos e com formação no âmbito da viticultura. Estamos ligados,
há cerca de 20 anos, à Consultadoria Técnica e à Formação Profissional na área da Enologia e da Viticultura, em concreto no
incremento de formas de agricultura sustentável, como o Modo
de Produção Integrada e a Agricultura em Modo Biológico. Assim, sempre fez sentido gerirmos as nossas propriedades, dentro
dos conceitos que defendemos.
GR: Porquê e quando iniciaram a produção de Vinhos Biológicos?
EP: O Regulamento (UE) 203/2012 da Comissão, de 8 de
Março de 2012, alterou o anterior, no que respeitava ao vinho
que até aí era apenas “vinho produzido a partir de uvas biológicas”. Este novo regulamento permitiu aos produtores passarem
a utilizar a designação “Vinho Biológico” no rótulo dos vinhos
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certificados de acordo com este modo de produção, ou seja, nos
vinhos que tenham respeitado as regras da vinificação em modo
biológico, e isto apenas a partir de 2012, mas com retroactividade às colheitas de 2011 que tenham sido certificadas. Foi nesta
altura que o MONTEL nasceu.
O Miguel Monteiro tem vindo a elaborar vinhos que têm obtido vários prémios, e daí resolvermos apostar num produto nosso, diferente, proveniente de um modo de produção sustentável
como sempre defendemos.
GR: O que marca a diferença dos vinhos produzidos
em Modo Biológico?
EP: Para começar, as uvas têm de ser produzidas e certificadas segundo o Modo de Produção Biológico. Não é possível fazer vinho Biológico (certificado) a partir de uvas convencionais.
Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, um vinho
biológico não é um vinho sem sulfuroso, mas o seu limite legal é
muito mais baixo, o que permite que seja menos agressivo para
quem é sensível aos sulfitos.
Assim, com muito menos sulfuroso e sem resíduos de químicos de síntese (fertilizantes, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos), é um produto mais natural e mais amigo do
ambiente. É também mais saudável, mais intenso em termos de
sabor e aroma, onde são realçadas as características organolépticas naturais das castas.
GR: Em que patamar coloca os vossos vinhos?
EP: O facto de ter nascido pela vontade de fazer um vinho
diferente, sustentável e de qualidade, permite-nos que apenas
comercializemos como MONTEL as colheitas que lhe defendam
a qualidade que ambicionamos, ou seja que lhe “vistam a capa”.
Dai não termos a pretensão de lançar o MONTEL todos os anos,
GR: Como está o mercado?
EP: Independente de ser biológico,
o MONTEL tem boa saída, porque é um
bom vinho. Encontra-se em várias garrafeiras, restaurantes e hotéis de gama
média e alta. É consumido por quem
é apreciador, independentemente de
ser biológico, o que, neste caso, é uma
mais-valia e que surpreende muita
gente. Está também disponível em
lojas e casas de Produtos Biológicos, principalmente no Porto e Lisboa.
GR: A exportação
continua a ser a
tábua de salvação
dos produtores?
EP: Quando se fala
no vinho de uma maneira geral, e com as
produções e concorrência que temos no
nosso país, a exportação é sem dúvida
o caminho a trilhar.
Com o MONTEL não
é diferente. Somos
uma empresa familiar
focada na qualidade
e pretendemos ganhar clientes para
os vinhos que vêm
aí. O nosso primeiro objectivo, neste
momento, é darmos
a conhecer os vinhos MONTEL. Os
vinhos Biológicos
são uma realidade
e já são também
de qualidade. São
uma experiência a
não ser descorada
pelo consumidor
atento.
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Com sede em Mirandela
“Avô Moleiro”
aposta nos formatos
e na… alheira doce
De vendedor de produtos de farinha, Eduardo Libório decidiu,
há 10 anos, deixar a estrada e ‘entregar-se’ à massa e ao forno.
Do avô, conhecido por Manuel Moleiro, aproveitou o apelido e
assim nasceu o projecto “Avô Moleiro”.
A pastelaria de Mirandela é conhecida pelos formatos dos seus
produtos. “Somos especialistas em formatos grandes, desde pão
de azeitonas com azeite, de passas, de chocolate, de sementes,
de milho, de centeio e o pão de água, tudo em tamanho grande,
com pesos a rondar os 7 a 8 quilos, enquanto o pão milho pode
chegar aos 15 quilos”, refere Eduardo Libório.
Na busca de novos produtos e outros formatos, descobriu que
Mirandela “não tinha um bolo típico”. “Tentamos desenvolver um
bolo típico e daí que pegámos no formato e no nome da alheira. É
folhado e tem um recheio composto à base de coco, creme, passas, amêndoas, noz e canela. Assim nasceu a alheira doce”, refere
o empresário.
As matérias-primas que usa na confecção dos seus produtos
são oriundas de Trás-os-Montes e Nordeste da Beira. A excepção é
mesmo a farinha de trigo, uma vez que o nosso país importa grande
parte do trigo que consome.
A chegar brevemente ao mercado
Quinta do Arcossó
lança monocasta
Bastardo 2012
O Bastardo cultiva-se em quase todas as regiões vitícolas
do país, nomeadamente no Douro, sendo uma casta que tem
vindo a perder preponderância na maior parte das mesmas.
Há, contudo, quem continue a acreditar que a partir do Bastardo se podem fazer vinhos de excepção.
Amílcar Salgado, proprietário da Quinta do Arcossó, entre
Vila Pouca de Aguiar e Chaves, acreditou e fez um monocasta Quinta do Arcossó Bastardo, colheita de 2012, que agora
chega ao mercado. As reacções não se fizeram esperar. “Um
verdadeiro achado” ou “dos melhores monocasta Bastardo”
de tudo já se disse deste vinho.
O produtor transmontano lançou também recentemente o
Quinta do Arcossó Grande Reserva 2011, para além de um Reserva Branco 2013, um Colheita Branco 2013, um Rosé 2014,
bem como um Reserva e um Colheita tinto 2009.
Mas a cereja no topo do bolo, ou, se quiserem o top dos tops
deste produtor é o Quinta do Arcossó Bago-a-Bago de 2011,
um grande vinho para grandes apreciadores, do melhor se produz em Trás-os-Montes. Um vinho fresco, potente, mineral, de
terroir e muito equilibrado. Se ficou entusiasmado, com este e
com os outros vinhos da Quinta do Arcossó resta procura-lo,
nas boas garrafeiras ou directamente no produtor.
Quinta do Arcossó - Sociedade Vitivinícola, Lda.
Lugar do Penedo do Lobo, 9
5425 - 023 Vidago - Chaves
Telefone: +351 276 999 109
Telemóvel: 00 351 9 653 9914
E-mail: [email protected]
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Tanodouro fica em Mogadouro
Alexandre Fernandes
virou-se para a tanoaria artística
Aos 12 anos Alexandre Fernandes começou a trabalhar numa tanoaria em Palaçoulo. Com 33 anos de experiência no ramo, decidiu há 11 virar a agulha e trabalhar por conta própria, estando neste momento instalado na Zona Industrial,
em Mogadouro.
O tempo em que ia cortar as árvores para depois as serrar, moldar a madeira e fazer pipos para o vinho já lá vai, embora hoje Alexandre Fernandes
ainda o faça. Desde há algum tempo que apostou na tanoaria artística,
uma área onde a concorrência é menor e o negócio, segundo o próprio,
até nem tem corrido mal. “Não tenho razões de queixas”, diz.
