Economia Pública Aula 7 b) 4.2 As contas do SPA e das AP 4.2.1 A conta do SPA (C.P.) 4.2.2 Os saldos orçamentais 4.2.3 Enquadramento, consolidação das contas e subvenções inter-governamentais UMA 1 Bibliografia Livro EFP cap. 11, 2ª ed. 356-365 1ª edição p. 348-357 Livro EFP:TP cap. 11 (Resumo), exercicio sobre finanças regionais e Anexo Estatístico. UMA 2 Conceitos a reter Saldo global (ou efectivo) Saldo corrente e de capital Saldo primário Conta das Administrações Públicas Valores consolidados e não consolidados Saldos de cada subsector “Regra de ouro” das Finanças Públicas UMA 3 As Contas e os Saldos das Administrações Públicas Conhecer as contas dos subsectores é necessário para uma boa gestão das finanças públicas. Pacto de Estabilidade e Crescimento (cap. 6) estabelece limites ao défice das administrações públicas. O que é o défice público ou excedente orçamental? É o Saldo global do conjunto das administrações públicas (contab. Nacional) Nota: Vamos analisar em contab. pública. UMA 4 Saldos importantes (corrente e de capital) Saldo corrente, Saldo de capital Receitas correntes - Despesas correntes Receitas de capital - Despesas de capital Significado: Relaciona tipos de receitas e despesas (classif. Económica) “Regra de ouro” das finanças públicas: saldo corrente deve ser superavitário (ou seja não devem ser pagas despesas correntes com receitas de capital). UMA 5 Saldos importantes (saldo global) Saldo global ou efectivo das AP Receitas efectivas - Despesas efectivas, para o total dos subsectores (não financeiro) (Se +): superavit, excedente ou capacidade de financiamento. (Se -): défice ou necessidade de financiamento Em % do PIB, é o critério orçamental mais importante do PEC (limite dos 3%). Significado: É o saldo mais importante pois indica a necessidade de recorrer ao endividamento (défice) ou a capacidade de diminuir o endividamento (superavit). UMA 6 Saldos importantes (saldo primário) Saldo primário: Receitas efectivas (correntes+capital) Despesas primárias Despesas primárias: (Despesas correntes – juros da dívida pública)+ despesas de capital SIGNIFICADO: Esclarece o que seria o saldo se não houvesse dívida pública (logo juros). NOTA: Os juros fazem parte da despesa corrente. UMA 7 Transferências entre sub-sectores das AP Valores consolidados e não consolidados Só se pode fazer esta análise na óptica da CP Valores não consolidados Valores consolidados: Incluem transferências entre sub-sectores Líquidos de transferências inter-sectoriais Exemplo: Quadro 11.4 (óptica da CP) Valores não consolidados: Linha 1 – Receitas totais das AP menores que o somatório das receitas dos sub-sectores UMA 8 A consolidação das receitas (CP 2005) 1. RECEITAS CORRENTES (das quais transf. de outros subsectores) Receitas correntes líquidas de transferências (% receitas totais consolidadas) Estado SFA ARL SS 32750 19333,8 6437,2 17558,8 551,3 8834,1 1729,8 4614 32198,7 10499,7 4707,4 12944,8 53,4% 17,4% 7,8% 21,4% Total Cons. 60350,6 Quadro 11.6 do livro, pg. 353 UMA 9 A consolidação das receitas O Estado é o grande arrecadador de receitas (53,4%). Os outros sub-sectores recebem elevados montantes de transferências do Estado (Nos FSA é 43,5%). Retirando o valor destas transferências (consolidando) tem-se o valor das receitas que vêm de fora do SPA. UMA 10 A consolidação das despesas (CP 2005) Admin. Regional e Local Administração Central Estado DESPESAS CORRENTES (transf. para outros