CIENCIA POLITICA - EPPGG2013
1. Conceitos básicos da ciência política:
consenso; conflito; política; poder;
autoridade; dominação; legitimidade,
soberania, ideologia, hegemonia.
Consensoduplo entendimento
Acordo tácito ou declarado entre
indivíduos, grupos, organizações ou
Estados quanto a objetos diversos, como
princípios ou valores supremos; meios,
procedimentos ou regras do jogo;
finalidades, objetivos ou políticas.
BOBBIOÉ método de tomada de decisão
mediante um acordo geral (mas não
necessariamente unânime) entre os
membros de um grupo ou comunidade.
Resulta de um processo de negociação e decisão,
obtido devido às partes cederem, concordarem e
discordarem, obtendo um resultado final diferente
do ponto de partida, com benefícios e perdas
comuns, ou até mesmo com a construção de uma
nova solução, diferente das posições originais.
Não confundir a busca de um meio-termo com
consenso, pois o consenso não se refere ao
resultado, mas sim a um método.
É possível que algum conflito de interesses
impossibilite a construção de um consenso.
Nestes casos, a resolução pode ser feita por meio
de uma votação, que consiste em estabelecer um
ponto em que uma maioria (definida segundo
critérios específicos)concorde.
Conflito é uma forma de interação entre
indivíduos, grupos, classes, organizações ou
coletividades que possui natureza antagônica
e desagregadora, implicando choques entre as
partes, envolvendo o uso da violência ou não.
Pode ter origem econômica, religiosa, cultural,
étnica, territorial e geralmente envolve o
acesso, controle e distribuição de recursos
escassos: riqueza, prestígio, poder, cargos,
território, etc.
O conflito está normalmente relacionado com
os interesses (materiais ou ideais, objetivos ou
subjetivos) de cada uma das partes.
Interpretações do conflito:
Teorias do equilíbrio e da harmonia: Comte,
Durkheim, Pareto, Parsons, Merton vêem o
conflito como anomalia, perturbação,
disfunção
Teorias do movimento e da mudança: Marx,
Stuart Mill, Dahrendorf e Touraine vêem o
conflito como de origem endógena, intrínseco
à vida em sociedade, manifestação da
vitalidade social.
Marx em toda sociedade o principal tipo de
conflito e motor da mudança histórica é a luta
de classes.
É impossível eliminar os conflitos, pode-se reprimi-los
(pela coerção) ou administrá-los (pela política).
Coerção é o ato de induzir, pressionar ou compelir
alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça.
Política é a resolução pacífica de conflitos (Schmitter)
Política é o conjunto de procedimentos e instrumentos
formais e informais destinados à resolução pacífica de
conflitos quanto a bens públicos (Rua).
A política não tem fins constantes ou um fim que
compreenda a todos ou possa ser considerado
verdadeiro. Refere-se aos meios e não aos fins.
Poder é característica de uma relação entre dois ou
mais sujeitos, na qual um impõe ao/s outro/s a sua
própria vontade e lhe/s determina o comportamento
(obediência), a despeito de eventuais resistências
(conflito).
O poder é relacional em envolve conflito e coerção
entre dois ou mais sujeitos;
O poder é assimétrico;
O poder é relativo: depende do contexto: os sujeitos
envolvidos na relação, a esfera de atividade e o
momento em que se dá a relação;
O
poder
(exercido
ou
omitido)
produz
consequências perceptíveis (diz-se que é mensurável);
O poder é intencional;
O poder não é neutro, nem na ação nem na
omissão;
Tipologia clássica do poderfoco no
fundamento e no beneficiário não distingue
a especificidade do poder político
Poder paterno: fundado na natureza e
exercido em favor dos filhos;
Poder despótico: fundado na probabilidade
do castigo pela desobediência e exercido em
favor do senhor;
Poder político: fundado no consenso e
exercido tanto em favor do governante como
dos governados
Tipologia modernabaseia-se nos meios de
exercício do poder (Bobbio)
Poder econômicobaseia-se no controle dos
recursos e retribuições materiais;
Poder ideológico baseia-se na influência das
crenças, das idéias e dos valores a elas associados
e na possibilidade de aplicação de castigos e
recompensas simbólicos, reconhecidos como
relevantes pela sociedade, envolvendo o status dos
seus membros;
Poder políticobaseia-se na possibilidade real e
latente de emprego da violência: ameaça e/ou
aplicação efetiva de sanções físicas.
