Projeto Hospitais Sentinela FARMACOVIGILÂNCIA HUCFF/UFRJ 2003/2006 “Relato de experiência” Caracterização da unidade Ensino, Pesquisa e Extensão Área física - 99.530 m2 Capacidade instalada: 455 leitos ativos 149 clínicos 189 cirúrgicos 31 UTI 105 salas ambulatoriais 3.842 profissionais 230 residentes Corpo discente: 3279 pessoas (1342 graduação, 367 especialização, 194 internato, 295 mestrado, 168 doutorado e 913 outros) Dados de produção 11.568 internações 1.298.795 proc. ambulatoriais 186 projetos de pesquisa Farmacovigilância - estrutura EXECUTIVO Localização física distinta 1 Coord. Gerência risco 2 Estagiários de (2 Enfermeiras) (Farmácia e Enf) (Farmacêutico) CCIH G. suprimento e aquisição Divisão de enfermagem Divisão Médica Doc. Médica Farmácia Comissão de óbito Divisão de Saúde da Comunidade DEMAIS SETORES E SERVIÇOS CONSULTIVO ESTRUTURAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE EA GERÊNCIA DE RISCO PROF. SAÚDE ANVISA INVESTIGAÇÃO INTEGRADA S ANVISA (falha produto) Evento notificável N Avaliação interna ( falha processo) INVESTIGAÇÃO INTEGRADA ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO Integração gerência de risco e serviço de farmácia PESQUISA PRONTUÁRIO CONTATO COM PROFISSIONAIS (assistência, compras ...) APLICAÇÃO DE ALGORITMO (causalidade) CONTATO COM INDUSTRIA CONTATO COM VISA - INCQS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Elaboração de manuais técnicos Elaboração de protocolos de investigação Divulgação Sensibilização dos profissionais Detecção de casos Avaliação do impacto das ações Integração com CCIH e PCTH Elaboração de projetos Pesquisa diária em sites Reuniões técnicas Seminários Elaboração da cartilha de aquisição Manual de Normas e Procedimentos para Aquisição, Recebimento e semanais com representantes dos setores de aquisição, suprimentos, planejamento, gerência de risco e farmácia. Apreciação da VISA/RJ Estocagem de Medicamentos e Produtos Farmacêuticos HUCFF/UFRJ – SERVIÇO DE FARMÁCIA JAN/2003 S 2003 – Normas para Aquisição, Recebimento, Estocagem e Armazenamento de Medicamentos Metodologia e divulgação reuniões Dificuldades atuais – necessidade monitoramento e avaliação, persistência de problemas com aquisição e rastreabilidade. Elaboração de protocolos (2004) Regimento interno (categorias e finalidades, composição, organização, funcionamento, competências, atribuições e disposições gerais) Protocolos de detecção e investigação de reação adversa a medicamento (RAM), queixa técnica (QT ), suspensão de comercialização e alertas Check list (avaliação do sistema) NOTIFICAÇÃO DE QUEIXA TÉCNICA (QT) ATIVIDADE RESPONSABILIDADE e FREQUÊNCIA Realizar busca ativa de casos nas áreas assistenciais EF (2 X/semana) Receber notificação envolvendo produto; Investigar a ocorrência, utilizando protocolo preconizado pela ANVISA (ANEXO 2 e 3); Coletar dados sobre o produto: registro MS, lote, validade e sobre a empresa: licença e autorização de funcionamento; Fotografar a ocorrência. Se for o caso, contactar VISA e passar mail relatando problema e solicitando análise fiscal do produto (quarentena). Caso seja indicado, providenciar recolhimento e registrar movimentação, estoque (qde, lotes ...) e pacientes expostos. Divulgar a informação de suspensão e recolhimento para os setores envolvidos. Comunicar ocorrência formalmente ao fabricante, solicitando recolhimento/troca (se for o caso); Encaminhar protocolo de investigação preenchido para GR; Se for confirmada suspeita de envolvimento do produto, notificar a ocorrência a ANVISA através do sistema de informação preconizado (SINEPS/WEB), arquivando original do protocolo de investigação; Se for descartada suspeita de envolvimento/falha do produto, buscar possíveis causas do evento, sugerindo ao grupo gestor, correções no processo de trabalho/outro fator identificado (3 amostras;prova/contra-prova); Notificar e encaminhar amostras do produto envolvido para análise segundo orientações da VISA (se for o caso); Dar retorno ao notificante, e informando a respeito das ações desencadeadas. Monitorar resultado de laudos técnicos e encaminhar cópia do documento para arquivamento na GR CF / PF (SOS). EF – Estagiário Farmácia; PF – Plantonista Farmácia; CF/ PF e GR (até 48h ) CF/ PF (até 48h) CF/ PF (até 48h) CF/ PF (até 48h) CF/ PF (até 48h) CF (até 72h) CF (até 72h GR CF e GR CF (p/ VISA) GR(p/ ANVISA) CF e GR (até 15 dias da notificação) CF CF – Coordenador Farmacovigilância; GR – Gerência de Risco Divulgação MATERIAL