ARISTÓTELES ÉTICA A NICÔMACO (LIVRO I) A VIRTUDE EM ARISTÓTELES O QUE É SER FELIZ? É POSSÍVEL SER FELIZ EM NOSSA SOCIEDADE? EXISTE ALGUMA RELAÇÃO ENTRE A FELICIDADE, A JUSTIÇA E A BONDADE? PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO MORAL: ALGO CONSTITUTIVO DA VIDA SOCIAL AVALIAÇÃO ACERCA DOS COSTUMES PARA ACEITAR OU REPROVAR NÃO SE PODE PENSAR A VIDA SOCIAL SEM A PRESENÇA DE REGRAS DE CONDUTA PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO TEXTO FUNDAMENTAL PARA A CULTURA OCIDENTAL: DEUTERONÔMIO (segunda lei) DE MOISÉS (SÉC. V a. C.) DÉCALOGO OU DEZ MANDAMENTOS CULTURA OCIDENTAL – PONTO DE PARTIDA PARA A ELABORAÇÃO DA MORALIDADE Filosofia Consuelo WILSON PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO TRADIÇÃO CRISTÃ: SERMÃO DA MONTANHA EVANGELHO DE MATEUS: 3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;7 Bemaventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; MEDIANEIRA WILSON PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO 2º MOMENTO: MEDITAÇÃO GREGA DELIMITAÇÃO DA VIDA HUMANA ÉTICA: ELABORAÇÃO TEÓRICA QUE SE DIRIGE À CONCEITUAÇÃO DA MORALIDADE SÓCRATES / PLATÃO ARISTÓTELES – FUNDADOR DA DISCIPLINA TEÓRICA ÉTICA MEDIANEIRA WILSON ARISTÓTELES ÉTICA A NICÔMACO (LIVRO I) MEDIANEIRA WILSON ÉTICA CIÊNCIA DA CONDUTA; PARTE DA FILOSOFIA PRÁTICA QUE TEM POR OBJETIVO ELABORAR UMA REFLEXÃO SOBRE OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA MORAL; PRINCÍPIOS; REFLEXÃO SOBRE AS RAZÕES DE SE DESEJAR A JUSTIÇA E A HARMONIA E SOBRE OS MEIOS DE ALCANÇÁ-LAS MORAL: CONSTRUÇÃO DE UM CONJUNTO DE PRESCRIÇÕES DESTINADAS A ASSEGURAR UMA VIDA EM COMUM JUSTA E HARMONIOSA MEDIANEIRA WILSON ÉTICA A NICÔMACO DISTINÇÃO DA TRADIÇÃO JUDAICA ARISTÓTELES: A VIRTUDE EXIGE PRÉ-REQUISITOS; NÃO É OBRIGATÓRIA, É UMA CONQUISTA, UMA AQUISIÇÃO QUE NÃO É DADA A TODOS A VIRTUDE ESTÁ SSOCIADA AO SABER, À CULTURA MEDIANEIRA WILSON PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO CRISTIANISMO: APROXIMAÇÃO DA TRADIÇÃO GREGA E JUDAICA ÉTICA DE SALVAÇÃO: IDADE MÉDIA CONQUISTA DA VIRTUDE NA TERRA SERIA UM REQUISITO ESSENCIAL À OBTENÇÃO DA PAZ INTERIOR APÓS A MORTE MEDIANEIRA WILSON PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTITUIÇÃO ÉTICA SOCIAL: MODERNIDADE / PROTESTANTISMO / SEM MEDIAÇÕES ÉTICA DO DEVER: KANT / SOLUÇÃO RACIONAL ÉTICA ECLÉTICA ÉTICA DOS FINS ABSOLUTOS ÉTICA DE RESPONSABILIDADE MEDIANEIRA WILSON ARISTÓTELES 384/383 – ESTAGIRA (FRONTEIRA COM A MACEDÔNIA) PAI MÉDICO (NICÔMACO) AOS 18 ANOS VIAJOU PARA ATENAS E INGRESSOU NA ACADEMIA DE PLATÃO PERMANECEU DURANTE 20 ANOS MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON ARISTÓTELES 342/343 – PRECEPTOR DE ALEXANDRE 335/334 – VOLTA A ATENAS E FUNDA UMA ESCOLA – O “LICEU” MINISTRAVA SEUS ENSINAMENTOS PASSEANDO PELAS VEREDAS DOS JARDINS PERÍPATOS (PASSEIO) PERIPATÉTICOS MEDIANEIRA WILSON ARISTÓTELES 323 – MORTE DE ALEXANDRE REAÇÃO ANTIMACEDÔNICA ABANDONOU ATENAS – “PARA EVITAR QUE UM NOVO CRIME FOSSE COMETIDO CONTRA A FILOSOFIA” MORREU EM 322 a. C. MEDIANEIRA