Ensino Superior
Cálculo 2
2.2- Integração Numérica
Amintas Paiva Afonso
Problema (I)
b
a
f ( x)dx ?
y
(x6,y6)
g(x)
f ( x) ?
(x7,y7)
h(x)
(x2,y2)
(x3,y3)
a
(x1,y1)
(x5,y5)
(x4,y4)
x
b
Problema (II)
b
f ( x)dx F (b) F (a)
a
F ( x) ?
x
Motivação
• Calcular a integral de uma função f(x) em
casos onde:
I) f(x) é conhecida apenas em certos pontos
II) é impossível calcular ou difícil de expressar a
antiderivada F(x) de f(x)
Integração Numérica
• Utilizam-se funções polinomiais de
interpolação para aproximar o valor da
integral definida:
b
a
b P (x)dx
a 0
b
f(x)dx P1 (x)dx
a
b P (x)dx
a 2
(Regra do Ret ângulo)
(Regra do T rapézio)
(Regra de Simpson)
Aproximações para a integral
Regra do
Retângulo
(P0(x))
Regra do
Trapézio
(P1(x))
Regra de
Simpson
(P2(x))
Regra do Retângulo
• Aproximamos a integral de f(x) divindo o intervalo [a,b]
em m subintervalos e calculando a área dos retângulos
de base h=(b-a)/m e altura f(x), isto é,
usando
f(x) do ponto à esquerda
b
a
m 1
f ( x)dx f ( xk )h
k 0
usando
f(x) do ponto médio
b
a
x xk 1
f ( x)dx f k
h
2
k 0
m 1
usando
f(x) do ponto à direta
b
a
m 1
f ( x)dx f ( xk 1 )h
k 0
Regra do Trapézio
• Aproximamos f(x) por um polinômio de grau 1
que interpola (x0,y0) e (x1,y1)=(x0+h,y1) pela
forma de Lagrange:
x x0
x x1
P1 ( x ) y 0
y1
x0 x1
x1 x0
x ( x0 h)
x x0
y0
y1
h
h
x0
x0
x
( y1 y0 ) y0 y0 y1
h
h
h
Regra do Trapézio
• Integrando o polinômio no intervalo [x0,x1]:
x1
x0
P1 ( x)dx
1
( y1 y0 ) x 2
2h
x1
x0
x
x x
y0 y0 0 y1 0 x x10
h
h
x
x
1
( y1 y0 )(x1 x0 )(x1 x0 ) ( x1 x0 ) y0 y0 0 y1 0
2h
h
h
1
( y1 y0 )(2 x0 h) y0 h x0 ( y0 y1 )
2
1
x0 ( y1 y0 ) h( y1 y0 ) hy0 x0 ( y1 y0 )
2
h
( y1 y0 )
2
Regra do Trapézio
• Interpretação geométrica: a expressão anterior
mostra que a integral de f(x) pode ser aproximada
pela a área do trapézio:
y1
b
a
f ( x)dx
h
x0 P1( x)dx 2 ( y0 y1 )
x1
f(x)
y0
=x0
h
=x1 = x0+h
Regra do Trapézio Repetida
• Dividindo o intervalo de integração em m partes
iguais de medida h=(b-a)/m,
b
a
m 1
f ( x)dx
k 0
xk 1
xk
m 1
f ( x)dx
k 0
xk 1
xk
P1( x)dx
temos a Regra do Trapézio Repetida:
m 1
k 0
xk 1
xk
m 1
h
P1 ( x)dx [( f ( xk ) f ( xk 1 )]
k 0 2
h
{ f ( x0 ) 2[ f ( x1 ) f ( x2 ) f ( xm1 )] f ( xm )}
2
Regra de Simpson
• Aproximando f(x) pelo polinômio de grau 2 que
interpola os pontos
(x0, f(x0)),
(x1, f(x1))=(x0+h, f(x0+h)),
(x2,f(x2))=(x0+2h, f(x0+2h)),
temos:
Regra de Simpson
P 2 ( x) f ( x0 )
y0
x x0 x x2
x x0 x x1
x x1 x x2
f ( x1 )
f ( x2 )
x0 x1 x0 x2
x1 x0 x1 x2
x2 x0 x2 x1
( x x0 )(x x2 )
( x x0 )(x x1 )
( x x1 )(x x2 )
y1
y2
(h)(2h)
(h)(h)
(2h)(h)
x 2 x( x0 x2 ) x0 x2
x 2 x( x0 x1 ) x0 x1
x 2 x( x1 x2 ) x1 x2
y0
y1
y2
h( 2h)
h( h)
2h( h)
1
2
h
2 1
1
x y0 y1 y2
2
2
1
1
x 2 x0 3h y0 (2 x0 2h) y1 (2 x0 h) y2
2
2
1
1
( x0 h)(x0 2h) y0 x0 ( x0 2h) y1 x0 ( x0 h) y2
2
2
Regra de Simpson
• Integrando a expressão anterior no intervalo [x0,x2],
x0 2 h
x0
P 2 ( x)
x0 2 h
1 1
1 x
y
y
