I Curso de Nivelamento em Manejo
de Sementes Florestais
Encontro da Rede de Sementes da
Amazônia
www.sementesrsa.org
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE
SEMENTES FLORESTAIS
M.Sc. Geângelo Petene Calvi
I Curso de Nivelamento em Manejo de Sementes Florestais
16 e 17 de novembro de 2010
INTRODUÇÃO
3
INTRODUÇÃO
Animais também são fáceis
de diferenciar os vivos
dos mortos...
4
INTRODUÇÃO
5
INTRODUÇÃO
Para estes casos, necessitamos de testes específicos
Testes diretos =
Testes indiretos =
germinabilidade
viabilidade
<
6
INTRODUÇÃO
As
Regras
para
Análise
de
Sementes – RAS padronizam as
análises
entre
credenciados
laboratórios
pelos
MAPA
no
Brasil
Capítulo 5 trata do teste de
germinação
7
INTRODUÇÃO
O teste de germinação objetiva:
Determinar o potencial máximo de germinação de um lote
de sementes sob condições favoráveis => comparar a
qualidade de diferentes lotes e estimar a quantidade de
sementes para semeadura em campo
A germinação no laboratório ≠ campo ou viveiro
>
8
INTRODUÇÃO
As RAS apresentam as especificações para o teste de
germinação de muitas espécies.
Destas, pouco mais de 250 espécies são florestais e
arbustiva, que, na sua maioria não são nativas
O que fazer se uma espécie não está nas RAS???
A
inclusão
de
uma
espécie
nas
RAS
exige
longo
procedimento:
Confirmação
dos
resultado
com
sementes
de
várias
procedências e diferenças no vigor e,
Validação
da
metodologia
selecionada
entre
os
laboratórios credenciados.
9
INTRODUÇÃO
Nem todos procedimento podem ser transferidos imediatamente
para as espécies florestais
Sementes florestais x Sementes agrícolas
1.
Alta biodiversidade
2.
Poucas informações existentes
3.
Dificuldades na identificação botânica
4.
Produção irregular
5.
Muitas espécies com grande sementes e/ou recalcitrantes
6.
Sementes com estruturas específicas de proteção/dispersão
7.
Muitas necessitam longo tempo de germinação
8.
Muitas tem dormência complexa
9.
Tem vida longa: anos - décadas
10.
Produção é pequena - tamanho do lote é pequeno
11.
Temos espécies raras – ameaçadas de extinção
10
Idealização da apresentação
 Definições
 Instalação dos testes de germinação
 Aspectos relacionados à germinação
 Dormência
 Condução dos testes de germinação
 Cálculos, interpretação e informação dos resultados
 Considerações Finais
11
DEFINIÇÕES
GERMINAÇÃO é a retomada do crescimento do embrião que se
inicia com a embebição. A finalização pode ser:
Fisiólogos: protrusão de parte do embrião, usualmente, a
raiz primária
Tecnologistas: formação de plântula normal com garantia de
desenvolvimento
As RAS definem como sendo a emergência e desenvolvimento
de
estruturas
aptidão
em
essenciais
formar
uma
do
embrião
planta
demonstrando
normal
sob
sua
condições
favoráveis
12
DEFINIÇÕES
ESTRUTURAS ESSENCIAIS permitem que uma plântula possa se
desenvolver até a formação de uma planta normal. Inclui o
sistema radicular e a parte área
Primeiras Folhas
Epicótilo
Cotilédones
Hipocótilo
Raiz primária
Raízes secundárias
13
DEFINIÇÕES
PLÂNTULA NORMAL apresentam capacidade de
desenvolvimento em uma planta normal sob
condições favoráveis
PLÂNTULA ANORMAL apresentam defeitos
que impossibilitam o desenvolvimento
em uma planta normal, mesmo que sob
condições favoráveis
14
DEFINIÇÕES
UNIDADE - SEMENTES MULTIPLAS são aquelas que podem formar
mais que uma plântula normal por unidade de semeadura.