WILSON ÉTICA A NICÔMACO LIVRO I ESTUDO DA CONDUTA OU DO FIM DO HOMEM COMO INDIVÍDUO – ÉTICA ESTUDO DA CONDUTA OU DO FIM DO HOMEM COMO PARTE DE UMA SOCIEDADE - POLÍTICA MEDIANEIRA WILSON ÉTICA A NICÔMACO Livro I: Finalismo das ações: tudo visa a obtenção de um bem. Pergunta-se então o que é bem ou bom; de qual ciência o sumo Bem é objeto? O bem é identificado como eudaimonia (felicidade). Há dois tipos de virtudes: as virtudes éticas (nascem do hábito) e as virtudes dianoéticas (próprias da inteligência); MEDIANEIRA WILSON ÉTICA A NICÔMACO O Livro I especificamente se divide em treze capítulos. Os três primeiros tratam do objeto e do método da obra / introdução a todo o tratado Capítulos 4 e 12, o filósofo indaga da essência ou das diversas acepções que receberam as noções de “bem supremo” e “felicidade” Nos capítulos 2 e 3, ele menciona três tipos principais de explicação: a opinião da massa, a opinião do político e, finalmente, a visão do filósofo O livro se “conclui”, portanto, com o capítulo 13, que analisa o conceito de virtude e as divisões da alma MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM AÇÃO HUMANA – FIM / BEM CONJUNTO DAS AÇÕES HUMANAS – FIM ÚLTIMO / SUPREMO BEM (FELICIDADE) O QUE É A FELICIDADE? (EUDAIMONÍA) MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM CAPÍTULO 1: OS BENS VARIAM; PARA CADA SER DEVE HAVER UM BEM, CONFORME A NATUREZA OU A ESSÊNCIA DO RESPECTIVO SER; CADA SUBSTÂNCIA TEM O SEU SER E BUSCA O SEU BEM; BENS CONCRETOS; MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM CAPÍTULO 2 ÉTICA ARISTOTÉLICA: FINALISTA OU EUDEMONISTA MARCADA PELOS FINS QUE O HOMEM DEVE ALCANÇAR PARA ATINGIR A FELICIDADE MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM CAPÍTULO 4 O MAIS ALTO DE TODOS OS BENS: FELICIDADE DIFERENTES CONCEPÇÕES DE FELICIDADE MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM 1. PRAZER E GOZO; VIDA DIGNA DE ANIMAIS; ESCRAVOS 2. HONRA (SUCESSO); DEPENDE DE QUEM A CONFERE 3. JUNTAR RIQUEZAS; MEIO PARA OUTRAS COISAS MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM ÉTICA TELEOLÓGICA: (TELOS – FIM, FINALIDADE E LOGOS – TEORIA, CIÊNCIA) Tanto os múltiplos seres existentes, quanto o universo como um todo direcionam-se em última instância a uma finalidade MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM HIERARQUIA DE BENS: Bens relativos e intrínsecos ao homem Os relativos são aqueles necessários para a vida cotidiana (bens materiais, prazeres vitais, etc.). Estes mudam constantemente, pois sempre desejam outros e maiores. Bens intrínsecos, não visam outros porque eles são auto-suficientes, ou seja, os bens intrínsecos são bens supremos. MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM O BEM SUPREMO REALIZÁVEL PELO HOMEM CONSISTE EM APERFEIÇOAR-SE ENQUANTO HOMEM CONSISTE NA ATIVIDADE QUE DIFERENCIA O HOMEM DE TODAS AS OUTRAS COISAS MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM A ATIVIDADE DA RAZÃO O HOMEM QUE QUER VIVER BEM DEVE VIVER SEMPRE SEGUNDO A RAZÃO ARISTÓTELES