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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
COMO ENSINAR ALUNOS COM TDA/H COM AFETIVIDADE
NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM.
Por: Grazieli Dantas de Athayde de Oliveira
Orientadora: Dayse Serra
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
COMO ENSINAR ALUNOS COM TDA/H COM AFETIVIDADE
NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM.
Apresentação de monografia à
Universiade Cândido Mendes como
requisito parcial para a obtenção do
curso de Pós Graduação “ Latu
Senso”, do grau de especialista em
Psicopedagogia Institucional.
Por: Grazieli Dantas de Athayde de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus pelo seu amor infinito. A minha
mãe Iraci, que foi a minha grande colaboradora
cuidando do meu filho em vários sábados que o
deixei para ir à faculdade estudar. Ao meu marido
Rui Marcelo, que me incentivou, e colaborou no
“cuidar” do nosso filho Pedro.
E ao grande amor da minha vida, meu filho Pedro,
que tem me ensinado a cada dia a ser uma pessoa
melhor, ou seja ser mãe.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu filho
Pedro, que tive de deixar em casa
para estudar, com 1 mês de vida, tão
pequeno e frágil. E aos meus alunos
portadores de TDA/H.
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RESUMO
O tema escolhido para este estudo trata da afetividade no
processo ensino – aprendizagem dos alunos portadores de
TDA/H. A criança com TDAH, exige atenção por parte do
professor, e é necessário que este esteja preparado para saber
contornar e posicionar o aluno em sala de aula. Um diagnóstico
psicopedagógico tem como intuito amenizar os problemas de
aprendizagem tão comum no indivíduo portador do distúrbio.
Considerando estas reflexões, surgiu a questão para este
trabalho: até que ponto a ausência da afetividade entre
professor e aluno interfere no processo de ensino
aprendizagem? Uma escola que transmite amor, tolerância e
disciplina, serão capazes de amenizar o TDA com hiperatividade?
Quando há um relacionamento de troca e afeto, o aprendizado
se torna mais proveitoso e duradouro, tornando o indivíduo um
ser crítico, reflexivo e atuante dentro da sociedade onde vive.
Baseado no referencial teórico da autora Ivone Pádua, em que
sua obra “A Pedagogia do Afeto”, que nos mostra um
aprendizado centrado no EU, como um todo, num foco holístico,
na formação do caráter, e não somente nos conteúdos exigidos
pelo Plano de Curso, mas na evolução moral de cada individuo,
baseado na educação de afeto entre professores e alunos, afim
de que a afetividade deve caminhar junto ao aspecto cognitivo,
criando uma relação favorável ao processo educacional.
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METODOLOGIA
Para a elaboração desse trabalho, foi realizado uma pesquisa
bibliográfica desenvolvida através de anotações de aulas, da
leitura de livros e artigos científicos sobre o tema e de pesquisa
bibliográfica particular. A fundamentação teórica que norteou
essa pesquisa baseia-se nos seguintes autores: Piaget, Marta
Relvas e Ivone de Pádua, e outros através da internet, que estão
citados na bibliografia do trabalho presente.
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SUMÁRIO
Introdução
Capítulo I
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10
Hiperatividade infantil: o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade
(TDAH),
características
patológicas
e
comportamentais, que surgem durante o processo de
aprendizagem.
Capítulo II
16
Crianças hiperativas e o ambiente escolar: O TDAH e as práticas
pedagógicas do afeto.
Capítulo III
23
Derrubando as barreiras do TDAH: promoção de inclusão e
amplo desenvolvimento para a criança portadora do TDAH.
Conclusão
29
Bibliografia
31
9
INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca, através de uma pesquisa
bibliográfica, mostrar a aprendizagem dos alunos com TDA/H.
Tendo com questão central o afeto e as práticas pedagógicas.
Tornando-se um tema de grande relevância
devido a
complexidade dos aspectos emocionais e cognitivos dos alunos
com TDA/H na Educação Contemporânea.
Sabe-se o quanto o excesso de lazer, associado à tecnologia, a
inúmeras facilidades, tem distanciado o educando do ato de
estudar. O desinteresse pelo saber, a desmotivação e a
consequente indisciplina têm feito da sala de aula um campo
de guerra. Professores pressionados pelos deveres que têm de
cumprir e alunos que fogem da sala de aula que, em muitas
situações, mostra-se distanciada da realidade de vida do
educando, e que, portanto, não o vê como sujeito de sua
aprendizagem, desestimulando-o.