Pode ocorrer devido:
• Unidade de semeadura contém mais que uma semente
verdadeira
• uma semente verdadeira contém mais que um embrião
• os embriões estão unidos
15
DEFINIÇÕES
SEMENTES NÃO GERMINADAS
Podem ser:
• Sementes duras – não embebem durante o teste
• Sementes
dormentes
–
embebem,
mas
não
germinam
devido algum tipo de dormência
• Sementes mortas
16
PREPARAÇÃO
PARA A
GERMINAÇÃO
Critério tecnológico
Plântula normal
Critério fisiológico
Emissão de raiz
17
MATERIAIS PARA TESTE DE GERMINAÇÃO
Germinadores
Câmara de germinação
18
MATERIAIS PARA TESTE DE GERMINAÇÃO
Germinadores
Sala de germinação
19
MATERIAIS PARA TESTE DE GERMINAÇÃO
Contadores de sementes
20
AMOSTRAGEM
Características básicas da amostra:
• Tomada da porção “semente pura” da análise de pureza
• Aleatoriedade
As
RAS
exigem
amostras
de
400
sementes,
podendo
ser
divididas em:
4 x 100
8 x 50
16 x 25
Para sementes muito pequenas, a amostra pode ser por peso
de sementes
O
restante
da
amostra
deve
ser
armazenada
para
novos
testes, caso sejam necessários
21
AMOSTRAGEM
400 sementes...
... para algumas espécies florestais isso
é muita semente!!!
Baixa produtividade
Dificuldade de coleta
Sementes grandes
Sementes de espécies raras e/ou ameaçadas de extinção
Exemplo: Scleronema micranthum (cardeiro)1
Peso da amostra: 35,6 kg (400 sementes)
O tamanho dos recipientes para cada uma das
16 sub-repetições deverá medir 42 x 42 cm, no
mínimo.
1. Camargo et al. 2008 Guia de Propágulos e Plântulas da Amazônia.
Vol 1. Manaus; editora INPA. 168p.
22
SUBSTRATO
Substrato tem a função de prover o ambiente de germinação
das sementes e desenvolvimento das plântulas
Recomendados pelas RAS:
PAPEL
AREIA
SOLO - não recomendados para testes rotineiros pela
dificuldade de estoques padronizados.
23
SUBSTRATO - PAPEL
Tipos: de filtro, mata-borrão e toalha (de germinação)
Especificações dadas pelas RAS
Deve ser esterilizada antes do uso
Pode ser usado das seguintes formas:
SOBRE PAPEL (SP)
24
SUBSTRATO - PAPEL
ENTRE PAPEL
Entre papel (EP)
Rolo de papel (RP)
25
SUBSTRATO - PAPEL
PAPEL PLISSADO (PP)
26
SUBSTRATO - AREIA
Especificações dadas pelas RAS
Deve ser esterilizada antes do uso
Pode ser usada das seguintes formas:
SOBRE AREIA (SA)
ENTRE AREIA (EA)
27
SUBSTRATO - VERMICULITA
VERMICULITA – embora não citada pelas RAS, é amplamente
utilizada pelo setor florestal
Boa capacidade de absorção e retenção de água, aeração e
possibilita bom desenvolvimento das plântulas
Pode ser usada das seguintes formas:
SOBRE VERMICULITA
ENTRE VERMICULITA
28
ESPAÇAMENTO E SEMEADURA
Uniforme e suficiente para permitir boa aeração entre as
sementes, minimizar a competição e contaminação entre as
sementes e evitar o entrelaçamento das plântulas
Deve-se
levar
em
consideração
o
aumento
do
volume
de
algumas sementes
1,5 a 5,0 vezes o tamanho da semente
29
30
GERMINAÇÃO
A
germinação
de uma sementes somente
ocorrerá
se uma
série de requisitos forem atendidos
Fatores inerentes à sementes:
• Grau de maturidade
• Dormência
• Sanidade
• Longevidade
• Viabilidade
• Genótipo
31
GERMINAÇÃO
Fatores inerentes ao ambiente:
Água
Oxigênio
Temperatura
Luz
32
Para que ocorra a germinação, o metabolismo das sementes
deve estar ativo...
...sendo a água fator determinante
Durante o final do período de maturação...
