Inovação no ensino superior: currículo e prática pedagógica Profa. Carla B. Zandavalli M. Araujo UFMS/GEPPES/UNIVERSITAS.Br BASE DE DADOS N° TRABALHOS IDENTIFICADOS BANCO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA CAPES N° TRABALHOS SELECIONADOS 2 2 35 29 SCIELO 2 1 TOTAL 39 32 BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES (BDTD) - IBICT RELAÇÃO TEORIAPRÁTICA (3) INOVAÇÃO/ IDEOLOGIA (3) PRÁTICAS PEDAGÓGICAS (4) TICs/EAD (13) CURRÍCULO (9) Trabalhos na BDTD/Capes e Scielo.br TEMÁTICAS Inovação e Currículo Inovação/TICs/ EaD Inovação nas práticas pedagógicas Desvelamento ideológico da inovação Relação teoriaprática Total N° AUTORES 9 Manfredo (2004); Salles (2004); Pietropaolo (2005) Machado (2006); Marques Filho (2011);Silva (2011); Guedes (2013); Silva (2013)*Franco (2014). 13 Hetkowsi (2004);Costalonga (2006);Malmann(2008); Campos (2011);Fonseca (2011);Paes(2011);Silva (2011);Maia (2012);Rocha (2012) ;Assis (2012);Coelho (2013);Prudêncio (2013); Corrêa (2013); 4 Andrade (2009); Pereira (2009); Faria (2012) e Borges (2013) 3 3 32 IES M UFPA; PUC/SP (3); PUC/PR (2); UFRN; USP; UFPR(*) D 6 2 UEL;UFMG; UECE; UFSCAR; PUC/GO; UERJ;PUC/SP; UFV; UFSC; UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ. 9 4 PUC/SP; FURG; PUC/RS; UESC/SC RIBEIRO (2008); Luz PUC/SP; (2009); Rufino Neto (2012) UFGRS; UFRRJ 3 1 2 1 2 1 22(*) 9(*) Dutra (2010); Augusto (2010); Viana (2011). 32 Unicamp; UFSM; UFS 26 Novas configurações sociais requerem mudanças na formação profissional e nos currículos. Necessidade de superar a fragmentação dos currículos, a descontextualização de conteúdos, a desarticulação teoria-prática; o desvínculo entre saberes pedagógicos e saberes específicos; Descompasso entre as bases legais das licenciaturas e as condições concretas para a execução; Currículo que abranja conteúdos inovadores (física moderna e contemporânea - ensino física) ou possibilidade do “fazer ciência” na sala de aula (demonstração e prova – ensino da matemática); Proposição de práticas nas licenciaturas que possibilitem ao futuro professor usar TICs; desenvolver atividades práticas, experimentais e aplicadas; produzir novos materiais para o ensino; utilizar material concreto; Necessidade de políticas públicas de formação inicial e continuada para uso das TICs na escola. Ausência de clareza nos Projetos Pedagógicos das IES sobre os mecanismos para articulação teoria-prática (DUTRA, 2010); Análise dos aspectos ideológicos em torno das proposições de inovação, desenvolvimento de competências e ensino de qualidade, presentes nas políticas educacionais(RIBEIRO, 2008; LUZ, 2009); Inovação na docência universitária impulsionada pela produção de material impresso e midiático para a EaD (MALMANN, 2008); A formação sobre o uso de TICs é limitada às disciplinas optativas em cursos de Licenciatura, com caráter instrumental (FONSECA, 2011); Análise da situação dos IFETs: dificuldades em cumprir os objetivos legais e desenvolver o ensino, a extensão (com avanços tecnológicos) e a pesquisa (aplicada) de forma inovadora, bem como, ofertar licenciaturas (RUFINO NETO, 2012); Contribuição dos NTEAD para a inserção das TICs na formação inicial de professores (PAES, 2011). Análise do espaço físico e virtual denota a falta de interação/interatividade entre professor/estudantes/conhecimento e indica práticas tradicionais na EaD (ASSIS, 2012). PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CURSO... CURRÍCULO... - Demandas sociais concretas; - Projeto de sociedade, que combata desigualdades, respeite a pluralidade e a diversidade (CANDAU, 