Sistemas de Informação Disciplina de Sistemas de Apoio a Decisão Prof. Luiz O Ato de Gerenciar Dois tópicos importantes: Gerenciamento: processo pelo qual a organização atinge seus objetivos usando recursos corporativos e de parceiros; Produtividade: taxa de outputs (cumprimento dos objetivos) pelos inputs (recursos). A produtividade depende da forma como se gerencia (planejar, organizar, controlar, coordenar); Para se gerenciar deve-se estar continuamente engajado no processo de tomada de decisões: “the manager is primarily a decision-maker”. O Ato de Gerenciar “Seria então o processo de “gerenciar” um ato inerente, natural, à pessoa?” O Ato de Gerenciar Por muito tempo sim! Considerou-se que a capacidade de decisão era baseado na criatividade, julgamento, intuição e experiência! Aprendizado era por tentativa e erro! Por muito tempo ignorou-se os métodos quantitativos baseados em pesquisas científicos que poderiam auxiliar no processo de tomada de decisão. Como o ambiente atual, a sociedade da informação, muda constantemente, será o talento nato, a arte de liderar, fator suficiente? O Ato de Gerenciar Vamos analisar os fatos: 1) Ambientes extremamente complexos; 2) Milhares de alternativas causadas pela explosão tecnológica e meios de comunicação; 3) Custo de uma decisão errada dentro de um cenário complexo; 4) Mudanças constantes no ambiente causando incerteza sobre o impacto das decisões; 5) Com tudo isso, as decisões ainda tem de ser rápidas o suficiente dentro do cenário da sociedade da informação respondendo a expectativa da “resposta instantânea”. O Ato de Gerenciar Será que diante de todos estes fatos, podemos acreditar que o método de tentativa e erro é ainda interessante? Será que o método de “confiar” na decisão, somente envolvendo a “experiência” profissional, é confiável? O Ato de Gerenciar Devido aos fatores apresentados, os riscos e prejuízos podem ser incalculáveis! Os “decision-makers” precisam ser mais sofisticados! Mais modernos usando novas técnicas e ferramentas de tomada de decisão. Fatores que afetam Decisões TI + rede de computadores (muitas tecnologias, alternativas e informações); Complexidade organizacional; Competição (capitalismo!); Mercados internacionais; Estabilidade Política; Consumismo; Intervenções Governamentais; Mudanças no negócio. Fatores que afetam Decisões Com todos os fatores anteriores, os gerentes devem possuir sistemas de informação que os provisionem de informações para a tomada de decisões; No século XXI, ferramentas como data warehouses, data mining, olap e etc via Web tornaram-se essenciais. Motivos para usar um SAD automatizado 1o motivo: velocidade na computação de informações! 2o motivo: melhoria nas comunicações que são mais instantâneas na cadeia de relacionamentos do negócio; 3o motivo: aumento da produtividade com redução do grupo responsável por tomada de decisão, possibilidade de agregar pessoas de diferentes lugares e uso de ferramentas capazes de mostrar o melhor caminho para conduzir o negócio. Motivos para usar um SAD automatizado 4o motivo: dados são compartilhados por pessoas em diferentes locais tornando a informação mais acessível; 5o motivo: acesso a uma base centralizada de informações (data warehouse), provendo consistência; 6o motivo: melhora na qualidade das decisões, com a possibilidade de analise de diferentes cenários e situações complexas! Motivos para usar um SAD automatizado 7o motivo: competitividade pela velocidade da tomada de decisões, rapidamente mudando seu modo de operar, remodelar processos e inovar! 8o motivo: extrapola os limites cognitivos de lembrança e processamento de informações, ambos limitados no que se refere ao aspecto humano. Framework (SAD) Vamos apresentar um Framework clássico para tomada de decisões proposto por Gorry e Scott Morton, que combinaram as idéias de Simon (1977) – tipos de decisão - e Anthony (1965) – tipos de controle. O framework auxilia a selecionar as melhores ferramentas SAD e classifica os problemas! Framework (SAD) – Tipos de Decisão Simon descreve o processo de tomada de decisão baseado em três fases: 1. Inteligência: procura por condições que clamam por decisão; 2. Design: inventar, desenvolver, analisar possíveis caminhos de uma ação; 3. Escolha: selecionar um dos caminhos. Baseado nestas três fases, Simon montou três tipos de decisão: Estruturada; Não-Estruturada; Semi-Estruturada. Framework (SAD) – Tipos de Decisão Estruturada: os procedimentos para obter a melhor solução são conhecidos. Objetivos claros, como “vamos minimizar os custos” ou “vamos maximizar os lucros”; Uso de ferramentas e modelos (MS – Management Science) para auxilio na tomada de decisão; São procedimentos rotineiros, problemas repetitivos, cujas soluções-padrão já existem. Exemplos: Gerenciamento de Investimentos, Sistema de pagamentos. Não-Estruturada: os procedimentos não são conhecidos. Problema complexo e “nebuloso”; Baseado na intuição humana como principal ferramenta da tomada de decisão; Somente em parte do problema, o uso de ferramentas e modelos de tomada de decisão se aplica; Exemplos: prospecção e compra de tecnologia, planejamento de P&D Semi-Estruturado: combina elementos do estruturado com o nãoestruturado. Combina