Escola EB 2,3/S Vieira de Araújo Matemática A Docente: Victor Pereira Discentes: Adriana Vieira, nº 1 Nuno Machado, nº13 11.ºA Vieira do Minho 2009/2010 Índice 1. Introdução............................................................................................................................. 3 2. Fractais ................................................................................................................................. 4 3. A Curva de Koch ................................................................................................................... 7 4. A Curva do Floco de Neve .................................................................................................. 11 5. Exemplos de Fractais ......................................................................................................... 16 6. Conclusão ........................................................................................................................... 18 7. Bibliografia .......................................................................................................................... 19 2 1. Introdução Os fractais surgiram na história da Matemática para preencher a lacuna deixada pela Geometria Euclidiana. Tal como as mais diversas hipóteses científicas colocadas no passado, conclui-se que a Geometria Clássica não era suficiente para descrever o nosso mundo. Nas palavras de Benoît Mandelbrot, “nuvens não são esferas, montanhas não são cones, linhas costeiras não são círculos, cascas de árvores não são suaves e nem o raio se propaga em linha recta.”1 É neste contexto de procura de uma sistema que se adapte à realidade, em vez de esperar inocentemente o contrário, que surgem os fractais. Conhecidos nos seus primórdios por anomalias matemáticas, os fractais actualmente são utilizados, como muitos outros conceitos matemáticos, nas mais variadas áreas científicas, dentro das quais a Biologia, a Física e a Cosmologia (contudo, nomear apenas três é pouco, porque mesmo nas ciências sociais como a Economia os fractais são utilizados). Não se tratando apenas de meros instrumentos científicos, os fractais são também conhecidos pela sua curiosa beleza, havendo mesmo um tipo de arte que usa os fractais – a Arte Fractal. É devido à sua importância e actualidade que se tratará dos fractais, de uma forma simplificada, no decorrer deste trabalho, com especial destaque para a curva de Koch. O primeiro capítulo será dedicado aos fractais, no geral: será feita referência àquilo que os fractais são, bem como às propriedades que os distinguem das demais figuras geométricas. No segundo capítulo far-se-á referência à curva de Koch; será estudada também o seu comprimento, com base em sucessões. A curva floco de neve, derivada da curva de Koch, será estudada no terceiro capítulo: será estudado o seu perímetro e a sua área. Finalmente, o último capítulo fará breve referência a dois outros fractais. Finalizar-se-á este trabalho com uma conclusão sobre aquilo que foi feito, bem como sobre o facto de os objectivos da realização deste trabalho terem sido, ou não, concluídos. 1 MANDELBROT, Benoît B. – The Fractal Geometry of Nature 3 2. Fractais Os fractais foram inventados pelo matemático Benoît Mandelbrot em 1975, a partir do termo latino “fractus”, isto é, quebrado. Uma definição exacta de “fractal” é difícil de encontrar, dada a própria complexidade do fractal. Contudo é possível encontrar algumas características comuns à maioria dos fractais. Uma delas é a auto-semelhança, isto é, cada parte do fractal é uma réplica da sua totalidade. Outra forma de o dizer é que quando o todo é uma ampliação exacta da parte estamos perante um fractal. Com base nessa característica, podem-se dividir os fractais em dois tipos: os geométricos e os aleatórios. Enquanto que nos fractais geométricos o todo é uma ampliação exacta da parte, nos fractais aleatórios o todo é apenas estatisticamente