Noções de Desenho de Pesquisa Experimentos, Quase-Experimentos e Estudos Observacionais Cesar Zucco Rutgers University CEFOR, março de 2013 Objetivos • Conhecer a definição contra-factual de causalidade • Entender a “impossibilidade” de se observar causalidade • Conseguir imaginar o desenho de pesquisa “ideal” para responder a sua pergunta • Saber identificar os três grandes modos de se tentar inferir causalidade, na prática Logı́stica e Objetivos • Dois longos encontros • Hoje 9:00–12:00 Definição contra-factual de causalidade (Mais abstrato) • Amanhã 9:00–12:00 Experimentos, quase-experimentos, estudos observacionais (Mais aplicado) • “Slides” serão disponibilizados http://fas-polisci.rutgers.edu/zucco/cursocefor.htm Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que há de “cientı́fico” na ciência social? • Ciência: • A definição contra-factual de causalidade nos ajuda a pensar o método que estamos usando Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que há de “cientı́fico” na ciência social? • Ciência: estudo sistemático • A definição contra-factual de causalidade nos ajuda a pensar o método que estamos usando Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que há de “cientı́fico” na ciência social? • Ciência: estudo sistemático • Ciência Social: • A definição contra-factual de causalidade nos ajuda a pensar o método que estamos usando Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que há de “cientı́fico” na ciência social? • Ciência: estudo sistemático • Ciência Social: estudo sistemático de • Valores • Crenças • Escolhas, ou • Qualquer aspecto humano ou social não determinado biologicamente • A definição contra-factual de causalidade nos ajuda a pensar o método que estamos usando Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que há de “cientı́fico” na ciência social? • Ciência: estudo sistemático • Ciência Social: estudo sistemático de • Valores • Crenças • Escolhas, ou • Qualquer aspecto humano ou social não determinado biologicamente • O que faz a ciência é o método, não a substância! • A definição contra-factual de causalidade nos ajuda a pensar o método que estamos usando Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesquisa empı́rica: Passo-a-passo • Escolher o tema • Revisar a literatura • Definir conceitos • Formular a pergunta (como uma pergunta) • Enunciar uma tese/resposta (como uma resposta) • Considerar argumentos alternativos • Operacionalizar conceitos • Desenhar a pesquisa • Coletar, tratar e avaliar a evidência Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesquisa empı́rica: Passo-a-passo • Escolher o tema • Revisar a literatura • Definir conceitos • Formular a pergunta (como uma pergunta) • Enunciar uma tese/resposta (como uma resposta) • Considerar argumentos alternativos • Operacionalizar conceitos • Desenhar a pesquisa • Coletar, tratar e avaliar a evidência Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesquisa empı́rica: Passo-a-passo • Escolher o tema • Revisar a literatura • Definir conceitos • Formular a pergunta (como uma pergunta) • Enunciar uma tese/resposta (como uma resposta) • Considerar argumentos alternativos • Operacionalizar conceitos • Desenhar a pesquisa • Coletar, tratar e avaliar a evidência Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesquisa empı́rica: Passo-a-passo • Escolher o tema • Revisar a literatura • Definir conceitos • Formular a pergunta (como uma pergunta) • Enunciar uma tese/resposta (como uma resposta) • Considerar argumentos alternativos • Operacionalizar conceitos • Desenhar a pesquisa • Coletar, tratar e avaliar a evidência Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Ressalva A apresentação de um trabalho geralmente não obedece a mesma sequência em que o trabalho foi realizado Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Perguntas & Respostas Uma pergunta empı́rica. . . • Deve ser formulada como uma pergunta • Respondı́vel • Relevante e ainda não respondida Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Perguntas & Respostas Uma pergunta empı́rica. . . • Deve ser formulada como uma pergunta • Respondı́vel • Relevante e ainda não respondida A resposta • Pode ser: • Uma descrição da realidade (fatos) • Uma interpretação da realidade (significado) • Uma explicação da realidade (causas) • E deve ser avaliada empiricamente COMO? Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Exemplos de perguntas descritivas • Qual a popularidade da presidente(a) Dilma? • Qual a taxa de sucesso legislativa do atual governo • O PT ainda é um partido de esquerda? • Qual é o custo da corrupção? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Exemplos de perguntas causais • Democracia leva a crescimento econômico? • Bom desempenho econômico aumenta a popularidade do presidente? • Contribuições de campanha aumentam a chance de vencer eleição? • Distribuir cargos de forma equitativa a partidos da coalizão aumenta o sucesso legislativo dos governos? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que os argumentos causais têm em comum? • Associação entre causa e efeito • Causa é diferente do efeito • Causa precede o efeito • Há um contra-factual implı́cito • Há um “mecanismo” ligando causa a efeito (?) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que os argumentos causais têm em comum? • Associação entre causa e efeito • Causa é diferente do efeito • Causa precede o efeito • Há um contra-factual implı́cito • Há um “mecanismo” ligando causa a efeito (?) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Como podemos identificar uma relação causal? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Como podemos identificar uma relação causal? • Não observamos a relação causal diretamente • Análise empı́rica revela associações • Associações podem (ou não) ser causais • Inferência causal depende de • Uma definição empı́rica de causalidade • Um desenho de pesquisa que permita inferência Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Também conhecido como • Model causal de Rubin Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Também conhecido como • Model causal de Rubin • Modelo causal Neyman-Rubin-Holland Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Também conhecido como • Model causal de Rubin • Modelo causal Neyman-Rubin-Holland • Modelo causal de resultados potenciais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: • Um com a causa presente Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: • Um com a causa presente • Outro com a causa ausente Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: • Um com a causa presente • Outro com a causa ausente • O efeito causal é a diferença entre resultados potenciais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: • Um com a causa presente • Outro com a causa ausente • O efeito causal é a diferença entre resultados potenciais • Não observamos os dois resultados potenciais simultaneamente Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! • Assuma uma “causa” que pode estar presente ou não • Para cada observação há dois “resultados potenciais”: • Um com a causa presente • Outro com a causa ausente • O efeito causal é a diferença entre resultados potenciais • Não observamos os dois resultados potenciais simultaneamente • É uma definição de efeito causal, não de causalidade Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O Modelo Contra-Factual de Causalidade Uma idéia simples, porém poderosa! Em Português Efeito causal é a diferença entre o resultado da observação quando a causa está presente e quando ela não está Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Um exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Um exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos • Resultados potenciais: • Y 0 : Votação do candidato X no municı́pio Z com o apoio do governador • Y 1 : Votação do candidato X no municı́pio X sem o apoio do governador Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Um exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos • Resultados potenciais: • Y 0 : Votação do candidato X no municı́pio Z com o apoio do governador • Y 1 : Votação do candidato X no municı́pio X sem o apoio do governador • Efeito causal: Y 1 − Y 0 Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado • D = (0, 1): indicador de presença/ausência da causa também conhecido como “tratamento” Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado • D = (0, 1): indicador de presença/ausência da causa também conhecido como “tratamento” • Y 0 and Y 1 : os dois resultados potenciais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado • D = (0, 1): indicador de presença/ausência da causa também conhecido como “tratamento” • Y 0 and Y 1 : os dois resultados potenciais • O resultado observado Y pode ser definido como ( Y 1 se D = 1 Y = Y 0 se D = 0 Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado • D = (0, 1): indicador de presença/ausência da causa também conhecido como “tratamento” • Y 0 and Y 1 : os dois resultados potenciais • O resultado observado Y pode ser definido como ( Y 1 se D = 1 Y = Y 0 se D = 0 • De forma mais sumária Y = DY 1 + (1 − D)Y 0 = Y 0 + (Y 1 − Y 0 )D Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resultados Potenciais Um pouco de formalização • Y : resultado observado • D = (0, 1): indicador de presença/ausência da causa também conhecido como “tratamento” • Y 0 and Y 1 : os dois resultados potenciais • O resultado observado Y pode ser definido como ( Y 1 se D = 1 Y = Y 0 se D = 0 • De forma mais sumária Y = DY 1 + (1 − D)Y 0 = Y 0 + (Y 1 − Y 0 ) D | {z } Efeito Causal Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O problema fundamental da inferência causal Grupo Controle (D = 0) Tratamento (D = 1) Y0 Observado Contra-factual Y1 Contra-factual Observado Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O problema fundamental da inferência causal Grupo Controle (D = 0) Tratamento (D = 1) Y0 Observado Contra-factual Y1 Contra-factual Observado O Problema • Para cada observação vemos apenas um Y • Y às vezes é Y 0 e outras Y 1 • Para cada observação i, nós não podemos computar: δi = yi1 − yi0 Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que é o problema fundamental da inferência causal? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Lidando com o “Problema Fundamental. . . ” • A solução cientı́fica • Assumir estabilidade temporal • Assumir homogeneidade de observações • Solução estatı́stica • Assumir independência/aleatorieade de tratamento • Assumir efeito causal constante • Computar efeitos causais médios Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Lidando com o “Problema Fundamental. . . ” • A solução cientı́fica • Assumir estabilidade temporal • Assumir homogeneidade de observações • Solução estatı́stica • Assumir independência/aleatorieade de tratamento • Assumir efeito causal constante • Computar efeitos causais médios Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeito Causal Médio A solução empregada nas ciências sociais • Não podemos computar δi = yi1 − yi0 • Mas podemos juntar diversas observações diferentes • Considere que E[·] é uma média E[δ] = E[Y 1 − Y 0 ] = E[Y 1 ] − E[Y 0 ] • E[δ] é o efeito causal médio de várias observações. . . • algumas observações nos dão informação sobre E[Y 1 ], outras sobre E[Y 0 ] Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Qual a diferença entre efeito causal médio e o efeito causal estritamente definido? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resumo da Estratégia O efeito causal não pode ser observado diretamente! • Causalidade é definido como um contra-factual • Por definição, o contra-factual não é observável Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Resumo da Estratégia O efeito causal não pode ser observado diretamente! • Causalidade é definido como um contra-factual • Por definição, o contra-factual não é observável Solução é tentar simular o contra-factual • Observar outras unidades semelhantes • Assumir que o efeito causal é constante para as unidades observadas • Estimar o “efeito médio’ Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Quando diferenças observadas são causais? • Observamos diferenças entre médias de grupos tratados e de controle • Sob algumas condições, estas diferenças são iguais ao efeito causal • Estas condições raramente estão presentes em estudos observacionais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Voltando ao exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Voltando ao exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos • Contra-factual: Observar a mesma eleição, com o mesmo candidato, só que com o outro tratamento/controle Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Voltando ao exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos • Contra-factual: Observar a mesma eleição, com o mesmo candidato, só que com o outro tratamento/controle • Problema fundamental da inferência causal Só podemos observar cada eleição uma única vez Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Voltando ao exemplo simples Hipótese Candidatos a prefeito apoiados pelo governador recebem mais votos • Contra-factual: Observar a mesma eleição, com o mesmo candidato, só que com o outro tratamento/controle • Problema fundamental da inferência causal Só podemos observar cada eleição uma única vez • O que fazemos? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Lidando com o Problema Fundamental • Encontrar unidades comparáveis Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Lidando com o Problema Fundamental • Encontrar unidades comparáveis • Observar tratamento e resultado em cada unidade Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Lidando com o Problema Fundamental • Encontrar unidades comparáveis • Observar tratamento e resultado em cada unidade • Computar efeitos causais “médios” • Média de votos dos apoiados (tratados) • Média de votos dos não-apoiados (controle) • A diferença entre estas médias é o efeito observado Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pergunta • O quão adequado é este contra-factual? • A diferença observada é o efeito causal de ser apoiado pelo governador? Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Diferenças iniciais entre grupos de controle e tratamento E(Y 0 |D = 0) − E(Y 0 |D = 1) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Diferenças iniciais entre grupos de controle e tratamento E(Y 0 |D = 0) − E(Y 0 |D = 1) | {z } | {z } Observado Contra-factual Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Efeito médio do tratamento nos tratados (ETT) E(Y 1 |D = 1) − E(Y 0 |D = 1) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Efeito médio do tratamento nos tratados (ETT) E(Y 1 |D = 1) − E(Y 0 |D = 1) | {z } | {z } Observado Contra-factual Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Efeito médio do tratamento nos tratados (ETT) E(Y 1 |D = 1) − E(Y 0 |D = 1) | {z } | {z } Observado Contra-factual Efeito médio do tratamento no controle (ETC) E(Y 1 |D = 0) − E(Y 0 |D = 0) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Efeito médio do tratamento nos tratados (ETT) E(Y 1 |D = 1) − E(Y 0 |D = 1) | {z } | {z } Observado Contra-factual Efeito médio do tratamento no controle (ETC) E(Y 0 |D = 1) − E(Y 0 |D = 0) | {z } | {z } Observado Contra-factual Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Efeito médio do tratamento (EMT) E(Y 1 ) − E(Y 0 ) Assumindo o mesmo efeito nos tratados e no controle Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Diferença efetivamente observada E(Y |D = 1) − E(Y |D = 0) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Pesando no significado das diferenças que observamos. . . Grupo Controle Tratamento Y0 Observado E(Y 0 |D = 0) Contra-factual E(Y 0 |D = 1) Y1 Contra-facutal E(Y 1 |D = 0) Observado E(Y 1 |D = 1) Diferença efetivamente observada E(Y |D = 1) − E(Y |D = 0) | {z } | {z } Observado Contra-factual Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que observamos nem sempre é o que queremos! E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] = | {z } Diferenças Observadas 1 E[Y |D = 1] − E[Y 0 |D = 1] {z } | ETT + E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Diferenças iniciais ou viés de seleção Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que observamos nem sempre é o que queremos! E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] = | {z } Diferenças Observadas 1 E[Y ] − E[Y 0 ] {z } | EMT + E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Diferenças iniciais ou viés de seleção Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que observamos nem sempre é o que queremos! E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] = | {z } Diferenças Observadas 1 E[Y ] − E[Y 0 ] | {z } EMT + E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Diferenças iniciais ou viés de seleção n o + (1 − π) E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 1] − E[Y 1 |D = 0] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Efeitos Diferencial (ETT-ETC) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas O que observamos nem sempre é o que queremos! E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] = | {z } Diferenças Observadas 1 E[Y ] − E[Y 0 ] | {z } EMT + E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Diferenças iniciais ou viés de seleção n o + (1 − π) E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 1] − E[Y 1 |D = 0] − E[Y 0 |D = 0] | {z } Efeitos Diferencial (ETT-ETC) O efeito do tratamento é igual ao que observamos somente quando: • Diferenças iniciais = 0, e • Efeito diferencial do tratamento = 0 Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Fazer faculdade aumenta a capacidade Pessoas que decidem fazer faculdade têm mais capacidade A capacidade dos que fazem faculdade aumentaria mais do que a capacidade dos que não fazem Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Fazer faculdade aumenta a capacidade Pessoas que decidem fazer faculdade têm mais capacidade A capacidade dos que fazem faculdade aumentaria mais do que a capacidade dos que não fazem Diferenças observados E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Diferenças observados E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] Fazer faculdade aumenta a capacidade Efeito médio do tratamento E[Y 1 ] − E[Y 0 ] Pessoas que decidem fazer faculdade têm mais capacidade A capacidade dos que fazem faculdade aumentaria mais do que a capacidade dos que não fazem Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Diferenças observados E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] Fazer faculdade aumenta a capacidade Efeito médio do tratamento E[Y 1 ] − E[Y 0 ] Pessoas que decidem fazer faculdade têm mais capacidade Diferenças iniciais/Seleção E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] A capacidade dos que fazem faculdade aumentaria mais do que a capacidade dos que não fazem Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos de Educação na Capacidade Mental Exemplificando cada uma das quantidades relevantes Pessoas que fazem faculdade demonstram mais capacidade Diferenças observados E[Y 1 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] Fazer faculdade aumenta a capacidade Efeito médio do tratamento E[Y 1 ] − E[Y 0 ] Pessoas que decidem fazer faculdade têm mais capacidade Diferenças iniciais/Seleção E[Y 0 |D = 1] − E[Y 0 |D = 0] A capacidade dos que fazem faculdade aumentaria mais do que a capacidade dos que não fazem Efeitos Diferenciais do Tratamento E[Yi1 |Di = 1] − E[Yi0 |Di = 1] −E[Yi1 |Di = 0] − E[Yi0 |Di = 0] Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Quando diferenças iniciais ou efeitos diferenciais existem, o contra-factual não está bem definido Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Não vamos falar muito de efeitos diferenciais Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas No mundo real, diferenças iniciais quase sempre existem por conta do “viés de seleção” Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção De onde vem o viés de seleção? 1. Observador seleciona “mal” os casos Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas De onde vem o viés de seleção? 1. Observador seleciona “mal” os casos 2. O “mundo” nos mostra uma seleção particular de cases • Prefeitos apoiados • Contribuições de campanha • Efeitos de educação Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Hospitais faze mal à saúde Grupo Vistou Hospital Não visitou N 7774 90049 Índice de Saúde 3.21 3.93 EP 0.014 0.003 Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas A Intuição do Problema Um caso de auto-seleção TREATMENT (Hospital Visit) OUTCOME (Health Index) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas A Intuição do Problema Um caso de auto-seleção SELF-‐SELCTION (Feel bad) TREATMENT (Hospital Visit) OUTCOME (Health Index) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Consequências do Viés de Seleção • O contra-factual não é bem definido • Grupos de control e tratamento diferem em outros atributos além da presença ou não da causa • O efeito causal: • se confunde com outras diferenças entre os grupos • não pode ser identificado Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o que observamos é o que queremos! Grupo Vistou Hospital Não Visitou N 7774 90049 Índice de Saúde 3.21 3.93 EP 0.014 0.003 Diferenças Observadas = Efeito Causal + Diferenças Iniciais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o que observamos é o que queremos! Grupo Vistou Hospital Não Visitou N 7774 90049 Índice de Saúde 3.21 3.93 EP 0.014 0.003 Diferenças Observadas = Efeito Causal + Viés de Seleção Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção 1.0 Um Exemplo Doméstico ● ●● ● ● ● ●●● ●●● ● ●● ● ● ●● ●●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ●● ● ● ● ●●● ● ●●● ●●●● ●●●●● ● ● ● ● ● ●●● ●● ● ● ●● ●●● ●● ● ● ●● ●● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ●●● ●● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ●● ●●● ● ●●● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●●●●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●●●●● ● ● ● ● ● ●●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●●●●●●●●●●●●●● ● ● ●● ● ● ●● ● ●●●●● ● ●●●●●●●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ●● ● ●● ● ●●●● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ●● ● ●●● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ●● ●● ● ●●● ● ●● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ●● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ●●●● ● ● ● ● ●● ● ●● ●● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●● ● ● ● ●● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ●● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ●● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ●● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ●● ●●● ●●● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ●●● ●● ● ● ● ●● ● ●●● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●●● ● ● ● ● ●● ● ● ●●●●●●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ●●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ●●●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ●●● ●● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●●●●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●●●● ● ● ●●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●●●●●●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●●● ●● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ● ● ● ● ●● ● ●● ●● ● ●● ● ●● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● 0.8 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● 0.6 ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0.0 Dilma 2010 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● 0.4 ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ●● ●●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ● ●● ●● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ●●●● ● ●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●●● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0.2 ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● 0.0 0.2 0.4 0.6 CCT Scope 2010 0.8 1.0 Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Um Exemplo Doméstico O mesmo vale para o nı́vel do indivı́duo • Beneficiários votam mais para governo • Beneficiários são diferentes de não beneficiários em várias dimensões • Efeito do benefı́cio se confunde com o efeito das outras diferenças Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Como evitar viés de seleção Desenhando Pesquisas Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas A “solução” para o viés e seleção Tratar Independentemente/Aleatoriamente A decisão de tratar ou não uma observação é feita por alguma regra que independe de qualquer outra caracterı́stica da observação, inclusive o valor de Y Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Efeitos do tratamento aleatório O “pulo do gato” • Cria grupos (tratamento e controle) que são idênticos, na média • Cancela todas as outras diferenças entre os grupos • Equilibra grupos em todos os atributos, observáveis ou não • Permite que interpretamos quaisquer diferenças observadas como efeitos causais • Nos permite identificar efeitos causais Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o tratamento é aleatório! Tipos de desenho de pesquisa Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o tratamento é aleatório! Tipos de desenho de pesquisa • Experimentos • Manipulação do tratamento • Controle estrito∗ Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o tratamento é aleatório! Tipos de desenho de pesquisa • Experimentos • Manipulação do tratamento • Controle estrito∗ • Estudos observacionais • Tratamento é nao aleatório • Não é manipulado pelo pequisador • Exige correções estatı́sticas (nem sempre possı́veis) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Nem sempre o tratamento é aleatório! Tipos de desenho de pesquisa • Experimentos • Manipulação do tratamento • Controle estrito∗ • Quase-Experimentos & Experimentos Naturais • Tratamento é “como se” aleatório • Mas não é manipulado pelo pesquisador • Estudos observacionais • Tratamento é nao aleatório • Não é manipulado pelo pequisador • Exige correções estatı́sticas (nem sempre possı́veis) Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Passos para desenhar a pesquisa 1. Qual a relação causal de interesse? 2. Num mundo sem restrições, que experimento indentificaria o efeito causal? 3. Qual a estratégia de identificação disponı́vel no mundo real? • Experimentos • Experimentos Naturais/Quase-Experimentos • Estudos Observacionais 4. Quais técnicas (estatı́sticas ou não) serão utilizadas para avaliar os dados? • Depende da estratégia escolhida Da Pergunta ao Desenho Causalidade Inferência Causal Viés de seleção Desenhando Pesquisas Experimentos são o “ideal” de referência • Que experimento poderia identificar o efeito do Bolsa Famı́lia? • No nı́vel macro? • No nı́vel individual • Há algum quase-experimento disponı́vel? • Se vou usar dados observacionais, que cuidados (correções) devo tomar? Recaptulando • Efeito causal é uma definição contra-factual • Não pode ser observado diretamente • Diferenças observáveis podem ou não ser causais • Teremos mais certeza de que são causais quanto “melhor” for desenho de pesquisa • Os “melhores” desenhos são aqueles que eliminam (ou lidam com) viés de seleção Amanhã • Mais sobre experimentos • Quase-experimentos e experimentos naturais • Problemas com estudos observacionais