“Na tanoaria artística a concorrência é menor e não há muitas pessoas com capacidade para fazê-la”, afirmou à Gazeta Rural. Hoje,
em vez de ir cortar a árvore, aproveita “peças mortas, a que as
pessoas já não dão utilidades, às quais damos vida e conseguimos fazer peças de luxo”, refere Alexandre Fernandes com um
brilhozinho nos olhos. Os seus trabalhos já são conhecidos
no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, o seu melhor
mercado, e onde são muito apreciados.
O turismo rural, que em Trás-os-Montes está em expansão, é um mercado a ser explorado. Porém, Alexandre
Fernandes salienta a pouca divulgação da região, “que
merecia ser mais e melhor promovida”, mas também
dos seus produtos, “que são de grande qualidade”.
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PARA CONHECER
ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Head Rock:
Vinhos de Trás-os-Montes
Os vinhos Head Rock são o fruto do renascimento de pequenas parcelas de vinha abandonadas no chamado Bolhão,
como é conhecido entre os habitantes mais antigos da região,
ou encosta de Arcossó, em Vidago.
O facto de as vinhas terem sido reconvertidas na sua totalidade em 2008 e 2009 torna-as muito jovens e, sendo castas
pouco produtivas, os primeiros anos de produção resultaram
em quantidades ainda reduzidas para a capacidade total da
plantação. A prova disto são os 8000 litros resultantes da
campanha 2013/2014 produzidos nos cinco hectares de terreno.
As castas escolhidas para a plantação foram de encontro às
qualidades minerais do terreno, à altitude a que está implantada, que varia entre os 450 e os 650 metros, mas também
resultam da intenção de querer inovar e optar por uma casta
invulgar em Trás-os-Montes, o Alvarinho. Para completar a família de castas brancas, o Gouveio é a escolhida.
O terroir, assim como o microclima característico da encosta
de Arcossó, em Vidago, faz com que o vinho Head Rock Branco
seja muito frutado, com um aroma e paladar muito próprios do
Alvarinho, mas aqui, por ser um vinho maduro, torna-se mais
intenso. A interacção entre o Alvarinho e o Gouveio resulta
num vinho leve, aromático, mineral, com uma acidez correta e
um paladar que persiste na boca
Nos tintos, e de acordo com as características do terreno,
foram plantadas as castas Touriga Nacional, Touriga Franca,
Tinta Roriz e Syrah. A interacção entre estas castas, aliadas a
um estágio em barricas de carvalho por um período mínimo de
seis meses, resulta num vinho equilibrado, frutado e encorpado.
O mercado português continua a ser bom para os vinhos,
embora a multiplicação de novos produtores e a imensa oferta
de marcas e referências faça com que seja complicado entrar
no circuito comercial. Também é preciso chamar a atenção
para a região de Trás-os-Montes que, apesar dos esforços,
continua ainda a ser erradamente ligada ao Douro e ao tipo de
vinhos ali produzidos.
O mercado externo acaba por representar uma alternativa
válida e interessante, pois a facilidade de penetração no mercado e o facto de, desde logo, a opção recair numa marca com
um nome inglês, torna mais simples a comunicação e divulgação.
Os vinhos de Trás-os-Montes são diferentes de todas as outras regiões. São néctares com mais carácter, mais encorpados, que nada ficam a dever a qualquer uma das outras regiões
vitícolas do nosso país. Na realidade existe ainda a confusão
com os vinhos do Douro, mas quem prova os vinhos de Trás-os-Montes fica rendido à sua qualidade.
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Produzidos em pleno Planalto Mirandês
Vinhos J
‘ osé Preto’
virados para o mercado da saudade
Albas e Escadouços são propriedades localizadas no parque natural das Arribas do
Douro em Sendim, no concelho de Miranda do Douro. É nestas duas exploração que José
Francisco Lopes Preto, formado em Enologia se dedica à produção e engarrafamento de
vinhos.
As vinhas já pertencem à família há três gerações. A vinha das Albas, com 5 hectares,
e Escadouços, com 10 hectares, foram mecanizadas e reconvertidas com as castas Touriga
Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Amarela.
Em pleno planalto mirandês, o produtor apostou no refinamento das castas e na importância
do controlo de maturação, por forma a obter vinhos que preservam todas as suas qualidades naturais. Em tudo se manteve fiel aos procedimentos tradicionais, livres de tratamentos fitossanitários,
com produções de pequena escala e em adega própria. As características típicas do Planalto Mirandês
nas arribas do Douro e em Sendim, são especialmente propícias a produzir bons vinhos.
Em 2001 o produtor reconverteu a adega, que era do seu avô, dando uma nova expressão aos seus vinhos. Aliás, a reestruturação da adega continua, com a construção de uma sala de provas.
Em breve José Preto vai plantar castas brancas, para iniciar também a produção de vinhos brancos. Para o produtor, “o Planalto mirandês, apesar de proporcionar boas condições para produzir bons vinhos, ainda não tem grande
expressão em Trás-os-Montes e nota-se uma falta da divulgação dos mesmos”. O mercado externo é uma aposta a seguir, uma
vez que “a concorrência interna é muito forte e, por vezes, até desleal”, o que levou José Preto a virar-se para alguns nichos no
chamado ‘mercado da saudade’.
Os vinhos deste produtor acompanham bem queijos, enchidos, carnes vermelhas, de porco, vaca e borrego, abundantes no
cardápio da região. Referenciado como o Néctar dos Deuses, os Vinhos José Preto encontram-se desde Novembro de 2014
numa das mais prestigiadas garrafeiras de Lisboa, situada no restaurante do mediático Chef Cordeiro.
Diz o presidente da Cooperativa
de Olivicultores de Macedo de Cavaleiros
“O azeite teve um aumento
de preço no mercado
de cerca de 50%”
A produção de azeite na área da Cooperativa de Olivicultores de Macedo de Cavaleiros (COMC) teve uma quebra de
produção de cerca de 10%, num ano em que as perspectivas
eram pouco animadoras. O mercado reagiu e, com a quebra de
produção significativa em Espanha e Itália, os preços do azeite
aumentaram.
Luís Rodrigues, presidente da COMC, diz que o azeite teve
um aumento do seu preço no mercado de “cerca de 50%”, o
que é bom para os produtores que viram os seus produtos melhor remunerados. À Gazeta Rural, o dirigente adiantou também que na região se tem verificado um aumento da área de
olival, o que garante “as produções”.
Gazeta Rural (GR): Como foi a produção de azeite
nesta campanha?
Luís Rodrigues (LR): Houve uma quebra ligeira, um pouco
inferior a 10%, até porque se perspetivava uma queda bastante grande na produção. Felizmente isso não se veio a verificar.
Tivemos 4.300 toneladas de azeitona. Houve regiões no país
que tiveram também uma quebra significativa, efeitos das pragas, como a gafa e a mosca, mas também devido às chuvas
tardias.
GR: Com a quebra na produção houve um aumento
do preço do azeite?
LR: Houve um aumento significativo, não só pela quebra de
produção em Portugal, mas também em Espanha, Itália, onde
foi mais significativa. Com tudo isto, o azeite teve um aumento
de preço no mercado de cerca de 50%, o que é bom para os
produtores. O ano passado o preço na produção rondou os 2
euros o quilo, enquanto este ano andará perto dos três euros,
o que é um aumento significativo.
