CIENCIA POLITICA - EPPGG2013 1. Conceitos básicos da ciência política: consenso; conflito; política; poder; autoridade; dominação; legitimidade, soberania, ideologia, hegemonia. Consensoduplo entendimento Acordo tácito ou declarado entre indivíduos, grupos, organizações ou Estados quanto a objetos diversos, como princípios ou valores supremos; meios, procedimentos ou regras do jogo; finalidades, objetivos ou políticas. BOBBIOÉ método de tomada de decisão mediante um acordo geral (mas não necessariamente unânime) entre os membros de um grupo ou comunidade. Resulta de um processo de negociação e decisão, obtido devido às partes cederem, concordarem e discordarem, obtendo um resultado final diferente do ponto de partida, com benefícios e perdas comuns, ou até mesmo com a construção de uma nova solução, diferente das posições originais. Não confundir a busca de um meio-termo com consenso, pois o consenso não se refere ao resultado, mas sim a um método. É possível que algum conflito de interesses impossibilite a construção de um consenso. Nestes casos, a resolução pode ser feita por meio de uma votação, que consiste em estabelecer um ponto em que uma maioria (definida segundo critérios específicos)concorde. Conflito é uma forma de interação entre indivíduos, grupos, classes, organizações ou coletividades que possui natureza antagônica e desagregadora, implicando choques entre as partes, envolvendo o uso da violência ou não. Pode ter origem econômica, religiosa, cultural, étnica, territorial e geralmente envolve o acesso, controle e distribuição de recursos escassos: riqueza, prestígio, poder, cargos, território, etc. O conflito está normalmente relacionado com os interesses (materiais ou ideais, objetivos ou subjetivos) de cada uma das partes. Interpretações do conflito: Teorias do equilíbrio e da harmonia: Comte, Durkheim, Pareto, Parsons, Merton vêem o conflito como anomalia, perturbação, disfunção Teorias do movimento e da mudança: Marx, Stuart Mill, Dahrendorf e Touraine vêem o conflito como de origem endógena, intrínseco à vida em sociedade, manifestação da vitalidade social. Marx em toda sociedade o principal tipo de conflito e motor da mudança histórica é a luta de classes. É impossível eliminar os conflitos, pode-se reprimi-los (pela coerção) ou administrá-los (pela política). Coerção é o ato de induzir, pressionar ou compelir alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça. Política é a resolução pacífica de conflitos (Schmitter) Política é o conjunto de procedimentos e instrumentos formais e informais destinados à resolução pacífica de conflitos quanto a bens públicos (Rua). A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro. Refere-se aos meios e não aos fins. Poder é característica de uma relação entre dois ou mais sujeitos, na qual um impõe ao/s outro/s a sua própria vontade e lhe/s determina o comportamento (obediência), a despeito de eventuais resistências (conflito). O poder é relacional em envolve conflito e coerção entre dois ou mais sujeitos; O poder é assimétrico; O poder é relativo: depende do contexto: os sujeitos envolvidos na relação, a esfera de atividade e o momento em que se dá a relação; O poder (exercido ou omitido) produz consequências perceptíveis (diz-se que é mensurável); O poder é intencional; O poder não é neutro, nem na ação nem na omissão; Tipologia clássica do poderfoco no fundamento e no beneficiário não distingue a especificidade do poder político Poder paterno: fundado na natureza e exercido em favor dos filhos; Poder despótico: fundado na probabilidade do castigo pela desobediência e exercido em favor do senhor; Poder político: fundado no consenso e exercido tanto em favor do governante como dos governados Tipologia modernabaseia-se nos meios de exercício do poder (Bobbio) Poder econômicobaseia-se no controle dos recursos e retribuições materiais; Poder ideológico baseia-se na influência das crenças, das idéias e dos valores a elas associados e na possibilidade de aplicação de castigos e recompensas simbólicos, reconhecidos como