Sementes
tolerantes
ao dessecamento
(ortodoxas)
passam
por secagem ainda na planta-mãe e são dispersas com baixo
teor de água (5 – 10 % bu)
Sementes sensíveis ao dessecamento (recalcitrantes) não
passam por secagem e são dispersas com alto teor de água
(50 – 70 % bu)
33
EMBEBIÇÃO
A embebição é condição essencial para a germinação por
atuar
nessa
retomada
das
atividades
fisiológicas
das
sementes
A velocidade do processo de embebição depende de fatores
como:
• disponibilidade de água
• natureza do tegumento
• composição química da semente
• temperatura
34
EMBEBIÇÃO
Peso Fresco
Possui um padrão tipicamente trifásico
Fase III
Fase II
Fase I
Tempo
35
EMBEBIÇÃO
As especificações da água para o teste de
germinação, segundo as RAS:
pH 6,0 – 7,5
Livre de impurezas orgânicas e inorgânicas
36
OXIGÊNIO
A
exigência
de
oxigênio
pela
semente
aumenta
após
a
primeira fase de embebição devido ativação do metabolismo
Baixa
disponibilidade
de
oxigênio
pode
retardar
a
germinação
A maioria das espécies não exigem concentrações maiores
que 10%, facilmente suprida pela atmosfera (com cerca de
20% de oxigênio)1
Espaçamento de 1,5 a 5 vezes o tamanho das sementes
1. Marcos Filho, 2005. Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas.
Piracicaba: Fealq. 495p
37
TEMPERATURA
Assim
como
todo
processo
biológico,
a
germinação
é
influenciada pela temperatura...
Afeta, por exemplo:
A respiração das células
A velocidade de embebição
Velocidade das reações fisiológicas
Superação de dormência
Indução de dormência secundária
Desta
forma,
a
temperatura
influencia
na
porcentagem,
velocidade e uniformidade da germinação
38
TEMPERATURA
Temperatura ótima = máximo de germinação em menor tempo
Geralmente está relacionada com temperatura do habitat
Germinação
Tempo de germinação
natural no momento do evento
Temperatura
39
TEMPERATURA
Temperatura máxima e mínima = temperaturas em que, acima
Germinação
ou abaixo, respectivamente, não ocorre a germinação
Temperatura
40
TEMPERATURA
Há
grande
variação
nas
exigências
em
termos
de
temperaturas entre as espécies
Algumas germinam melhor sob temperaturas constantes
Outras sob temperaturas alternadas, simulando a variação
de temperatura do ambiente natural (dia e noite)
O que fazer se uma espécie não
está nas RAS???
41
TEMPERATURA
Pode-se usar resultados de pesquisas científicas com o
Número de espécies
mesmo gênero ou família
50
40
30
20
10
0
20°C
25°C
30°C
35°C
Indicação
da
temperatura
para
o
teste
de
germinação
de
86
espécies
florestais
subtropicais e tropicais (Ferraz e Calvi, 2010)
42
TEMPERATURA
Para
espécies
pioneiras
tropicais
a
exigência
temperatura está relacionada ao tamanho das sementes
1. Milberg, et al. 2000. Seed Science Research, 10:99-104
em
1
43
TEMPERATURA
Definida a temperatura
para
o teste de germinação,
mesma deve permanecer o mais uniforme possível.
Variações podem afetar:
Velocidade
Porcentagem
Uniformidade
As RAS toleram uma variação de ± 2°C em 24 horas.
Temperaturas alternadas:
menor temperatura => 16 horas
maior temperatura => 8 horas
44
a
LUZ
Não é considerada como fator essencial para a germinação
Fotossíntese
Germinação = protrusão da radícula / formação de plântula
normal
Reservas
45
LUZ
Porém...
Existem sementes que germinam somente na presença de luz
– fotoblásticas positivas
Existem sementes que germinam somente na ausência de luz
– fotoblásticas negativas
Existem sementes que germinam
somente na presença ou ausência
de luz – fotoblásticas neutras
46
LUZ
Para espécies pioneiras tropicais a exigência em luz está
relacionada ao tamanho das sementes
1
1. Milberg, et al. 2000. Seed Science Research, 10:99-104
47
LUZ
Para
espécies
pioneiras
da
apresentam padrão semelhante
região
de
Manaus
1
Bellucia grossularioides
1,00
Isertia hypoleuca
1,00
Vismia cayennensis
0,92
Cecropia sciadophylla
1,00
Jacaranda copaia
1,00
Croton lanjouwensis
0,74
Byrsonima chrysophylla
0,70
1. Aud 2008 Efeito de luz, temperatura e fumaça na germinação de sementes de espécies
pioneiras na Amazônia Central Dissertação INPA PPG Ecologia PPG-BTRN 58p.