A possibilidade de recorrer à força distingue o
poder político das outras formas de poder. Isso não
significa que ele se seja exercido pelo uso da força;
a possibilidade do uso é condição necessária, mas
não suficiente para a existência do poder político.
Elementos do exercício do poder:
•Recursos de poder: riqueza, força, informação,
conhecimento, prestígio, popularidade, relações sociais,
reputação, etc.
•Habilidades no uso dos recursos de poder;
•Modos de exercício do poder: persuasão, manipulação,
promessas, ameaças, etc.
•Atitudes dos subordinados: reconhecimento, percepções e
expectativas(reações previstas)
Conflitualidade do poder: depende dos modos específicos
pelos quais o poder é exercido (persuasão X ameaça de
punição), do antagonismo de vontades e do ressentimento
derivado da desigualdade de recursos
Níveis de consolidação do poder
Poder potencial: é a capacidade de um sujeito determinar
o comportamento de outros. Esta capacidade depende de
uma combinação adequada entre os recursos de poder,
as habilidades no seu uso, as possibilidades de dispor dos
modos de exercício do poder e as atitudes dos
subordinados.
Poder estabilizado ocorre quando um sujeito (A)
executa continuamente ações de poder sobre um ou mais
sujeitos (B) tendo como resultado constante a realização
dos comportamento pretendidos por (A). Expressa-se
como uma relação duradoura de comando e obediência.
Poder institucionalizadoocorre quando o poder
estabilizado se articula em uma pluralidade de funções
claramente definidas e estavelmente coordenadas entre
si: governo, administração pública, etc.
O PODER NO PENSAMENTO ELITISTA é concentrado nas
mãos de uma minoria: elites das diversas organizações
burocráticas
da
sociedade
(grandes
empresas,
universidades, agências governamentais, sindicatos de
trabalhadores, partidos políticos, forças armadas, etc.).
O poder da elite, por sua vez, baseia-se em fontes variadas: a
ocupação de cargos formais, saúde financeira, experiência
técnica, conhecimento, reputação de família, etc.
Para se perpetuarem, estas elites coordenam suas atividades
entre si e cooperam para o desenvolvimento de políticas que
beneficiam a maioria. A resolução de conflitos, todavia, se dá
entre os donos do poder em arenas restritas, centralizadas e
estáveis.
O poder da elite é mais perceptível não com relação às
decisões tomadas, mas na formação da agenda, quando é
capaz de impedir a inclusão, na agenda governamental, de
demandas que ameacem os seus interesses.
O PODER PARA O PENSAMENTO ELITISTA:
A política é o resultado das preferências e valores das
elites governamentais (políticos, burocratas, magistrados,
etc) e seus aliados.
A sociedade não define a política pública, os indivíduos
em geral são pouco informados, não conhecem suas
próprias demandas e as elites moldam as suas opiniões.
Porém as elites não podem continuamente impor seus
interesses às massas, têm que fazer concessões para
permanecer no poder.
Caso isso não ocorra, podem ser substituídas por outra elite.
Circulação de Elites absorção dos estratos superiores das
camadas subordinadas
PENSAMENTO ELITISTA
Mosca capacidade de organização + posse de atributos
socialmente valorizados
Paretoresíduos(astúcia e força). Circulação de elites
Michels a “Lei de Ferro da Oligarquia”elites
organizacionais
C.W.Mills “elite do poder” (complexo industrial-militar)
Burnham os administradores (executivos de corporações)
são a elite do poder
Lowi, Lipsky, Peterspoder das burocracias
Adams e outrosTriângulos de ferro
Bachrach & Baratz: duas faces do poder (não-decisão)
Lukes a terceira face do poder conflitos latentes
O PODER NO PENSAMENTO MARXISTA
É poder de classesua base é a propriedade privada e as
relações objetivas de classe daí resultantes.
A classe social que controla os meios de produção
econômica também é capaz de controlar os meios de
produção da política a classe dominante procura exercer a
hegemonia em um determinado período histórico.