relevantes pela sociedade, envolvendo o status dos seus membros; Poder políticobaseia-se na possibilidade real e latente de emprego da violência: ameaça e/ou aplicação efetiva de sanções físicas. A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que ele se seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. Elementos do exercício do poder: •Recursos de poder: riqueza, força, informação, conhecimento, prestígio, popularidade, relações sociais, reputação, etc. •Habilidades no uso dos recursos de poder; •Modos de exercício do poder: persuasão, manipulação, promessas, ameaças, etc. •Atitudes dos subordinados: reconhecimento, percepções e expectativas(reações previstas) Conflitualidade do poder: depende dos modos específicos pelos quais o poder é exercido (persuasão X ameaça de punição), do antagonismo de vontades e do ressentimento derivado da desigualdade de recursos Níveis de consolidação do poder Poder potencial: é a capacidade de um sujeito determinar o comportamento de outros. Esta capacidade depende de uma combinação adequada entre os recursos de poder, as habilidades no seu uso, as possibilidades de dispor dos modos de exercício do poder e as atitudes dos subordinados. Poder estabilizado ocorre quando um sujeito (A) executa continuamente ações de poder sobre um ou mais sujeitos (B) tendo como resultado constante a realização dos comportamento pretendidos por (A). Expressa-se como uma relação duradoura de comando e obediência. Poder institucionalizadoocorre quando o poder estabilizado se articula em uma pluralidade de funções claramente definidas e estavelmente coordenadas entre si: governo, administração pública, etc. O PODER NO PENSAMENTO ELITISTA é concentrado nas mãos de uma minoria: elites das diversas organizações burocráticas da sociedade (grandes empresas, universidades, agências governamentais, sindicatos de trabalhadores, partidos políticos, forças armadas, etc.). O poder da elite, por sua vez, baseia-se em fontes variadas: a ocupação de cargos formais, saúde financeira, experiência técnica, conhecimento, reputação de família, etc. Para se perpetuarem, estas elites coordenam suas atividades entre si e cooperam para o desenvolvimento de políticas que beneficiam a maioria. A resolução de conflitos, todavia, se dá entre os donos do poder em arenas restritas, centralizadas e estáveis. O poder da elite é mais perceptível não com relação às decisões tomadas, mas na formação da agenda, quando é capaz de impedir a inclusão, na agenda governamental, de demandas que ameacem os seus interesses. O PODER PARA O PENSAMENTO ELITISTA: A política é o resultado das preferências e valores das elites governamentais (políticos, burocratas, magistrados, etc) e seus aliados. A sociedade não define a política pública, os indivíduos em geral são pouco informados, não conhecem suas próprias demandas e as elites moldam as suas opiniões. Porém as elites não podem continuamente impor seus interesses às massas, têm que fazer concessões para permanecer no poder. Caso isso não ocorra, podem ser substituídas por outra elite. Circulação de Elites absorção dos estratos superiores das camadas subordinadas PENSAMENTO ELITISTA Mosca capacidade de organização + posse de atributos socialmente valorizados Paretoresíduos(astúcia e força). Circulação de elites Michels a “Lei de Ferro da Oligarquia”elites organizacionais C.W.Mills “elite do poder” (complexo industrial-militar) Burnham os administradores (executivos de corporações) são a elite do poder Lowi, Lipsky, Peterspoder das burocracias Adams e outrosTriângulos de ferro Bachrach & Baratz: duas faces do poder (não-decisão) Lukes a terceira face do poder conflitos latentes O PODER NO PENSAMENTO MARXISTA É poder de classesua base é a propriedade privada e as relações objetivas de classe daí resultantes. A classe social que controla os meios de produção econômica também é capaz de controlar os meios de produção da política a classe dominante procura exercer a hegemonia em um determinado período histórico. O Estado não é uma entidade neutra, mas sim um instrumento