semelhante à parte. É relativamente fácil encontrar-se fractais aleatórios na Natureza, observando-se, por exemplo, o tronco, os ramos, os galhos, as folhas e as nervuras das folhas de uma árvore. Essa característica dos fractais pode ser observada na seguinte imagem: Fig. 1 – A auto-semelhança é uma característica dos fractais. Uma outra característica importante dos fractais é a complexidade infinita. Em termos mais latos, tal significa que é impossível representar na totalidade um fractal, dado que existirão sempre pormenores cada vez mais pequenos. Tecnicamente, a complexidade infinita deriva do facto de um fractal ser gerado por uma sucessão recursiva, com um número infinito de iterações, isto é, um número infinito de repetições de uma determinada acção. Por exemplo, na Árvore de Pitágoras (fig. 2), a iteração é a apresentada na figura 3. 4 Fig. 2 – Árvore de Pitágoras Fig. 3 – Iteração que dá origem à árvore de Pitágoras. A dimensão dos fractais é também uma característica própria. Enquanto na geometria euclidiana a dimensão toma sempre valores inteiros (0 para um ponto, 1 para um segmento de recta, 2 para um quadrado, 3 para um cubo, por exemplo), na geometria fractal a dimensão pode ser um número fraccionário. No seguinte quadro podem-se ver alguns objectos com dimensões diferentes, encontrando-se aqueles que têm dimensão inteira na coluna esquerda e os que têm dimensão fraccionária na coluna direita. Fig. 4 – Comparação entre dimensões inteiras e fraccionárias. 5 Os fractais actualmente são utilizados em grande escala, em diversas áreas, desde a Física à Medicina. As suas características tornam-nos numa ferramenta de trabalho imprescindível para conseguir descrever determinados fenómenos que a geometria clássica não consegue descrever. Entre alguns desses fenómenos encontram-se medições de linhas de costas de países, montanhas e nuvens, e mesmo para estudar certos fenómenos que ocorrem no corpo humano. Um exemplo disso é o intestino delgado, onde se encontram umas pregas – as válvulas coniventes -, que por sua vez se dividem em vilosidades que ainda, por sua vez, se dividem em microvilosidades. Fenómenos semelhantes a este são encontrados em todo o mundo animal e vegetal. No mundo animal pode-se ainda dar o exemplo do cérebro humano, que apresenta inúmeras pregas, resultado de um aumento do seu tamanho num espaço restrito – o crânio. Já no mundo vegetal, pode-se dar o exemplo das raízes das plantas, que apresentam pêlos mais finos, chamados de pêlos radiculares que optimizam a absorção de nutrientes ao nível da raiz por aumentar a área de contacto da mesma com o meio envolvente (à semelhança do que acontece no intestino delgado). No entanto o uso dos fractais é mais amplo ainda, sendo utilizado na detecção de tumores, desenvolvimento de antenas, cabos de fibra óptica e estudo dos mercados financeiros. 6 3. A Curva de Koch A curva de Koch foi apresentada pela primeira vez pelo matemático sueco Helge von Koch, em 1904. Devido a algumas das suas propriedades, a curva de Koch é um fractal: esta figura apresenta complexidade infinita, auto-semelhança e dimensão fraccionária. Ao longo deste capítulo, as propriedades que conferem à curva de Koch a designação de fractal serão analisadas, bem como o comprimento da curva de Koch, e a sucessão que o caracteriza. A curva de Koch (fig. 5) apresenta complexidade infinita pois é construída através da repetição de uma determinada acção, representada na figura. Fig. 5 – Curva de Koch. Fig.6 – Iteração que dá origem à curva de Koch. Esta iteração é repetida em cada terça parte mediana de um segmento de recta. O facto de ter complexidade infinita leva a que esta figura possua autosemelhança. A auto-semelhança, como já foi dito, significa que uma parte do fractal é igual ao fractal completo. Essa propriedade pode ser facilmente observável através da ampliação de uma fracção da curva de Koch. 7 Fig. 7 – A ampliação de uma parte do fractal