O Estado não é uma entidade neutra, mas sim um
instrumento da classe dominante; e usa não somente
instrumentos de repressão, mas também variados recursos
ideológicos para atuar como auxiliar do processo de
acumulação de capital.
Para isso, é capaz de manipular valores visando manter os
conflitos em forma latente (não manifesta), fazendo com que
os atores desprivilegiados aceitem como sendo favoráveis
as decisões que são prejudiciais aos seus interesses, sem
perceber esta contradição.
O PODER NO PENSAMENTO MARXISTA
Marx e neo-marxistas:
Marx/Engelso poder é concentrado; é poder de classe
social, pois a classe que domina os meios de produção
econômica domina também os demais meios de
produção: política, jurídica, etc.
o Estado é o comitê executivo dos interesses da
burguesia (classe)As políticas públicas expressam a
configuração das relações e das lutas de classe em
uma dada sociedade.
Democracias burguesaso poder político é exercido em
nome dos proprietários dos meios de produção
(capitalistas)isso define as políticas públicas
reproduzem os interesse da acumulação do capital
Neo-marxistas:
Poulantzas Estado dispõe de autonomia
relativa frente à burguesia, podendo adotar
políticas contrárias aos seus interesses imediatos
para proteger seus interesses de longo prazo.
Offe dependência estrutural do Estado em
relação aos interesses de longo prazo do
capitalismo (acumulação X legitimação). Tem que
adotar políticas que favoreçam a acumulação de
capital e extrair recursos da atividade econômica
para financiar políticas de bem estra destinadas a
assegurar a legitimidade do seu poder.
O PODER NO PENSAMENTO PLURALISTA o
poder político é amplamente distribuído entre os
vários e diferentes indivíduos e grupos.
Nenhum indivíduo ou grupo está completamente
desprovido de poder, assim como nenhum grupo
prevalece completamente sobre qualquer outro,
pois os recursos de poder _ tais como dinheiro,
informação, conhecimento, votos, ocupação de
cargos formais, etc. _ costumam ser dispersos.
Isso faz com que o resultado da competição política
dependa da capacidade de cada grupo de se
organizar,
selecionar
recursos
estratégicos,
escolher aliados e disputar competitivamente quem
ganha o quê.
O PODER NO PENSAMENTO PLURALISTA
Os indivíduos se organizam em grupos e têm múltiplos
interesses e afiliações, fazendo alianças contextuais, à base
de interesses tangenciais.
Os grupos são vistos como o meio de intermediação entre os
indivíduos e os governos.
As decisões em políticas públicas são vistas como resultado
das interações dos grupos: conflitos, associações,
barganhas, coalizões, etc.
A política pública representaria o ponto de equilíbrio
alcançado, em cada momento específico, na luta entre os
grupos.
PENSAMENTO PLURALISTA
Lasswell “Quem ganha o quê, como e quando?” A análise das
decisões nas políticas públicas mostra que o resultado da disputa
política não beneficia sempre os mesmos grupos.
Dahl “Who Governs?” Todos os grupos têm alguma capacidade
de influir no processo decisório das políticas públicas.
Crítica ao modelo da elite dirigente”Elite precisa ser grupo
específico e homogêneo; possuir identidade programática; e obter
sempre decisões favoráveis.
Lindblom Nas democracias orientadas para o mercado há atores
com posições privilegiadas, especialmente as corporações.
Olson a provisão de bens públicos resulta da lógica da ação
coletiva dos grandes e pequenos grupos.
A racionalidade das escolhas individuais nem sempre conduz a
resultados coletivos racionais.
Autoridade é o poder revestido de
consentimento, sendo este consentimento
estável no tempo.
Autoridade é a disposição de obedecer de
forma incondicional baseada na crença da
legitimidade do poder: é a aceitação do
poder como legítimo que produz a atitude
mais ou menos estável no tempo para a
obediência incondicional às diretrizes que
provêm de uma determinada fonte.
Legalidade é a conformação do
comportamento às diretrizes legais.
Legitimidade é a capacidade de um
determinado poder para conseguir
obediência sem necessidade de recorrer à
coerção que supõe a ameaça da força.
A legitimidade é o reconhecimento da
autoridade, essencial à dominação. Resulta
da convicção de que o poder deriva de
valores comuns e finalidades
compartilhadas.