A sala de aula, é o espaço no qual se projeta muito do alcance
que a escola tem sido capaz de conduzir. A sala de aula tem um
potencial humano tão grande a ser explorado que se pode dizer
que, a partir do trabalho docente realizado nela, se exercem
influências tanto positivas quanto negativas, que penetram na
vida do aluno até sua idade adulta.
O papel do professor no processo ensino aprendizagem é
muito importante, pois é através de sua ação, que ele procura
provar que a criança pode aprender a fazer com que ela seja
autônoma e protagonista do processo de construção do
conhecimento, independente de ser portador de um trantorno.
As ações da aquisição do conhecimento tem como base os
seguintes objetivos: perceber, discriminar, organizar, conceber
e conceituar. E para estas ações estarem organizadas, a
afetividade deve estar presente.
10
Capítulo I
Hiperatividade infantil: o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade
(TDAH),
características
patológicas
e
comportamentais, que surgem durante o processo de
aprendizagem.
É comum na área de educação hoje em dia, ouvir-se falar sobre
hiperatividade; na realidade, apresentam características de
desatenção e excesso de agitação, mas quando estes sinais
persistem após os cinco anos, é possível ser um distúrbio
chamado de transtorno de déficit de atenção com
hiperatividade. (TDAH ).O transtorno é de origem genética e
impede a criança de concentrar-se numa tarefa podendo
resultar em um déficit de atenção e em sérias dificuldades de
aprendizagem. Para RODHE & BENCZIC (1999)
Trata-se de um problema de saúde mental que possui
três características básicas: a desatenção, a agitação (ou
hiperatividade) e a impulsividade. Este transtorno tem
um grande impacto na vida da criança ou adolescente e
das pessoas com as quais convive. Pode levar a
dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e
social, bem como a um baixo rendimento escolar.
(RODHE & BENCZIC, 1999:37).
Os problemas de atenção impedem que haja a seleção da
informação essencial para que ocorra a aprendizagem. Quando
não ocorre a seleção da informação o córtex(O córtex cerebral
corresponde à camada mais externa do cérebro, sendo rico em
neurônios e o local do processamento neuronal mais
11
sofisticado e distinto e desempenha um papel central em
funções complexas do cérebro como na memória, atenção,
consciência, linguagem, percepção e pensamento) poderá
tornar-se confuso na hora de identificar a informação como
relevante ou irrelevante e em algumas tarefas que precise
mudar o controle da atenção, dificilmente as crianças com
dificuldades de aprendizagem conseguem concluir esse
processo.
Além dos problemas de atenção, as crianças com dificuldades
de aprendizagem apresentam problemas perceptivos e de
memória. O desenvolvimento perceptivo dependerá do
desenvolvimento motor, portanto, o estágio sensório-motor é
de grande relevância para o desenvolvimento da criança. A
capacidade perceptiva de discriminar, analisar, sintetizar,
reconhecer e armazenar estímulos e suas relações está
indissociavelmente ligada à manipulação de objetos e à
elaboração de respostas simples, compostas e complexas. O
reconhecimento do objeto (contorno, forma, comprimento,
largura, orientação, etc.) é inseparável da sua manipulação,
motivo pelo qual a percepção envolve reciprocamente um
componente motor.
ROHDE & BENCZIC (1999:39) caracterizaram o TDAH por dois
grupos de sintomas: (1) desatenção e (2) hiperatividade
(agitação) e impulsividade.
No grupo de desatenção as crianças com TDAH não
conseguem prestar atenção a detalhes, cometem erros por
descuido, demonstram uma grande dificuldade para
concentrar-se em tarefas e ou jogos e por não conseguirem
prestar atenção ao que lhes é dito, dão a impressão de estarem
no “mundo da lua”; além disso, dificilmente conseguem
terminar algo que começam a fazer, não conseguindo também
seguir as regras e as instruções; são desorganizadas com
materiais e tarefas evitando atividades que são exigidas um
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esforço mental maior; costumam perder coisas importantes
facilmente e distraem-se com coisas que não têm nenhuma
relação com o que está sendo feito.