revela a auto-semelhança da curva de Koch. Finalmente, a dimensão da curva de Koch é fraccionária, encontrando-se na dimensão intermédia entre uma recta e um plano. Através da observação da curva de Koch, é possível constatar que esta se assemelha com uma linha, mas é mais do que isso, uma vez que apresenta alguma espessura; contudo, é menos do que um plano para ser considerado tal. Consequentemente, a sua dimensão estará entre 1 – a dimensão de uma recta – e 2 – a dimensão de um plano. Através de cálculos específicos, é possível calcular a dimensão da curva de Koch, e obtendo-se o resultado aproximado de 1,26. O comprimento total da curva de Koch pode ser determinado recorrendo ao cálculo do limite da sucessão que a origina. Pegue-se num segmento de recta, a partir da qual se irá desenvolver, através da iteração já mencionada, a curva de Koch, e suponha-se que o seu comprimento é ℓ. Inicialmente, esse segmento de recta irá ser dividido em três segmentos de dimensão igual. Consequentemente, a dimensão de cada um desses fragmentos ℓ será 3. Fig. 8 – Segmento de recta dividido em três segmentos de igual comprimento. No segundo passo da construção da curva de Koch deve-se construir um triângulo equilátero tomando como base o segmento de recta do meio, eliminandoo seguidamente. Após tal, obter-se-á a seguinte figura: Fig. 9 – Construção do triângulo equilátero e posterior eliminação da base. 8 Como foi construído um triângulo equilátero, é necessariamente lógico que o ℓ comprimento dos dois novos segmentos de recta seja igual a 3. Verifica-se desse modo que após cada processo recursivo se obtém 4 segmentos de recta com um terço do comprimento do segmento de recta anterior. ℓ4 Pegando no exemplo, o comprimento da curva na figura 9 será de 3 . Constata-se assim que o comprimento da curva de Koch pode ser definido através de uma sucessão, mais propriamente uma progressão geométrica de razão 4 . 3 De modo a simplificar a escrita da sucessão, tomar-se-á ℓ como sendo igual a 1 e, assim, a sucessão poderá ser escrita da seguinte forma: 4 𝑈𝑛 = ( )𝑛−1 3 Poder-se-á verificar o comprimento da curva de Koch ao fim de n sucessões recorrendo ao cálculo do seu limite. O limite da sucessão apresentada pode ser observado de um modo intuitivo através da observação da representação gráfica da sucessão, ou através do cálculo analítico do seu limite. Em seguida ambos os métodos serão apresentados. A representação gráfica da sucessão pode ser observada na figura seguinte: 4 Fig. 10 – Representação gráfica de parte da progressão geométrica de razão 3. Através da simples observação da representação gráfica da sucessão, é possível deduzir que após n passos, o comprimento da curva de Koch terá tendência a aproximar-se do infinito. No entanto, a observação de um gráfico por si só não é suficiente, pelo que é requerido um cálculo do limite da sucessão. É possível deduzir que a sucessão tende para o infinito através de um teorema que diz que todas as progressões geométricas de razão superior a 1 e com termos positivos é um infinitamente grande positivo. Ora, um infinitamente grande positivo não é mais do que uma sucessão cujo limite é +∞. 9 4 A progressão geométrica tem razão ; 4/3 = 1, (3) e, portanto, superior a 1. A 3 progressão é crescente, e o seu primeiro termo é 1. Como obedece a todos os parâmetros referidos no teorema, deduz-se que a sucessão é um infinitamente grande positivo e que, portanto, ao fim de n ordens os termos tendem para +∞. Logo, conclui-se que 4 lim ( )𝑛−1 = + ∞ 𝑛→+∞ 3 Pode-se então finalizar que o comprimento da curva de Koch ao fim de n ordens é infinito. 