1. Acabar com a fome e a miséria 2. Educação de qualidade para todos 3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher 4. Reduzir a mortalidade infantil 5. Melhorar a saúde das gestantes 6. Combater a Aids, a malária e outras doenças 7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente 8. Todos trabalhando pelo desenvolvimento 4. REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL Em nosso país muitas crianças morrem antes de completar o primeiro ano de vida. Causas: • desnutrição, • não acompanhamento pré-natal • Problemas no parto Melhorar a saúde materna ajuda a reduzir a mortalidade infantil. MORTALIDADE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA: 27,8 para cada 1000 5. MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES Em nosso país muitas mães morrem no parto ou logo após. Causas: • assistência médica inadequada, • falta de informação das mães no pré-natal • desnutrição materna A morte materna desestabiliza toda uma geração. MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: 2,6 para cada 1000 MORTE MATERNA morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causa acidentais ou incidentais Mortes obstétricas diretas: eclâmpsia, atonia uterina Mortes obstétricas indiretas: cardiopatias Mortalidade Materna No ano 2000, estima-se que ocorreram: 529.000 mortes maternas ‘The World Health Report 2005’ Secessão Vietnã Golfo Iraque 529.000 (4 anos) 1 milhão (15 anos) 100.000 15.000 Folha de São Paulo, 2004 Mortalidade Materna Número de mortes maternas, 2000 RMM* Nº 20 2.500 (0,5%) África Ásia América Latina e Caribe 830 330 190 251.000 (47%) Oceania 240 530 (0,1%) Regiões desenvolvidas (Europa, Canadá, EUA, Japão, Austrália e Nova Zelândia)** Regiões em desenvolvimento 253.000 (48%) 22.000 (4%) * RMM = Razão de Mortalidade Materna (mortes maternas/100.000 n.v.) ** os países foram excluídos de suas respectivas regiões ‘Maternal Mortality in 2000’, OMS, UNICEF, UNFPA (United Nations Population Fund), 2004 Mortalidade Materna Principais causas de mortes em mulheres em idade fértil de 10-49 anos de idade (N=7.332) Mortalidade Materna Estados Unidos – 77% no puerpério Tromboembolismo Hemorragias Hipertensão arterial (20%) (17%) (16%) CDC - MMWR, 2003 Índia – 88% no puerpério Hipertensão arterial Hemorragias Infecção puerperal (49%) (18%) ( 7%) Biswas et al., 2004 Mortalidade Materna Norte do Brasil – 74% no puerpério Hipertensão arterial Hemorragias Cardiopatias (22%) (17%) (17%) Tanaka e Mitsuiki, 1999 Paraná – 83% no puerpério Hipertensão arterial Hemorragias Infecção puerperal (20%) (17%) ( 8%) CMMEPR - 2005 Principais causas de morte materna por grupo de causa no Brasil Mortalidade Materna Município de São Paulo RMM por ano 1997 61 1998 58 1999 59 2000 55 2001 55 RMM causas diretas 28 33 34 31 31 RMM causas indiretas 34 25 25 24 24 RMM Comitê de Mortalidade Materna P.M.S.P. (2001) Mortalidade Materna Município de São Paulo 75% no puerpério Hipertensão arterial Hemorragias Complicações do aborto Cardiopatias Infecção puerperal 25% 17% 9% 8% 8% 72% 93% 33% 60% 100% CMMMSP - 2005 Mortalidade Materna Identificação do Problema Síndromes Hipertensivas 25% das Mortes Maternas 83 % no Serviço Público 72 % no Puerpério 71% DHEG e Eclâmpsia 29% HAC CMMMSP - 2005 Mortalidade Materna Principais causas de óbito nas síndromes hipertensivas AVC 46% EAP 33% CIVD 15% Outras 6% CMMMSP - 2005 Mortalidade Materna Principais complicações clínicas associadas ao óbito materno em 221 casos de eclâmpsia (1974 – 1983) 33 óbitos Principais complicações clínica n(%) Insuficiência respiratória Edema agudo de pulmão Acidente vascular cerebral Coagulopatia 27 (82%) 07 (21%) 07 (21%) 03 ( 9%) Clínica Obstétrica