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GR: Tem havido novos projectos de olivicultura na
região?
LR: No nosso concelho tem havido investimentos na área do
olival, o que nos deixa satisfeitos, pois temos produções asseguradas, se os agricultores continuarem a tratar e a preservar
o olival.
GR: Na região o olival não foi muito afectado com
as pragas?
LR: Não estamos habituados a tratar os nossos olivais. Porém, devido às condições climatéricas dos últimos anos, se calhar vamos ter que começar a pulverizar em relação a mosca,
nas alturas certas. Temos os avisos agrícolas que referem isso
mesmo. Com condições adversas, como no último ano, vamos
ter que combater a mosca. A gafa aqui não se verifica muito.
GR: O olival é uma boa aposta na região, para quem
quiser iniciar um projecto agrícola?
LR: Gostaria de dizer que sim. Nesta região temos uma área
de minifúndio, o que implica custos de produção muito elevados. Verificamos que há muita gente a voltar à terra e, bem ou
mal, as pessoas vão conseguindo gerar rendimentos com este
tipo de produção.
GR: Há algum projecto novo para a Cooperativa?
LR: Sim. Já começamos a trabalhar nesse sentido. Se tudo
correr bem, vamos fazer uma candidatura para aumentar a capacidade de laboração e limpeza, no sentido de melhorar as
condições de trabalho e de capacidade, tanto de transformação como de armazenamento.
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
produtos de qualidade desta região?
CC: A Câmara de Mirandela, e o seu actual presidente,
têm feito um esforço nesse sentido. Aliás, como mirandelense e trasmontano que é, tem aptidão para promover os
nossos produtos, como é o caso dos azeites e dos enchidos da nossa região, sendo certo que o nome ‘Alheira de
Mirandela’ é uma mais-valia para a região e tudo tem sido
feito no sentido de promover a cidade e a alheira. Costumo
dizer que a alheira é nossa. Não se produz em nenhum outro país, nem há um produto que seja similar. E daí, muitas
vezes, a dificuldade de a exportar. Diria que todos os contributos são importantes para que possamos promover um
produto que é nosso, que é português.
Com mais de 30 anos de experiência na produção de enchidos
Topitéu aposta
na matéria-prima nacional
e na exportação
Constituída em 1980, a Topitéu - Alheiras de Mirandela
agrega know how, experiência e tradição na confecção de enchidos tradicionais, resultantes da fusão de três pequenas empresas artesanais produtoras de alheiras segundo preceitos e
receitas ancestrais.
Com vista ao seu desenvolvimento no mercado nacional e
internacional, procedeu à realização de investimentos entre
1980 e 2000, que lhe permitiu autonomia no que concerne à
matéria-prima usada nos seus produtos, como um matadouro
de suínos e a aquisição de uma unidade pecuária.
Apostada num crescimento organizacional sustentado, a
Topitéu implementou em 2005 um Sistema de Segurança Alimentar, HACCP e obteve a Certificação do seu Sistema de Gestão de Qualidade, de acordo com o normativo NP ISO 9001.
Em breve vai renovar as instalações, para assim acompanhar a
evolução e exigências do mercado.
Sedeada em Mirandela, a TOPITÉU afirma-se como uma
organização conquistadora de novos horizontes e geografias,
centrada na satisfação integral dos seus clientes, no investimento contínuo das competências dos seus colaboradores
e inovadora nos seus produtos e processos de gestão. Carla
Caldeira é, desde 2010, uma das actuais responsáveis pela empresa e, em conversa com a Gazeta Rural, traça os destinos
de um projecto com três décadas, que se afirmou no mercado
por via da qualidade dos seus enchidos e no ‘saber fazer’ de
gerações.
Gazeta Rural (GR): Como surgiu à frente da Topitéu?
Carla Caldeira (CC): Aqui há sempre quem queira vender
e alguém com vontade de comprar. Neste caso, os antigos
sócios quiseram vender e nós achámos que a Topitéu é uma
empresa com muito potencial de crescimento, tanto no que
diz respeito à distribuição de carnes frescas como na produção de alheiras e outros produtos transformados. O turismo
e a boa gastronomia são um trunfo para o desenvolvimento
e dinamização na nossa região transmontana. O facto de ter
formação académica na área alimentar (engenheira alimentar) foi também outra das razões que me levaram abarcar
este projecto juntamente com o meu sócio e irmão, Pedro
Caldeira.
piteu?
CC: A Topitéu tem neste momento 28 referências de produtos
transformados, entre os quais a Alheira de Mirandela-IG, que é um produto
certificado e reconhecido como uma das
7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa; a
alheira silvestre vegetariana, à base de cogumelos e espargos, e a Tua Alheira que foi desenvolvida em parceria com a Faculdade de Ciências da
Nutrição do Porto juntamente com o mentor do projecto
Dr. Nunes de Azevedo (TECSAM- clinica de hemodiálise em
Mirandela) com baixo teor de potássio e elevado teor proteico. O butelo, salpicão do lombo, chouriça tradicional, linguiça
regional, bacon fumado, pernil fumado, chouriço azedo,
farinheira, morcela, presunto, chouriço de carne, chourição,
fiambre da perna extra, filete afiambrado, chourição tradicional e a chouriça doce que, em 2015 foi premiada pelo júri
do Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e Presunto
Tradicionais Portugueses, com a medalha de ouro, são outros
produtos que oferecemos ao mercado.
GR: A Topitéu vai entrar em remodelação?
CC: Sim, a fábrica vai sofrer obras de remodelação. Será um processo gradual, pois as infra-estruturas são bastantes antigas. Vai sofrer uma
grande intervenção, com investimentos em novos
equipamentos e novos layouts, para satisfazer as
necessidades dos nossos clientes, que têm aumentado
desde que tomamos posse aqui da empresa.
GR: A Topiteu já está a exportar?
CC: Sim. Somos uma empresa empenhada em exportar os nossos produtos para outros mercados. Nesse sentido, temos marcado presença junto da comunidade portuguesa por esse mundo fora. Estamos presentes em 11 países, nomeadamente Alemanha,
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Suíça, Luxemburgo, Andorra, Bélgica, Inglaterra. Esta é uma aposta para
continuar. Estivemos recentemente em Bordéus e em Londres e estaremos nos próximos dias 3, 4 e 5 de Julho
em Bruxelas. Nada cai do céu e temos que ir à procura de novos mercados.
GR: O que marcaria a diferença dos vossos produtos?
CC: Para além do know how e experiência de uma empresa
com 35 anos no mercado, a selecção de matérias-primas é
uma mais valia para a qualidade dos nossos produtos.
GR: Sente dificuldade na aquisição de matéria-prima
na região ou recorrem a outros mercados?
CC: É política da Topitéu seleccionar a fornecedores na
região, como é o caso dos produtores de vinho, azeite, etc. Na
eventualidade de não poderem ser adquiridas na nossa região
recorremos a matérias-primas de origem portuguesa. Relativamente à carne de porco, para a produção da Alheira de
Mirandela-IG feita exclusivamente com carne de porco Bísaro,
temos tido bastantes dificuldades na sua aquisição.
Coop Macedo
GR: Os diferentes certames realizados na região
transmontana são um bom veículo de promoção dos
GR: Quais os enchidos que mais destacaria da To-
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FNAPF fez pré apresentação do primeiro livro
publicado em Portugal sobre a doença
Vasco Campos quer “mais empenho”
do Governo no combate ao nemátodo
Dos atuais 10% para 50% até 2018
Indústria quer aumentar área florestal
certificada em Portugal
As indústrias florestais querem fazer crescer a área florestal com gestão certificada dos atuais 10% para 50% até 2018,
apostando na simplificação dos processos e diminuição dos
custos, revelou a directora executiva da associação que representa o sector.