10 4. A Curva do Floco de Neve A curva do floco de neve é uma outra curva feita com a curva de Koch. No entanto, inicia-se a construção de um fractal com um triângulo equilátero. Os lados do triângulo sofrerão o mesmo processo recursivo utilizado na construção da curva de Koch. Fig. 11 – A curva de floco de neve. É facilmente verificável que a curva de floco de neve é construída a partir de três curvas de Koch. Do mesmo modo que se calculou o limite do comprimento da curva de Koch, é também possível calcular, neste caso, o perímetro da curva de Koch, bem como a sua área. O cálculo do perímetro é igual ao cálculo do comprimento da curva de Koch. Supondo que se inicia a curva de floco de neve com um triângulo equilátero de 1 perímetro três, no final da primeira iteração obter-se-ia 12 lados, cada um com 3 de comprimento. De modo a determinar o perímetro da figura no final dessa iteração, ter-se-ia que calcular 12 × 1 =4 3 11 No final da segunda iteração, obter-se-ia 48 lados, cada qual com um 1 comprimento igual a 9. Neste caso, o perímetro seria: 48 × 1 16 = ≈ 5, (3) 9 3 É possível determinar a razão desta progressão calculando o quociente entre o termo 𝑛 + 1 e o termo 𝑛. Pegando nos cálculos anteriores, constata-se que 16 𝑛+1 16 4 = 3 = = 𝑛 4 12 3 Confirma-se então que a sucessão que permite calcular o perímetro da figura geométrica é a mesma que a sucessão que permite calcular o comprimento da curva de Koch ao fim de 𝑛 vezes. Como tal, o perímetro da curva floco de neve tende para +∞. Ao passo que não há qualquer área relacionada com a curva de Koch, é possível encontrar uma expressão que permita identificar para que valor tende a área da curva floco de neve. Inicialmente, a figura que se tem é um triângulo. Suponha-se novamente o triângulo equilátero de lado 1. Recorrendo ao teorema de Pitágoras, tem-se que a sua altura é 1 3 ℎ2 = 12 − ( )2 ⇔ ℎ = 2 2 Conhecendo a altura do triângulo, bem como o comprimento da sua base, temse que a sua área A pode ser calculada da seguinte forma: 3 1×( 2 ) 3 𝐴= ⇔𝐴= 2 4 Para calcular a área da figura após uma iteração, isto é, após a imagem se assemelhar com o representado na figura 12 Fig. 12 – “Segundo passo” da construção da curva floco de neve. 12 é necessário ter em consideração que à área do triângulo inicial se deve somar a área de três novos triângulos. 1 Sabe-se que os três novos triângulos são equiláteros e têm de lado 3, pelo que é possível calcular a sua altura para, finalmente, calcular a sua área. h 1 3 Fig. 13 – Representação de um dos triângulos obtidos após iteração. Através do Teorema de Pitágoras pode-se calcular a altura h do triângulo: 1 1 ℎ 2 = ( )2 − ( )2 ⇔ ℎ = 3 6 1 12 ⇔ℎ= 12 12 Uma vez mais, conhecendo a altura e a base do triângulo, é possível calcular a sua área. 1 12 × 12 12 3 𝐴= ⇔𝐴= 2 72 Atente-se agora na área do triângulo maior – à qual se irá chamar A1 – e à área de uma dos triângulos mais pequenos – A2. Calculando-se a razão entre as áreas, obtém-se que a área dos triângulos mais 1 pequenos é igual a 9 da área do triângulo maior que o precede; isto é 𝐴2 = 1 × 𝐴1 9 3 12 Através do exemplo anterior, em que A1 = 4 e A2 = 72 , pode-se calcular a razão através da seguinte equação, onde r representará a razão: 12 𝑟= 3 72 ⇔𝑟= 4 4 12 72 3 ⇔𝑟= 8 3 72 3 ⇔𝑟= 8 1 ⇔𝑟= 72 9 13 Conhecendo esta propriedade – o facto de os novos triângulos serem um nono daqueles que os precedem – permite construir uma sucessão das áreas da curva floco de neve, sendo a sucessão a seguinte: 1 1 𝑈𝑛 = 𝑥 + 3 × 4𝑛 −1 × ( )𝑛 𝑥 ⇔ 𝑈𝑛 = 𝑥(1 + 3 × 4𝑛 −1 × ( )𝑛 ) 9 9 Nesta sucessão, o x indica a área do triângulo com que se inicia a construção da curva; o 3 × 4n-1 representa o número de triângulos formados em cada iteração, sendo o 3 constante uma vez que na curva floco de neve existem sempre três curvas de Koch, às quais são sempre acrescentados quatro triângulos por cada 1 processo recursivo, como já foi anteriormente referido e o (9)𝑛 𝑥 representa a área desses triângulos, que serão sempre 1 9 dos triângulos que lhes precedem e, portanto, terão de área 1 9 elevado a tantas vezes quantas as iterações feitas do triângulo original. No entanto, como se torna complicado trabalhar com a expressão acima escrita, é possível simplificá-la: 1 1 1 𝑈𝑛 = 𝑥(1 + 3 × 4𝑛−1 × ( )𝑛 ) ⇔ 𝑈𝑛 = 𝑥(1 + 3 × 4𝑛 × × ( )𝑛 ) ⇔ 9 4 9 1 4 𝑛 ⇔ 𝑈𝑛 = 𝑥(1 + × ( ) ) 3 9 Sendo a sucessão anterior a sucessão das áreas dos polígonos, tem-se que, para calcular o valor para o qual tende a área dos polígonos, se deve calcular o limite da soma de todos os termos da sucessão. 