da classe dominante; e usa não somente instrumentos de repressão, mas também variados recursos ideológicos para atuar como auxiliar do processo de acumulação de capital. Para isso, é capaz de manipular valores visando manter os conflitos em forma latente (não manifesta), fazendo com que os atores desprivilegiados aceitem como sendo favoráveis as decisões que são prejudiciais aos seus interesses, sem perceber esta contradição. O PODER NO PENSAMENTO MARXISTA Marx e neo-marxistas: Marx/Engelso poder é concentrado; é poder de classe social, pois a classe que domina os meios de produção econômica domina também os demais meios de produção: política, jurídica, etc. o Estado é o comitê executivo dos interesses da burguesia (classe)As políticas públicas expressam a configuração das relações e das lutas de classe em uma dada sociedade. Democracias burguesaso poder político é exercido em nome dos proprietários dos meios de produção (capitalistas)isso define as políticas públicas reproduzem os interesse da acumulação do capital Neo-marxistas: Poulantzas Estado dispõe de autonomia relativa frente à burguesia, podendo adotar políticas contrárias aos seus interesses imediatos para proteger seus interesses de longo prazo. Offe dependência estrutural do Estado em relação aos interesses de longo prazo do capitalismo (acumulação X legitimação). Tem que adotar políticas que favoreçam a acumulação de capital e extrair recursos da atividade econômica para financiar políticas de bem estra destinadas a assegurar a legitimidade do seu poder. O PODER NO PENSAMENTO PLURALISTA o poder político é amplamente distribuído entre os vários e diferentes indivíduos e grupos. Nenhum indivíduo ou grupo está completamente desprovido de poder, assim como nenhum grupo prevalece completamente sobre qualquer outro, pois os recursos de poder _ tais como dinheiro, informação, conhecimento, votos, ocupação de cargos formais, etc. _ costumam ser dispersos. Isso faz com que o resultado da competição política dependa da capacidade de cada grupo de se organizar, selecionar recursos estratégicos, escolher aliados e disputar competitivamente quem ganha o quê. O PODER NO PENSAMENTO PLURALISTA Os indivíduos se organizam em grupos e têm múltiplos interesses e afiliações, fazendo alianças contextuais, à base de interesses tangenciais. Os grupos são vistos como o meio de intermediação entre os indivíduos e os governos. As decisões em políticas públicas são vistas como resultado das interações dos grupos: conflitos, associações, barganhas, coalizões, etc. A política pública representaria o ponto de equilíbrio alcançado, em cada momento específico, na luta entre os grupos. PENSAMENTO PLURALISTA Lasswell “Quem ganha o quê, como e quando?” A análise das decisões nas políticas públicas mostra que o resultado da disputa política não beneficia sempre os mesmos grupos. Dahl “Who Governs?” Todos os grupos têm alguma capacidade de influir no processo decisório das políticas públicas. Crítica ao modelo da elite dirigente”Elite precisa ser grupo específico e homogêneo; possuir identidade programática; e obter sempre decisões favoráveis. Lindblom Nas democracias orientadas para o mercado há atores com posições privilegiadas, especialmente as corporações. Olson a provisão de bens públicos resulta da lógica da ação coletiva dos grandes e pequenos grupos. A racionalidade das escolhas individuais nem sempre conduz a resultados coletivos racionais. Autoridade é o poder revestido de consentimento, sendo este consentimento estável no tempo. Autoridade é a disposição de obedecer de forma incondicional baseada na crença da legitimidade do poder: é a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às diretrizes que provêm de uma determinada fonte. Legalidade é a conformação do comportamento às diretrizes legais. Legitimidade é a capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coerção que supõe a ameaça da força. A legitimidade é o reconhecimento da autoridade, essencial à dominação. Resulta da convicção de que o poder deriva de valores comuns e