Como sintomas do grupo de hiperatividade / impulsividade
ROHDE & BENCZIC (1999) citam a incessante movimentação
que essas crianças fazem com as mãos e os pés quando estão
sentadas e das dificuldades em manterem-se sentadas por
muito tempo; são crianças que parecem ter uma sensação
interna de inquietude e por isso chegam a pular e a correr
demasiadamente em situações inadequadas; ao jogar ou
brincar, são muito barulhentas, agitadas, falam demais,
respondem às perguntas quase sempre antes de terem sido
terminadas, não suportam esperar a vez e intrometem-se nas
conversas e jogos dos outros constantemente.
De acordo com as pesquisas mais recentes são necessários,
pelo menos, seis sintomas de desatenção e seis dos sintomas
de hiperatividade/impulsividade para que se possa pensar na
possibilidade do diagnóstico de TDAH. Estudos comprovam que
o transtorno é causado por uma pequena disfunção cerebral
que torna a pessoa incapaz de pensar claramente, de ter um
humor estável, de manter as fantasias e impulsos sobre
controle, de estar satisfatoriamente motivada na vida e de
regular essa energia na proporção correta, dentro da situação
em que se encontra.
O TDAH tem como fatores predominantes, e não
necessariamente simultâneos, a desatenção, a impulsividade e
a hiperatividade, além de influências externas relevantes, como
traumas inclusive cerebrais, infecções, desnutrição ou
dependência química dos pais. No caso das crianças, pode
aparecer desde a gravidez, quando o bebê se mexe além do
normal, ou durante o crescimento, no máximo até os sete anos
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de idade. Se a pessoa não for tratada desde cedo à base de
estimulantes, antidepressivos e terapias, na fase adulta poderá
ter sintomas de distração, falta de concentração e deficiência
na
coordenação
de
idéias.
Quando se pensa em TDAH, a responsabilidade sobre a causa
recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento,
alimentação, ferimentos ou malformação, problemas
hereditários e familiares. Já foi sugerido que essas possíveis
causas afetam o funcionamento do cerébro. Apesar da
intensidade dos problemas enfrentados pelos portadores do
TDAH variar de acordo com suas experiências de vida, está
claro que a genética é o fator básico na determinação do
aparecimento
dos
sintomas
do
TDAH.
Características da hiperatividade
As características do TDAH aparecem bem cedo para a
maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é
caracterizado por comportamentos crônicos, que se instalam
definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, quatro subtipos
de
TDAH
foram
classificados:
Tipo desatento
A pessoa apresenta pelo menos, seis das seguintes
características:
- Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado.
- Dificuldade em manter a atenção.
- Parece não ouvir.
- Dificuldade em seguir instruções.
- Dificuldade na organização.
- Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental
prolongado.
- Freqüentemente perde os objetos necessários para uma
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atividade.
- Distrai-se com facilidade.
- Esquecimento nas atividades diárias.
Tipo hiperativo/ impulsivo
É definido se a pessoa apresenta seis das seguintes
características:
- Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo
na cadeira.
- Dificuldade em permanecer sentada.
- Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em
adulto, há um sentimento subjetivo de inquietação).
- Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente.
- Fala excessivamente.
- Responde a perguntas antes delas serem formuladas.
- Age como se fosse movida a motor.
- Dificuldade em esperar sua vez.
- Interrompe e se interrompe.
Tipo combinado
É caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos
de critérios dos tipos desatento e hiperativo / impulsivo.
Tipo
não
específico:
A pessoa apresenta algumas dificuldades, mas insuficientes
de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses
sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária. Na idade
escolar, crianças com TDAH apresentam uma maior
probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento
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acadêmico e dificuldades emocionais e de relacionamento
social, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nas duas
áreas mais importantes para um bom desenvolvimento - a
escola
e
o
relacionamento
com
os
colegas.
Se os pais não apresentam condições de detectar isso, então o
professor deveria estar preparado para este diagnóstico, se
adquirisse conhecimento suficiente para detectar distúrbios e
problemas de relacionamentos e de aprendizagem . A
hiperatividade, por mais notória que esteja constituída, ainda
representa assunto de pouco conhecimento/esclarecimento
social como um todo. O Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), deve ser diagnosticado através equipe
multidisciplinar, intervenção escolar e familiar, Sendo assim, a
escola tem grande influência no desenvolvimento infantil,
procedimentos, técnicas e metodologias educacionais devem
figurar como consistentes coadjuvantes no processo de
potenciação na aprendizagem da criança hiperativa,
conduzindo-a a plenas condições de igualdade e cidadania,
equivalentes às daquelas crianças enquadradas dentro dos
padrões
normais.