Mas o poder não é necessáriamente sempre
legítimo e nem a obediência é sempre um
dever.
Dominação é a probabilidade de encontrar
obediência a uma ordem de determinado
conteúdo, entre determinadas pessoas
indicáveis.
Uma relação de dominação supõe que a
obediência aos comandos fundamenta-se no
reconhecimento dos que obedecem ao
conteúdo obrigatório dos ordenamentos.
Implica o reconhecimento da autoridade de
que está investida a fonte desses
ordenamentos.
Existem três tipos puros de dominação:
tradicional, carismática e racional-legal
Dominação tradicionalo poder é reconhecido com
base nas tradições, na autoridade do “ontem
eterno”, sendo a ordem social percebida pelos seus
membros como tendo sempre existido, impondo-se
como natural e obrigatória.
Exemplo: poder patriarcal, o direito divino dos reis. É
própria das sociedades antigas.
Características da Dominação tradicional :
•Obediência devida à pessoa do governante e não ao cargo
ou às leis;
•O dever da obediência é justificado pela tradição, pelo
costume;
•As normas não são obedecidas por serem racionais, mas
por expressarem a tradição;
•Em tudo o que a tradição se omitir, a vontade do
governante corresponde à lei;
•O quadro administrativo é composto por membros
selecionados pessoalmente, com base em relações de
parentesco ou fidelidade pessoal ou ambas;
•Os poderes e atribuições do quadro administrativo
dependem da tradição e da confiança do governante;
•Não se aplicam princípios de competência técnica.
Dominação Carismática a legitimidade se baseia no
dom da “graça”, que é intrínseco ao governante,
pessoal e extraordinário. Os comandados obedecem
porque acreditam nas qualidades extraordinárias do
líder, na sua genialidade e no caráter extraordinário
dos seus ordenamentos.
A dominação carismática rejeita tudo o que é rotina e
tradição, por isso, tende a ser revolucionária.
•A dominação carismática pode ocorrer em qualquer
tempo e lugar, sejam sociedades tradicionais ou
modernas.
Características da Dominação Carismática :
•Obediência direta à pessoa do líder;
•O dever de obedecer baseia-se na afetividade e deve-se
ao carisma do líder;
•Competências racionais não definem a ocupação de
cargos;
•A escolha do quadro de funcionários é feita com base no
carisma, na devoção ao líder, na vocação pessoal;
•Não há regras de competência técnica nem privilégios
estamentais na definição das atribuições;
•Não há quaisquer tipos de regras para a administração
•Embora o carisma não suporte a rotina, à medida que uma
liderança carismática se torna poder estabilizado e
institucionalizado, a tendência é a sua rotinização.
Dominação Racional-LegalA base da obediência é
o reconhecimento de que as ordens formuladas
visam a atingir finalidades compartilhadas ou que
assim se apresentam (aspecto racional) e
conformam-se a regras aceitas por todos (aspecto
legal).
•A dominação racional-legal é própria das sociedades
complexas e dos Estados modernos, nos quais
operam organizações burocráticas e burocracias
profissionais.
Características da Dominação Racional-Legal:
•A obediência orienta-se para a norma legal e não para
as pessoas que ocupam cargos;
•O governante é obedecido em virtude do cargo que
ocupa e não por tradição ou por qualidades pessoais;
•Os que comandam estão, como todos os demais,
sujeitos à lei;
•O quadro administrativo é composto por profissionais
selecionados por competência técnica;
•Os funcionários não têm vinculação tradicional ou
afetiva com os governantes;
•Os cargos administrativos são organizados conforme
um padrão hierárquico, ordenados segundo um
conjunto de atribuições legalmente fixadas.
Ideologia é um termo usado no senso comum com o sentido
de "conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de
mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para
suas ações sociais e, principalmente, políticas".
A ideologia, segundo Karl Marx, é uma falsa consciência da
realidade, um instrumento de dominação que age através
do convencimento (e não da força), de forma prescritiva,
alienando a consciência humana e mascarando a realidade.
A construção da hegemonia depende fortemente da
mobilização da ideologia e dos aparatos ideológicos: família,
escola, igrejas, imprensa, etc
Hegemonia é a capacidade de direção
intelectual e moral, em virtude da qual uma
classe consegue ser aceita como guia legítimo
e obtém o consenso ou a passividade da
maioria da população frente às metas impostas
à vida social e política de um país.