48
LUZ
As
sementes
possuem
fotoreceptores
(como
o
fitocromo,
criptocromo e precursores de clorofila), que desencadeiam
o processo do desenvolvimento típico na presença de luz
(fotomorfogenese).
O fitocromo possui maior sensibilidade na luz vermelha
sendo responsável pela quebra de dormência das sementes
fotoblásticas positivas.
49
LUZ
Plântulas
hialinas
certos
desenvolvidas
e
sensíveis
defeitos,
como
no
ao
escuro
ataque
de
deficiência
são
estioladas,
microrganismos,
de
clorofila,
e
não
poderiam ser detectados durante os testes no escuro
Desta forma, recomenda-se sempre a iluminação durante os
testes
50
LUZ
As RAS recomendam iluminação durante, no mínimo, oito
horas por dia (período típico de zonas temperadas)
Em regiões tropicais o período diurno e noturno é similar
e pode-se utiliza-se, em geral, períodos de 12 horas de
escuro e 12 horas de luz.
51
TIPOS DE GERMINAÇÃO
GERMINAÇÃO é a retomada do crescimento do embrião que se
inicia com a embebição. Pode ser:
protrusão de parte do embrião X formação de plântula
normal
A
maneira
como
as
espécies
florestais
germinam
é
bastante variado
Existem
muitas
maneiras
de
classificar
o
processo
germinativo
52
TIPOS DE GERMINAÇÃO
Classificação em quatro aspectos distintos:
• local de protrusão da radícula e da parte aérea
• posição dos cotilédones relativa a superfície
• exposição dos cotilédones da semente
• forma e função dos cotilédones
53
TIPOS DE GERMINAÇÃO
1. Local de protrusão da radícula e da parte aérea
Unipolar - a protrusão do embrião
ocorre em somente um lado da
semente, na região da micrópila
Bipolar
- a raiz e a parte aérea
emergem
em
lados
opostos
da
semente. Nestas o hipocótilo é o
órgão
de
armazenamento
e
cotilédones são rudimentares
ausentes
os
ou
54
TIPOS DE GERMINAÇÃO
2.Posição dos cotilédones relativa à posição da
semeadura
Hipógea (H) - os cotilédones permanecem na altura da
semeadura, quer dizer não há crescimento do
hipocótilo;
Epígea (E) - o crescimento
do hipocótilo eleva os cotilédones
acima do solo
55
TIPOS DE GERMINAÇÃO
3. Exposição dos cotilédones da semente
Criptocotiledonar (C) - os cotilédones permanecem no
interior da semente
Fanerocotiledonar (P) - os mesmos
emergem da semente
56
TIPOS DE GERMINAÇÃO
4. Forma e função dos cotilédones
Foliar (F) - não apresentam reservas, são finos e
apresentam função fotossintetizante ou haustorial
(absorvendo as reservas do endosperma e/ou perisperma)
Reservas (R) - são grossos
e não-fotossintetizantes.
57
TIPOS DE GERMINAÇÃO
Protrusão da raiz primária e da parte aérea
Unipolar
Bipolar
Criptocotiledonar
Hipógea
Fanerocotiledonar
Epígea
Hipógea
Epígea
Com
reserva
Sem
reserva
Com
reserva
Sem
reserva
Com
reserva
Sem
reserva
Com
reserva
Sem
reserva
C-H-R
1
C-H-F
2
C-E-R
3
C-E-F
4
P-H-R
5
P-H-F
6
P-E-R
7
P-E-F
8
Bipolar
9
58
TIPOS DE GERMINAÇÃO
Com tantas
pergunta-se:
variações
morfológicas
na
germinação,
Qual dessas estruturas são essenciais na avaliação do
teste de germinação?
Exemplo:
Eugenia
stipitata
possui
grande
capacidade
de
regeneração da parte aérea caso ocorra algum ferimento
É necessário desenvolvimento das
primeiras folhas em todas as
plântulas?