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Capítulo II
Crianças hiperativas e o ambiente escolar: O TDAH e as práticas
pedagógicas do afeto.
A cada dia cresce, demasiadamente, o número de crianças
com dificuldades de aprendizagem. Investigando-se os motivos
das dificuldades, freqüentemente estão associados a problemas
emocionais como: falta de estímulos suficientes, ausência
materna e ou paterna e uma educação inadequada das escolas.
Claros déficits de atenção, hiperatividade e impulsividade
infantil, insculpe uma maior evidência em período inicial
escolar, quando o próprio convívio e atividades aplicadas
representam fortes dificuldades. Sendo assim, calcula-se que a
escola tem grande influência no desenvolvimento infantil,
procedimentos, técnicas e metodologias educacionais devem
figurar como consistentes coadjuvantes no processo de
potenciação na aprendizagem da criança hiperativa,
conduzindo-a a plenas condições de igualdade e cidadania,
equivalentes às daquelas crianças enquadradas dentro dos
padrões normais.
Tanto no âmbito familiar, quanto nos contextos escolares, a
hiperatividade infantil, por mais notória que esteja constituída,
ainda representa assunto de pouco conhecimento social como
um todo. O Transtorno tanto em âmbito brasileiro, quanto
mundial, dá conta de taxas aproximadas entre 3% e 18% da
população escolar, isto é, claras chances de ao menos um aluno
hiperativo
nas
classes
fundamentais.
Para esse problema sustentamos como hipótese que com
uma ação didática-pedagógica voltada para as necessidades
especiais do hiperativo é possível contornar muitos problemas
de aprendizagem que ele venha apresentar. Na ação do
professor com o hiperativo, ressaltando a importância do papel
da escola na vida do portador de TDAH, estimulando a sua
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auto-estima e ajudando-o a encontrar o equilíbrio ao longo do
seu tratamento multidisciplinar, ou seja, um tratamento
realizado por uma equipe em comunhão: pais, escola, médicos
e terapeutas, tendo em vista que o problema tratado foi que a
criança hiperativa, em sala de aula, exige uma maior atenção
por
parte
do
professor.
O convívio aluno-professor diante de um quadro de
hiperatividade, é permitir ao educador a identificação das
características do comportamento do hiperativo, encontrar a
forma correta para auxiliar a criança hiperativa, permitir ao
professor distinguir um comportamento hiperativo de um outro
distúrbio de atenção, conscientizar os pais a lidarem com o
problema do filho hiperativo de um modo mais adequado
tornando-os parceiros do professor e analisar a razão de um
mau rendimento escolar do hiperativo, tendo em vista que o
nível intelectual deles, na maioria das vezes, apresenta-se
normal.
O hiperativo dispersa a atenção da turma devido ao seu
comportamento inquieto, exigindo assim do professor uma
atenção especial, muitas vezes dificultada pelo excesso de
alunos
sob
sua
responsabilidade.
Partindo-se de uma ação didática-pedagógica mais
envolvente na qual seja valorizada a afetividade, percebe-se ser
possível contornar os problemas de aprendizagem e de
comportamento
social
do
hiperativo.
Também o despreparo do educador inibe uma aprendizagem
mais eficaz por parte do hiperativo, já que o mesmo necessita
de estímulos especiais capazes de prender sua atenção.
Como
o
professor
deve
lidar
com
hiperativos:
- Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a
reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras
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carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;
- Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível,
crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças
de
rotina;
- Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam
com
outro
estímulos;
- Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar
bem;
- Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia,
em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só
período;
- Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao
aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo
entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
- Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para
buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim
ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o
auto-controle;
- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno
do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou
semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;
- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem
sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar
ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
- Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula
pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
- Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem,
perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
- Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e
contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os
colegas
também
terem
a
mesma
atitude;
- Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
- Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos
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pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte das
crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos,
comportamentais e sociais quando no meio de grupos
pequenos;
- Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em
consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do
TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção
muito curto, não espere que se concentre em apenas uma
tarefa
durante
todo
o
período
da
aula;
- Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos
hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o
impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e
sobre
os
outros
ajuda
bastante.
- Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude
disciplinar equilibrada e proporcione avaliação freqüente, com
sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um
comportamento
adequado;
- Desenvolva um repertório de atividades físicas para a
turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;
- Repare se a criança se isola durante situações recreativas
barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de
coordenação ou audição, que exigem uma intervenção
adicional.
- Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais
diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar
uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas
experiências envolvem uma miríade de sensações (sons
múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno
provavelmente precisará de tempo extra para completar sua
tarefa.
- Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e
modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se
sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer
fazer,
traz
ressentimento
e
frustração.
- Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou
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orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os
pais
e
o
médico.
É o grande desafio da questão educacional. Mas antes de
tudo temos que entender o seguinte: que o Transtorno de
Déficit de Atenção com Hiperatividade ou com Hipoatividade, a
que está quieta demais, está sendo ela própria muito
prejudicada e vai ter problema no decorrer de sua vida, então
precisa igualmente de atenção e tratamento. Mas a primeira
coisa é encaminhá-la para um tratamento adequado, pois é
uma doença, é um transtorno que tratada adequadamente a
resposta é fantástica, há uma melhora muito grande. Entre se
ter um resultado final após o processo terapêutico e o período
da condução existe muita coisa que se pode fazer, vai depender
da disponibilidade do professor, do colégio, das condições de
trabalho que o colégio proporcione. Existe hoje, um grande
conceito resgatado nesses últimos dez anos, que é da
inteligência emocional que é fantástico, que resumidamente
procura otimizar aquilo que a pessoa tenha de possibilidade a
oferecer e não enquadrá-la num lugar comum. O grande
problema do ensino é estar relacionado em se tratar pessoas
diferentes de forma igual. Currículos rígidos, conteúdos
programáticos
fixados.
Isso
se
entende
porque
administrativamente é muito melhor, mas não é o ideal.
O papel do professor é fundamental para auxiliar no
diagnóstico do TDAH, visto que, a hiperatividade só fica
evidente no período escolar, quando é preciso aumentar o nível
de concentração para aprender. Deste modo, é
importantíssimo o professor está bem orientado para distinguir
uma
criança
sem
limites
de
uma
hiperativa.
O portador do TDAH, precisa ter na escola um
acompanhamento especial, já que não consegue conter seus
instintos, tumultuando a sala de aula, a vida dos colegas e dos
seus professores. É preciso aplicar uma ação didáticapedagógica direcionada para este aluno, visando estimular sua
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auto-estima, levando em conta a sua falta de concentração,
criando atividades diversificadas para que não haja um
comprometimento
durante
sua
aprendizagem.
O professor será o elo principal entre a família e o
especialista, durante o tratamento do TDAH, pois seu papel não
é o de dar o diagnóstico, mas sim de esclarecer aos pais que
esta doença, se não for tratada, gera inúmeras complicações
para seu portador no convívio social, levando-o a depressão, a
busca de drogas, a insatisfação e a infelicidade; a um conflito
interno por não atender as mínimas atividades banais do dia a
dia, e a rejeição gerada pelos demais companheiros da escola,
não é questão de disciplina apenas, é uma doença genética com
conseqüências bem mais graves.
Podemos citar uma influência muito negativa no ambiente
escolar, que é a violência. Por exemplo: violência na correção
pode causar temor, insegurança, ressentimento, sentido de
injustiça e, o que é pior, dissimulação e mentira. O que temos é
um mal tão grande que ele neutraliza o mecanismo mental e
sensível da criança, causando, em consequência, danos
psicológicos para toda a vida do ser. Corrigir a criança com
violência pode levá-la a adquirir a violência em sua conduta.
Muitas vezes, quando uma criança apresenta características de
violência com que é tratada por seus responsáveis ou pela
escola.
A escola e a família trabalhando juntas com o portador de
TDAH, auxiliando no seu tratamento, na sua socialização, não
esquecendo porém, de que impor limites é necessário, pois esta
criança vive numa sociedade cheia de regras e não deve se
prevalecer desta patologia para agredir, para complicar a vida
dos outros, visto que, hoje em dia com o avanço das pesquisas
sobre a hiperatividade, o tratamento ameniza bastante os
sintomas, proporcionando ao portador de TDAH uma vida mais
tranqüila.