Sara Pereira explicou que o objectivo do projecto Certifica+,
que vai ser desenvolvido nos próximos três anos e representa
um investimento de 500 mil euros, se destina a “garantir o futuro da floresta portuguesa”, valorizando ao mesmo tempo a
produção nacional.
Segundo a responsável da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF), a certificação visa
“o equilíbrio entre os pilares ambiental, social e económico”,
com normas técnicas, a nível do corte das árvores ou dos solos,
mas também considerações sociais, privilegiando o emprego
local.
O tema da certificação foi um dos destaques da edição 2015
da Expoflorestal, a maior feira florestal nacional, que decorreu
em Albergaria-a-Velha. Para Sara Pereira, a certificação é uma
garantia de “sustentabilidade a longo prazo”, mas representa
também uma mais-valia económica para os proprietários que
querem vender os seus produtos em mercados exigentes que
“pagam melhor e valorizam esta distinção”, como a Europa, os
Estados Unidos da América ou o Canadá.
Muitos países só compram rolhas de cortiça, resmas de papel A4 ou mobiliário com o selo de qualidade que comprova
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que os produtos foram obtidos a partir de florestas certificadas. A responsável da AIFF adiantou que a área florestal com
gestão certificada em Portugal ronda actualmente os 10%,
“muito pouco” para um país “com aptidão florestal”. Sara Pereira considerou que a baixa percentagem se deve aos “mitos”
que foram criados em torno da certificação, nomeadamente
a complexidade e o custo elevado, e que o projecto Certifica+
quer destruir.
A directora executiva da AIFF estimou que o Certifica+ permitirá reduzir os custos de implementação do sistema em 40 a
50% e simplificar os procedimentos, tendo sido já criada uma
ferramenta informática em que as entidades gestoras poderão gerir as informações dos proprietários florestais. Actualmente, as ferramentas “estão em fase de testes”, adiantou.
A certificação baseia-se em sistemas internacionais (Forest Stewardship Council (FSC) e Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), cujas normas são adaptadas à realidade nacional.
Sara Pereira assinalou, por exemplo, que “em poucos países do mundo há sobreiros”, o que implica uma norma específica, sendo necessário também ter em consideração a
estrutura fundiária nacional, que se caracteriza por múltiplos
proprietários e terrenos de pequena dimensão. O projeto
Certifica+ está a ser desenvolvido em conjunto com a APCOR,
Celpa e Centro Pinus, que representam as fileiras da cortiça,
celulose e pinho.
O presidente da Federação Nacional das Associações de
Proprietários Florestais (FNAPF), Vasco Campos, alertou para
a ameaça do desaparecimento do pinheiro bravo “adulto” em
Portugal, caso as autoridades com responsabilidades no sector florestal, não coloquem “mais empenho” no combate à doença da murchidão do pinheiro.
O apelo foi deixado no decorrer da Expoflorestal, em Albergaria à Velha, onde a FNAPF aproveitou para fazer a pré apresentação daquele que é o primeiro livro publicado em Portugal
sobre este tema, realizado em co-autoria com várias entidades científicas e académicas, tendo sido financiado no âmbito
do PRODER (Acção 4.2.2 “Redes Temáticas de Informação e
Divulgação”).
A apresentação prévia contou com a presença de autores e
editores, que foram unânimes em considerar esta publicação
“inédita” não só em Portugal, como no resto da Europa – a
versão final do projecto contempla ainda uma versão em inglês, um guia de campo, um filme, dois panfletos e um cartaz
- compilando informação técnica e científica, que tem como
objectivo dar um forte contributo para o conhecimento de
uma doença que constitui, neste momento, uma das principais
ameaças à fileira do pinho em todo o espaço europeu. Preocupado “com a dimensão que o problema atingiu em Portugal
e a forma como se está a expandir”, Vasco Campos não tem
dúvidas que “se nada for feito, o pinheiro bravo adulto, como
sempre o conhecemos, vai acabar”.
Pretendendo com este livro trazer para “à discussão pública” a problemática do nemátodo, porque “até agora não havia nenhum trabalho com esta profundidade”, o presidente da
FNAPF congratulou-se com a articulação mantida ao longo de
mais de três anos entre os vários parceiros, nomeadamente a
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
(INIAV) e a Escola Superior Agrária de Coimbra, agradecendo
ainda o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) e do Grupo Portucel que, apesar de estar ligado à
fileira do eucalipto, foi a entidade que mais se mostrou receptiva a apoiar o projecto.
“Fazer um livro com esta qualidade técnica não é uma tarefa
fácil e não tenho dúvidas que os 1500 exemplares a editar vão
desaparecer num instante”, assegurou Vasco Campos, pedindo
“mais empenho” das entidades com responsabilidades florestais
no tratamento deste tema, pois “não se pode assobiar para o ar
e pensar que esta doença não vai passar para o resto da Europa,
estando já em Espanha”, advertiu no decorrer da apresentação
do livro “A Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa: Interacções Biológicas e Gestão integrada”, na Expoflorestal. Uma
publicação que, apesar do seu teor científico, é dirigida a um
grupo-alvo bastante alargado e cuja leitura é recomendada a
todos os proprietários florestais e até a “curiosos” que queiram
saber um pouco mais sobre este tema. “Está feito para que todos possam ter acesso a ele”, afirmou uma das autoras, Isabel
Abrantes, sublinhando o contributo que esta publicação pretende dar para o controlo e gestão de uma doença que afectou e
continua a afectar severamente o pinheiro bravo. Também o engenheiro florestal da FNAPF e Editor do livro, Fernando Vale, não
tem dúvidas que este projecto vem contribuir para a “afirmação”
do país em termos de conhecimento da doença da murchidão
do pinheiro, cujo problema vai chegar, no futuro, com grande
“probabilidade” a outros países europeus.
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A maior feira do sector da Península Ibérica regressa em 2017
Expoflorestal bateu recorde
de visitantes e de expositores
A nona edição da Expoflorestal chegou ao fim batendo o recorde de 30 mil visitantes. Na verdade, a maior feira do sector
florestal da Península Ibérica chegou à barreira dos 35 mil visitantes e teve mais de duas centenas de expositores.
No primeiro dia a chuva não demoveu mais de três mil crianças de marcarem presença na feira, mostrando um enorme interesse por todo o tipo de negócio feito no certame. Os estudantes foram mesmo desafiados a fazer entrevistas aos expositores,
chegando alguns a dizer que estariam interessados pela fileira
florestal, por força de negócios de familiares.
Da parte da tarde, já se notou uma maior adesão dos profissionais do sector, aproveitando a melhoria das condições
climatéricas para marcarem presença na feira. O certame teve
a sua inauguração oficial, presidida pela Ministra da Agricultura
e do Mar, Assunção Cristas, que fez questão de visitar todos os
stands, falando com os representantes das empresas, ouvindo
as suas preocupações e prometendo novidades para o sector,
nomeadamente ao nível dos apoios comunitários.
A governante, neste acto de inauguração, contou com a presença dos presidentes da Câmara de Albergaria-a-Velha e Estarreja, António Loureiro e Diamantino Sabina, respectivamente,
e da CIRA, Ribau Esteves, que pediu a atenção da Ministra para a
problemática do Baixo Vouga Lagunar.