Exemplo:
Hevea
guianensis
o
epicótilo pode medir entre 14 a
29 cm, antes da primeira folha
59
DORMÊNCIA
Dormência germinação
favoráveis
não
ocorre
mesmo
em
condições
Água
Oxigênio
Temperatura
Luz
É uma característica da semente
60
DORMÊNCIA
Quiescência germinação não ocorre sob condições não
favoráveis
Água
Oxigênio
Temperatura
Luz
É uma característica do ambiente
61
DORMÊNCIA
Tem função ecológica
Permite que a semente “reconheça” se o
favorável à germinação e sobrevivência
ambiente
é
• Evita germinação ainda na planta-mãe
• Sincroniza a germinação com ambientes e clima
favoráveis
• Distribui a germinação ao longo do tempo
O tipo de dormência está intimamente
vinculado com o habitat da espécie e às
condições ambientais na época da dispersão
62
DORMÊNCIA
Muitas espécies florestais possuem sementes dormentes
?8%
Processo complexo e
com muitas interações
=> muitos aspectos
dormente
23%
não
dormente
69 %
ainda precisam ser
esclarecidos
Classificação de 60 espécies de
interesse madeireiro ocorrendo em
floresta primária de terra-firme
perto de Manaus 1
1. FERRAZ et al. 2004. Acta Amazonica. 34 (4) 621-633
63
DORMÊNCIA
Pode ser classificada por três aspectos:
Primária
1. Momento
Secundária
Endógena
2. Local
Exógena
Física
Química
3. Causa
Mecânica
Fisiológica
Morfológica
64
DORMÊNCIA FÍSICA
Causa: Impermeabilidade do tegumento à água
Relativamente comum em muitas espécies florestais
Superação: Tornar o tegumento permeável á água
 Escarificação química
 Escarificação mecânica
65
DORMÊNCIA QUÍMICA
Causa: presença de compostos químicos (ABA, taninos,
alcalóides, etc) que inibem o metabolismo necessário à
germinação
Superação: pode-se lavar as sementes em água corrente
66
DORMÊNCIA MECÂNICA
Causa:
estruturas
mecanicamente
protrusão
sua
externas
expansão
e,
ao
embrião
impedem
consequentemente,
Pode ser confundida com dormência
sementes conseguem embeber
física,
porém
sua
as
Superação: enfraquecer a resistência
mecânica do tegumento
67
DORMÊNCIA MECÂNICA
Tratamentos para superar a dormência mecânica
tegumento permeável a água em Eugenia stipitata 1
Tratamento
Sementes intactas
Destegumentadas totalmente
Destegumentadas no meristema
Cortadas no meristema
Cortadas ao meio (lado da radícula)
Cortadas ao meio (lado oposto da
radícula)
Emergência
no viveiro
(%)
68 A
do
Tempo médio
(dias)
112 A
93 A
58 B
83 A
69 B
77 A
96 A
89 A
103 A
110 %
21
145
1. Anjos.1998. Morfologia e fisiologia da germinação de aracá-boi (Eugenia stipitata spp. sororia
McVaugh - Myrtaceae) - uma frutífera nativa da Amazônia Ocidental." Dissertação PPG Botânica INPA /
UA Manaus-AM 67p.
68
Regeneração das sementes de Eugenia stipitata após o
corte 1
1. Anjos.1998. Morfologia e fisiologia da germinação de aracá-boi (Eugenia stipitata spp. sororia
McVaugh - Myrtaceae) - uma frutífera nativa da Amazônia Ocidental." Dissertação PPG Botânica INPA /
UA Manaus-AM 67p.
