A Escola e sua Função Social Uma reflexão conjunta, na escola 1.Para que serve a escola, ou seja, qual sua função social? 2.O que pensa cada professor a respeito? 3.A ação pedagógica que vem sendo desenvolvida na escola pretende o quê? 4.Como os alunos têm se beneficiado da ação da escola? 5. Os que entram na 1ª série alcançaram as séries finais? Como estão nossos índices de evasão? 6. A comunidade local está se beneficiando do conhecimento veiculado e trabalhado na escola? 7. Em que medida a escola está cumprindo seu papel? O que a sociedade espera da escola? Sobre a escola e sua função 1.A quem serve a escola em que trabalhamos? 2.Quem são nossos alunos? Que experiências, vivências e conhecimentos têm? 3.Que objetivos temos propostos para eles, considerando a realidade de suas condições de vida e a realidade da vida contemporânea? 4. Como é a comunidade a quem nossa escola presta serviços: Quais os seus constumes, seus valores e os problemas que enfrenta? 5.Como nossos alunos podem interagir com ela, como cidadãos, enquanto crianças e jovens? Sobre a prática pedagógica e sua relação com a função social da escola O trabalho que desenvolvemos no dia- adia da sala de aula está contribuido para formar que tipo de homem, mundo e sociedade? Por que, em nossa disciplina, trabalhamos as atividades e os assuntos do jeito que trabalhamos? Como pensamos que os alunos aprendem? Na nossa escola o aluno tem voz? Tem vez? Tem espaço para colocar suas opiniões na sala de aula? No pátio? Na diretoria? Na secretaria? E os pais, participam das decisões da escola? Quais ?Como? DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS PLANO DE AÇÃO PARA SATISFAZER AS NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM Jomtien, Tailândia de 5 a 9 de março de 1990 Diagnóstico Mais de 100 milhões de crianças, das quais pelo menos 60 milhões são meninas, nao têm acesso ao ensino primário; Mais de 960 milhões de adultos- dois terço dos quais mulheres – são analfabetos; Mais de um terço dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e tecnologias ; Mais de 100 milhões de crianças e incontáveis adultos não consegue concluir o ciclo básico Artigo 1 Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo e a solução de problemas) quanto os conteúdos básicos de aprendizagem (conhecimentos, habilidades, valores e atitudes). Educação para todos: uma visão abrangente um compromisso renovado Artigo 2 Expandir o enfoque Artigo 3 Universalizar o acesso à educação e promover a equidade Artigo 4 Concentrar a atenção na aprendizagem Artigo 5 Ampliar os meios e o raio de ação da educação básica Artigo 6 Propiciar um aprendizagem ambiente Artigo 7 Fortalecer as alianças adequado à Educação para todos: os requisitos Artigo 8 Desenvolver uma política contextualizada de apoio Artigo 9 Mobilizar os recursos Artigo 10 Fortalecer solidariedade internacional A escola nos documentos da política educacional brasileira Propõe a formular uma proposta estratégica dirigida a contribuir na criação, no curso do próximo decênio, de condições educacionais de capacitação e de incorporação ao progresso científico –tecnológico, que possibilitem a transformação de estruturas produtivas da região em um marco de progressiva equidade social. Trata-se de um trabalho pioneiro que a autora apresentou-o no Seminário sobre Qualidade, Eficiência e Equidade na Educação Básica, realizado em Pirinópolis, de 17 a 19 de novembro de 1991. Destacam-se à autonomia e o projeto político pedagógico da escola, a questão da repetência e da baixa produtividade dos sistema escolares, gestão e avaliação, padrões mínimos e competências sociais básicas de 1° grau, capacitação em serviço, cooperativas escolares… Declaração de Nova Delhi sobre Educação para Todos 6 de dezembro de 1993 3. CIENTES do papel vital que a educação terá que cumprir no desenvolvimento das nossas sociedades,asseveramos por esta Declaração que até o ano de 2000 ou o mais rapidamente possível: 3.1 garantiremos a toda criança uma vaga em uma escola ou em um programa educacional adequado às suas capacidades; 3.2 consolidaremos esforços dirigidos à educação básica de jovens e adultos; 3.3 eliminaremos disparidades de acesso à educação básica em função do sexo, idade, renda, família; 3.4 melhoraremos a qualidade e relevância dos programas de educação básica; 3.5 em todas as nossas ações, em nível nacional e em todos os níveis, atribuiremos a mais alta prioridade ao desenvolvimento humano; 3.6 mobilizaremos todos os setores de nossas sociedades em prol da educação para todos; EM CONFORMIDADE com o que foi aprovado por aclamação em Nova Delhi em 16 de dezembro de 1993 e em testemunho da promessa e do compromisso assumidos afixamos individualmente a esta Declaração nossas respectivas assinaturas (Indonésia) (China) (Bangladesh) (Brasil) (Egito) (México) (Nigéria) (Paquistão) (Índia) Plano Decenal de Educação para todos (1993 – 2003) Roteiro para o trabalho da escola 1.Estratégia de discussão Quem deve participar ( direção, especialistas, professores, servidores técnico-administrativo, pais e representantes de entidades.) Como encaminhar ( os relatórios serão enviados às Secretarias de Educação Municipais e remetido à Secretaria Estadual de Educação) 2. Estrutura do relatório-síntese Situação da escola: aspectos físicos, recursos humanos, quadro discente, desempenho (número absoluto e percentuais de aprovação, evasão e repetência); gestão ( Conselho de