POTÊNCIA
Se uma força externa é aplicada num corpo, e se o trabalho feito por essa força for W
no intervalo de tempo t, então a potência média durante esse intervalo de tempo é
definida como
W
P
t
A potência instantânea P num instante particular é o valor
limite da potência média quando t aproxima-se de zero
Unidade de P no SI:
W dW
P  lim

J/s = watt (W)
t 0
t
dt

dW  dr
 o segundo termo é a velocidade e
P
F
dt
dt


P F v
Unidade de potência HP
criada por Watt para fazer
o marketing de sua
máquina numa sociedade
fortemente dependente do
(e acostumada ao)
trabalho realizado por
cavalos.
1a motivação: retirada da
água das minas de
carvão.
A unidade no sistema inglês é o cavalo-vapor: 1 HP = 760 W
Uma nova unidade de energia pode agora ser definida em termos da unidade de potência:
Um quilowatt-hora é a energia transferida numa hora à taxa constante de 1 kW:
1 kWh  (103 W)(3600s)  3.6 106 J
Exemplo :
100 m RASOS X MARATONA: TRABALHO E POTÊNCIA
Trabalho realizado sobre o corredor de 100 m rasos: 2,1 x 104 J
Trabalho realizado sobre maratonista (42 142 m): 5,9 x 106J
P. A. Willems et al, The Journal of Experimental Biology 198, 379 (1995)
Potência do corredor de 100 m rasos:
Potência do corredor de maratona:
2,110 4 J
P100 
 2100 W
10s
5,910 6 J
Pmar 
 816 W
26060s
ENERGIA POTENCIAL
A energia potencial U é uma forma de energia que pode ser associada com a
configuração (ou arranjo) de um sistema de dois ou mais corpos, que exercem forças
uns sobre os outros.
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL
Consideramos que um estudante levanta um livro de massa m de uma altura inicial
acima do solo, até a uma altura final y 2
y1
O trabalho feito pelo estudante sobre o
sistema livro e Terra é
 


W  F  d  (mg e y )  [( y 2  y1 )e y ]
mgy2
 mgy2  mgy1
O trabalho apresenta uma transferência de
energia para o sistema e que agora aparece na
forma de energia potencial gravitacional
y2
Definimos a grandeza
mgy
como a energia potencial gravitacional U g
mgy1
U g mgy
y1
solo
A unidade da energia potencial
gravitacional no SI é o joule (J)
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL
Força gravitacional:
r


GMm 
F  mg   2 u
r
onde G é a constante gravitacional universal
r
  r
U ( r ) U ( r0 )   F  ds   F ds  F ( r ) dr , pois ds  dr
r
r0
r
GMm
  2 dr
r
r0
Tomando a configuração de referência
r

ds
No SI G  6.671011 Nm2 / kg2
r
r0

F
U (r0  ) 0 :

GMm
GMm
U (r )   2 dr  
 mgr
r
r


CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA
A introdução da energia potencial nos permite gerar um princípio poderoso e aplicável
universalmente para a resolução de problemas que são difíceis de resolver utilizando as
leis de Newton
Do exemplo anterior  após termos levantado o livro, se agora soltarmos o livro ele
estará sob a influência somente da força gravitacional
Quando o livro cai de y 2 para y 1 , o
trabalho feito pela força gravitacional é
mgy2
Wsobre o livro
 


 Fg  d  (mg e y )  [( y1  y 2 )e y ]
 mgy2  mgy1
y2
Pelo teorema do trabalho e da energia
cinética, o trabalho feito sobre o livro é
Wsobre o livro  K livro 
mgy1
y1
solo
K livro  mgy 2  mgy1
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA
Para o sistema livro-Terra descrito anteriormente, a Terra desloca-se tão lentamente
que praticamente a sua velocidade é nula e a energia cinética do sistema,
é
devido unicamente à energia cinética do livro
K
K livro  K Terra  K  K livro  K
assim
K livro  K  mgy 2  mgy1  (mgy1  mgy 2 )
Agora o nossa energia gravitacional final é
inicial é mgy2  U i
mgy1  U f e a energia gravitacional
Comparando com o sistema livro-Terra  que foi onde definimos a energia potencial
gravitacional
então
(mgy1  mgy2 )  (U f  U i )  U g
K  U g
 escrevemos a equação na forma 
( K f  K i )  (U f  U i )  0

K f  U f  Ki  U i
K  U g  0
ou
(1)
Definimos a soma das energias potencial e cinética como ENERGIA MECÂNICA
Emec  K  U g
Assim a equação (1) é uma formulação da CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA
FORÇA ELÁSTICA
Um sistema físico no qual a força varia com a posição  um bloco ligado à uma mola

Faplicada  0

Fmola

Faplicada  0
Fmola  F ( x)  kx
 Lei de Hook  lei de força para as molas
k é uma constante de força (ou constante elástica)
Fmola 
força restauradora 
o sinal negativo significa que a força exercida pela mola tem sempre direcção oposta
ao deslocamento
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA
Aplicando
W  U
x
x
x0
0
para o sistema bloco-mola
W   F ( x)dx   F ( x)dx  U  [U ( x)  U (0)]  U ( x)
A configuração de referência é x0= 0 e
Substituindo a força elástica
U (0)  0
F ( x)  kx
x
x
 U ( x)    (kx)dx

0

U ( x) 
1 2
kx
2
na integral
U ( x)  k  xdx 
0
1 2
kx
2
é a energia potencial elástica
A energia mecânica para o sistema bloco-mola
Emec  K  U ( x)  constante
ou
1
1
2
2
Emec  m vbloco  m xmola
 constante
2
2
FORÇA CONSERVATIVA
Forças conservativas  forças para as quais a energia mecânica é conservada
O trabalho feito por uma força conservativa não depende da trajectória, depende
apenas das configurações inicial e final
Exemplos de forças conservativas
• Força gravitacional
• Força elástica
• Força unidimensional que só dependa da posição: F(x)
Conhecendo a energia potencial podemos determinar a força (força conservativa)
  

dW  F  dr  F  dx e x  Fx dx  dU
Fx  

dU
dx
Exemplo: Para um corpo localizado numa distância y acima de algum ponto de
referência, a função energia potencial gravitacional é dada por U g  mgy
Determinamos a força
Fy  
dU g
dy

d
(mgy)  mg
dy
que é a expressão correcta para a força gravitacional
FORÇAS NÃO-CONSERVATIVAS
Forças não-conservativas  O trabalho feito por uma força não-conservativa depende
da trajectória
Exemplos de forças não-conservativas: Força de atrito e Força de arraste
Exemplo 1


Watrito( A  B)   Fatrito  ds   Fatrito LAB 
Watr  A  B  C  f atr  ds   f atr LA B
C
reta
  c mgd

 c mg d / 2 semi-círculo
Nesse caso, não é possível definir uma energia potencial porque o
trabalho da força de atrito depende da trajetória descrita pelo corpo
Exemplo 2:
O bloco de massa m é solto de x = d. Qual é a velocidade do bloco em x = 0?
1 2

K  mv  0 

2
  K  U
1
U  0  kd 2 

2
a) Sem atrito

F
d
1 2 1 2
k
mv  kd  v 
d
2
2
m
x=0
b) Com atrito

F
d
x=0
E  K  U  Watr   c mgd

N

fa


P  mg
1 2 1 2
mv  kd  c mgd
2
2
kd 2
v
 2c gd
m
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Diapositivo 1