subsectores) DESPESAS CORRENTES (Consolidadas) DESPESAS CORRENTES (consolidadas) % FSA Segurança Social 35125,8 18864,4 5561,1 17409,7 14045,6 593,2 26,7 1063,9 21080,2 18271,2 5534,4 16345,8 36,90% 30,30% 8,30% 24,50% TOTAL Admin. Públ. 61231,6 Quadro 11.7 do livro, pg. 354 UMA 11 Transferências entre sub-sectores das AP Valores consolidados Para uma análise “horizontal”, da globalidade das AP deverão ser utilizados em geral valores consolidados: Qual a percentagem de receitas correntes de cada subsector no total das receitas? Qual a proporção de despesas correntes no total das despesas? UMA 12 Transferências entre sub-sectores das AP Valores não consolidados Valores não consolidados: Servem para fazer uma análise de cada subsector. Reflectem as receitas efectivas e despesas efectivas de cada sub-sector. Permitem uma análise “vertical” da estrutura de receitas e despesas em cada sub-sector. UMA 13 Despesas não consolidadas de cada sub-sector (CP 2005) Administração Central Estado DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL DESPESA TOTAL FSA Admin. Reg. e Local Segurança TOTAL Admin. Social Públ. (consolidado) 35125,8 18864,4 5561,1 17409,7 61231,7 90,4% 88,8% 59,4% 99,3% 89,0% 3722,5 2367,8 3804,7 115,4 7568,3 9,6% 11,2% 40,6% 0,7% 11,0% 38848,3 21232,2 9365,8 17525,1 68800 UMA 14 Receitas correntes e de capital não consolidadas A partir do Quadro 11.5 da pag. 352 calcule a estrutura das receitas correntes e de capital não consolidadas para dois sub-sectores. Que pode concluir? UMA 15 Receitas Correntes e de capital (não consolidadas) do Estado e FSA CP 2005 CP (20095) 1. RECEITAS CORRENTES Estado (%) Estado 32750 FSA FSA (%) 95,3% 19333,8 88,3% 1.1. Impostos directos 11249 32,7% 7,8 0,0% 1.2. Impostos indirectos 18594 54,1% 251,9 1,2% 100 0,3% 5703,3 26,1% 2807 8,2% 13370,8 61,1% 551,3 1,6% 8834,1 40,4% 1612,9 32,2 34362,9 4,7% 0,1% 100,0% 2556,8 703,2 21890,6 11,7% 3,2% 100,0% 1.3 Contribuições de segurança social 1.4. Outras receitas correntes (das quais: transf. de outros subsectores) 4.RECEITAS DE CAPITAL (das quais:transf. de outros subsectores) RECEITA TOTAL Os FSA recebem 43,6% de transferências de outros subsectores, de onde vem? UMA 16 Receitas Correntes e de capital (não consolidadas) do Estado e FSA CP 2006 As transferências do Subsector Estado para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores (com a nova Lei de Finanças Regionais), passaram algumas delas a discriminar as regiões em função do seu PIB per capita, recebendo os Açores mais do que a Madeira. (ver exercício em EFP:TP) A partir do Anexo Estatístico do Livro EFP:TP verificar a importância das receitas de transferências quer na Administração Regional quer Local. UMA 17 Despesas correntes não consolidadas (CP 2005) 2 DESPESAS CORRENTES 35125,8 18864,4 5561,1 17409,7 61231,7 2.1. Consumo Publico 14067,2 9407,4 4799,9 505,9 28780,4 2.2. Subsídios 640,1 1842,1 134,7 380,4 2997,4 2.3. Juros e outros encargos 4117,8 44,8 156,6 10,3 4329,5 2.4. Transferências Correntes 16300,7 7570,1 469,8 16513,1 25124,4 14045,6 593,2 26,7 1063,9 (das quais:transf. p/ outros subsectores) UMA 18 Despesas correntes (não consolidadas) Repare-se: 1. A importância do consumo público (onde estão os vencimentos) 2. Que as transferências para outros subsectores na coluna referente ao Estado, vão constituir as receitas de transferências de outros sub-sectores 3. Que os juros da dívida, fazem parte da despesa corrente do Estado. UMA 19