A partir de um conhecimento sobre hiperatividade, o que
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muito vai nos ajudar em nossas salas de aula, no convívio com
nossos alunos, sabendo conhecê-los e identificá-los; e que nem
todos que apresentam comportamentos desajustados
semelhantes são hiperativos.
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Capítulo III
Derrubando as barreiras do TDAH: promoção de inclusão e
amplo desenvolvimento para a criança portadora do TDAH.
Geralmente os hiperativos, se mexem muito durante o sono
quando bebês. São mais estabanados assim que começam a
andar. Às vezes, apresentam retardo na fala, trocando as letras
por um período mais prolongado que o normal. Em casa, esses
sintomas nem sempre são suficientes para definir o quadro. A
hiperatividade só fica evidente no período escolar, quando é
preciso aumentar o nível de concentração para aprender. Por
isso, a observação de pais e professores é fundamental. Na
escola, porém, eles são determinantes, desde a Educação
Infantil, onde a criança precisa aprender a lidar com as regras, a
estrutura e os limites de uma educação organizada. Sendo que
é importante que pais e professores entendam os motivos que
levam esse aluno a não corresponder ao que se espera dele e
para isso, é preciso verificar o nível de conhecimento da direção
e dos professores a respeito do assunto.
Se os professores conhecerem realmente as dificuldades
vividas pelas famílias de crianças com TDAH, é provável que
compreendam as atitudes dos pais, da mesma forma que estes
podem se sensibilizar com a situação dos professores, quando
percebem as reais dificuldades que seus filhos encontram e
provocam dentro da sala de aula. Segundo a autora Lou de
Oliver, saber as características do transtorno é essencial para o
profissional da educação:
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Se os pais não apresentam condições de detectar
isso, então o professor deveria estar preparado para
este diagnóstico. O professor deverá ter conhecimento
suficiente para detectar distúrbios e problemas de
relacionamentos e de aprendizagem.
Os professores são, freqüentemente, aqueles que mais
facilmente percebem quando o aluno apresenta problemas de
atenção,
aprendizagem,
comportamento
ou
emocionais/afetivos e sociais. É papel da escola procurar
esclarecer as causas dos problemas. Uma vez determinado o
problema, pais, professores e terapeutas planejam juntos as
estratégias e intervenções a serem implementadas
(modificação do ambiente, adaptação do currículo, adequação
do tempo de atividade, acompanhamento de medicação etc.).
Dentre os vários fatores que afetam positivamente o
desempenho de um aluno com TDAH está na estruturação, na
sala de aula e durante o tempo de estudo em casa. Uma sala de
aula estruturada não significa um ambiente rígido, tradicional.
Ao contrário, pode ser criativa, colorida, ativa e estimulante. A
estrutura se estabelece através de comunicação clara e precisa,
regras bem definidas.
Com relação aos exercícios de casa, os professores precisam
lembrar que um estudante com TDAH (e/ou com problemas de
aprendizagem) leva 3 a 4 vezes mais tempo para fazer uma
lição do que seus colegas. É necessário fazer adequações para
que a quantidade de trabalho não exceda o limite da
possibilidade. O objetivo da lição de casa é revisar e praticar os
conteúdos da aula. Acima de tudo, o dever de casa não deve ser
jamais um castigo ou conseqüência de comportamento
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inadequado na escola. Freqüentemente, professores de
crianças com TDAH sentem tanta frustração quanto seus pais.
Assim como seus alunos, são seres humanos únicos, com
características específicas, e nenhum conjunto isolado de
sugestões e estratégias funciona na inter-relação de todos os
professores com todos os alunos. Há necessidade de ajuste de
ambas as partes. Algumas vezes, várias intervenções são
experimentadas antes que um resultado positivo apareça. Daí a
necessidade de se escolher a escola e o método de ensino mais
adequados para o aluno, especialmente aquele com TDAH. O
sucesso escolar de crianças com TDAH exige uma combinação
de
intervenções
terapêuticas,
cognitivas
e
de
acompanhamento. Com esse apoio, a maioria pode,
perfeitamente,
acompanhar
classes
regulares.