y2
0
1
h 2 2
2 3 x
0
3
x0 2 h
2
1
1
x
2 x0 3h y0 (2 x0 2h) y1 (2 x0 h) y2
2
2
2 x
0
1
1
x 2h
( x0 h)(x0 2h) y0 x0 ( x0 2h) y1 x0 ( x0 h) y2 xx00
2
2
após simplificações, obtemos:
h
x0 P 2 ( x)dx 3 [ f ( x0 ) 4 f ( x1 ) f ( x2 )]
x2
Regra de Simpson
• Interpretação geométrica: a integral de f(x) é
aproximada pela área entre o eixo-x e a
parábola que passa pelo ponto médio e pelos
extremos do intervalo [a,b] :
Regra de Simpson Repetida
• Subdividindo o intervalo [a,b] em m
subintervalos (sendo m par):
b
a
m 1
f ( x)dx
k 0
m 1
f ( x)dx
xk 1
xk
xk 1
xk
k 0
P 2 ( x)dx
obtemos a Regra de Simpson Repetida:
m 1
k 0
2
h
P 2 ( x)dx f ( x0 ) 2 f ( x2 k ) 4 f ( x2 k 1 ) f ( xm )
3
k 1
k 1
m
xk 1
xk
2 1
m
h
[ f ( x0 ) 4 f ( x1 ) 2 f ( x2 ) 4 f ( x3 ) 2 f ( x4 ) 4 f ( xm 1 ) f ( xm )]
3
Estimativas de Erro
• Pela Regra dos Trapézios Repetida:
ou
ETR
m h3
M 2 , sendo M 2 m áx f ( x)
x[ x0 , xm ]
12
ETR
(b a)h 2
M 2.
12
• Pela Regra de Simpson Repetida:
ou
ESR
m h5
M 4 , sendo M 4 m áx f ( 4) ( x)
x[ x0 , xm ]
180
ESR
(b a)h 4
M 4.
180
Exercícios
1. a) Calcule a integral definida de f(x)=ex no
intervalo [0,1] pelo método de Simpson com
uma estimativa de erro inferior a 10-5.
b) Para se obter um resultado com
estimativa de erro semelhante utilizando a
Regra do Trapézio, quantas subdivisões do
intervalo de integração são necessárias?
Exercícios
2. a) Qual o erro
máximo cometido na
4
aproximação de 0 (3x3 3x 1)dx pela regra de
Simpson com quatro subintervalos? E por
Trapézios?
b) Calcule a integral pelos dois métodos e
compare com a estimativa do item a).
Exercícios
3. Use a Regra de Simpson para integrar a função
abaixo entre 0 e 2 com o menor esforço
computacional possível (menor números de
divisões e maior precisão). Justifique sua
resposta.Trabalhe com três casas decimais.
se 0 x 1
x ,
f ( x)
3
( x 2) , se 1 x 2
2
Exercícios
4.
Sabendo que a Regra de Simpson é, em geral, mais
precisa que a Regra dos Trapézios, qual seria o modo
mais adequado de calcular a integral definida de f(x) no
intervalo dado, usando a tabela abaixo? Aplique este
processo para determinar o valor da integral.
x
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
f(x)
1.0
1.2408
1.5735
2.0333
2.6965
3.7183
Exercícios para Entrega
1. a) Calcule a integral a seguir pela Regra do
Trapézio e pela Regra de Simpson, usando
quatro e seis divisões do intervalo [a,b].
Compare os resultados.
14 dx
2
x
b) Quantas divisões do intervalo são
necessárias, no mínimo, para se obter erros
menores que 10-5, com cada uma das regras?
Respostas aos exercícios
1. a) m 8; para m=8 temos IS= 1.718284 b) m 151
2. ESR=0; IS=172; |ETR | ≤ 24; IT=184.
3. IS=44.083 com erro zero.
4. I = 4.227527 (Trapézios no primeiro intervalo e o restante por
Simpson).
1. a) Trapézios (m=4): 4.7683868
Trapézios (m=6): 4.7077771
Simpson (m=4): 4.6763744
Simpson (m=6): 4.6614894
b) Trapézios: 1382
Simpson: 80