finalidades compartilhadas. Mas o poder não é necessáriamente sempre legítimo e nem a obediência é sempre um dever. Dominação é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. Uma relação de dominação supõe que a obediência aos comandos fundamenta-se no reconhecimento dos que obedecem ao conteúdo obrigatório dos ordenamentos. Implica o reconhecimento da autoridade de que está investida a fonte desses ordenamentos. Existem três tipos puros de dominação: tradicional, carismática e racional-legal Dominação tradicionalo poder é reconhecido com base nas tradições, na autoridade do “ontem eterno”, sendo a ordem social percebida pelos seus membros como tendo sempre existido, impondo-se como natural e obrigatória. Exemplo: poder patriarcal, o direito divino dos reis. É própria das sociedades antigas. Características da Dominação tradicional : •Obediência devida à pessoa do governante e não ao cargo ou às leis; •O dever da obediência é justificado pela tradição, pelo costume; •As normas não são obedecidas por serem racionais, mas por expressarem a tradição; •Em tudo o que a tradição se omitir, a vontade do governante corresponde à lei; •O quadro administrativo é composto por membros selecionados pessoalmente, com base em relações de parentesco ou fidelidade pessoal ou ambas; •Os poderes e atribuições do quadro administrativo dependem da tradição e da confiança do governante; •Não se aplicam princípios de competência técnica. Dominação Carismática a legitimidade se baseia no dom da “graça”, que é intrínseco ao governante, pessoal e extraordinário. Os comandados obedecem porque acreditam nas qualidades extraordinárias do líder, na sua genialidade e no caráter extraordinário dos seus ordenamentos. A dominação carismática rejeita tudo o que é rotina e tradição, por isso, tende a ser revolucionária. •A dominação carismática pode ocorrer em qualquer tempo e lugar, sejam sociedades tradicionais ou modernas. Características da Dominação Carismática : •Obediência direta à pessoa do líder; •O dever de obedecer baseia-se na afetividade e deve-se ao carisma do líder; •Competências racionais não definem a ocupação de cargos; •A escolha do quadro de funcionários é feita com base no carisma, na devoção ao líder, na vocação pessoal; •Não há regras de competência técnica nem privilégios estamentais na definição das atribuições; •Não há quaisquer tipos de regras para a administração •Embora o carisma não suporte a rotina, à medida que uma liderança carismática se torna poder estabilizado e institucionalizado, a tendência é a sua rotinização. Dominação Racional-LegalA base da obediência é o reconhecimento de que as ordens formuladas visam a atingir finalidades compartilhadas ou que assim se apresentam (aspecto racional) e conformam-se a regras aceitas por todos (aspecto legal). •A dominação racional-legal é própria das sociedades complexas e dos Estados modernos, nos quais operam organizações burocráticas e burocracias profissionais. Características da Dominação Racional-Legal: •A obediência orienta-se para a norma legal e não para as pessoas que ocupam cargos; •O governante é obedecido em virtude do cargo que ocupa e não por tradição ou por qualidades pessoais; •Os que comandam estão, como todos os demais, sujeitos à lei; •O quadro administrativo é composto por profissionais selecionados por competência técnica; •Os funcionários não têm vinculação tradicional ou afetiva com os governantes; •Os cargos administrativos são organizados conforme um padrão hierárquico, ordenados segundo um conjunto de atribuições legalmente fixadas. Ideologia é um termo usado no senso comum com o sentido de "conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas". A ideologia, segundo Karl Marx, é uma falsa consciência da realidade, um instrumento de dominação que age através do convencimento (e não da força), de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade. A construção da hegemonia depende fortemente da mobilização da ideologia e dos aparatos ideológicos: família, escola, igrejas, imprensa, etc Hegemonia é a