Ao longo do fim-de-semana, aproveitando o bom tempo, fo-
ram muitos os milhares de visitantes que marcaram presença no
certame, que subiu na qualidade do espaço fornecido aos expositores pelo parque da Portucel Soporcel. Isso mesmo foi dito
pela maioria das empresas presentes e que foram ouvidas pela
organização.
Um dos grandes destaques da feira, ao longo dos três dias,
foram as demonstrações profissionais, com os expositores a
mostrarem a mais-valias dos seus produtos. De registar a qualidade dos stands existentes e das máquinas expostas, com alguns expositores a fazerem demonstrações para profissionais
do sector. Ao longo da feira foram ainda processadas cerca de
500 toneladas de madeira.
“Penso que conseguimos atingir os objectivos que pretendíamos para esta edição, uma vez que passámos a barreira dos
30 mil visitantes, mas também devemos destacar o recorde do
número de expositores, que foram mais de duas centenas”, disse
Luís Sarabando, membro da Associação Florestal do Baixo Vouga, uma das entidades responsáveis pela organização, com a
ANEFA e os Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha.
Luís Sarabando destacou “as opiniões” dos expositores sobre a Expoflorestal, “todas realçando a qualidade da feira e do
espaço”, pelo que “só temos de estar satisfeitos com o resultado
final”. O certame regressa no ano de 2017, uma vez que esta feira
realiza-se bienalmente.
Ministra da Agricultura desafia produtores florestais a aproveitar novos fundos
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse
que o contributo da floresta para as exportações pode ser intensificado se o sector souber aproveitar as oportunidades dos
novos fundos comunitários.
Assunção Cristas esteve presente na inauguração da Expoflorestal, onde realçou que o sector exporta já 4,5 mil milhões
de euros, sendo o saldo da balança comercial florestal positivo
em 2,5 mil milhões de euros. “Este é um caminho que podemos
intensificar e obter ainda melhores resultados se os pequenos
proprietários se juntarem nas organizações de produtores florestais, para que possam concorrer melhor aos novos instrumentos comunitários e com isso terem melhores produções”,
disse.
A ministra observou que existe procura de matéria-prima,
pelo que é preciso aproveitar os novos fundos comunitários
para aumentar a produção, devendo abrir em Junho as candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).
Assunção Cristas aproveitou para realçar o “trabalho muito
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intenso nos vários domínios da floresta” que tem sido desenvolvido pelo Governo e pelo seu ministério, “seja no domínio da
estruturação fundiária, com forte impulso às Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), seja no domínio dos baldios, ou ainda no
licenciamento, dispensando-o em muitas áreas e optando pela
comunicação prévia, conforme o novo regime de arborização
e rearborização”.
A ministra lembrou o novo regime fiscal, introduzido com a
fiscalidade verde e “possível após a saída da ‘troika’, que pela
primeira vez se adequa àquilo que é o ciclo de produção na floresta e que procura fomentar uma gestão cada vez mais agrupada e cada vez mais activa”, indo ao encontro do que defendiam os produtores. “São tudo instrumentos que dão os seus
resultados, nunca no curto prazo porque esse não é o tempo
da floresta, mas no médio e longo prazo. A floresta já está a dar
um contributo extremamente importante para o nosso crescimento económico, para a criação de emprego e para a valorização do património e o ambiente, e se soubermos aproveitar
esses instrumentos que favorecem mais produção primária, a
indústria fará o restante, porque está também interessada em
mais matéria-prima para a sua diversidade de usos”, concluiu.
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Secretário Regional da Agricultura e Ambiente esteve em Santa Maria
Luís Neto Viveiros destaca importância
das reservas florestais de recreio dos Açores
O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou, em Santa
Maria, a importância das reservas
florestais de recreio dos Açores enquanto espaços de lazer vocacionados para servir as comunidades,
mas também na oferta turística e
enriquecimento da paisagem.
Luís Neto Viveiros falava durante
uma visita aos viveiros e à Reserva
Florestal de Recreio das Fontinhas,
em Santo Espírito, onde se inteirou
das obras de recuperação e beneficiação que foram realizadas pelo
Serviço Florestal da ilha na sequência dos estragos provocados pelos
temporais.
Esta Reserva Florestal de Recreio, situada a uma altitude de
cerca de 250 metros e com uma área de cerca de três hectares,
dispõe de várias espécies de flora, parque de merendas, parque
infantil, sanitários, miradouros, zona de viveiros e veredas.
A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, através da
Direcção Regional dos Recursos Florestais, gere 27 reservas
florestais de recreio e 18 viveiros em todo o arquipélago, que
produzem anualmente cerca de dois milhões de plantios de
criptomérias, meio milhão de plantios de plantas endémicas e
algumas dezenas de milhares de plantas ornamentais.
Governo dos Açores apoia aumento
da produção de carne e meloa em Santa Maria
O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente revelou
que o Governo dos Açores, através da cedência de terrenos e
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de protocolos de cooperação com a Associação Agrícola de
Santa Maria e com a Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos, pretende contribuir para o aumento da capacidade de
produção e consequente concretização de mais negócios com
cadeias de distribuição nacionais.
Luís Neto Viveiros, que falava após uma reunião com a Associação Agrícola de Santa Maria e a Agromariensecoop, salientou que vai ser instalada uma unidade de engorda e acabamento em terrenos cedidos junto ao aeroporto, que “permitirá
aglomerar um conjunto significativo de bovinos em regime de
acabamento”.
O titular da pasta da Agricultura frisou que esses animais
serão abatidos na Região e a carne expedida para cadeias de
consumo nacionais, gerando mais-valias e contribuindo “para
a consolidação da produção de carne na ilha de Santa Maria,
dando-lhe mais dimensão, valorizando melhor o seu produto
final e permitindo um escoamento regular”.
Por outro lado, para atingir o objectivo de produção anual
de 400 toneladas de meloa, o Secretário Regional adiantou
que foi estabelecido um protocolo de colaboração que visa
“alargar as áreas de produção” através da cedência de cerca
de três hectares de terreno que estavam sob gestão do Serviço
de Desenvolvimento Agrário de Santa Maria.
Luís Neto Viveiros, que também reuniu com a Direcção da
ARCOA - Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos, destacou a parceria com o Governo no desenvolvimento de projectos “muito interessantes” com esta associação.
Além da cedência, por concurso público, de um terreno com
cerca de três hectares para permitir aumentar a produção privada de borregos, o Secretário Regional anunciou que o Governo dos Açores vai apoiar de novo, em 2015, a importação de
ovinos reprodutores.
Vai também ser prestado apoio à contratação de um técnico que ajude os produtores a “encontrar soluções que maximizem a produção” e a rentabilidade das suas explorações.
Revelou o Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho
Investigadores portugueses criam enzima
que protege abelhas e colmeias
Um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho desenvolveu uma enzima
capaz de destruir a bactéria responsável pela doença Loque
Americana, que afecta abelhas jovens e pode matar toda a
população de uma colmeia.
Em comunicado, o Centro de Engenharia Biológica (CEB)
da academia minhota explica que a Loque Americana (AFB)
é uma das "mais graves" doenças bacterianas que afectam
abelhas em Portugal mas principalmente na Europa e na
América do Norte. De acordo com o texto, o objectivo da investigação em curso é "desenvolver uma estratégia terapêutica para utilização em apicultura que constitua uma alternativa à administração de antibióticos nas abelhas".