soluções padrão + julgamento humano; Exemplo: Controle de Inventário, avaliação de crédito. Framework (SAD) – Tipos de Controle Planejamento Estratégico: define objetivos e políticas para alocação de recursos a longo prazo; Controle Gerencial: define, de acordo com os objetivos da organização, a aquisição e o uso eficiente de recursos; Controle Operacional: execução de tarefas específicas de forma eficiente e efetiva. Framework (SAD) ANTHONY SIMON GORRY & SCOTT Framework (SAD) - Considerações Células 1,2 e 3 são executadas por “low-level managers”: Procedimentos mais estruturados e controlados; Pouco peso da decisão humana; Baixo risco para o negócio. Células 6,7 e 8 são executadas por especialistas treinados ou grandes executivos; Problemas mais complexos; Uso de ferramentas SAD; Decisões críticas para o negócio. Management Science Descreve modelos capazes de, via fórmulas quantitativas, estruturar uma decisão; Segue uma visão que quem toma a decisão segue um processo sistemático de resolver problemas; Os passos são: Definir o problema; Classificar o problema em uma categoria pré-definida; Construir um modelo matemático que descreve o problema no mundo real; Encontrar possíveis soluções para o problema modelado e avaliá-las; Escolher e recomendar uma solução para o problema. GSS – Group Support System Constitui-se de um grupo de pessoas em trabalho cooperativo e colaborativo utilizando recursos de TI (groupwares); Caso: Hong Kong Police Force (HKPF) Problema: Treinamentos dos oficiais incluíam deliberação de tópicos relacionados ao trabalho da polícia; A expectativa era que os oficiais pudessem tomar decisões e desenvolver um plano de ação; As discussões era improdutivas: o tradicional “tet-a-tet” entre oficiais trazia discussões dominadas por uma minoria, ofuscando e intimidando os demais. GSS – Group Support System Caso: Hong Kong Police Force (HKPF) Solução: Uso de GSS – software GroupSystems da empresa GroupSystems.com, Arizona; “Brainstorm” entre grupo de oficiais entre 5 e 8; Voto da solução e posterior desenvolvimento do plano de ação; O instrutor usou o GSS para colocar suas próprias contribuições e alterar o cenário da discussão on-line (incorporar novos desafios); Resultados Os oficiais aprovaram o novo sistema, uma vez que melhoraram suas habilidades de decisão e as discussões tornaram-se produtivas; O instrutor conseguiu extrair o melhor de seus alunos mediante o antigo cenário; O domínio que alguns oficiais tinham sobre as sessões no antigo cenário praticamente sumiu. GSS – Group Support System Knowledge Management Systems (KMS) São sistemas capazes de disseminar o conhecimento para a solução de problemas já ocorridos; O conhecimento acumulado na organização deve ser utilizado para resolver problemas idênticos ou similares; Algumas questões a levantar: Aonde encontrar o conhecimento? Como classificá-lo? Como armazená-lo? Como mantê-lo? Como usá-lo? Como motivar as pessoas a contribuir e documentar? Resposta: use um KMS! Expert Systems Sistemas que tentam imitar as habilidades de um humano especialista de resolver problemas; O uso de tecnologia de IA (Inteligência Artificial) é necessário para especializar o sistema em determinada área; Em geral funcionam embutidos em outros softwares de TI, como ferramentas web (applets java) ou instalados em servidores web; Idéia básica por trás do ES: Expertise é transferido do especialista para o sistema: ele alimenta o sistema com informações; O conhecimento é armazenado; O usuário não-especialista questiona o sistema sobre um caso específico; O ES questiona o usuário sobre alguns fatos, faz inferências e chega a uma conclusão; O ES avisa o usuário e explica, caso necessário, a lógica por trás do questionamento do usuário Redes Neurais Artificiais As tecnologias e sistemas mencionados anteriormente tratam dados e conhecimentos explícitos: alguém os sabe ou tem armazenado; E quando as informações não são explícitas? Podemos usar situações e experiências similares para auxiliar no processo decisório quando réplicas exatas do problema não existem! Neste cenário entram as Machine Learnings, como as RNAs (Redes Neurais Artificiais); Redes Neurais Artificiais RNAs usam técnicas de reconhecimento de padrões como forma de solução do problema; A RNA aprende com os dados que lhe são repassados e aplicar este aprendizado em decisões em novos problemas; Exemplos conhecidos: Gastos não usuais com cartão de crédito; Movimentação bancária. Redes Neurais Artificiais SADs Avançados Algoritmos Genéticos: imitam o processo de evolução buscando pela melhor solução. Lógica Fuzzy: lida com a forma imprecisa de como o ser humano se comunica, modelando matematicamente em uma forma precisa, para auxiliar na tomada de decisões. Agentes Inteligentes: programas que ajudam a automatizar várias tarefas, aprendendo o que fazer e como fazer baseado na situação e tarefa. Hybrid Support System Combinação de técnicas e ferramentas de apoio a decisão para encontrar a melhor solução em um cenário com diferentes casos; Elas podem ser aplicadas: Independentemente, cada uma propondo sua solução para os diferentes cenários, ou Como uma única solução, porém limitada as tecnologias implementadas.