capacidade de direção intelectual e moral, em virtude da qual uma classe consegue ser aceita como guia legítimo e obtém o consenso ou a passividade da maioria da população frente às metas impostas à vida social e política de um país. É a dominação consentida (Gramsci) É a dominação ideológica de uma classe social sobre outra. Para ser classe dirigente, a classe dominante, deve articular em torno de si um bloco de alianças e obter pelo menos o consenso passivo das classes e camadas dirigidas. Soberania (política): É a qualidade máxima do poder social através da qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos sociais intermediários. No âmbito interno, a soberania de um Estado traduz a superioridade de suas diretrizes na organização da vida comunitária e se expressa como poder extroverso. No âmbito externo, a soberania traduza idéia de igualdade de todos os Estados na comunidade internacional. Elementos da soberania: é um poder (faculdade de impor aos outros um comando a que eles ficam a dever obediência) perpétuo (não pode ser limitado no tempo) e absoluto (não está sujeito a condições ou encargos postos por outrem, não recebe ordens ou instruções de ninguém e não é responsável perante nenhum outro poder). Características da soberania: é una e indivisível (não pode ser dividida por dois governantes ou por vários órgãos); é própria e não delegada (pertence por direito próprio ao Rei); é irrevogável (princípio de estabilidade política - o povo não tem direito de retirar ao seu soberano o poder político o poder político que este possui por direito próprio); é suprema na ordem interna (não admite outro poder com quem tenha de partilhar a autoridade do Estado); é independente na ordem internacional (o Estado não depende de nenhum poder supranacional e só se considera vinculado pelas normas de direito internacional resultantes de tratados livremente celebrados ou de costumes voluntariamente aceites). 1-Uma das muitas clivagens da teoria política e sociológica refere-se à concepção da vida em sociedade e da ordem política como harmoniosas e equilibradas ou,ao contrário, conflituosas. Examine os enunciados abaixo e marque a alternativa correta: 1-Ao instituir a ordem política os conflitos fundamentais da vida coletiva são resolvidos e o conflito se limita às relações entre os Estados na arena internacional. 2-O consenso representa um método de decisão, correspondendo a um meio termo resultante do diálogo entre partes em disputa. 3-Como método de decisão em sociedades conflituosas o consenso é uma alternativa à regra da maioria. 4-O conflito pode ter origem econômica, religiosa, cultural, étnica, territorial e geralmente envolve o acesso, controle e distribuição de recursos escassos: riqueza, prestígio, poder, cargos, território, etc. A)Todas as alternativas estão corretas B)Todas as alternativas estão incorretas C)Somente as alternativas de número 1 e 4 estão corretas D)Somente as alternativas de número 2 e 4 estão corretas E)Somente as alternativas de número 3 e 4 estão corretas 2- (ESAF\APO\2003) Q. 01- Examine os conceitos que se seguem e identifique a seqüência correta em que estão apresentados: - Forma de interação dos indivíduos, grupos, organizações, coletividades ou Estados, caracterizados pela disputa aberta, potencialmente violenta, pelo acesso e distribuição de recursos ou bens escassos. - Acordo entre indivíduos, grupos, organizações ou Estados quanto a objetos diversos, quais sejam, princípios ou valores supremos; meios, procedimentos ou regras do jogo; finalidades, objetivos ou políticas. - Procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e se destinam à resolução pacífica de conflitos quanto a bens públicos. - Poder estável e persistente, ao qual os subordinados obedecem por acreditarem na sua legitimidade. - Relação social que se caracteriza pela capacidade de uma das partes de obter obediência ainda que haja resistência da(s) outra(s) parte(s). A) PODER, CONSENSO, COOPERAÇÃO, POLÍTICA, AUTORIDADE. B) CONFLITO, COOPERAÇÃO, POLÍTICA, AUTORIDADE, PODER. C) COMPETIÇÃO, CONSENSO, COOPERAÇÃO, PODER, AUTORIDADE. D) COMPETIÇÃO, CONSENSO, AUTORIDADE, PODER, POLÍTICA. E) CONFLITO, CONSENSO, POLÍTICA, AUTORIDADE, PODER. 