Determinação de protocolo para avaliação da preferência alimentar em cães. Róbinson Fernandes da Costa PIBITI - CNPq Introdução e Objetivo: Embora os cães possuam a capacidade de ingerir a quantidade necessária para satisfazer sua demanda energética diária, a regulação do consumo é afetada quando ofertado um alimento altamente palatável (Félix et al., 2010). Considerando a necessidade de se avaliar tais fatores o presente estudo teve por objetivo determinar um protocolo para ensaios de preferência alimentar em cães. Método: No primeiro ensaio foram utilizados oito cães Beagle, quatro cães Labrador, quatro cães Husky Siberiano, e quatro cães Basset Hound. Foram calculadas as medianas da diferença de consumo entre as duas rações, agrupadas por raça, para cada teste (115 testes) para averiguar se há diferença entre raças na escolha. O delineamento foi em DBC e as medianas calculadas foram submetidas ao Teste de Friedmann. Para o segundo ensaio foram avaliados três protocolos, sendo Protocolo 1: 32 cães avaliados por um dia (P32); Protocolo 2: 16 cães avaliados por dois dias (P16); Protocolo 3: 8 cães avaliados por quatro dias (P8). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Para análise dos dados para primeira escolha, as observações foram agrupadas em relação à dieta A por protocolo, totalizando em 32 observações por protocolo, e comparadas pelo teste de Qui-quadrado. Resultados e Discussão: Houve diferença entre raças em termos de concisão da escolha e de concordância entre os alimentos, sendo que, dependendo do objetivo do teste, algumas combinações são mais eficientes do que outras, podendo apresentar resultados mais confiáveis. Nesse sentido, por apresentarem mesma capacidade de concisão de escolha e serem concordantes na seleção entre alimentos, as raças Beagle x Husky Siberiano seriam as mais indicadas, caso o objetivo seja a comparação de produtos específicos para porte ou raça. Houve diferença entre os protocolos para razão de ingestão, sendo que P16 demonstrou preferência pela dieta A, enquanto que o P32 e o P8 não apresentaram preferência por uma das dietas. Os protocolos não deferiram entre si para primeira escolha. Conclusão: Em ensaios de preferência alimentar, a combinação das raças a serem utilizadas deve ser determinada conforme o objetivo do teste, e o ideal é a utilização de 16 cães por dois dias. Referência: FÉLIX, A.; OLIVEIRA, S.G.; MAIORKA, A. Fatores que interferem no consumo de alimentos em cães e gatos. In: VIEIRA, S.L. Consumo e preferência alimentar de animais domésticos. Londrina, PR. 287p. p.162-199. 2010.