IMPRESSO e INTRANET : distribuídos interna e externamente para setores assistenciais, centros acadêmicos, residentes, eventos. Divulgação Notificação integrada Link na home page e notificação on line [1- ANVISA ] [2- O que é o projeto] [3 – Rede Sentinela] [4 – Gerência de risco] [5- O que notificar] [6 – Farmacovigilância] [7 – Hemovigilância] [8 – Tecnovigilância] [9 – Participação dos profissionais] [10- Como notificar]** [11 – Formulário de notificação] [12-Lista de produtos irregulares] [13- Links] [14- Notícias] Eventos Sociais JULHO 2006 – FESTA JUNINA – BOCA DO PALHAÇO Festa Junina Semana da primavera OUTUBRO/2006 “ As flores precisam de sol e água e a saúde precisa de qualidade e segurança.” Esse foi o tema da barraca da GR, onde um “quiz” dinâmico sobre segurança em saúde hospitalar integrou funcionários e visitantes, com o objetivo de divulgar o projeto Hospital Sentinela. Quem acertava as respostas ganhava vasinhos de flores. Jornal HUCFF – N 10/2006 Sensibilização FASE I – ENFERMAGEM E FARMÁCIA Contato direto com pequenos grupos – 30 MIN (importância da notificação de EA e papel da gerência de risco) Serviços clínicos, cirúrgicos, ambulatoriais ; emergência; SEME, apoio ao diagnóstico, radiologia e radioterapia, Alvo principal: equipe de enfermagem (enfermeiros, auxiliares, técnicos, atendentes e auxiliar operacional de serviços). 590 profissionais – 87% foram da equipe de enfermagem ( horário diurno) PROFISSIONAL SENTINELA Resposta Individualizada Agradecimento de final de ano feedback da notificação AVALIAÇÃO DO IMPACTO Área de medicamentos e artigos médico hospitalar (notificação de queixa técnica), Alvo prioritário foi equipe de enfermagem, principal usuário e "manipulador" destes produtos na instituição Importância da conclusão dos processos de trabalho 2005 - concluída investigação de 74% (121) dos 163 casos notificados, sendo que 35,6% (58) foram descartados, Na fase de implantação do projeto é mesmo desejável que a sensibilidade na detecção de casos seja elevada Detecção de casos 1. BUSCA ATIVA: SIH/SIM/Farmacovigilância intensiva/prontuário eletrônico. 2. NOTIFICAÇÃO ESPONTÂNEA: 2.1 COLETA ATIVA -visita semanal setores assistenciais, planilha notificação (negativa). 2.2 INICIATIVA PROFISSIONAL - telefonema, mensageiro, mail. Planilha notificação passiva VISITA SISTEMÁTICA AOS SETORES Duas vezes na semana estagiário contacta PROFISSIONAL SENTINELA Planilha de acompanhamento Atualização diária – Pesquisa site Visa/RJ e Anvisa Base para consulta - auxilio no momento da aquisição e recebimento Integração com CCIH e PCTH CCIH - Investigação conjunta em eventos: Casos de bacteremia (surto acinetobacter) e infecção oftalmológica - suspeita contaminação de produtos de saúde, PCTH - Programa de controle da tuberculose: Propor e implantar uma rotina integrada entre o PCTH e a GR a fim de detectar e investigar as RA associadas ao uso de tuberculostáticos em pacientes internados com diagnóstico de TB. PCTH 2004 - 156 pacientes internados em uso de tuberculostáticos: 18 (11,54%) casos de RA ao esquema RHZ, 87 (55,6%) sexo masculino, Mediana (1º quartil; 3º quartil) de idade de 42 anos (24; 72), Comorbidades em 89% dos casos (66,7% HIV positivo) Todos com hepatotoxicidade (aumento de transaminases e icterícia em 33,4%). Análise de resultados DISTRIBUIÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS IDENTIFICADOS PELO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA - HUCFF/UFRJ A) TIPO DE NOTIFICAÇÃO JUNHO 2002 A MAIO 2006 Impacto inserção de RH Maio/06 (>50% 2005) >quantidade e qualidade D) CATEGORIA PROFISSIONAL DO NOTIFICADOR - 2005 B) SETOR DE OCORRÊNCIA C) QT – ALTERAÇÕES RELATADAS Rotulagem (semelhança, tamanho letras, pouca adesividade); Aspecto/características (corpo estranho, alteração na coloração); 66% área assistencial; Importância das comissões e programas (24%); Impacto fase II – equipe médica E) RAM – SEGUNDO MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS CLASSIFICAÇÃO ATC (primeiro nível) Aplicado algoritmo (causalidade) Definida Provável Possível F) CONCLUSÃO Viés – tuberculostáticos 50% Descartados fase inicial - sensibilidade alta Importância do registro Livro de casos (eventos numerados e com evolução de providências); Livro de ordem e ocorrências; Arquivamento/catálogo de: amostras laudos fichas de investigação (concluídas e em andamento) Banco de dados (integrado ao sistema de gerenciamento da informação - REDE) Projetos 2006/2007 1 -Laboratório de Análises Clínicas (Observatório Farmacoepidemiológico): Objetivo - Desenvolver estudos sobre efeitos adversos e problemas relacionados a medicamentos no HUCFF, determinando a relação causal entre o medicamento e o evento, a partir de sinais de alterações laboratoriais (hepáticas e hematológicas) de análises clínicas. 