3- STN, Prova de 2005, ESAF, 61- Um dos componentes mais decisivos nas relações situadas nas esferas da política e da administração é o poder. Sobre esse tema, indique qual(is) item(ns) abaixo está(ão) correto(s), assinalando a opção correspondente. 1 - O poder é um atributo possuído pelos homens, consistindo na posse dos meios para satisfazer seus desejos e necessidades e na possibilidade de dispor livremente desses meios. 2 - O poder é uma relação entre homens e entre estruturas organizacionais simples ou complexas e compreende um ou mais sujeitos, um ou mais objetos e uma esfera de atividades na qual esse poder se exerce. 3 - O poder institucionalizado, próprio das organizações, compreende um conjunto de relações de comando e obediência objetivamente definidas, articuladas numa pluralidade de funções hierarquizadas e estavelmente coordenadas entre si. 4 - A conflitualidade é inerente ao poder, mas depende igualmente do modo de exercer o poder, do antagonismo das vontades, do ressentimento devido à desigualdade de recursos e da cultura organizacional. a) Somente o item 2 está correto. b) Somente os itens 1 e 3 estão corretos. c) Somente o item 4 está correto. d) Somente os itens 2 e 3 estão corretos. e) Somente os itens 3 e 4 estão corretos. 4 - STN - Prova de 2000, ESAF, 49- Max Weber, em sua clássica descrição dos três tipos puros de dominação legítima, discorre sobre a dominação burocrática, elucidando suas principais características. Assinale a opção que descreve corretamente a concepção weberiana de autoridade burocrática. a) Trata-se de um tipo de dominação que se baseia no estatuto, isto é, na lei, podendo ser também chamada de dominação legal. b) Trata-se de um tipo de dominação em que a obediência decorre do prestígio e respeitabilidade conquistados por seus detentores. c) Trata-se de um tipo de dominação em que o talento e o poder intelectual de seu possuidor sobrepujam outros tipos de poderes. d) Trata-se de um tipo de dominação ancorada na obediência à norma estatuída e na autoridade tradicional. e) Trata-se de um tipo de dominação comum em sociedades tradicionais, baseada no estatuto jurídico. 5. (EPPGG 2003/39) Entre as assertivas abaixo, sobre o fenômeno da dominação, indique a ÚNICA INCORRETA. A) Dominação é o poder autoritário de comando do(s) governante(s), que se exerce como se o(s) governado(s) tivesse(m) feito do conteúdo da ordem a máxima da sua conduta por si mesma. B) Nas sociedades modernas, onde a base da legitimidade é a lei, a administração dispensa a dominação, no sentido de um poder de comando que precisa estar nas mãos de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos. C) A dominação tradicional refere-se ao comando exercido por senhores que gozam de autoridade pessoal em virtude do status herdado, e cujas ordens são legítimas tanto por se conformarem aos costumes como por expressarem a arbitrariedade pessoal. D) A dominação carismática ocorre quando o poder de comando é proveniente da crença dos seguidores nos poderes extraordinários, mágicos ou heróicos de um chefe ou líder, sendo as ordens deste estritamente fundadas na sua capacidade especial de julgamento. E) A dominação legal ocorre quando os governados obedecem às normas legais e não às pessoas que as formulam ou as implementam; e estas aplicam-se e são reconhecidas como universais por todos os membros do grupo associado, inclusive o(s) governante(s). 6.(CGU/2008/3) - Segundo Max Weber, um dos mais importantes conceitos relacionados ao poder é o de legitimidade, que pode ser de três tipos, conforme as crenças e atitudes em que se fundamenta. Examine os enunciados abaixo, sobre o poder carismático, e assinale a opção correta. 1 - O poder carismático está fundado na dedicação pessoal e afetiva ao chefe carismático. 2 - Quem verdadeiramente exerce o comando é o líder ou chefe carismático, cujo valor exemplar, força heróica, poder de espírito ou de palavra o distinguem de modo especial. 