A inteligência de pessoas hiperativas não é comprometida
com a doença, mas se o paciente hiperativo tiver um
acompanhamento específico há uma melhoria no seu
rendimento escolar. Se o convívio social é importante para o
desenvolvimento da criança, para quem tem TDAH não é
diferente. Ao professor cabe observar sinais como agitação e
dificuldade de assimilação. As meninas que sofrem da doença
são mais distraídas, falam demais ou simplesmente se isolam.
Os meninos não conseguem manter amizades por muito
tempo, são agitados e interrompem a aula constantemente.
Este comportamento torna-se motivo de exigências e
discriminações por seus professores e seus companheiros.
Quando vão para alfabetização, demora muito mais do que as
outras a ler e escrever, pois seu esquema corporal é alterado
pela inquietação e agitação motora. Manter-se sentado,
permanecer calada, atenta e concentrada, são atributos que ele
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não consegue desenvolver, não escreve na linha e quebra
seguidamente a ponta do lápis, levantando-se para ir ao cesto
apontá-lo.
A maioria das crianças com hiperatividade ao começarem a
escola, tornam-se candidatas a sucessivas repetências desde os
primeiros anos do ensino fundamental. A entrada da criança a
obriga a se adaptar a um grupo maior, a cooperar com os
colegas em atividades estruturadas, a ficar longo tempo
sentada, se para crianças normais essas exigências são difíceis,
para crianças hiperativas torna-se angustiante.
A
impossibilidade para o aprendizado satisfatório é evidente já
que o comportamento hiperativo acarreta a dispersão e a
desatenção. Na adolescência podem apresentar o problema
multiplicado, pois, vem caminhando com os transtornos
comportamentais e as dificuldades para o aprendizado,
especialmente para a leitura, desde a tenra idade.
Os adolescentes apresentam oscilações comportamentais e
variações do humor que se agravam com os reveses escolares e
os insucessos sociais. Este conflito interno gera a depressão,
que se caracteriza por uma sensação de desesperança e certa
tendência a desistir dos objetivos futuros pertinentes. Essa
visão negativa de si mesmo leva a baixa auto-estima, autoestima negativa e uma visão de futuro desfavorável.
Antes das conclusões precipitadas é preciso que se leve em
conta que hiperativos não podem ser julgadas como rebeldes.
Por sofrerem de uma doença que provoca dificuldades de
concentração, não se dão conta das ordens que recebem.
Somente o trabalho livre e diversificado pode favorecer a
cognição
desse
tipo
de
criança.
27
Na idade escolar, a criança hiperativa começa a se aventurar
no mundo e já não tem a família para agir como amortecedor.
O comportamento, antes aceito como engraçadinho ou
imaturo, já não é tolerado... Ela precisa agora aprender a lidar
com regras, a estrutura e os limites de uma educação
organizada e seu temperamento simplesmente não se ajusta
muito bem às expectativas da escola. Muitas crianças
hiperativas também vivenciam momentos adversos, seja eles
comportamentais ou emocionais na escola como conseqüência
de sua incapacidade de satisfazer as exigências da sala de aula.
Esses problemas muitas vezes se desenvolvem em resposta a
fracassos freqüentes das crianças hiperativas na sala de aula.
Uma sala de aula eficiente para crianças desatentas e
hiperativas deve ser organizada e estruturada, o professor deve
estar preparado para receber uma criança portadora de TDAH e
procurar conhecer melhor o quadro do distúrbio, para saber
como lidar com ela. A avaliação deve ser freqüente e o
material didático adequado às habilidades da criança.
O professor deve criar facilidades para que a criança com
TDAH adquira novas amizades, pois os amigos são essenciais
para o desenvolvimento dessa criança. A instabilidade
comportamental, a ansiedade e a falta de concentração em
algumas crianças hiperativas fazem com que as outras crianças
se afastem delas. Assim sendo, algumas vezes, as crianças
hiperativas acabam sendo excluídas pelos os amigos, o que
poderá provocar alguns transtornos emocionais, pois a falta de
companheirismo poderá trazer para algumas delas sentimentos
de
solidão
e
ansiedade.