4 Considere-se que a sucessão é uma progressão geométrica de razão 9, à qual se soma 1 e se multiplica pelo valor da área do triângulo inicial. Nesse caso, a soma de todos os termos da sucessão será: 4 𝑛 4 1 − (9)𝑛 1 1 − (9) 𝑆𝑛 = 𝑥 1 + × ⇔ 𝑆𝑛 = 𝑥 1 + 3 × 4 3 5 1−9 lim𝑛→∞ 𝑥 1 + 3 × 4 1−( )𝑛 9 5 ⇔ lim𝑛→∞ 𝑥 × lim𝑛→∞ 1 + lim𝑛→∞ 3 × ⇔ lim 𝑥 × 𝑛 →∞ 4 lim 𝑛 →∞ 1−lim 𝑛 →∞ ( )𝑛 9 lim 𝑛 →∞ 5 ⇔ lim𝑛→∞ 𝑥 × 1 + 3 × 1−0 5 8 5 14 Sabe-se que x é uma constante, uma vez que representa a área do triângulo a partir do qual se iniciou a sucessão e que, consequentemente, o seu limite será igual à constante. Pegando agora no exemplo com que se iniciou este capítulo – o triângulo 3 equilátero com uma unidade de lado -, tem-se que x = 4 . Assim, a área para a qual tende uma curva floco de neve que se inicia com um triângulo de lado 1 é 8 3 8 3 2 3 × = = 5 4 20 5 A partir dos cálculos utilizados para o cálculo da área da curva floco de neve com estas medidas específicas, é possível calcular a área para a qual tende qualquer curva floco de neve. Finalmente, conclui-se que, apesar do perímetro da curva floco de neve ser infinito, que esta delimita uma área finita. 15 5. Exemplos de Fractais Existem diversos fractais, sendo alguns deles conhecidos principalmente pela sua beleza e outros pela sua utilidade. Neste capítulo serão apresentados alguns dos fractais mais conhecidos, bem como as suas propriedades mais básicas, de um modo sintético. O triângulo de Sierpinski O triângulo de Sierpisnki é um fractal construído a partir de um triângulo. O processo da sua construção consiste em retirar um triângulo equilátero do centro de cada triângulo que se forma. É possível observar um triângulo de Sierpinski, bem como o processo que o origina, nas imagens seguintes: Fig. 13 – Triângulo de Sierpinski. Fig. 14 – Processo de construção do triângulo de Sierpinski. Este fractal apresenta as características de ser formado por um número infinito de pequenos triângulos e de ocupar uma área que tende para zero. 16 O Fractal de Cantor O fractal de Cantor é um fractal cujo processo de formação consiste na eliminação sucessiva de um terço central de um segmento de recta. Fig. 15 – Fractal de Cantor. Este fractal apresenta um comprimento que, no seu limite, tende para zero, mas tem também a característica de apresentar, no limite, uma quantidade infinita de pequenos segmentos de recta, dado que estes nunca são completamente removidos e são duplicados. 17 6. Conclusão Este trabalho foi introduzido com algumas informações sobre os fractais, relativamente à sua descoberta, desenvolvimento da geometria fractal e da sua utilidade para a Ciência. Este capítulo foi, provavelmente, o mais importante de todo este trabalho, uma vez que, sem utilizações de termos técnicos ou cálculos, se conseguiu, de um modo sintético, falar de uma área ainda pouco conhecida do público em geral da Matemática. Além do mais, a utilização dos fractais foi elucidada de um modo simples, mostrando como estes podem ser relacionados com tanta coisa, ainda que tal não pareça a quem olhe para um fractal pela primeira vez. Nos dois seguintes capítulos falou-se do tema central deste trabalho – a curva de Koch e a curva de floco de neve, feita a partir da anterior -, bem como algumas das suas propriedades. Finalmente, referiu-se a existência de mais dois fractais, bem como duas das suas propriedades, ainda que de um modo sintético. Espera-se, assim, ter conseguido atingir o objectivo deste trabalho: mostrar a importância desta área da Matemática, bem como explicar os processos recursivos que permitem o estudo da curva de Koch e curva de floco de neve. 18 7. 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