3 - O poder carismático requer um corpo administrativo dotado de competência específica, porém selecionado com base na dedicação pessoal e no carisma. 4 - A fonte do poder carismático se conecta com o que é novo, com o que nunca existiu, e rejeita a rotina e os vínculos pré-determinados. a) Todos os enunciados estão corretos. b) Todos os enunciados estão incorretos. c) Somente o enunciado de número 3 está incorreto. d) Somente o enunciado de número 4 está incorreto. e) Somente os enunciados 3 e 4 estão incorretos. 7. EPPGG 2005/61. O uso do termo “Consenso” em relação a uma determinada sociedade significa afirmar que existe um acordo mínimo entre seus membros quanto a princípios, a valores, a normas, a objetivos comuns e aos meios para os atingir. Indique qual das afirmações abaixo está INCORRETA. a) O Consenso favorece a cooperação e contribui para que a comunidade supere situações adversas, tais como catástrofes e guerras b) O Consenso torna dispensável o uso legítimo da violência pelo Estado em situações controversas. c) A existência de grupos étnicos, lingüísticos ou religiosos, portadores de cultura própria dificulta mas não impede o estabelecimento de Consenso em uma comunidade d) Transformações sócio-econômicas estruturais e inovações tecnológicas, que criam necessidades e expectativas para os diversos segmentos sociais, acentuam os limites das instituições e envolvem a possibilidade de afetar o Consenso pré-existente e) Nos regimes autoritários, as divergências são mantidas na clandestinidade, levando o observador a superestimar o Consenso em relação a valores e princípios 8-Um dos fenômenos mais difundidos na vida social é o poder, que permeia desde as relações mais íntimas e privadas até as mais institucionalizadas. O conceito de poder tem na política o seu papel mais central, relacionando-se com outros conceitos igualmente relevantes, como dominação e autoridade. Analise os enunciados abaixo e assinale a OPÇÃO INCORRETA. a) A coerção consiste em um alto grau de constrangimento ou ameaça de privações a um ou mais sujeitos por parte de outro ou outros, de modo que a obediência à vontade de quem a exerce aparenta ser a alternativa menos penosa. b) O poder é a capacidade de imposição da vontade de um sujeito a outro ou outros, a despeito de eventual resistência, portanto, envolve conflituosidade. c) O poder é um conceito relacional, que deriva não somente da posse ou uso efetivo de determinados recursos, mas também de imagens, de hábitos e de expectativas quanto a reações dos atores envolvidos numa relação. d) O conceito de autoridade está fundamentado na legitimidade, cuja origem podem ser, ou não, os ordenamentos jurídicos que definem as funções do detentor do poder. e) As relações permanentes de mando e obediência política baseiam-se tanto em fatores materiais como em hábitos e expectativas e ocorrem especificamente no ambiente do Estado. Questão 09 - (ESAF\Gestor\2008) Q. 51- Poder e dominação são alguns conceitos centrais da Ciência Política. Analise os enunciados abaixo sobre tais conceitos e assinale a resposta correta. 1. Todas as qualidades imagináveis de uma pessoa e todas as espécies de constelações possíveis podem pôr alguém em condições de impor sua vontade, em uma dada situação. 2. Dominação é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. 3. A situação de dominação está ligada à presença efetiva de alguém mandando eficazmente e outros, mas não necessariamente à existência de um quadro administrativo nem à de uma associação. 4. Uma associação de dominação política ocorre quando a sua subsistência e a vigência de suas ordens, dentro de determinado território, estão garantidas de modo contínuo mediante ameaça e aplicação de coação física por parte do seu quadro administrativo. a) Somente o enunciado 1 está incorreto. b) Estão incorretos os enunciados 1 e 3. c) Estão incorretos os enunciados 1,3 e 4. d) Todos os enunciados estão corretos. e) Todos os enunciados estão incorretos. 