PROCLAMA OS VALORES DA ALMA COMO VALORES SUPREMOS RECONHECE TAMBÉM A IMPORTÂNCIA DOS BENS MATERIAIS MEDIANEIRA WILSON O SUPREMO BEM O que faz a marca específica do homem é o pensamento e a razão que o segue. É a atividade intelectual. Nesta encontra-se a fonte principal das alegrias do homem, ou seja, a fonte donde provém a verdadeira felicidade. Com efeito, a felicidade do homem consiste no aperfeiçoamento da atividade que lhe é própria, ou seja, na atividade segundo a razão. O homem deve, então, subordinar o sensível ao racional. A subordinação da atividade sensível à atividade racional se impõe. É o preço da felicidade humana e a condição da moral humana. Portanto, para ser feliz, o homem deve viver pela inteligência e segundo a inteligência (Nodari, 1997, p. 390). MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON MEDIANEIRA WILSON JUSTO MEIO VIRTUDE: REPETIÇÃO DE UMA SÉRIE DE ATOS SUCESSIVOS / HÁBITO OS IMPULSOS, AS PAIXÕES E OS SENTIMENTOS TENDEM AO EXCESSO OU À FALTA A RAZÃO DEVE IMPOR A “JUSTA MEDIDA”, O “JUSTO MEIO” ENTRE OS DOIS EXCESSOS MEDIANEIRA WILSON JUSTO MEIO VITÓRIA DA RAZÃO SOBRE OS INSTINTOS JUSTIÇA: A MAIS IMPORTANTE DAS VIRTUDES “NA JUSTIÇA ESTÁ ABARCADA TODA VIRTUDE” MEDIANEIRA WILSON ATIVIDADES 1. É POSSÍVEL SER VIRTUOSO EM NOSSOS DIAS SEGUINDO OS PRECEITOS DE ARISTÓTELES? 2. A PARTIR DO QUE FOI ESTUDADO DO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES O QUE DEVEMOS FAZER PARA SERMOS FELIZES? MEDIANEIRA WILSON ATIVIDADES 3. EM QUE CONSISTE A VIRTUDE PARA ARISTÓTELES? 4. APRESENTE EXEMPLOS DE SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ E/OU ALGUÉM QUE CONHEÇA AGIU DE FORMA VIRTUOSA DE ACORDO COM A VIRTUDE EM ARISTÓTELES. MEDIANEIRA WILSON ATIVIDADES 5. EXPLIQUE POR QUE, SEGUNDO ARISTÓTES, A VIRTUDE MORAL NÃO SURGE EM NÓS POR NATUREZA. MEDIANEIRA WILSON QUADRO DAS VIRTUDES MORAIS Sentimento ou paixão (por natureza) Situação em que o sentimento ou a paixão são suscitados Vício (excesso) (por deliberação/ escolha) Prazeres Tocar, ter ingerir Ibertinagem Medo Perigo, dor Covardia Confiança Perigo, dor Temeridade Riqueza Dinheiro, bens Prodigalidade Fama Opinião alheia Vaidade Honra Opinião alheia Vulgaridade Cólera Relação com os outros Irascibilidade Convívio Relação com os outros Zombaria Conceder prazer Relação com os outros Condescendência Vergonha Relação de si com outros Sem-vergonhice Sobre a boa sorte de alguém Relação dos outros consigo Sobre a má sorte de alguém Relação dos outros consigo MEDIANEIRA Vício (falta) (por deliberação/ escolha) Virtude (justo meio) (por deliberação/ escolha) Insensibilidade Temperança Temeridade Coragem Covardia Coragem Avareza Liberalidade Humildade Magnificência Vileza Respeito próprio Indiferença Gentileza Grosseria Agudeza de espírito Tédio Amizade Timidez Modéstia Inveja Malevolêcia Justa apreciação Inveja Malevolência Justa indignação WILSON CHAUÍ, Marilena de Souza. Introdução à história da filosofia:dos pré-socráticos a Aristóteles, vol. 01. São Paulo: Brasiliense, 1994.