Vinte anos de Política Institucionais para incorporar as tecnologias da Informação e Comunicação ao Sistema Escolar. Manuel Area A revolução informática no final no século XX foi tamanha que os governos ocidentais se conscientizaram de que a digitalização e o processamento da informação era um elemento estratégico de primeira ordem para o futuro de cada nação e da economia mundial. As razões para incorporar as novas tecnologias às práticas educativas: • Adequação do sistema escolar às características da sociedade da informação • Preparação de crianças e jovens para as novas formas culturais digitais • Incremento e melhoria da qualidade dos processos de ensino • Inovação dos métodos e materiais didáticos, entre outros. As novas tecnologias em aula estão apoiadas em três condições: • Converter as escolas em espaços mais eficientes e produtivos • Conectar a formação com as necessidades da vida social • Preparar os alunos para a atividade profissional do futuro O final do século XX: Os primeiros programas institucionais Foi um período dominado pelas expectativas e promessas que trazia a chamada revolução informática. Naquele momento, a tradição pedagógica dos computadores se materializava, basicamente, na chamada EAC (Ensino Assistido por Computador) a versão moderna do ensino programado de Skinner nos anos de 1960, na incorporação da informática como disciplina pelos planos de estudo, na dotação das escolas de um mínimo de equipamentos informáticos e na utilização dos computadores nas tarefas de gestão das escolas. “o uso da tecnologia no ensino tende a ser feito pelos professores, individualmente. Poucas escolas assumiram e utilizaram para transformar o conteúdo e o ensino. A evidência de que a tecnologia tem capacidade de melhorar o ensino ou que promete maior eficácia para a escolaridade ainda é pequena” O começo do Século XXI: A fascinação pela Internet! • A disseminação da telefonia móvel em toda a sociedade. • O surgimento da televisão digital. • O acesso à internet. • A criação de empresas e serviços de comunicação, on-line, etc. Foram as provas do crescimento e grande expansão das tecnologias digitais em nossa vida cotidiana. Os governos passaram a divulgar e apoiar a projeção e aplicação das novas tecnologias em todos os setores sociais, economia de serviços, saúde, administração pública, finanças, educação, entre outros. Que lições podemos extrair da pesquisa? Os resultados dos estudos e avaliações sobre a incorporação das TIC aos sistemas educacionais indicam que, apesar de quase duas décadas de esforços continuados e projetos oficiais, a presença e utilização pedagógica dos computadores (como máquina pessoal, de multimídia ou rede), ainda não se disseminou nem se tornou prática integrada na escola. Qualquer política deveria ser planejada com a intenção de não apenas dotar de computadores os colégios, mas também, e sobretudo, de enfatizar a importância da inovação das práticas pedagógicas. A inovação tecnológica, se não é acompanhada pela inovação pedagógica e por um projeto educativo, representará uma mera mudança superficial dos recursos escolares, mas não alterará substancialmente a natureza das práticas culturais nas escolas.