10- (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) – Q. 32. O monopólio do uso da força pelo Estado e seus agentes é uma característica do poder político. Identifique o enunciado correto: a) Somente em países onde existe uma constituição escrita o Estado tem legitimidade para impor o monopólio do uso da força. b) Todo grupo organizado e com uma liderança constituída tem legitimidade para usar a força. c) É preciso que exista um sistema legal para que a violência seja usada legitimamente pelos agentes do Estado. d) A legitimidade do monopólio da força exclui a dominação ideológica. e) O Estado que abre mão de manter forças armadas deixa de ter o monopólio da força. 11- (ESAF/MPOG/APO/2010) – Q. 36. Karl Marx e Max Weber foram, certamente, os pensadores mais originais dos séculos XIX e XX, respectivamente. As contribuições às Ciências Sociais de ambos ainda geram calorosos debates. A partir da concepção desses autores, destaque aquela afirmativa que não corresponde ao pensamento dos mesmos. a) Weber destaca duas acepções de política: uma mais geral, entendida como qualquer tipo de liderança em ação, e outra mais restrita, como liderança de um tipo de associação específica, ou seja, em outras palavras, liderança de Estado. b) O poder político é, para Marx, "a expressão dos antagonismos das classes na sociedade burguesa". c) Para Weber, os poderes, em uma dominação tradicional, são determinados, inter alia, pela existência de uma esfera arbitrária de graça, aberta a critérios variados, como os de razão de Estado, justiça substantiva, considerações de utilidade, entre outros. d) Em relação à ideologia, Marx considerava o indivíduo como parte de um todo. O sujeito social é, ao mesmo tempo, produtor e produto deste mundo. Marx avalia o homem, portanto, partindo de sua dimensão especulativa e naturalista para chegar à análise da sua existência e função enquanto integrante de uma classe social em luta com outras classes. e) O exercício de autoridade, para Max Weber, em estados tradicionais pode ser definido por um sistema de status, cujos poderes são determinados, em primeiro lugar, por prescrições concretas de ordem tradicional e, em segundo lugar, pela autoridade de outras pessoas que estão acima de um status particular em um sistema hierárquico estabelecido. 12-Examine os enunciados abaixo e marque a segunda coluna de acordo com a primeira. Depois, assinale a sequencia correta: 1- Acordo comum entre partes em um processo de negociação e decisão, obtido devido às partes cederem, concordarem e discordarem, obtendo um resultado final diferente do ponto de partida, com benefícios e perdas comuns, ou até mesmo com a construção de uma nova solução, que incorpore a soma das posições; 2-Forma de interação entre indivíduos, grupos, classes, organizações ou coletividades que possui natureza antagônica e desagregadora, implicando choques entre as partes, envolvendo o uso da violência ou não; 3- Disposição permanente de obediência incondicional baseada na crença da legitimidade do poder; 4-Capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coerção que supõe a ameaça da força; 5-Capacidade de direção intelectual e moral, em virtude da qual uma classe consegue ser aceita como guia legítimo e obtém o consentimento da maioria da população frente às metas impostas à vida social e política de um país; 6-Qualidade máxima do poder social através da qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos sociais intermediários e se expressa no plano interno como poder extroverso e no âmbito externo, traduz a idéia de igualdade de todos os Estados na comunidade internacional [-]Poder [ ]Soberania [ ]Autoridade [ ]Dominação [ ]Ideologia [ ]Legitimidade [ ]Hegemonia [ ]Consentimento [ ]Consenso [ ]Conflito A)[ ], [6 ],[5], [3 ], [ ], [4] , [1 ], [ ], [2], [ ] B)[ 4], [6 ],[ ], [ ], [3 ], [ ] , [5 ], [ ], [1 ], [2] C)[ ], [6 ],[3 ], [ ], [ ], [4 ] , [5 ], [ ], [1 ], [2 ] D)[ ], [3 ],[5], [ ], [ 5], [6 ] , [ ], [1], [2 ], [ ], E)[ 6 ], [ 5],[ ], [4 ], [ ], [ ] , [3 ], [ 1], [ ], [2] GABARITO: 1-E 2-E 3-D 4-A 5-B 6-E 7-B 8-E 9-A 10-C 11-D 12-C