XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
O DESDOBRAMENTO DA FUNÇÃO DA
QUALIDADE PARA A MELHORIA NO
USO DE LIXEIRAS
CARLOS GUILHERME SCHIAVO PINTON (FAJ)
[email protected]
Jose Anderson Camillo (FAJ)
[email protected]
Geraldo Goncalves Delgado Neto (FAJ)
[email protected]
O objetivo deste trabalho é utilizar o Desdobramento da Função da
Qualidade (QFD) para potencializar o uso de lixeiras pelos seus
usuários, descobrindo deste modo os desejos deste público e,
conseqüentemente, fazendo com que o descarte de resíduos seja feito
de maneira mais eficiente. Isso porque, a cada dia a população cresce
e junto a este crescimento também se nota o aumento da produção de
resíduos para descarte. Sendo assim, é necessário que se criem
métodos mais eficientes para que o usuário faça o descarte correto
para que os órgãos responsáveis pela limpeza das grandes cidades
possam dar o fim correto a estes materiais. Neste contexto, o QFD é
uma metodologia de origem japonesa que objetiva traduzir a uma
equipe multidisciplinar de desenvolvimento de projetos, a voz do
mercado sobre determinado produto ou serviço, visando desta maneira
o atendimento completo das necessidades do consumidor e
conseqüentemente melhorando a eficiência de um produto ou serviço.
Espera-se, portanto que através deste estudo possa ser comprovada a
eficiência de um projeto através do uso do QFD para entendimento dos
desejos do consumidor e crie-se então um produto que atenda as suas
necessidades aumentando assim a eficiência das lixeiras atuais.
Palavras-chave: Coleta Seletiva, QFD, Descarte.
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1. Introdução
O lixo e seu descarte, desde o início da história da humanidade, é uma preocupação real no
dia-a-dia das pessoas, pois o mesmo pode causar doenças e condições anti higiênicas para a
vida das pessoas. Segundo RIBEIRO E ROOKE (2010) os problemas com higiene que já
eram ruins nas cidades européias da idade média se agravaram com a Revolução industrial ao
final do século XVIII.
CAVINATTO (1992) afirma que alguns países como Inglaterra, Alemanha e França tinham
condições de vida assustadoras. Detritos, lixos e fezes eram acumulados em recipientes e
mensalmente eram transferidos a depósitos públicos ou atirados nas ruas.
O crescimento de resíduos gerados, portanto aumentou conforme o crescimento da
urbanização. No Brasil não é diferente. O país, segundo GOMES (2009) chegou ao início do
século XXI com aproximadamente 170 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento
urbano de 1,4%/ano e a partir disso, notamos em nosso pai o aumento da produção de lixos
agravado pelo problema do tratamento de resíduos sólidos.
BRINGHETI (2004) ainda afirma que os impactos ambientais estão visíveis em quase todo o
mundo ocidental, onde o consumo exagerado de produtos faz com que a natureza já não
consiga absorver ou processar os mesmos.
Deste modo, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define como resíduos
sólidos e semi-sólidos aqueles que resultam de atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Este tipo de resíduo é um dos temas
que mais preocupantes da sociedade atual, pois à medida que a população cresce os resíduos
também crescem e seu descarte atualmente é feito de modo ineficaz. De acordo com a
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB-2000) realizada pelo IBGE (Apud.
VALERIO 2008), são coletadas diariamente 125.281 toneladas de lixo domiciliar em todos os
municípios brasileiros. Destes, 47,1% são destinados para aterros sanitários, 22,3% para
aterros controlados e 30,5% para lixões. Porém, quando se trata de número de municípios,
63,6% utilizam lixões e apenas 32,2%, aterros adequados.
Neste contexto, a coleta seletiva, definida pela DEBORTOLI (2007) como “separação do lixo
para que seja enviado para reciclagem. Significa não misturar materiais recicláveis com o
restante do lixo. Ela pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada em comunidades”,
surge como uma grande alternativa, pois é possível se reduzir drasticamente a quantidade de
descartes de resíduos na natureza, uma vez que estes materiais serão separados e
reaproveitados quando possível através de reciclagem e então serão novamente utilizados
como produtos pela população.
