GRUPO DE ESTUDOS E APOIO À
ADOÇÃO SEMEANDO AMOR
COMARCA DE CAMPOS NOVOS
RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA
“ Os laços de sangue e os laços do amor são duas realidades
que nem sempre andam juntas. A adoção é uma das
possibilidades de fazer parte dessa fraternidade universal
que acolhe crianças que, por algum motivo, não puderam
ser criadas pelos pais que as geraram. Vínculos de carne e
de sangue podem ser os mais visíveis e fáceis de traçar nas
origens genealógicas. Mas que outras histórias, que outros
vínculos sutis, invisíveis, mais difíceis de traçar origens aos
nossos olhos limitados, também existem, e de modo tão
profundo e sólido? É desses CORDÕES LUMINOSOS que
nos falam as histórias das adoções...” Maria Tereza
Maldonado – Boletim Terra dos Homens.
Porquê surgiu o Grupo de Estudos e
Apoio à Adoção de Campos Novos:
- desconhecimento dos dispositivos legais;
- estigma de morosidade nos processos;
- a motivação e o preparo dos adotantes determinam o
sucesso de uma adoção.
A formação de um grupo acenava para
possibilidades:
algumas
- incentivar e estimular a participação comunitária;
- possibilitar maior acesso às informações;
- melhor preparação dos pretendentes à adoção;
- construir um espaço de discussão junto à
comunidade.
Início dos trabalhos:
- composição de uma comissão;
- compromisso de um grupo de pessoas para ver
garantido o direito de crianças e adolescentes de viver e
se desenvolver numa
família e
a adoção ser
reconhecida como uma outra maneira de formar
família, com igual valor legal, social e afetivo.
Como diz Fernando Freire “ À ética da adoção está na
defesa do direito da criança a ter uma família. Do
abandono à adoção, precisamos integrar esses dois
mundos, tornando próximo o que é distante, familiar o que
é estranho. A adoção realiza esse sonho. No micro-universo
familiar daqueles que transformaram crianças em filhos” .
- da comissão à fundação do grupo foram realizadas dez
reuniões;
- Assembléia Geral de Fundação, Eleição e Posse da
Diretoria do Grupo de Estudos e Apoio a Adoção
Semeando Amor, composta por uma Diretoria, Conselho
Deliberativo e Conselho Fiscal;
- o grupo se constitui num apoio ao trabalho
desenvolvido pelo Judiciário e, doutra forma, o apoio do
Judiciário assegura credibilidade e assessoria técnica,
contribuindo para construção de uma nova cultura de
adoção.
O que é:
- o grupo de Estudos e Apoio à Adoção
Semeando Amor é uma sociedade civil sem fins
lucrativos, formado por pretendentes à adoção, pais
adotivos, técnicos e voluntários que se colocam a
disposição da comunidade interessada em adoção.
Objetivos do grupo:
- contribuir no trabalho de orientação e educação
da comunidade;
- auxiliar na construção de uma nova cultura de
adoção;
- estimular a adoção de crianças maiores, interracial, de
grupos de irmãos e de portadores de
necessidades especiais;
- funcionar como órgão voluntário auxiliar do
Juizado da Infância e Juventude;
Metas do grupo:
- desenvolver e incentivar estudos, pesquisas, debates
sobre a convivência familiar e comunitária;
- promover palestras, eventos sobre adoção;
- estimular a implantação de projetos de apoio à
diferentes alternativas de convivência familiar;
Como participar do Grupo:
- juntando-se a nossa equipe;
- divulgando a idéia da adoção;
- encaminhando pessoas interessadas em adotar ao
Juizado da Infância e da Juventude;
- tornando-se pais por adoção;
- lutando pelos direitos das crianças e adolescentes;
Direitos Assegurados à Criança e ao Adolescente:
- convivência familiar e comunitária;
- o ECA ressaltou a importância da vida em família,
prioritariamente na natural e excepcionalmente em substituta;
- esforço conjunto do Poder Judiciário, dos Grupos de
Estudos e Apoio à Adoção e da Sociedade para ver garantido o
direito a convivência familiar;
- não ignora a Lei, que a família de origem deve ser dado
o apoio necessário para sobreviver com dignidade;
- na impossibilidade da família biológica assumir a
criação dos seus filhos, a adoção se constitui num dos recursos,
certamente mais completo, de proteção às crianças e
adolescentes.
- Como dizem os pais adotivos Hubert e Monique
Calloud “A Adoção não é uma garantia de felicidade,
nem um risco de infelicidade. Ela é uma das formas de
abordar a criação de um grupo familiar, no seio do
qual ocorrerão os mesmos problemas enfrentados por
todos os pais e todos os filhos”.
Rede de Apoio a integração ou reintegração familiar
- criar uma rede de apoio requer ação conjunta de
pais, pretendentes à adoção, técnicos e outros setores
organizados da sociedade;
- a atenção à família através de políticas públicas é
um dos fatores condicionantes das transformações às quais
a sociedade aspira
e um dos eixos fundamentais da
política para a criança e o adolescente.
O Instituto da Adoção:
- o Instituto da adoção não
responsabilidade única do estado;
poder
ser
considerado
- os grupos de estudos e apoio à adoção possuem potencial
transformador;
- a criança não pode esperar. É exatamente AGORA, para ela
não podemos responder AMANHÃ, seu nome é HOJE;
- trabalhar pela
determinação.
infância
exige
ética,
compromisso
e
Nossas homenagens às famílias que vivenciam a adoção e que
assumiram este compromisso. Cabe ressaltar as experiências
positivas das adoções realizadas com êxito, dos relatos positivos,
que nos enriquecem e nos impulsionam para novas descobertas.
A verdadeira adoção só se concretiza na vida das pessoas,
quando atende a dois interesses fundamentais: do afeto e do
direito.
É o afeto dedicado a uma criança que faz dela um filho e
constrói em nós a postura de pais.
“As crianças não podem esperar nos orfanatos até que os
libertadores tenham acabado com a opressão. Elas têm direitos,
e só direitos. O importante na adoção é o encontro de duas
necessidades: de um lado, um ser humano que precisa de afeto,
de carinho, de ternura para crescer harmoniosamente e , de
outro lado, pais que querem abrir seu coração e seu lar para um
filho. Afinal, somos todos um pouco órfãos no mundo
contemporâneo, cheio de conflitos, de competição, onde o
diálogo, o encontro, a fantasia, o Eros e Poesia sumiram. São
estes valores que fazem a verdadeira vida da criança e do
adulto”. Domenico Costela, citado no Livro Filhos da Solidão:
institucionalização, abandono e adoção das psicólogas Lucia
Kossobudski e Lidia Weber.
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Os trabalhos do grupo - (Rosely K. Thibes