Isto porque, explica o CEB, "com a actual restrição à presença de resíduos de antibióticos no mel, impostas pela legislação da União Europeia, há uma dificuldade acrescida no
combate terapêutico à AFB, impondo-se um desenvolvimento urgente de métodos antimicrobianos alternativos."
A AFB começa por "afectar as abelhas jovens, as larvas,
e rapidamente se espalha por toda a colónia de abelhas" e,
alerta o texto, "se não for tratada, pode resultar na morte de
toda a população da colmeia num curto espaço de tempo".
Os investigadores, refere o CEB, "já confirmaram que a enzima desenvolvida tem capacidade para destruir a bactéria
responsável pela Loque Americana nas concentrações que
ocorrem no campo quando a doença se verifica, e que não é
tóxica para as larvas".
O produto em desenvolvimento deve, assim, ser aplicado
oralmente às abelhas adultas para que o possam fornecer
posteriormente às larvas e/ou por pulverização directa às
larvas que se encontram nos favos. "Com isto, pretende-se
que quando a bactéria em causa emergir dos esporos que a
protegem no intestino das larvas, a enzima que anteriormente foi ingerida impeça a sua proliferação e consequente morte
lavar", explana Ana Oliveira, investigadora do CEB. A próxima
fase será a de "ensaios in vivo em larvas de abelha criadas
em laboratório e posteriormente em colmeias naturalmente
infectadas."
O CEB da Universidade do Minho, em actividade desde
1995, é um centro de investigação que opera nas principais
áreas da Biotecnologia e Bioengenharia apresentando como
"principal objectivo" a integração entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a potenciar o desenvolvimento de
bioprocessos industriais inovadores.
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IV Curso Mundial de Formação
de Dirigentes Associativos
da Diáspora superou
expectativas
Numa iniciativa da Confraria Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, com o Alto Patrocínio do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, decorreu entre Lisboa, Foz do Arelho e Caldas da Rainha a IV edição do Curso Mundial de Formação de
Dirigentes Associativos da Diáspora. Mais do que as palavras, ficam dois testemunhos que ilustram a importância que este tipo de
iniciativas tem para quem está fora do país e tem raízes em Portugal.
“O que realmente importa é a valorização das nossas raízes”
A IV edição do Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora, tratou de temas como
Organização Associativa, Gestão, Projectos e Dinâmicas em Lisboa, Foz do Arelho e Caldas da Rainha - Portugal. A impecável organização esteve a cargo da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco", com
patrocínio do Governo de Portugal, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
Foram dias memoráveis, com troca de experiências que resultou em uma valiosa contribuição para a divulgação de Portugal, junto da comunidade internacional. Os desafios foram lançados, agora cabe a cada
um de nós, Dirigentes Associativos, expandir as informações para, desta forma, aumentar as participações
nas comunidades.
A vida é realmente um presente e dá-nos momentos incríveis, que jamais pensamos pudessem acontecer. E assim foi o meu
encontro com 22 representantes de diversos países em Portugal, agora nomeados "Embaixadores de Portugal". Cada um em seu
país, levamos em nossos corações o encantamento da união, a descoberta de que a distância não é nada, quando o que realmente
importa é a valorização das nossas raízes. Todos unidos pela mesma causa e falando a mesma língua e linguagem.
Só posso agradecer a cada um a atenção e o carinho dispensados. E digo que sozinhos, até podemos existir, mas juntos somos
mais fortes.
Lara Silva / Rio Grande do Sul (Brasil)
“Pensei que o Curso não passaria de uma mera troca de contactos
e de uma acção de marketing para a Diáspora. Enganei-me redondamente”
Há momentos que se tornam marcantes na nossa vida e tenho que admitir que por vezes as nossas expectativas enganam-nos. Tinha na organização do evento alguns amigos e pensei que a ida ao IV Curso Mundial
de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora não passaria de uma mera troca de contactos e de uma
acção de marketing para a Diáspora. Enganei-me redondamente e desde já peço desculpa, mas fui induzido
em erro pela falta de comunicação dos meus predecessores idos do Luxemburgo.
Vim mais rico, não só em conhecimentos para a prossecução do meu trabalho associativo, mas também porque conheci gente
que, como eu, quer mudar o mundo, tornar mais fácil a vida daqueles a quem a sorte não bafejou, que têm Portugal, a sua língua e
cultura no coração e querem levar o seu bom nome e dos portugueses às 4 partidas do mundo.
É pena que os ‘media’ nos “vendam”, para o exterior, Portugal como um país pobre, deprimido, sem iniciativa, onde a cultura se
resume a acções para elites e onde o desporto se resume ao futebol. Não foi nada disso que estes 24 dirigentes da Diáspora viram.
Viram uma Lisboa onde as instituições funcionam, uma Lisboa e um país que sabe acolher, viram um país onde as associações locais,
nomeadamente do concelho das Caldas da Rainha, são parceiras da autarquia e promovem o desporto, a cultura e a solidariedade
social. Viram homens e mulheres que não baixam os braços e fazem de Portugal um país onde é bom viver.
Ter feito parte deste grupo de ‘novos navegadores’, espalhados pelos 4 cantos do mundo, que em alguns casos com algumas
dificuldades para manterem o contacto com a ‘terra mãe’ afirmam com orgulho as suas origens lusitanas e dão o exemplo de participação como cidadãos activos nos diversos países de acolhimento.
Este Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora, organizado pelo Gabinete do Secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas - Dr. José Cesário, na pessoa do Dr. José Carlos Governo, e pela Confraria Grão Vasco – na pessoa do meu
ilustre amigo, Professor Zé Ernesto Silva, foi um momento de troca de experiências e de aprendizagem que pode solidificar laços e
criar novas sinergias entre vários países onde se encontra a Diáspora portuguesa. Espero que a minha contribuição para o sucesso
do evento e o meu testemunho sobre o Luxemburgo e o nosso movimento associativo, tenha estado à altura dos desafios e possa
ser útil para novas parcerias.
Resta-me agradecer a todos os que nos proporcionaram esta experiência magnífica, à associação Pimpões, que nos presentearam com a sua presença, acolhimento e com gestos e lembranças do nosso país do coração.
Aos colegas de jornada, Luís Neves, Mónica Reis, Agostinho Fonseca, Amândio Mestre, Tito Mota, Bruno Martins, Rui Reis, Daniel
Melo, José Rodrigues, Gabriela Banchero, Fernanda Silva, João Almeida, Luís Macedo, Arnaldo Vidal, José Sampaio, Gabriel Marques,
Cipriano Rodrigues, Rui Magalhães, Melissa Simas, Lara Silva, Augusto Pereira e Manuela Figueiredo, o meu bem-haja, pela partilha,
amizade e companheirismo.
Um abraço para todos.
José António Matos / Luxemburgo
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ÚLTIMA HORA
Iniciativa decorreu em Lisboa e Caldas da Rainha
Vai decorrer de 29 a 31 de Maio
Expo Mortágua alargada
a todos os sectores de actividade
O sucesso alcançado na primeira edição da Expo Mortágua
e o pedido de outros sectores de actividade, para além dos relacionados com a floresta e as energias, levou a organização
a realizar este ano o certame, que inicialmente estava previsto
decorrer apenas de dois em dois anos.