Existe uma grande variedade de intervenções específicas que
28
o professor pode fazer para ajudar a incluir a criança com
TDAH
à
sala
de
aula,
como:
-Proporcionar estrutura, organização e constância, arrumação
das cadeiras, programas diários, regras claramente definidas;
- Encorajar freqüentemente, elogiar a ser afetuoso, porque
essas
crianças
desanimam
facilmente;
- Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que
se
sintam
necessárias
e
valorizadas;
- Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para
mais
complexas;
- Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor
físico e se possível fazer os colegas terem a mesma atitude;
- Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno;
- Proporcionar trabalhos de aprendizagem em grupos
pequenos;
-Favorecer
oportunidades
sociais;
- Comunicar-se com os pais, geralmente eles sabem o que
funciona melhor para seu filho;
- Favorecer freqüentemente contato aluno/professor, isto
permite um controle extra sobre a criança com TDAH;
Colocar
limites
claros
e
objetivos.
O objetivo é ajudar na adequação da realidade da criança à
sua possibilidade de aprendizagem, promovendo uma ponte
entre a criança e o conhecimento. Investigar como ela aprende,
o que ela não aprende, e também o seu prazer em aprender.
Sendo assim, não apenas o desempenho escolar, mas todas as
relações de aprendizagem que a criança estabelece em seu
cotidiano.
29
CONCLUSÃO
Ao término da elaboração deste trabalho podemos constatar
a importância da afetividade durante o processo de ensinoaprendizagem. VER OUTRAS CONCLUSÕES NAS MONOGRAFIA
O TDAH é realmente uma doença e como tal merece ser
tratada. O tratamento deve ser administrado de acordo com o
grau da doença. Para alguns casos, ministra-se medicamentos
psicoestimulantes ou melhor, neuroestimulantes. Em outros
casos mais leves, o auxílio de uma terapia comportamental com
o doente e com a família, já resolve. E em casos mais graves,
exigi-se uma ação multidisciplinar: pais, professores, médicos,
terapeutas
e
medicamentos.
Pudemos constatar que o papel do professor é fundamental
para auxiliar no diagnóstico do TDAH, visto que, a
hiperatividade só fica evidente no período escolar, quando é
preciso aumentar o nível de concentração para aprender. Deste
modo, é importantíssimo que o professor esteja bem orientado
para distinguir uma criança sem limites, de uma hiperativa.
O portador do TDAH, precisa ter na escola um
acompanhamento especial, já que não consegue conter seus
instintos, tumultuando a sala de aula, a vida dos colegas e dos
seus professores. É preciso aplicar uma ação didáticapedagógica direcionada para este aluno, visando estimular sua
auto-estima, levando em conta a sua falta de concentração,
criando atividades diversificadas para que não haja um
comprometimento
durante
sua
aprendizagem.
O professor será o elo principal entre a família e o
especialista, durante o tratamento do TDAH, pois seu papel não
é o de dar o diagnóstico, mas sim de esclarecer aos pais que
esta doença, se não for tratada, gera inúmeras complicações
30
para seu portador no convívio social, levando-o a depressão, a
busca de drogas, a insatisfação e a infelicidade; a um conflito
interno por não atender as mínimas atividades banais do dia a
dia, e a rejeição gerada pelos demais companheiros da escola,
não é questão de disciplina apenas, é uma doença genética com
conseqüências
bem
mais
graves.
A escola e a família trabalhando juntas com o portador de
TDAH, auxiliando no seu tratamento, na sua socialização, não
esquecendo porém, de que impor limites é necessário, pois esta
criança vive numa sociedade cheia de regras e não deve se
imperar desta patologia para agredir, para complicar a vida dos
outros, visto que, hoje em dia com o avanço das pesquisas
sobre a hiperatividade, o tratamento ameniza bastante os
sintomas, proporcionando ao portador uma vida mais
tranquila.
Sabemos que com o conhecimento sobre hiperatividade, nos
ajuda em nossas salas de aula, no convívio com nossos alunos,
sabendo conhecê-los e identificá-los; e que nem todos que
apresentam comportamentos desajustados semelhantes são
hiperativos. Por isso é importante a intervenção da
psicopedagoga que auxilia no desenvolvimento cognitivo desta
criança, que precisa de um profissional que identifique a sua
necessidade
educacional
e
social.
31
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(TDAH ). - AVM Faculdade Integrada