Apesar de ser uma alternativa importante e sustentável, a coleta seletiva ainda não é tratada
com a prioridade que deveria, afinal, acordo com o PNSB do ano de 2008, apenas 32% das
cidades brasileiras possuem sistema de coleta seletiva. Segundo BRINGHETI (2004) o tipo de
participação social é o fator de maior ou menos sucesso nos programas de coleta seletiva,
havendo diferentes respostas da população em relação à participação. Esta população pode ser
separada em três grupos: Cativo, participação eventual e não participa.
A partir disso, vemos que há necessidade de estímulos a população para que participem com
mais freqüência das atividades que envolvem a reciclagem e separação dos lixos de modo que
haja uma melhora significativa no volume de recicláveis.
Com isso verificasse a necessidade de se entender o que o usuário espera e como fazer para
que ele se interesse em descartar o lixo de maneira correta. O QFD (ou Casa da Qualidade) é
uma ferramenta criada por Yoji Akao em 1960, que surgiu devido ao crescimento da indústria
japonesa, da necessidade da criação de um método para garantir a qualidade dos produtos
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lançados, bem como ferramenta de apoio ao projeto de navios de grande porte e à indústria
automobilística. (ABREU 2010)
De acordo com AKAO (apud. ABREU 2010) define o QFD como: “uma conversão das
demandas dos consumidores em características de qualidade, desenvolvendo uma qualidade
de projeto para o produto acabado pelos relacionamentos. Desdobram-se, sistematicamente,
entre as demandas e as características, começando com a qualidade de cada componente
funcional e estendendo o desdobramento para a qualidade de cada parte e processo. Assim, a
qualidade do produto como um todo será gerada por meio de uma rede de relacionamentos.”
ABREU (2010) afirma que o QFD no Brasil foi utilizado nos anos 90, e obteve bastante êxito
em sua execução e proposta.
Vale ressaltar que o QFD possuí diversas abordagens diferentes como, por exemplo, as
escolas de Bob King, Pugh, Macabe e Clausing. Para DEDINI (2000) cada um destes grupos
utilizam de uma própria rotina de trabalho.
Deste modo o presente trabalho, tem como objetivo, compreender os desejos dos usuários das
lixeiras atuais, através da elaboração de um QFD baseado nos passos sugeridos por Clausing
e, a partir desta ferramenta propor uma solução viável para a potencialização do descarte de
resíduos sólidos em lixeiras para a coleta seletiva.
Deseja-se, portanto, criar uma lixeira capaz de atender e atrair mais os seus usuários a partir
das informações obtidas através do Desdobramento da Função da Qualidade (QFD).
2. Desenvolvimento da Proposta
2.1. Questionário
Para iniciar a composição do QFD foi necessário inicialmente ouvir a Voz do Consumidor.
Esta etapa, definida por DELGADO (2008) como Análise de Necessidades é de extrema
importância uma vez que é fundamental justificar-se o investimento do tempo no
desenvolvimento do projeto e em sua realização.
Deste modo, uma das ferramentas disponíveis para a execução desta fase é o Questionário
definido por PARASURAMAN (Apud CHAGAS 2000) como um conjunto de questões, feito
para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos de projeto. Isso porque se entende
que é necessário adequar as nossas ideias, as necessidades e desejos do consumidor. Para
DELGADO (2008) devemos evitar o risco de impor ideias ao mercado consumidor.
Aplicou-se, portanto, um questionário aberto, onde o consumidor poderia dizer com suas
próprias palavras o seu desejo, facilitando assim a captação das mais diversas necessidades do
mercado.
A Figura 1 demonstras um exemplo de um alguns resultados referente às necessidades
geradas em algumas perguntas do questionário aplicado.