Classe, Colegiado, APM); programas de apoio, projetos especiais. Plano Decenal de Educaçao para todos foram previstas as seguintes . metas a serem alçancadas no período 1993-2003 Incrementar em cerca de 50% os atuais níveis de aprendizagem nas disciplinas do núcleo comum; Elevar a, no mínimo, 94% a cobertura da população escolar; Assegurar a melhoria do fluxo escolar, reduzindo a repetência sobretudo da 1ª a 5ª série; Criar oportunidades de educação infantil para cerca de 3,2 milhões de crianças; Implantar novos esquemas de gestão nas escolas públicas, concedendo autonomia financeira, administrativa e pedagógica; Dotar todas as escolas de ensino fundamental de condições básicas de funcionamento; O projeto Raízes e Asas de 1994, relata experiências de 16 escolas brasileiras envolvidas em ações voltadas para a melhoria da qualidade do ensino de seus alunos. RAÍZES E ASAS v. 1. A escola e sua função social v. 2. Gestão, compromisso de todos v. 3. Trabalho coletivo na escola v. 4. Projeto de escola v. 5. Ensinar e aprender v. 6. Como ensinar: um desafio v. 7. A sala de aula v. 8. Avaliação e aprendizagem Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394 de 1996. O foco na escola se traduz também em alguns dispositivos da LDB. I. II. III. IV. V. VI. VII. Elaborar e executar sua proposta pedagógica; Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; Promover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica (Art. 12) A escola também é referida no artigo que trata da “gestão democrática do ensino público na educação básica”. I. II. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. I Seminário de Educação para todos em Brasília - 1999 Balanço da década de 90, a partir de uma reflexão dos diferentes atores sobre as mudanças verificadas, a amplitude e a profundidade alcançadas em relação às metas propostas em Jomtien. Documento que sinalizou na direção de uma nova concepção de educação, e conseqüentemente da função social da escola SER FAZER APRENDER CONHECER CONVIVER Educação para todos Os seis objetivos aprovados durante a Conferência de Dacar/Senegal em 2000 a serem alcançados até 2015 1. Ampliar e aperfeiçoar os cuidados e a educação para a primeira infância, especialmente no caso das crianças mais vulneráveis e em situação de maior carência. 2. Assegurar que, até 2015, todas as crianças, particularmente as meninas, vivendo em circunstâncias difíceis e as pertencentes a minoria étnica, tenham acesso ao ensino primário gratuito, obrigatório e de boa qualidade. 3. Assegurar que sejam atendidas as necessidades de aprendizado de todos os jovens e adultos através de acesso equitativo a programas apropriados de aprendizagem e de treinamento par a vida. 3. Alcançar, até 2015, uma melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos, especialmente no que se refere às mulheres, bem como acesso equitativo à educação básica e contínua para todos os adultos. 5. Eliminar, até 2005, as disparidades de gênero no ensino primário e secundário, alcançando, em 2015, igualdade de gênero na educação, visando principalmente garantir que as meninas tenham acesso pleno e igualitário, bem como bom desempenho, no ensino primário de boa qualidade. 6. Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência de todos, de forma que resultados de aprendizagem reconhecidas e mensuráveis sejam alcançados por todos, especialmente em alfabetização lingüística e matemática e na capacitação essencial para a vida. Relatório de Monitoramento de Educação para todos 2008 Educação para todos em 2015 alcançaremos a meta ? Qual é a situação do Brasil ? As instituições de Educação Infantil não estão devidamente cadastradas nos registros oficiais. O acesso a educação infantil revela grandes desigualdades entre pobres e não pobres. Carência de professores capacitados. Quanto a universalização? Evidenciam que a Educação primária está longe de ser atingida no Brasil se considerando que deveria implicar não apenas estar na escola em idade adequada a essa etapa educacional, mas concluí-la e assim ter acesso a conhecimentos e competências iniciais básicos. No ensino fundamental, a estimativa é de que apenas 53,8% concluem as oito séries. No ensino médio apesar de o contingente de jovens de 15 a 17 anos na escola atingir quase 80%, apenas 46,9% cursam esse nível de ensino. Quanto a aprendizagem? Ausência de uma meta quantitativa que deveria ser atingida e a falta de compreensão comum de que atividades de aprendizagens devem ser incluídas no cotidiano das práticas escolares. “Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”. Carlos Drummond de Andrade Referências Bibliográficas DAVIS, Cláudia…[ et al]; VIEIRA, Sofia Lerche(org.) Gestão da escola: desafios a enfrentar . Rio de Janeiro: DP&A, 2002. DELORS, Jacques. Educação :um tesouro a descobrir - 4 ed.- São Paulo: Cortez; Brasília , DF: MEC : UNESCO,2000. FERREIRA, Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs.) Gestão da Educação : impasses, perspectivas e compromissos. LIBÂNEO, José Carlos ; OLIVEIRA, João Ferreira de.; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização 6 ed. São Paulo: Cortez, 2008. PARO, Vitor Henrique . Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São Paulo . Ática .2007. PENIN, Sonia Teresinha de Sousa. Progestão: como articular a função social da escola com as especificidades e as demandas da comunidade? Módulo I. Brasília: CONSED- Conselho Nacional de Secretários de Educação, 2001.