2- Farmacovigilância intensiva hospitalar - piloto clínica médica Objetivo - Seguimento contínuo com visita diária aos setores de internação, detectando os acontecimentos clínicos (sinais e sintomas) que possam gerar uma suspeita de RAM; queixa técnica ou evento adverso Coordenação Faculdade de Farmácia Projeto farmacovigilância intensiva Clínica médica – jun/ago 2006 OBJETIVOS Divulgação da farmacovigilância; Carcaterizar perfil de morbidade; Caracterizar perfil dos medicamentos; Identificar suspeitas de RAM (causalidade?); Identificar fatores favoráveis/limitadores para aplicação da farmacovigilância intensiva. Membro da equipe envolvido Enfermeiras da G. de Risco Atividades desenvolvidas Secretária da G. de Risco Farmacêutico Articulação estratégica com outras áreas Suporte de estrutura física e recurso material Treinamento e apoio para abordagem ao paciente e a equipe de saúde Participação nas discussões de trabalho Notificação de RAM pertinentes à ANVISA Apoio logístico e administrativo Serviço de Clinica médica Supervisão técnica dos estagiários Esclarecimento técnico para equipe médica e de enfermagem Discussão técnica de casos com estagiários Divulgação do projeto no Serviço de Farmácia (“cobertura técnica” na ausência do farmacêutico do projeto) Preencher protocolos de pesquisa Realizar visitas diárias nas enfermarias Procurar novas internações (planilhas de acompanhamento) Discutir casos com farmacêutico Discutir casos com grupo consultivo Consultoria técnica Cooperação/coordenação projeto Contribuição no esclarecimento de questões clinicas Serviço de Enfermagem Fornecer informação/Esclarecer questões relacionada as RAM Estagiários Profª Faculdade Farmácia Proposta 2006/2007 1 - Avaliação do sistema (construção de indicadores) Casos investigados / notificados Casos descartados / investigados Tempo decorrido entre notificação e conclusão do caso % de retorno ao notificador % de realização de ítens (POP) 2 - Sensibilização – fase II (equipe médica) 3 - Investimento na qualidade da investigação ( maior disponibilidade de farmacêutico e capacitação) PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS EXTERNOS Junho – GPROP/Anvisa - Seminário regional de propaganda e uso racional de medicamentos. Agosto – IFF/FIOCRUZ - Encontro Brasil-Cuba de farmacovigilância e farmacoepidemiologia Outubro - FACULDADE DE ENFERMAGEM/UFRJ - Ciclo de Debates: O enfermeiro e o gerenciamento de risco: tendências para a prática de enfermagem. Novembro – FACULDADE DE FARMÁCIA - XXIV Semana de farmácia da UFRJ. Palestra: a implantação da farmacovigilância em um hospital universitário Novembro – Anvisa - VIII Encontro nacional de GR VISITAS RECEBIDAS GPROP/Anvisa – Proposta: Projeto RAM x Automedicação GVISS/Anvisa – Visita técnica FACULDADE FARMÁCIA/UFF - Estágio de observação - residência CONCLUSÕES Apesar das dificuldades - metas atingidas. GR contornou o problema - discussão e desenvolvimento das atividades sob orientação técnica dos coordenadores. Ampliação gradativa de escopo e áreas de atuação. GR reconhecida pelo grupo gestor como setor estratégico, fornecendo subsídios para tomada de decisão. DIFICULDADES Anvisa - Falta informação: desdobramentos e resultados Continuidade e consolidação - RH - Mudanças sucessivas de coordenação (3 anos=5 coordenadores); Capacitação (investigação de eventos/surtos); ASPECTOS FAVORÁVEIS Abordagem não punitiva (natureza multifatorial do erro); Profissionais de saúde - compreensão dos objetivos da vigilância de produtos de saúde - coleta apropriada e oportuna de dados de identificação do produto envolvido na ocorrência; Valorização do profissional; Retorno do fabricante; Ações de melhoria de processo; Grupo de Trabalho GERÊNCIA DE RISCO: Sônia Maria Cezar Góes (gerente ) Ana Maria Branco (assessora ) Aline Vieira (secretária) FARMACOVIGILÂNCIA: Andréa Nascimento Silva/Daniel Savignon (Ch. serviço farmácia) Rodrigo Massafera/Mariana Matos (bolsista – graduação farmácia ) Fabiana Nunes (bolsista – graduação enfermagem -) Márcia Passos (Profa Adjunta FF-UFRJ - colaboradora CONTATO Sonia Góes [email protected] [email protected] Tel: 2562-2733/2562-2732 5º andar – sala A 47