2.2. Análise de similares/concorrentes
Após iniciar a compreensão dos desejos dos consumidores, iniciou-se a fase de analisar os
produtos similares no mercado, e compreender quais as funcionalidades deste produto que
seriam parecidas com a dos concorrentes e saber qual deles realmente irá competir com seu
produto por espaço entre os clientes.
Segundo OLIVEIRA (Apud LOCATELLI 2010), analisar a concorrência significa verificar o
nível de conhecimento que se possui de cada concorrente e, quanto menor o nível de
conhecimento do concorrente, maior o risco estratégico perante as estratégias desse
concorrente; e, vice-versa, quanto maior o nível de conhecimento, menor o risco estratégico.
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A partir deste cenário, é aplicada então uma nova ferramenta de modo que se possam
conhecer pontos fortes e fracos dos seus concorrentes e, assim, saber quais características a
melhorar em seu produto.
A figura 1 exemplifica um dos concorrentes no mercado atual e as informações levantadas
pela equipe de projeto.
Figura 1 – Concorrente 3
Fonte: Próprio autor
2.4. Desdobramento da função da qualidade (QFD)
Para o desenvolvimento deste projeto, foi utilizada a metodologia de pesquisa desenvolvida
por CLAUSING.
CLAUSING (1994) define QFD da seguinte maneira: “QFD é um processo visual e conectivo
que ajuda os times a se focalizarem nas necessidades do consumidor por todo o
desenvolvimento... QFD é um processo sistemático que ajuda a identificar os desejos do
consumidor e desdobrá-los por todas as funções e atividades da corporação.”
Segundo DEDINI (2000) as etapas de desenvolvimento de um QFD segundo os passos de
Clausing são:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
Ouvir a Voz do Consumidor
Determinar os Requisitos de Projeto
Relacionar Voz do Consumidor e Requisitos de Projeto
Percepção do Consumidor
Avaliação de Competidores
Correlação dos Requisitos de Projeto
Planejamento
Determinação de Metas
2.4.1. Voz do usuário
A partir deste direcionamento, iniciou-se a etapa de ouvir a voz do consumidor e para isso, foi
utilizada a aplicação do questionário (mencionado no item 2.1.) de modo que fosse possível se
compreender o que, exatamente, poderia ser feito no âmbito de se compreender com mais
precisão o que o consumidor espera de nosso produto.
É importante ressaltar que dentro da aplicação do questionário a equipe de projetos selecionou
o público que possuí perfil adequado para respondê-lo.
Após a aplicação do questionário foi aplicada a análise dos resultados. Por se tratar de um
questionário aberto, ou seja, aquele em que o usuário pode transcrever exatamente aquilo que
quer e sente em relação à pergunta, foi necessária a interpretação dos resultados de forma
qualitativa.
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Dentro destas respostas foi possível se identificar aquilo que o usuário realmente entende por
melhoria ou necessidade. Com isso é possível a retirada de palavras-chave que serão
encaixadas no QFD traduzindo assim a Voz do Consumidor.
A Voz do Consumidor, então, é dimensionada em uma escala de importância de modo que a
equipe de desenvolvimento de projetos tenha ciência da relevância de cada um dos itens aos
olhos do usuário.
A Figura 2 demonstra a elaboração desta primeira etapa do QFD.
Figura 2 – Voz do Consumidor
Fonte: Próprio autor
2.4.2. Requisitos da engenharia
Ao mesmo tempo em que se aplicam os questionários para se ouvir os desejos do usuário,
outra parte da equipe se mobiliza para que entenda-se o que já existe no mercado disponível
ao consumidor, relacionado ao produto que será projetado.
É nesta etapa que é utilizada a Análise de Similares (apresentada no item 2.2), de modo que
sejam levantados os pontos fortes e fracos de cada produto.
Após a Análise de resultados dos questionários, são traçados então os requisitos de
engenharia, que traduzem a voz do consumidor em critérios quantitativos para que se possa
então projetar um produto de uma forma mais precisa.