2012); - Perfil do aluno das licenciaturas; - Perfil do educador necessário à maioria da - população na sociedade atual. [...] A consciência de que igualdade e diferença se exigem mutuamente é cada vez mais forte. Os diferentes grupos socioculturais, particularmente os historicamente marginalizados e silenciados, vêm adquirindo continuamente crescente visibilidade e questionam a escola. A reflexão Didática não pode estar alheia a esta problemática. A partir da perspectiva crítica, na qual estou enraizada, considero que a perspectiva intercultural é central para se avançar na produção de conhecimentos e práticas, assim como processos de ensino-aprendizagem e na promoção de uma educação escolar orientados a colaborar na afirmação de uma sociedade verdadeiramente democrática em que justiça social e justiça cultural se entrelacem. [...]. (CANDAU, 2012, p. 134-135). Mulheres são maioria (ingressantes, matriculados, concluintes). Universidades (8% entre as IES) concentram maior número de alunos (53%) e matrículas. Predomínio do turno noturno nas IES privadas e municipais; diurno (federais); equilíbrio entre turnos (estaduais). 63% dos alunos da graduação estudam à noite. Predomínio de vagas, ingressos, matrículas, nas regiões sudeste e sul. Predomínio das matrículas na modalidade presencial (84,2%), sobre a EaD (15,8%). Predomínio da oferta dos cursos das áreas das ciências sociais, negócios, direito e da educação. (*) Cursos de Graduação Fonte: Censo da Educação Superior (INEP, 2013). Relativa expansão: aumento da taxa de escolarização bruta (28,7%), taxa de escolarização líquida (15,1%). Ênfase na privatização (74% das matrículas; 87,4% das IES; 66,2% dos cursos; 57,7% das funções docentes). Titulação docente (51,4% - doutores) e regime de trabalho em tempo integral (91%), nas IES federais (INEP, 2012). Tabela 1- Estatísticas Gerais da Educação Superior. Brasil (2013). Categoria Administrativa Estatísticas Básicas Pública Total Geral Número de Instituições 2.391 Privada Total Federal Estadual Municipal 301 106 119 76 2.090 Educação Superior - Graduação Cursos 32.049 10.850 5.968 3.656 1.226 21.199 Matrículas 7.305.977 1.932.527 1.137.851 604.517 190.159 5.373.450 Ingresso Total 2.742.950 531.846 325.267 142.842 63.737 2.211.104 991.010 229.278 115.336 82.892 31.050 761.732 489 100 208 181 16.498 203.717 172.026 115.001 56.094 931 31.691 7.526.681 2.105.042 1.252.952 660.819 191.271 5.421.639 367.282 155.219 95.194 48.275 11.750 212.063 321.700 152.166 94.354 47.823 11.459 181.302 Concluintes Educação Superior - Sequencial de Formação Específica Matrículas 16.987 Educação Superior - Pós-Graduação Scricto Sensu Matrículas EDUCAÇÃO SUPERIOR - TOTAL Matrícula Total Funções Docentes em Exercício Docentes em Exercício 23 12 Fonte: Mec/Inep - MEC/Capes; Quadro elaborado por Inep/Deed Notas: 1Corresponde ao número de vínculos de docentes a Instituições de Educação Superior; 2Não incluem os docentes que atuam exclusivamente na Pós-Graduação Lato Sensu; 3 Quantidade de CPFs distintos dos docentes em exercício em cada Categoria Administrativa. Gráfico 1 - Evolução das Taxas de Escolarização da Educação Superior Brasil - 2003/2012 Fonte: Pnad/IBGE; Gráfico elaborado por Deed/Inep. Nota: Taxa Líquida Ajustada: Percentual da população de 18 a 24 anos que frequentam ou já concluíram a educação superior. 63,1% 36,9% Gráfico 2 – Ingressantes, matrículas e concluintes, por gênero, em cursos de graduação. Brasil . 