É a dominação consentida (Gramsci)
É a dominação ideológica de uma classe social
sobre outra. Para ser classe dirigente, a classe
dominante, deve articular em torno de si um
bloco de alianças e obter pelo menos o
consenso passivo das classes e camadas
dirigidas.
Soberania (política): É a qualidade máxima do poder social
através da qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado
prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos
sociais intermediários.
No âmbito interno, a soberania de um Estado traduz a
superioridade de suas diretrizes na organização da vida
comunitária e se expressa como poder extroverso.
No âmbito externo, a soberania traduza idéia de igualdade de
todos os Estados na comunidade internacional.
Elementos da soberania: é um poder (faculdade de impor aos
outros um comando a que eles ficam a dever obediência)
perpétuo (não pode ser limitado no tempo) e absoluto (não está
sujeito a condições ou encargos postos por outrem, não recebe
ordens ou instruções de ninguém e não é responsável perante
nenhum outro poder).
Características da soberania:
é una e indivisível (não pode ser dividida por dois
governantes ou por vários órgãos);
é própria e não delegada (pertence por direito próprio ao
Rei);
é irrevogável (princípio de estabilidade política - o povo
não tem direito de retirar ao seu soberano o poder
político o poder político que este possui por direito
próprio);
é suprema na ordem interna (não admite outro poder
com quem tenha de partilhar a autoridade do Estado);
é independente na ordem internacional (o Estado não
depende de nenhum poder supranacional e só se
considera vinculado pelas normas de direito
internacional resultantes de tratados livremente
celebrados ou de costumes voluntariamente aceites).
1-Uma das muitas clivagens da teoria política e sociológica refere-se à
concepção da vida em sociedade e da ordem política como harmoniosas e
equilibradas ou,ao contrário, conflituosas. Examine os enunciados abaixo e
marque a alternativa correta:
1-Ao instituir a ordem política os conflitos fundamentais da vida coletiva são
resolvidos e o conflito se limita às relações entre os Estados na arena
internacional.
2-O consenso representa um método de decisão, correspondendo a um meio
termo resultante do diálogo entre partes em disputa.
3-Como método de decisão em sociedades conflituosas o consenso é uma
alternativa à regra da maioria.
4-O conflito pode ter origem econômica, religiosa, cultural, étnica, territorial e
geralmente envolve o acesso, controle e distribuição de recursos escassos:
riqueza, prestígio, poder, cargos, território, etc.
A)Todas as alternativas estão corretas
B)Todas as alternativas estão incorretas
C)Somente as alternativas de número 1 e 4 estão corretas
D)Somente as alternativas de número 2 e 4 estão corretas
E)Somente as alternativas de número 3 e 4 estão corretas
2- (ESAF\APO\2003) Q. 01- Examine os conceitos que se seguem e
identifique a seqüência correta em que estão apresentados:
- Forma de interação dos indivíduos, grupos, organizações,
coletividades ou Estados, caracterizados pela disputa aberta,
potencialmente violenta, pelo acesso e distribuição de recursos ou
bens escassos.
- Acordo entre indivíduos, grupos, organizações ou Estados quanto a
objetos diversos, quais sejam, princípios ou valores supremos; meios,
procedimentos ou regras do jogo; finalidades, objetivos ou políticas.
- Procedimentos formais e informais que expressam relações de poder
e se destinam à resolução pacífica de conflitos quanto a bens públicos.
- Poder estável e persistente, ao qual os subordinados obedecem por
acreditarem na sua legitimidade.
- Relação social que se caracteriza pela capacidade de uma das partes
de obter obediência ainda que haja resistência da(s) outra(s) parte(s).
A) PODER, CONSENSO, COOPERAÇÃO, POLÍTICA, AUTORIDADE.
B) CONFLITO, COOPERAÇÃO, POLÍTICA, AUTORIDADE, PODER.
C) COMPETIÇÃO, CONSENSO, COOPERAÇÃO, PODER, AUTORIDADE.
D) COMPETIÇÃO, CONSENSO, AUTORIDADE, PODER, POLÍTICA.