Para cada palavra-chave gerada na Voz do Consumidor, haverá um requisito de Engenharia.
A Figura 3 trás os requisitos de engenharia que foram levantados para o projeto de melhoria
das lixeiras.
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Figura 3 – Requisitos de Engenharia
Fonte: Próprio autor
2.4.3. Relacionamento de voz do consumidor e requisitos da engenharia
Com a Voz do Consumidor definida e com os requisitos de engenharia necessários para
atendê-la levantados, a próxima etapa definida por Clausing é relacionar estes conceitos de
modo que se compreenda o grau de importância de cada requisito de engenharia em relação
aos itens que representam a Voz do Consumidor.
Um detalhe importante é que um item que represente a Voz do Consumidor poderá receber
efetivamente a influência de mais do que um requisito de engenharia.
A Figura 4 demonstra a relação gerada entre as necessidades dos clientes e os parâmetros de
engenharia.
Figura 4 – Relacionar Consumidores e Engenharia
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Fonte: Próprio autor
2.4.4. Percepção do usuário
Nesta etapa do projeto será utilizada a Análise de Concorrentes (descrita no item 2.3.) para
que se faça uma comparação do produto que está sendo desenvolvido com os já existentes no
mercado.
É importante ressaltar nesta etapa que as comparações feitas refletem apenas aquilo que é
visto aos olhos do usuário. Portanto, são avaliações qualitativas que a equipe de projetos
tentará colocar de um modo quantitativo para mensurar as diferenças percebidas pelo usuário.
Deste modo, são criados objetivos que devem traduzir o desejo do cliente, melhorias
percentuais que dimensionaram onde e quanto melhorar para se atingir objetivos e
principalmente os pesos e normalização que representarão quais os itens que realmente devem
ter ponto de destaque pela equipe de projetos para serem priorizados e melhorados.
Todos esses conceitos serão traduzidos graficamente de modo que possa ser claro e objetivo a
qualquer equipe multidisciplinar de projetos.
A Figura 5 traz a aplicação o desenvolvimento desta etapa utilizada neste projeto.
Figura 5 – Percepção do Usuário
Fonte: Próprio autor
A Figura 6 demonstra o fechamento do QFD na linha horizontal.
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Figura 6 – QFD Horizontal
Fonte: Próprio autor
2.4.5. Avaliação dos competidores
Do mesmo modo que uma comparação de produtos aos olhos do usuário, também será feita a
mesma comparação levando em consideração em relação aos requisitos de engenharia.
Essa comparação será importante para que seja medida a diferença entre os projetos nos
quesitos técnicos e a partir destes possa se buscar melhorias efetivas nos produtos.
A Figura 7 demonstra o comparativo destes requisitos dentro do projeto de otimização das
lixeiras.
Figura 7 – Avaliação dos concorrentes em relação à Engenharia
Fonte: Próprio autor
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2.4.6. Correlação dos requisitos de projeto
Outra percepção interessante que um QFD trás é a relação dos requisitos de engenharia que
mostra a interferência (positiva ou negativa) de um determinado parâmetro sobre outro.
Essa etapa de correlações, também é encontrada em algumas bibliografias como, por
exemplo, DEDINI (2000), com a definição de “Telhado da Casa da Qualidade”.
Essas interações são encontradas através de representação simbólica, onde Fortemente
Negativa significa uma grandeza inversamente proporcional, ou seja, a melhoria de algo iria
representar uma piora em outro, do mesmo modo que Fortemente Positivas são as grandezas
diretamente proporcionais, de modo que a melhoria de um requisito representaria a melhora
em outro também.
A Figura 8 apresenta estas interações encontradas pela equipe de projeto.
Figura 8 – Interação entre Requisitos
Fonte: Próprio autor
2.4.7. Planejamento
Esta etapa denominada planejamento é compreendida, principalmente, pelos cálculos da
importância dos requisitos de projeto. Em outras palavras, é a relação do peso de determinado
item da Voz do Consumidor (determinado na etapa 2.4.4.) com os requisitos de engenharia e
suas relações (Item 2.4.3.).