2013. Fonte: INEP/Censo da Educação Superior, 2013. Predomínio feminino No período 2012-2013, a matrícula cresceu 4,4% nos cursos de bacharelado, 0,6% nos cursos de licenciatura e 5,4% nos cursos tecnológicos. Os cursos de bacharelado têm uma participação de 67,5% na matrícula, enquanto os cursos de licenciatura e tecnológicos participam com 18,9% e 13,7%, respectivamente. Tabela 2 - 10 Maiores Cursos de Graduação em Número de Matrículas, por Gênero - Brasil - 2013 Curso Pedagogia Administração Direito Feminino 568.030 445.226 414.869 Curso Direito Administração Masculino 355.020 354.888 Engenharia civil 183.297 Enfermagem 194.166 Ciências contábeis 136.733 Ciências contábeis Serviço social Psicologia 191.298 157.919 146.347 Ciência da computação Engenharia de produção Engenharia mecânica 106.266 97.658 91.802 Gestão de pessoal / RH 138.243 Engenharia elétrica 74.840 Fisioterapia Arquitetura e urbanismo 88.007 Formação de professor de educação física 71.215 79.293 Análise e Desenvolvimento de Sistemas 66.383 Fonte: INEP/Censo da Educação Superior, 2013. Tabela 3 - Matrícula, Ingressantes e Concluintes de Graduação, segundo a Área Geral OCDE - Brasil -2012 Área Geral Matrículas Ingressantes Concluintes Ciências sociais, negócios e direito 2.896.863 1.175.616 455.662 Educação 1.362.235 488.979 223.392 961.323 322.131 161.575 885.912 373.665 74.539 431.014 178.563 58.403 165.075 53.688 18.839 Humanidades e artes 160.007 67.394 27.015 Serviços 152.727 76.605 30.988 Saúde e bem estar social Engenharia, produção e construção Ciências, matemática e computação Agricultura e veterinária Fonte: MEC/Inep; Tabela elaborada pelo Inep/DEED ONTEM... HOJE... Novas maneiras/espaços/relações para ensinar e aprender... (ALONSO, 2014) - Atuação e formação profissional Perfil do trabalhador Currículo Mudanças na função reguladora do Estado Consequências aos conteúdos curriculares TAYLORISMO/FORDISMO ESTABILIDADE POSITIVISMO ESPECIALIZAÇÃO FRAGMENTAÇÃO ENTRE O PENSAR E O FAZER BASE ELETROMECÂNICA DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICO LENTO ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL DINAMICIDADE HOLISMO GENERALIZAÇÃO ARTICULAÇÃO ENTRE O PENSAR-FAZER-SENTIR E SER BASE MICROELETRÔNICA DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICO DINÂMICO ESTÁVEL DADA PELA ESPECIALIZAÇÃO CURSO SUPERIOR: FORMAÇÃO INICIAL E FINAL ONTEM INSTÁVEL, NÃO HÁ LIGAÇÃO DIRETA ENTRE A ÁREA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL E A FORMAÇÃO FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA HOJE DOMÍNIO DO SABER-FAZER PROFISSIONAL DISCIPLINADO, CUMPRIDOR DE TAREFAS PRÉDETERMINADAS INDIVIDUALISMO ACEITA A AUTORIDADE SOCIALMENTE INSTITUÍDA SEM QUESTIONAMENTOS ONTEM DOMÍNIO DE COMPETÊNCIAS COGNITIVAS SUPERIORES E DE RELACIONAMENTO AUTONOMIA INTELECTUAL CAPACIDADE DE RELACIONAMENTO EM GRUPO COMPETÊNCIA ÉTICA, COMPROMISSO POLÍTICO COM A QUALIDADE DA VIDA SOCIAL PRODUTIVA HOJE Análise Síntese Relações interpessoais Soluções inovadoras Comunicação clara e precisa Interpretação e uso de diferentes formas de linguagem Capacidade de trabalhar em grupo Gerência processos e atingir metas Avaliar Lidar com diferenças Enfrentar desafios advindos das mudanças frequentes Resilência Raciocínio lógico formal aliado à intuição criadora Aprendizado permanente Intervenção crítica e criativa ABORDAGEM CONTEUDISTA ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO: 1. FORMAÇÃO GERAL 2 . FORMAÇÃO ESPECÍFICA PARA UM CAMPO PROFISSIONAL ASPECTOS LEGAIS: CURRÍCULOS MÍNIMOS DESARTICULAÇÃO ENTRE: -O GERAL E O PARTICULAR; -A TEORIA E A PRÁTICA; -O CONTEÚDO E O MÉTODO -A FORMAÇÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA E A FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA -A RAZÃO E A ESTÉTICA TRAJETÓRIAS UNIFICADAS DADAS PELA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL E UNIVERSITÁRIA ABORDAGEM FLEXÍVEL, GLOBAL E MULTIDISCIPLINAR ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO: 1. SÓLIDA FORMAÇÃO GERAL DE BASE INTERDISCIPLINAR 2. OPÇÃO POR ÊNFASES EM ÁREAS DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL 3. DISCIPLINAS COMPLEMENTARES QUE CONFIRAM ORIGINALIDADE À FORMAÇÃO (AMPLIAÇÃO DAS CHANCES DE EMPREGO) ASPECTOS LEGAIS: DIRETRIZES CURRICULARES AMPLAS O NOVO CURRÍCULO DEVE ARTICULAR: -O GERAL AO PARTICULAR; -A TEORIA À PRÁTICA; -O CONTEÚDO AO MÉTODO -A FORMAÇÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA À -FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA -A RAZÃO À ESTÉTICA DIVERSIFICAÇÃO DOS PERCURSOS, POSSIBILIDADE DE EMPREGABILIDADE Formação geral nas graduação, formação específica pósgraduada; Flexibilização dos percursos escolares como estratégia para a empregabilidade; Ampla liberdade na definição dos currículos; Enxugamento dos cursos: CH, quantidade de disciplinas, menor tempo de duração. -Formação flexível para atender ao trabalhador e desenvolvimento complexo das capacidades cognitivas superiores e de relacionamento não são compatíveis com o enxugamento dos cursos. - Flexibilização não pode ser sinônimo de empobrecimento dos currículos. Conhecer o aluno (perfil socioeconômico/pesquisas). IES públicas precisam entender as demandas sociais e planejar sua oferta para atendê-las. Estruturação de políticas para acesso, permanência e terminalidade para todos os estudantes (planejamento longo, médio prazos). Trabalhar com as condições de entrada (lacunas), pensando no perfil de formação mínimo (estratégias – programas de ensino e extensão). Elaboração coletiva de Propostas Institucionais que embasem os Projetos pedagógicos dos cursos. Formação continuada de docentes na Educação Superior para discussão das bases teórico-metodológicas das propostas dos cursos; para uso das TICs; para a ação interdisciplinar; uso de material concreto e produção de material didático. Ampliação do quadro docente e adoção do plano de trabalho (CH ensino, pesquisa e extensão). [email protected] ALONSO, Katia Morosov. Aprender e ensinar em tempos de Cultura Digital. In: JORNADA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E LINGUAGEM, 1., 2014, Campo Grande, MS. Apresentação slides. Campo Grande, MS: UEMS; UCDB; UFMS; Anhanguera- UNIDERP; 2014. 1 arquivo digital. CANDAU, Vera Maria. Escola, didática e interculturalidade: desafios atuais. In: ______. (org.). Didática crítica e intercultural: aproximações. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 107138. DUTRA, Edna Falcão. Possibilidades para a articulação entre teoria e prática em cursos de licenciatura. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2010. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Censo da Educação Superior. 2011; 2012; 2013. Brasília, 2014. KUENZER , A. Z. O que muda no cotidiano da sala de aula universitária com as mudanças no mundo do trabalho? In: CASTANHO, S. ; CASTANHO, M.E. Temas e textos em Metodologia do ensino Superior. Campinas, SP: Papirus, 2001. p. 15-28. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos: inquietações e buscas. Educar em Revista, Curitiba, n. 17, p. 153-176, 2001. LUZ, Aline. Do professor licenciado ao docente intelectual, crítico e reflexivo : uma análise a partir de cursos de licenciatura em matemática e história de universidade privada no RS. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.