Asma na Sala de Emergência Dr. Pierre d’Almeida Telles Filho A maioria das exacerbações se resolve em 2 horas Apenas 6-13% dos pacientes requerem hospitalização A internação em UTI é rara 33% requerem ventilação assistida Mortalidade na UTI ~8% Disfunção de cordas vocais Exacerbação de DPOC Obstrução de Via Aérea Central - lesões endobrônquicas - corpo estranho Edema Pulmonar Cardiogênico Pneumonia Embolia Pulmonar Piora Progressiva: Dispnéia Tosse Sibilância Opressão no peito Freqüência respiratória Pulso Nível de consciência Cianose Pulso paradoxal Rebuck AS, Read J. Am J Med 1974;51:788-98 Hospitalização ou atendimento em emergência nos últimos 30 dias Utilização > 2 tubos de spray de ß2-agonistas de curta duração de por mês Fazer uso de três ou mais categorias de drogas antiasmáticas Emprego de corticóides por via sistêmica ou sua interrupção recente Baixo nível socioeconômico e precárias condições de habitação urbana Moderada Aumento da sibilância e dispnéia de forma rápida e progressiva PFE > 50% do teórico ou melhor valor Sem sinais de asma aguda severa Severa PFE 30-50% do teórico ou melhor valor Freqüência respiratória > de 25-30 irpm Freqüência cardíaca persistentemente > 110 bpm Incapacidade de completar uma frase em uma respiração ou levantar-se de uma cadeira ou do leito Risco Iminente de Vida PFE < 30% do teórico ou melhor valor SpO2 < 92 % PaO2 < 8 kPa (60 mm Hg) PaCO2 ≥ 6 kPa (45 mm Hg) Tórax silencioso Cianose Confusão ou coma Asma Quase-fatal Hipotensão arterial Bradicardia Elevação PaCO2/ou necessidade de ventilação mecânica com elevação da pressão de inflação Nowak DM et al. Jama 1983;249:2043-6 A avaliação da gravidade - VEF1 ou PFE Pacientes cujos sintomas persistam após as medidas iniciais de tratamento devem ser internados Evidências atuais NÃO aprovam o uso de aminofilina e ß2-agonistas por via venosa no tratamento da asma aguda Monitoramento não-invasivo da Saturação Arterial de Oxigênio (SpO2) Monitoramento do Pico de Fluxo Expiratório (PFE) Oxigenioterapia Broncodilatação Corticóide Sistêmico OXIGENIOTERAPIA Manutenção da Saturação de Oxigênio (SaO2) em ≥ 92% Gravidez e Cardiopatias ≥ 95% Crianças ≥ 95% BROCODILATAÇÃO BETA-AGONISTAS Induzir a estimulação máxima dos receptores ß2 com poucos efeitos colaterais BROCODILATAÇÃO BETA-AGONISTAS – ALTAS DOSES Aumento da freqüência respiratória com baixo volume corrente Fluxos variáveis Má dispersão periférica Redução de 41% na biodisponibilidade do salbutamol Dolovich M, Eng P, Ruffin R et al. Chest 1983; 84:36 Lipworth BJ, Clarck DJ. Thorax 1997; 52:1036 BROCODILATAÇÃO ß2-AGONISTAS Doses de 2,5 a 5 mg (0,5-1 ml) em 2,5 ml de SF, através de nebulizações com fluxo elevado de oxigênio (8 l/min) a cada 20 minutos por uma hora ou continuamente nas primeiras 2 a 4 h e posteriormente a intervalos de 2 h, nos pacientes muito graves. Newhouse MT et al. Chest 1996;110:595-603 BROCODILATAÇÃO ANTICOLINERGICOS Brometo de Ipratrópio 0,5 mg para adultos - 4-6 h 0,25 mg para crianças – 4-6 h VEF1 (litros) Tempo (minutos) Bryant DH. Chest 1985;88:24-29 CORTICÓIDES Hidrocortisona – 100 mg IV 6/6 h Prednisona – 40-60 mg VO Metilprednisolona – 125 mg IV - 120-180 mg em 3-4 doses por 48h Fluticasona 4.000 µg.dia-1 Manser R, Reid D, Abramson M. Cochrane Database Syst Rev 2002;2:1-29 Belda J et al. Eur Respir J 2007; 30:1143-1149 MgSO4 – 1,2 - 2g diluídos em 100 ml de Soro Fisiológico 0,9%, EV em 30 min 50 45 40 VEF1 (% teórico) 35 30 25 20 15 Magnesium 10 Placebo 5 0 0 30 60 120 150 Tempo (minutos) 180 210 240 Bloch et al. Chest 1995. 107: 1576-1581 Ventilação Não-Invasiva CPAP ou BiPAP Para pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento, para os que evoluem para fadiga (p.ex. elevação da PaCO2) e não necessitam de entubação imediata. Alerta e cooperativo Não necessita de proteção de vias aéreas para o manejo de secreções Hemodinâmica estável Meduri et al. Chest 1996;110:767-774 Soroksky et al. Chest 2003;123:1018-1025 BiPAP Benefícios: Diminui o trabalho respiratório (e a produção de CO2) Reduz a pressão inspiratória negativa intrapleural minimizando os potenciais efeitos hemodinâmicos Broncodilatação com redução da Rva Problemas: Desconforto da máscara e da pressão Requer atenção de pessoal especializado CPAP ou BiPAP NÃO RECOMENDADO POR FALTA DE EVIDÊNCIAS Ram FSF, Wellington SR, Rowe B, Wedzicha JA. Non-invasive positive pressure ventilation for treatment of respiratory failure due to severe acute exacerbations of asthma. Cochrane Database of Systematic Reviews 2005, Issue 3. Art. No.: CD004360. DOI: 10.1002/14651858.CD004360.pub3. Oxigênioterapia Avaliação PFE Nebulização Reavaliação do PFE 15-30 min PFE > 75% REAVALIAR 30-60 min Clinicamente Clinicamente Estável Estável ALTA Oxigênioterapia Avaliação Não fala, inconsciente Impossibilitado de fazer PFE RISCO DE VIDA Nebulização contínua Proteção Vias Aéreas Hidrocortisona IV Sulfato Magnésio IV INTERNAR NA UTI Clinicamente Clinicamente Estável Estável ALTA Oxigênioterapia Avaliação PFE Nebulização RISCO DE VIDA Nebulização contínua Proteção Vias Aéreas Hidrocortisona IV Sulfato Magnésio IV INTERNAR NA UTI Reavaliação do PFE 15-30 min PFE < 30% Clinicamente Instável Clinicamente Clinicamente Estável Estável ALTA Oxigênioterapia Avaliação PFE Nebulização Reavaliação do PFE 15-30 min ALTA PFE 50-75% Nebulização e Prednisona oral PFE Clinicamente 50-75% 60 Estável min Observar SpO2, Pulso, irpm PFE > 50% Paciente Estável 120 min Oxigênioterapia Avaliação FiO2 > 60% Nebulização β2-agonista + Ipatrópio Prednisona 40-60 mg oral ou Hidrocortisona 50 mg IV Sulfato de Magnésio IV PFE Nebulização Reavaliação do PFE 15-30 min INTERNAR PFE 50-75% Nebulização e Prednisona oral Clinicamente PFE 50-75% 60 Estável min Observar SpO2, Pulso, irpm PFE < 50% Sinais Asma Severa 120 min