BEM-ESTAR ANIMAL Agressividade em Cães - Importância em Saúde Pública Veterinária Estudo de Caso Epidemiologia da agressividade em crianças Durante 1995, 347 pacientes foram atendidos com mordidas, especialmente de cães, praticamente um por dia, alguns deles com lesões graves que necessitaram hospitalização e tratamento cirúrgico complexo (ref.: Dr. Elias Jimenez F., Hospital Nacional de Niños, San José, Costa Rica) Epidemiologia da agressividade em crianças A principal causa de lesões em crianças é nas brincadeiras, seguida das mordidas de cães População estimada País mordidas USA 1,079,615 293,655,4051 Canada 119,514 32,507,8742 1. US Census Bureau, Population Estimates, 2004 2. US Census Bureau, International Data Base, 2004 Regiões anatômicas das lesões por mordidas de cães, incluem: • 45.3% no braço/mão • 25.8% no perna/pé • 22.8% no cabeça/abdome Em crianças de 4 anos ou menores, 64.9% das lesões se dão na cabeça/abdome. Nas crianças de 15 anos e maiores, 86.2% das lesões foram nas extremidades. (Statistical Sources: Nonfatal Dog Bite-Related Injuries Treated in Hospital Emergency Departments - United States, 2001). Em 2001, estimou-se que há 68 milhões de cães como animais de estimação nos EUA. Em 2001, estimou-se que 368,245 vítimas são tratadas por lesões devido à mordidas de cães Em 2001, as crianças entre 5-9 anos foram as mais afetados por mordidas. Em 2001, estimou-se que 42% das mordidas de cães (154,625) ocorreram em crianças menores de 14 anos. Statistical Sources: Nonfatal Dog Bite-Related Injuries Treated in Hospital Emergency Departments - United States, 2001. Tipos de lesões registradas em salas de emergência por ataques de cães: • 26.4% “mordida de cães” • 40.2% “punção" • 24.7% "laceração" • 6.0% "contusão/abrasão/hematoma” • 1.5% "celulite/infecção" • 0.8% "amputação/avulssão" • 0.4% "fratura/dislocação" (Statistical Sources: Nonfatal Dog Bite-Related Injuries Treated in Hospital Emergency Departments - United States, 2001). Contexto Sala de emergências do Hospital Nacional de Crianças Carlos Sáenz San José, Costa Rica Antecedentes Criança de 7 anos mordida no lábio e braço esquerdo por um cachorro de um amigo Acontece uma discussão entre as Famílias O animal tem todas as vacinas e não apresenta nenhum sintoma de enfermidade. Não é a primeira vez que morde. Os proprietáiros decidem consultar a um especialista em comportamento animal. Resenha do animal Espécie: canino Nome: Gringo Idade: 18 meses Sexo: Macho inteiro Peso: 14 Kg Raza: Mestiço (Cocker Spaniel-Golden Retriever) Cor: Dourado Observações: Não tem um olho. Queixa apresentada pelos proprietários. “Agressividade com as crianças” “Lambe-se constantemente”. História •Há algum tempo os pais notaram que o animal mordia, com maior intensidade do que o normal, os tornozelos do menino •O animal empurrava o menino em várias situações •O animal lambia e mordia o ar. Ele também lambia suas patas por bastante tempo. •Durante a consulta, Gringo se posiciona entre o clínico e o menino (dono) e se torna muito ansioso quando o menino corre para o quarto. O médico veterinário deve realizar uma anamnese completa. Ter demonstrado comportamento agressivo Falta de contato com crianças no período de socialização Evidência de agressividade por proteção de recursos Ter demonstrado conduta agressiva com outros animais Examen Físico O animal se mostrou dócil ao examiná-lo. Não se detectaram anormalidades durante o Exame Físico Perguntas 1. Como Clínico de Pequenos Animais, você acredita que seria suficiente só exame clínico quando se trata de um problema comportamental ? 2. Como você diferencia agressividade por causa orgânica com agressividade sem causa orgânica ? Laboratório T4 No limite da margem inferior. TSH No limite da margem Superior. Urianánalise Glutamina elevada. Diagnóstico Comportamento inapropriado associado a: Agressividade por Proteção de Recursos. Agressividade por Medo. Síndrome de Demanda de Atenção (attention-seeking behavior). O clínico deve ainda realizar uma: ÁNALISE DE RISCO “A agressividade com as pessoas é um problema potencialmente grave e perigoso, e o médico veterinário deve decidir se acha prudente e certo corrigi-la” (Manteca 2003) Tratamento Modificação do comportamento Dessensibilização Medicação ansiolítica. Amitriptlina Fluoxetina Nota: O estudante para prosseguir o monitoramento do caso, deverá procurar o guia elaborado para o estudante. Além disso poderá revisar a bibliografia oferecida. Estudo de caso desenvolvido pelos integrantes SAPUVETNET II da Universidade Mayor de San Simon, Curso de Medicina Veterinária e Zootecnia, Cochabamba (Bolívia) e da Universidade Nacional de Costa Rica, Escola de Medicina Veterinária, Heredia (Costa Rica) contatos: Guillermo Parilla e-mail: [email protected]; Jorge Quiros e-mail: [email protected]