Segundo dados da Câmara de Mortágua, a edição 2014
contou com cerca de uma centena de expositores, recebeu
mais de 15 mil visitantes, tendo gerado um volume de negócio
superior a um milhão de euros. “Estes números são a prova de
que valeu a pena”, diz a autarquia.
O certame vai decorrer no mesmo local, de 29 a 31 de Maio,
e receberá expositores de todas as áreas de actividade do
concelho, com natural destaque para a floresta e as energias.
Luís Filipe Martins Rodrigues, Comandante Operacional Municipal da Protecção Civil e responsável pelo Gabinete Técnico
Florestal da Câmara de Mortágua, adiantou à Gazeta Rural algumas das novidades do certame.
Gazeta Rural (GR): Que novidades haverá este ano
na Feira?
Luís Filipe Martins Rodrigues (LFMR): A Expo Mortágua, este ano, além de ter um cariz comercial e industrial,
para além dos sectores que inicialmente estavam previstos,
tem também algumas novidades, nomeadamente nas áreas
de gastronomia, animação e espaços lúdicos de divertimento.
Depois da edição do ano passado, verificámos que a oferta
gastronómica e lúdica era insuficiente, face ao número
de expositores e visitantes. Deste modo, teremos
uma ala isolada, com espaços lúdicos e tasquinhas, exploradas por associações locais de
cariz diferenciado, que estará aberta para
além do horário de exposição da feira.
Neste espaço haverá um palco, que no
sábado receberá o programa Portugal
Aqui, da RTP, em directo. Tínhamos
previsto concertos nas três noites,
que entendemos cancelar devido ao
infortúnio que nos afectou recentemente.
GR: Foi o êxito da primeira edição
que levou a autarquia a tornar o certame anual?
LFMR: De facto, a primeira edição em 2014 ultrapassou todas as expectativas, desde o número de visitantes, superou os
15 mil, aos expositores, que chegou quase à centena, pelo que
decidiu a organização e o município de Mortágua promover o
certame este ano, o que inicialmente não estava previsto, pois
era para ser de dois em dois anos.
Aliado a este facto, pelo sucesso e dinâmica que o evento
criou a nível local e regional, os outros sectores de actividades,
para além da floresta e energias, solicitaram ao município poderem estar presentes no certame. Foi também por esta
razão que se decidiu pela sua realização anual e
aberta a todos os sectores de actividade do
concelho.
GR: Como está a sector florestal
no concelho?
LFMR: Está de saúde e recomenda-se. Em termos de infra-estrutura, o
que cabe à autarquia, continua a ser
feito como há várias décadas. Todos
os dias fazemos a manutenção da rede
viária florestal, com protocolos com as
juntas de freguesia, e a rede de pontos
de água tem vindo a ser alargada. Neste
momento temos a concurso a contratação
sazonal para a vigilância florestal e o plano
operacional também já foi aprovado.
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ÚLTIMA HORA
Breves
Num investimento que ronda os 350 mil euros
Tondela aposta em 10 projectos
diversificados e muito ligados ao território
O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus,
anunciou que os 10 projectos seleccionados no âmbito do "Tondela+10" são de áreas diversificadas e possuem uma forte ligação ao território e à indústria instalada no concelho.
"Os projectos escolhidos são muito diversificados, mas acima
de tudo muito ligados ao território e à indústria aqui instalada.
Temos ideias da área do estudo das alterações climatéricas,
prevenção e tratamentos sobre culturas agrícolas, turismo, recursos locais, como também de áreas da microbiologia e, eventualmente, um projecto interessante ligado à investigação na
área farmacêutica, revelou.
Em Fevereiro de 2014, a Câmara de Tondela anunciou o projecto de desenvolvimento para o concelho - "Tondela+10 -, com
o intuito de apoiar e ajudar a desenvolver 10 potenciais ideias de
negócio de 10 jovens com forte ligação ao território.
O autarca apontou que na selecção dos projectos foi conseguido "um equilíbrio importante entre jovens naturais do concelho e os jovens de fora", "com ideias de mérito para o território".
"O grande mérito deste projecto é a capacidade de articular os
recursos locais e o sector empresarial de acolhimento excepcional com a ligação ao tecido universitário. As pontes hoje criadas
são determinantes para que esta correlação entre conhecimento científico e tecnológico, sector empresarial e recursos locais
sejam altamente estimuladores e favorecedores do desenvolvimento destes projectos", sustentou.
Entre as 10 melhores potenciais ideias de negócio está a de
Bruno Dias, de Molelos - Tondela, que vai desenvolver um projecto no âmbito da agricultura de precisão; e a de Joana Ramos,
da Nazaré, que vai trabalhar na produção de óleo essenciais de
plantas aromáticas e medicinais.
A jovem Zaida Fernandes, de Castelões - Tondela, apresentou
como ideia aproveitar a fertilidade agrícola do território, promovendo a ligação à saúde e bem-estar como marca de origem do
concelho; enquanto Francisca Elias, de Tondela, tem como ideia
de projecto a desenvolver a "A Fábrica" - centro de formação
pessoal e escolar.
De Ovar, Joana Costa apresenta como projecto a micronização do fusidato de sódio, composto "bacterioestático" utilizado
para o tratamento de infecções dermatológicas e oftalmológicas; e o jovem Pedro Rainho, de Porto Alto, sugere desenvolver o
tema da Reutilização - Orientação alargada, um caso de estudo
e aplicação extremamente positivo.
O tondelense José João da Silva pretende apostar na Bestbus
- Rede de transportes públicos regulares de passageiros ao nível
urbano no Município de Tondela; e o jovem Ricardo Figueiredo,
de Carvalhais - S. Pedro do Sul, vai procurar desenvolver a criação de um directório de micro e pequenas empresas, distinto e
inovador, com um conceito "low cost".
De Pedaçães - Águeda, Rui Manuel Marques apresentou
como ideia de projecto a desenvolver o turismo sustentável, reconstrução e reabilitação de edifícios e valorização das paisagens, produtos e arquitectura locais; com a última ideia a chegar
de Canas de Santa Maria - Tondela, através da jovem Marta Daniela Antunes, que propõe um parque de campismo com bungalows energeticamente sustentáveis na Serra do Caramulo.
Os 10 jovens vão desenvolver as suas ideias no edifício Carmelitana, situado no coração da cidade, e que recentemente foi
alvo de obras de recuperação. O investimento, incluindo a aquisição do edifício, ronda os 350 mil euros, tendo sido comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários.
FICHA TÉCNICA
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A Lourinhã volta a ser palco da maior mostra gastronómica de
polvo. De 21 a 30 de Maio, 19 restaurantes do concelho irão
apresentar algumas das melhores receitas confeccionadas com
polvo. Esta iniciativa, promovida pela Câmara da Lourinhã, já
conta com sete edições e este ano irá apresentar 49 iguarias
que prometem conquistar os paladares mais requintados.
Fernando Oliveira, vice-presidente da Câmara da Lourinhã, diz
que com esta iniciativa “a autarquia pretende contribuir para
divulgar não só a gastronomia regional como o concelho”. Neste sentido, acrescenta, “anualmente organizamos dois eventos
gastronómicos e que têm tido um enorme sucesso. Consciente
de que a gastronomia é um factor potenciador da oferta turística, o município irá continuar a apostar nestas actividades”.