69
DORMÊNCIA FISIOLÓGICA
Causa: processos fisiológicos no embrião que bloqueiam
a germinação
Superação: permitir que os eventos fisiológicos para
germinação ocorram, pode ser:
 Pré-esfriamento
 Pré-aquecimento
 Armazenamento em locais secos
 Irrigação do substrato com Nitrato de Potássio
(KNO3)
 Irrigação do substrato com ácido giberélico (GA3)
 Germinação sob baixas temperaturas
 Luz
70
DORMÊNCIA MORFOLÓGICA
Causa: sementes dispersas com embrião ainda imaturo
Superação:
permitir
que
o
embrião
termine
seu
desenvolvimento e alcance a maturidade
Deve-se atentar ao ambiente de armazenamento, pois,
sementes recalcitrantes tropicais, podem perder a
viabilidade em temperaturas < 15°C
71
CONDUÇÃO DO TESTE DE
GERMINAÇÃO
72
CONDUÇÃO DO TESTE DE GERMINAÇÃO
AVALIAÇÃO DO TESTE
Devem ser reduzida ao máximo
plântulas e poupar trabalho
para
evitar
danos
às
As RAS sugerem apenas duas:
Primeira contagem e Contagem final
Caso a espécie tenha germinação
contagens intermediárias
demorada,
faz-se
73
CONDUÇÃO DO TESTE DE GERMINAÇÃO
IRRIGAÇÃO DO SUBSTRATO
Fica a critério do analista, porém deve ser evitada
para não causar diferenças entre as repetições
DURAÇÃO DO TESTE
Deve permitir que
germinativo máximo
o
lote
expresse
seu
potencial
Caso a germinação não seja concluída em até 2 meses as
RAS
recomendam
que
seja
realizado
teste
de
viabilidade, como tetrazólio
74
Caesalpinia
ferrea
Sloanea
Dipteryx
Protium robustum
Tempo de germinação no viveiro de 53 espécies
(Critério plântula)
Dipteryx
Pterocarpus
Pseudopiptadenia
Peltogyne
Swietenia
Ceiba
Cedrela
2 meses
Calophyllum
Copaifera
Rinorea
Carapa
Hevea
Protium
Iryanthera
Protium
Conceveiba
Clarisia
Gustavia
Diplotropis
Sextonia
Iryanthera
Pourouma
Eschweilera
Brosimum
Eschweilera
Laetia
Iryanthera
Pouteria
Scleronema
Pouteria
Catostemma
Licania
Aniba
Guatteria
Guatteria
Buchenavia
Couepia
Guarea
Aldina
Swartzia
Buchenavia
Lecythis
Buchenavia
Carapa
Pouteria
Onychopetulan
Socratea
Lecythis
Duckeodendron
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
Dias
300
325
350
375
400
425
450
475
500
525
550
75
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Semente
Germinada
Plântula
Normal
Plântula
Anormal
Não Germinada
Dura
Dormente
Morta
Plântula com determinados defeitos nos cotilédones ou
primeiras folhas são classificadas como ANORMAIS...
Será que esses danos prejudicaria o desenvolvimento de
uma árvore com ciclo de vida tão longo???
76
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Caso seja possível observar que uma semente, mesmo que
classificada como morta no momento da avaliação,
produziu qualquer parte de uma plântula (por exemplo,
a ponta da raiz primária), deve ser contada como
plântula anormal e não como semente morta.
77
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Para testes com unidade-semente múltipla, somente uma
plântula normal por unidade é contada para determinar
a porcentagem de germinação.
Se uma quantidade expressiva de sementes duras ou
dormentes forem encontradas => refazer o teste com um
método para promover a germinação
78
CÁLCULOS E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS
Resultados expressos em porcentagem
média de 4 repetições de 100 sementes
Sub-repetições
agrupadas
de
50
ou
25
calculados
sementes
devem
pela
ser
Sementes com amostras formadas por peso => determinase o número de plântulas formadas pelo peso de
sementes
No Boletim de Análise de Sementes devem ser informadas
todas as informações sobre o teste, como Substrato,
temperatura,
métodos
resultados, etc
para
promover
germinação,
79
CONSDERAÇÕES FINAIS
A aplicabilidade da atual
certificação das sementes
florestais não é possível
versão das RAS para a
de todas as espécies
A quantidade de sementes para o teste de germinação
precisa ser revista para muitas espécies
Há necessidade também de entrar em consenso sobre os
diferentes tipos de germinação e em seguida definir as
respectivas estruturas essenciais
80
CONSDERAÇÕES FINAIS
Necessitamos urgente...
• Definição morfológica de “Plântulas normais”
• Temperatura ótima de germinação
• Tempo para 1a contagem e contagem final ≠ início
e final da germinação
• Substratos e recipientes que causam menos anormalidades
• Tratamentos pré-germinativos para que a germinação
termina no prazo de oito semanas.
• Métodos indiretos de germinação
81
CONSDERAÇÕES FINAIS
Sementes de espécies florestais pode ser usadas
para:
• plantios florestais
• restauração ambiental
• repor população de espécies raras ou em extinção
• pesquisas científicas
• bijuterias
Será
que
todas
essas
sementes
precisam
avaliadas pelo mesmo criterioso teste???
ser
82
AGRADECIMENTOS
Dra Isolde D. K. Ferraz por algumas imagens,
discussões e compartilhamento de seus
conhecimentos e experiência
83
PELA ATENÇÃO,
OBRIGADO!
Geângelo Petene Calvi
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
[email protected]
84
Download

Germinação e Dormência de Sementes Florestais