Deste modo, é possível de parametrizar a importância destes itens no desenvolvimento do
projeto final de nosso produto.
A Figura 9 mostra o modo de efetuar o cálculo de interação entre as linhas e colunas.
Figura 9 – Importância das Interações para a Engenharia
Fonte: Próprio autor
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2.4.8. Determinação das metas
Para finalizar o QFD, são então estipuladas algumas metas para que a engenharia saiba com
precisão os parâmetros técnicos necessários para execução do projeto.
Esta decisão também será importante futuramente, para que se mensure os resultados obtidos
e as possibilidades de melhoria.
3.
Análise de resultados
Após a execução das etapas de desenvolvimento de QFD propostas por Clausing, é possível
então fechar o Desdobramento da função da qualidade conforme a Figura 12.
Figura 10 – QFD
Fonte: Próprio autor
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Analisando este QFD foi possível extrair algumas análises importantes para o
desenvolvimento do produto, conforme os destaques abaixo:
 A questão de coleta seletiva de lixo é importante na visão dos usuários, mesmo
que boa parte destes não a pratique por falta de tempo;
 É importante para o usuário que o lixo seja descartado de forma correta no meio
ambiente. È possível perceber isso devido ao peso deste item (23 de 70)
explícito na Coluna I.
 A quantidade de lixeiras no dia-a-dia do usuário aumenta a possibilidade de
descarte correto;
 Acredita-se que produtos com novas tecnologias podem realmente representar
algum ganho na questão do descarte correto de resíduos, mas o investimento
em educação social poderia aumentar ainda mais essa potencialização e;
 A possibilidade de ganho de benefícios pelo descarte correto desperta a atenção
dos clientes como fica claro na Coluna I, onde este item corresponde a um peso
34, de 70 possíveis.
O produto então desenvolvido pela equipe de projetos foi baseado nas informações oriundas
do QFD e interpretada pela equipe de projetos nos pontos citados acima.
Propõe-se então a criação do Robô EcoTrash que terá como características principais:
 Separação de Lixo Automática;
 Deslocamento contínuo de modo que o usuário possa visualizá-lo com mais
freqüência;
 Descarte de materiais não recicláveis em aterros sanitários específicos e
normatizados;
 Envio de recicláveis a parceiros devidamente legalizados;
 Reinvestimento parcial da venda de recicláveis em ações sociais de
conscientização sobre o lixo e;
 Sistema de interação co o usuários, premiando aqueles que descartarem seu
lixo de forma adequada com pontos que poderão ser trocados por produtos em
lojas autorizadas.
A Figura 11 apresenta o protótipo elaborado em sistema CAD:
Figura 11 – Protótipo Robô EcoTrash
Fonte: Próprio autor
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4.
Considerações finais
O presente artigo teve como base a utilização de uma metodologia apresentada por Clausing,
da ferramenta QFD de modo que se pudesse verificar a possibilidade de aumento da eficiência
dos descartes dos usuários de lixeiras em espaços públicos.
Através desta ferramenta, foi possível então notar-se as necessidades e características que
atrairiam com maior freqüência os utilizadores deste produto e assim propor um novo modelo
de produto que atendesse essas características.
O desenvolvimento deste projeto demonstra que existem possibilidades reais de aumento da
eficiência do produto e, portanto, pode-se pensar em melhorarias nas condição de uso das
lixeiras em ambientes públicos.
Em relação ao produto proposto (Robô EcoTrash), verifica-se ao longo deste artigo apenas a
sua viabilidade em relação aos requisitos técnicos e expectativas do consumidos, não ficando
assim comprovada a sua viabilidade financeira que poderia ser abordada em uma possível
continuidade do projeto.
Deste modo propõe-se como uma continuação deste estudo uma análise financeira e de custo
benefício do produto para futuro desenvolvimento.
5.
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