HC FMUSP, 1985 Mortalidade Materna Óbitos em pacientes com eclâmpsia (Clínica Obstétrica HC FMUSP 1973 – 2004) 250 221 200 144 150 100 94 33 (14,9%) 50 3 (2,1%) Total Morte materna 0 0 1973-1983 1984-1993 1994-2004 Principal causa de óbito materno: insuficiência respiratória (82%) Zugaib et al, 2005 Mortalidade Materna Síndromes hipertensivas Prevenção = Prudência Reduzir a pressão arterial + Prevenir convulsões + Evitar iatrogenias Mortalidade Materna Principais iatrogenias Sulfatação inadequada Infusão de líquidos Negligenciar o puerpério Negligenciar a CIVD Mortalidade Materna Identificação do Problema Síndromes Hemorrágicas 17% das Mortes Maternas CMMMSP - 2005 Mortalidade Materna Síndromes hemorrágicas Prevenção = Diagnosticar Ultrassonografia + Banco de sangue + Condições cirúrgicas Mortalidade Materna Identificação do Problema Aborto Infecção puerperal 16% das Mortes Maternas CMMMSP - 2005 Mortalidade Materna Abortamento Prevenção = Educar Planejamento familiar Mortalidade Materna Infecção puerperal Prevenção = evitar cesárea Evitar cesárea desnecessária + Antibiótico terapia + Agir precocemente Responsabilidade Administração Alocação de Pública recursos Instituiçãop/ Equipar-se Hospitalar atendimento Aprimorar Médico conhecimentos Paciente e Conscientização Família do tratamento Controle Sociedade social Morte materna: como evitá-la Gestor estadual 1. Efetivar Serviço de Medicina Materno-fetal 2. Criar as casa da gestante de Alto-risco (CGAR) 3. Criar protocolos de condutas específicos de obstetrícia para o estado, 4. Incluindo conduta para seguir no pré-natal de baixo risco 5. Curso para capacitação para equipe de UBS e PSF 6. Criação urgente de Residência no Estado para formar médicos de família 7. Criar um plantão controlador específico para gestantes Rede contra mortalidade Materno perinatal 8. Descentralizar comitês de obíto materno e infantil Comitê de óbito materno Comitê de óbito infantil Morte materna: como evitá-la Gestor municipal 1. Pré-natal adequado de gestantes de baixo risco Ex. laboratoriais (urocultura, triagem para diabetes) Datação adequada da gestação (RCF, pós-data) 2. Dx de situações de risco e encaminhamento para Centros terciários Convênios com Hospitais Universitários 3. Intercâmbio com o plantão controlador Evitar transferência sem contato prévio 4. Implantar Partograma em todas unidades de parto do estado e capacitação para sua utilização (linha de alerta e ação). 5. Consulta pós-natal 6. Unidade de Planejamento Familiar efetiva (BENFAM) Mortalidade Materna O saudável futuro da sociedade depende da saúde das crianças de hoje e de suas mães, que são as guardiãs desse futuro. ‘The World Health Report 2005’, OMS, 2005 O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria. Como há muitas Marias, fiquei sendo o da FINADA Maria. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa do descaso e da falta de enfermarias. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da FINADA Maria cuja morte ocorreu APÓS o PARTO por falta de enfermaria, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino, filhos de tantas FINADAS Marias, que ocorreram APÓS O PARTO, por falta das mesmas enfermarias, Morte e vida Severina João Cabra de Melo Neto vivendo na mesma serra, magra e ossuda em que eu vivia. Enfim, somos muitos Severinos, iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande pela restrição intra-uterina, no mesmo ventre crescido, sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta pela anemia que ora reina. E se somos Severinos, iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte Severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida ou MULHER APÓS PARIR)...