E) CONFLITO, CONSENSO, POLÍTICA, AUTORIDADE, PODER.
3- STN, Prova de 2005, ESAF, 61- Um dos componentes mais decisivos
nas relações situadas nas esferas da política e da administração é o
poder. Sobre esse tema, indique qual(is) item(ns) abaixo está(ão)
correto(s), assinalando a opção correspondente.
1 - O poder é um atributo possuído pelos homens, consistindo na
posse dos meios para satisfazer seus desejos e necessidades e na
possibilidade de dispor livremente desses meios.
2 - O poder é uma relação entre homens e entre estruturas
organizacionais simples ou complexas e compreende um ou mais
sujeitos, um ou mais objetos e uma esfera de atividades na qual esse
poder se exerce.
3 - O poder institucionalizado, próprio das organizações, compreende
um conjunto de relações de comando e obediência objetivamente
definidas, articuladas numa pluralidade de funções hierarquizadas e
estavelmente coordenadas entre si.
4 - A conflitualidade é inerente ao poder, mas depende igualmente do
modo de exercer o poder, do antagonismo das vontades, do
ressentimento devido à desigualdade de recursos e da cultura
organizacional.
a) Somente o item 2 está correto.
b) Somente os itens 1 e 3 estão corretos.
c) Somente o item 4 está correto.
d) Somente os itens 2 e 3 estão corretos.
e) Somente os itens 3 e 4 estão corretos.
4 - STN - Prova de 2000, ESAF, 49- Max Weber, em sua clássica
descrição dos três tipos puros de dominação legítima, discorre
sobre a dominação burocrática, elucidando suas principais
características.
Assinale a opção que descreve corretamente a concepção
weberiana de autoridade burocrática.
a) Trata-se de um tipo de dominação que se baseia no estatuto,
isto é, na lei, podendo ser também chamada de dominação legal.
b) Trata-se de um tipo de dominação em que a obediência
decorre do prestígio e respeitabilidade conquistados por seus
detentores.
c) Trata-se de um tipo de dominação em que o talento e o poder
intelectual de seu possuidor sobrepujam outros tipos de poderes.
d) Trata-se de um tipo de dominação ancorada na obediência à
norma estatuída e na autoridade tradicional.
e) Trata-se de um tipo de dominação comum em sociedades
tradicionais, baseada no estatuto jurídico.
5. (EPPGG 2003/39) Entre as assertivas abaixo, sobre o fenômeno da dominação,
indique a ÚNICA INCORRETA.
A) Dominação é o poder autoritário de comando do(s) governante(s), que se
exerce como se o(s) governado(s) tivesse(m) feito do conteúdo da ordem a
máxima da sua conduta por si mesma.
B) Nas sociedades modernas, onde a base da legitimidade é a lei, a administração
dispensa a dominação, no sentido de um poder de comando que precisa estar
nas mãos de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos.
C) A dominação tradicional refere-se ao comando exercido por senhores que
gozam de autoridade pessoal em virtude do status herdado, e cujas ordens são
legítimas tanto por se conformarem aos costumes como por expressarem a
arbitrariedade pessoal.
D) A dominação carismática ocorre quando o poder de comando é proveniente da
crença dos seguidores nos poderes extraordinários, mágicos ou heróicos de um
chefe ou líder, sendo as ordens deste estritamente fundadas na sua capacidade
especial de julgamento.
E) A dominação legal ocorre quando os governados obedecem às normas legais
e não às pessoas que as formulam ou as implementam; e estas aplicam-se e são
reconhecidas como universais por todos os membros do grupo associado,
inclusive o(s) governante(s).
6.(CGU/2008/3) - Segundo Max Weber, um dos mais importantes conceitos
relacionados ao poder é o de legitimidade, que pode ser de três tipos,
conforme as crenças e atitudes em que se fundamenta. Examine os
enunciados abaixo, sobre o poder carismático, e assinale a opção correta.
1 - O poder carismático está fundado na dedicação pessoal e afetiva ao
chefe carismático.
2 - Quem verdadeiramente exerce o comando é o líder ou chefe
carismático, cujo valor exemplar, força heróica, poder de espírito ou de
palavra o distinguem de modo especial.
3 - O poder carismático requer um corpo administrativo dotado de
competência específica, porém selecionado com base na dedicação
pessoal e no carisma.