Brasil receberá
Congresso Mundial do Vinho em 2016
Ano X - N.º 247
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, Fernando Ferreira e José Martins
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Tiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Lourinhã promove
Quinzena Gastronómica do Polvo
O município de Bento Gonçalves, no Brasil, será a sede do Congresso Mundial do Vinho de 2016, com realização prevista entre
os dias 24 e 28 de Outubro. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura do Brasil, com a ressalva de que o anúncio oficial ainda será feito no evento deste ano, na Alemanha,
em Julho, depois de no ano passado se ter realizado na Argentina. “O evento é conhecido por definir as directrizes para o sector, como as recomendações para boas práticas de produção
de uva e vinho até condições adequadas para a conservação
da bebida”, diz uma nota do Ministério da Agricultura brasileiro. Na avaliação dos responsáveis brasileiros, a realização do
Congresso para o Brasil vai possibilitar maior participação da
vitivinicultura brasileira nas discussões internacionais sobre o
sector.
II Jornadas do Medronho
realizam-se na ESAC
Têm lugar no dia 22 de Maio, no auditório da Escola Superior
Agrária de Coimbra (ESAC), com início às 09 horas, as II Jornadas do Medronho. Dar a conhecer aos interessados a situação
actual da cultura do medronheiro no nosso país, as diferentes
aplicações e as condições de financiamento são os objectivos
destas jornadas, que têm como temas gerais o “Melhoramento
do medronheiro”; a “Cultura do medronheiro”; os “Produtos do
medronheiro” e a “Valorização do medronho”. Por ocasião do
evento será lançado ainda o “Manual de Boas Práticas de Fabrico de Aguardente de Medronho”.
Azeite Acushla
recebeu medalha de Ouro em Itália
O azeite virgem extra biológico Acushla foi distinguido com medalha de Ouro no concurso Biol 2015, em Itália, dedicado aos
azeites de produção biológica sendo uma referência mundial no
sector. O azeite Acushla é premiado neste concurso pelo terceiro ano consecutivo
Este ano o Acushla foi já premiado no Olive Japan com medalha
de ouro e também no Concurso Internacional de Azeite Virgem
Extra de Los Angeles, com a atribuição da medalha de bronze.
I Workshop de Introdução à Floricultura
A Formtivity promove, a 6 de Junho, das 9 às 17 horas, em Azurara, Vila do Conde, o Workshop de Introdução à Floricultura,
cujo público-alvo são os interessados em adquirir conhecimentos teóricos e práticos no que diz respeito á produção de flores.
Esta formação é ministrada pelo Eng.º José Fernando Silva, o
qual possui bastante experiência na área.
No Concurso Internacional realizado
no âmbito da Ovibeja
Azeites portugueses
entre os melhores
do Mundo
Seis azeites portugueses foram considerados os melhores do
mundo nas categorias “Frutado Maduro” e “Frutado Verde Ligeiro”, no âmbito Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra,
cujo patrocinador exclusivo é o Grupo Crédito Agrícola. Os prémios foram entregues no decorrer da Ovibeja.
A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços conquistou a Medalha de Ouro, considerado pelo júri como o melhor dos melhores entre os “Frutados Maduros”, seguindo-se a Quinta do Vallado premiada com Prata e a Fio da Beira com Bronze.
Na categoria “Frutado Verde Ligeiro”, o pódio foi também
totalmente ocupado por azeites portugueses. A Cooperativa
de Olivicultores de Valpaços conquistou mais uma Medalha de
Ouro, seguindo-se Prata para a Elosua Portugal e Bronze para
a Elaia Lagar.
Fora do pódio, mas com a qualidade a ser distinguida pelo júri,
receberam ainda menções honrosas a Casa Anadia (categoria
Frutado Maduro); Sovena Portugal, Esporão Azeites e Lameira
de Cima (Frutado Verde Ligeiro); João B.P. Paulo e a Cooperativa
de Olivicultores de Valpaços (categoria Frutado Verde Médio); e
a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (categoria Frutado
Verde Intenso).
O V Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, organizado pela Associação de Agricultores do Sul, em parceria com
a Casa do Azeite - Associação do Azeite de Portugal, é a única
competição de âmbito internacional realizada no país e que é
já considerada um dos mais prestigiados concursos do mundo.
Pela primeira vez, o Crédito Agrícola foi patrocinador exclusivo da iniciativa e pretendeu, deste modo, reforçar o seu posicionamento de apoio ao sector agrícola e mais concretamente
à produção de azeite, uma área com elevado potencial no contexto da economia nacional. Para além da promoção da imagem
desta área o CA revela assim o seu apoio às empresas e produtores para gerar novas oportunidades de negócio e dinamizar as
comunidades onde desenvolvem o seu trabalho.
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No próximo dia 27 de Junho
Castro Daire revive Rota da Transumância
Numa iniciativa do Município de Castro Daire,
no âmbito do programa das Festas de S. Pedro,
terá lugar a 27 de Junho o evento “Castro Daire – A
Última Rota da Transumância”. Este projecto integra a Carta Europeia de Turismo Sustentável das
Montanhas Mágicas aprovado em 2013 pela Federação de Parques Naturais e Nacionais da Europa
(EUROPARC).
Há já algum tempo que o Município de Castro
Daire tem vindo a trabalhar neste projecto, tendo
feito vários contactos com pastores que ainda experienciaram esta tradição, o que possibilitou recolher informações para o levantamento e revitalização da Última Rota da Transumância, permitindo
vivenciar as histórias que dela fizeram parte.
Este projecto tem como objectivo recuperar,
revitalizar e dinamizar esta Rota, transformando-a num produto turístico, aumentando, assim, a
procura do território. Pretende-se, ainda, recuperar a tradição, a cultura e histórias da transumância, tendo sido Castro Daire palco da última Rota.
Este evento irá recriar a passagem dos rebanhos e
pastores, que outrora calcorreavam as “canadas”,
rumo à Serra do Montemuro.
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Tons da Primavera
20 - 24 maio
20 MAIO
17H30 – Brinde ao Dão
Animação musical por Pedro Duvalle
Mercado 2 de Maio
18H30 – Visita guiada ao roteiro de Martinho Costa,
artista convidado
Saída do Mercado 2 de Maio
21 MAIO
19H00 – Conversa com os artistas Mariana, a Miserável;
Fidel Évora e Akacorleone
21H00 – Animação musical por Jotabêzê, NB
Mercado 2 de Maio
22 MAIO
19H00 – Conversa com os artistas Draw, Gustavo Mesk
e Marco Mendes
21H00 – Animação musical – Dina Pinto (fadista),
Tiago Santos (guitarra portuguesa)
e Carlos Viçoso (viola)
22H30 – Dão Party warm up
Mercado 2 de Maio
23 MAIO
16H00 – Ateliê criativo Dão Petiz, por José Almeida
Mercado 2 de Maio
18H00 – Animação musical por LBB
22H00 – Concerto We Trust
Mercado 2 de Maio
00H00 – Dão Party
Claustros do Museu Grão Vasco
© Aka Corleone
24 MAIO
16H00 – Roteiro pelas intervenções do Festival de Street Art
Partida do Mercado 2 de Maio
16H00 – Ateliê criativo Dão Petiz, por José Almeida
Mercado 2 de Maio
18H00 – Animação musical por Pedro Duvalle
Mercado 2 de Maio
Organização:
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E a acompanhar…
O nosso Mercado 2 de Maio terá provas dos néctares do Dão
na Entre Aduelas e Petiscos da Taberna da Milinha!
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