HAM BAIXA MASSA ÓSSEA ESTÁ ASSOCIADA A AUMENTO DA ESPESSURA DA ÍNTIMA MÉDIA CAROTÍDEA EM HOMENS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 Coutinho MAP, Bandeira E, Godoi ETAM, Carvalho NNC, Almeida MOP, Cavalcante WCP & Bandeira F Unidade de Endocrinologia e Diabetes - Hospital Agamenon Magalhães - MS/SES/UPE, Recife - PE. 1.2 1 0,86* 0.8 0,7* mm INTRODUÇÃO A osteoporose e a aterogênese compartilham fatores de risco em comum, tendo sido demonstrado em alguns estudos a associação de baixa massa óssea e aumento de morbidade e mortalidade cardiovascular. Entretanto, a maioria dos estudos foi focada em mulheres e poucos naquelas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A mensuração da espessura íntima média carotídea (EIMC) é capaz de detectar alterações iniciais de aterosclerose, sendo um marcador preditivo de eventos cardiovasculares. Figura 1: Espessura Medio-Intimal carotídea média de acordo com a BMD do Colo do Fêmur 0.6 0.4 0.2 0 Normal RESULTADOS Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à idade, tempo de DM2, IMC, CA, PAS, PAD, uso de estatina, tabagismo, HbA1C, colesterol e triglicerídeos. Quanto ao colo do fêmur, o grupo com densidade mineral óssea (DMO) normal teve EIMC de 0,7mm e o grupo com osteopenia ou osteoporose teve EIMC de 0,86mm (p=0,007). Quanto à coluna lombar, o grupo com DMO normal teve medidas médias da EIMC de 0,81mm e o grupo com osteopenia ou osteoporose obteve média de 0,8mm, (p=0,98). Conclusão: Nossos dados demonstram uma associação negativa entre densidade mineral óssea no colo do fêmur e espessura da íntima média carotídea em homens DM2, a qual foi independente de fatores de risco tradicionais para doença aterosclerótica como também o controle do diabetes. DMO no Colo do Fêmur *p=0,007 Figura 2: Espessura Medio-Intimal carotídea média de acordo com a BMD do Colo da Coluna Lombar 1.2 1 0,81* mm 0.8 0,8* 0.6 0.4 0.2 0 Normal Osteopenia + Osteoporose DMO no Colo do Fêmur *p=0,913 Figura 3: Correlação entre a Densidade Mineral Óssea em Colo do Fêmur e Espessura Médio-Intimal Carotídea 0.12 0.1 0.08 mm DESENHO E MÉTODOS DO ESTUDO Foi realizado um estudo transversal com 24 homens com DM2 (idade 61 anos DP ±6,4; 75% com mais de 5 anos de DM2; 41,6% em uso de estatina; 4,1% com tabagismo; Índice de Massa Corpórea (IMC) 28,1 kg/m2 DP ±3,4; Circunferência abdominal (CA) 97,8cm DP ±8,4; Pressão Arterial Sistólica (PAS) 143,8 mmHg DP ± 18,3; Pressão Arterial Diastólica (PAD) 85,8 mmHg DP ± 12,3; HbA1C 7,5% DP ±1,3; Triglicerídeos 141,7 mg/dL DP ±73 mg/dL, LDL-Colesterol 103,3 mg/dL DP ±35,9; HDL-Colesterol 41,6 mg/dL DP ±11,6). Foram estratificados em grupos de acordo com a densitometria óssea e realizada a comparação entre os mesmos quanto à medida da espessura da íntima média da bifurcação carotídea por ultrassonografia doppler (USG MODO-B LOGIC-E GEMedical System 2007 China). Osteopenia + Osteoporose 0.06 0.04 0.02 0 -4 -3 -2 -1 0 1 DMO no colo do Fêmur (Desvios Padrão) (r = -0,449, p=0,028) CONCLUSÃO Nossos dados demonstram uma associação negativa entre densidade mineral óssea no colo do fêmur e espessura da íntima média carotídea em homens DM2, a qual foi independente de fatores de risco tradicionais para doença aterosclerótica como também o controle do diabetes. 2