4 - A fonte do poder carismático se conecta com o que é novo, com o que
nunca existiu, e rejeita a rotina e os vínculos pré-determinados.
a) Todos os enunciados estão corretos.
b) Todos os enunciados estão incorretos.
c) Somente o enunciado de número 3 está incorreto.
d) Somente o enunciado de número 4 está incorreto.
e) Somente os enunciados 3 e 4 estão incorretos.
7. EPPGG 2005/61. O uso do termo “Consenso” em relação a uma
determinada sociedade significa afirmar que existe um acordo mínimo
entre seus membros quanto a princípios, a valores, a normas, a
objetivos comuns e aos meios para os atingir. Indique qual das
afirmações abaixo está INCORRETA.
a) O Consenso favorece a cooperação e contribui para que a
comunidade supere situações adversas, tais como catástrofes e guerras
b) O Consenso torna dispensável o uso legítimo da violência pelo
Estado em situações controversas.
c) A existência de grupos étnicos, lingüísticos ou religiosos, portadores
de cultura própria dificulta mas não impede o estabelecimento de
Consenso em uma comunidade
d) Transformações sócio-econômicas estruturais e inovações
tecnológicas, que criam necessidades e expectativas para os diversos
segmentos sociais, acentuam os limites das instituições e envolvem a
possibilidade de afetar o Consenso pré-existente
e) Nos regimes autoritários, as divergências são mantidas na
clandestinidade, levando o observador a superestimar o Consenso em
relação a valores e princípios
8-Um dos fenômenos mais difundidos na vida social é o poder, que
permeia desde as relações mais íntimas e privadas até as mais
institucionalizadas. O conceito de poder tem na política o seu papel mais
central, relacionando-se com outros conceitos igualmente relevantes,
como dominação e autoridade. Analise os enunciados abaixo e assinale a
OPÇÃO INCORRETA.
a) A coerção consiste em um alto grau de constrangimento ou ameaça de
privações a um ou mais sujeitos por parte de outro ou outros, de modo que a
obediência à vontade de quem a exerce aparenta ser a alternativa menos
penosa.
b) O poder é a capacidade de imposição da vontade de um sujeito a outro ou
outros, a despeito de eventual resistência, portanto, envolve conflituosidade.
c) O poder é um conceito relacional, que deriva não somente da posse ou uso
efetivo de determinados recursos, mas também de imagens, de hábitos e de
expectativas quanto a reações dos atores envolvidos numa relação.
d) O conceito de autoridade está fundamentado na legitimidade, cuja origem
podem ser, ou não, os ordenamentos jurídicos que definem as funções do
detentor do poder.
e) As relações permanentes de mando e obediência política baseiam-se
tanto em fatores materiais como em hábitos e expectativas e ocorrem
especificamente no ambiente do Estado.
Questão 09 - (ESAF\Gestor\2008) Q. 51- Poder e dominação são alguns
conceitos centrais da Ciência Política. Analise os enunciados abaixo
sobre tais conceitos e assinale a resposta correta.
1. Todas as qualidades imagináveis de uma pessoa e todas as espécies
de constelações possíveis podem pôr alguém em condições de impor sua
vontade, em uma dada situação.
2. Dominação é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de
determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis.
3. A situação de dominação está ligada à presença efetiva de alguém
mandando eficazmente e outros, mas não necessariamente à existência
de um quadro administrativo nem à de uma associação.
4. Uma associação de dominação política ocorre quando a sua
subsistência e a vigência de suas ordens, dentro de determinado
território, estão garantidas de modo contínuo mediante ameaça e
aplicação de coação física por parte do seu quadro administrativo.
a) Somente o enunciado 1 está incorreto.
b) Estão incorretos os enunciados 1 e 3.
c) Estão incorretos os enunciados 1,3 e 4.
d) Todos os enunciados estão corretos.
e) Todos os enunciados estão incorretos.
10- (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) – Q. 32. O monopólio do
uso da força pelo Estado e seus agentes é uma
característica do poder político. Identifique o enunciado
correto:
a) Somente em países onde existe uma constituição
escrita o Estado tem legitimidade para impor o
monopólio do uso da força.
b) Todo grupo organizado e com uma liderança
constituída tem legitimidade para usar a força.
c) É preciso que exista um sistema legal para que a
violência seja usada legitimamente pelos agentes do
Estado.
d) A legitimidade do monopólio da força exclui a
dominação ideológica.
e) O Estado que abre mão de manter forças armadas
deixa de ter o monopólio da força.
11- (ESAF/MPOG/APO/2010) – Q. 36. Karl Marx e Max Weber foram, certamente, os
pensadores mais originais dos séculos XIX e XX, respectivamente. As contribuições às
Ciências Sociais de ambos ainda geram calorosos debates. A partir da concepção
desses autores, destaque aquela afirmativa que não corresponde ao pensamento dos
mesmos.
a) Weber destaca duas acepções de política: uma mais geral, entendida como
qualquer tipo de liderança em ação, e outra mais restrita, como liderança de um tipo de
associação específica, ou seja, em outras palavras, liderança de Estado.
b) O poder político é, para Marx, "a expressão dos antagonismos das classes na
sociedade burguesa".
c) Para Weber, os poderes, em uma dominação tradicional, são determinados, inter
alia, pela existência de uma esfera arbitrária de graça, aberta a critérios variados, como
os de razão de Estado, justiça substantiva, considerações de utilidade, entre outros.
d) Em relação à ideologia, Marx considerava o indivíduo como parte de um todo. O
sujeito social é, ao mesmo tempo, produtor e produto deste mundo. Marx avalia o
homem, portanto, partindo de sua dimensão especulativa e naturalista para chegar à
análise da sua existência e função enquanto integrante de uma classe social em luta
com outras classes.
e) O exercício de autoridade, para Max Weber, em estados tradicionais pode ser
definido por um sistema de status, cujos poderes são determinados, em primeiro
lugar, por prescrições concretas de ordem tradicional e, em segundo lugar, pela
autoridade de outras pessoas que estão acima de um status particular em um sistema
hierárquico estabelecido.
12-Examine os enunciados abaixo e marque a segunda coluna de acordo com
a primeira. Depois, assinale a sequencia correta:
1- Acordo comum entre partes em um processo de negociação e decisão,
obtido devido às partes cederem, concordarem e discordarem, obtendo um
resultado final diferente do ponto de partida, com benefícios e perdas comuns,
ou até mesmo com a construção de uma nova solução, que incorpore a soma
das posições;
2-Forma de interação entre indivíduos, grupos, classes, organizações ou
coletividades que possui natureza antagônica e desagregadora, implicando
choques entre as partes, envolvendo o uso da violência ou não;
3- Disposição permanente de obediência incondicional baseada na crença da
legitimidade do poder;
4-Capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem
necessidade de recorrer à coerção que supõe a ameaça da força;
5-Capacidade de direção intelectual e moral, em virtude da qual uma classe
consegue ser aceita como guia legítimo e obtém o consentimento da maioria da
população frente às metas impostas à vida social e política de um país;
6-Qualidade máxima do poder social através da qual as normas e decisões
elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de
grupos sociais intermediários e se expressa no plano interno como poder
extroverso e no âmbito externo, traduz a idéia de igualdade de todos os
Estados na comunidade internacional
[-]Poder
[ ]Soberania
[ ]Autoridade
[ ]Dominação
[ ]Ideologia
[ ]Legitimidade
[ ]Hegemonia
[ ]Consentimento
[ ]Consenso
[ ]Conflito
A)[ ], [6 ],[5], [3 ], [ ], [4] , [1 ], [ ], [2], [ ]
B)[ 4], [6 ],[ ], [ ], [3 ], [ ] , [5 ], [ ], [1 ], [2]
C)[ ], [6 ],[3 ], [ ], [ ], [4 ] , [5 ], [ ], [1 ], [2 ]
D)[ ], [3 ],[5], [ ], [ 5], [6 ] , [ ], [1], [2 ], [ ],
E)[ 6 ], [ 5],[ ], [4 ], [ ], [ ] , [3 ], [ 1], [ ], [2]
GABARITO:
1-E
2-E
3-D
4-A
5-B
6-E
7-B
8-E
9-A
10-C
11-D
12-C
Download

CIENCIA POLITICA - EPPGG2013 1. Conceitos básicos da