Liziani Scheffer Evaldt [email protected] *Trabalho apresentado a Interdisciplina Questões Etnicos-raciais na Educação: Sociologia e História do curso de Pedagogia à distância, da UFRGS, ministrada pelo professor Nilton Mullet Pereira, 2009/1. “O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de pequenas e grandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não executamos essas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”. Carlos Drummond de Andrade Desde que nasci todas as pessoas que vinham me visitar já me atribuíam características herdadas de meus familiares. A pessoa que está comigo é minha prima paterna: Ginês Evaldt. Minha mãe conta que admirava muito a cor de seus olhos, e que quando nasci todos falavam que eu tinha os olhos idênticos aos dela (da mesma cor). Na medida em eu que crescia, construía minha personalidade, que muito tem a ver com as pessoas de minha família... Apresentarei a seguir algumas das pessoas com quem me identifico, seja fisicamente ou psicologicamente. Esta é minha tataravó materna, a vovó Imbilina, como todos a chamavam... Assim como ela, tenho os dedos das mãos compridos e finos. Ao lado do noivo, estão meus bisavós maternos: Manoel Ponciano Scheffer e Docilina Scheffer. Minha mãe diz que minha bisavó adorava plantar flores, tinha um belo jardim. Desde pequena também adoro plantar flores, tenho várias espécies e nada me deixa mais zangada do que alguém destruir uma delas. Meu bisavô era uma pessoa séria e responsável, assim como eu. A noiva é minha tia paterna, chama-se Maria Evaldt, tem quase oitenta anos e uma disposição de dar inveja, assim como eu não “pára” nunca... Esta é minha avó paterna, Angelina Ana Evaldt. Minha infância foi marcada pelas suas histórias e o aconchego de seu colo. Sempre que eu chorava era ela que consolava... Nesta fotografia ela já tinha completado 90 anos e mesmo assim seus cabelos eram apenas grisalhos... Foi ela que me ensinou a ter fé, acreditar nas coisas, ser forte, não só com palavras, mas com seus exemplos... Este é meu avô paterno: Antônio de Medeiros. Pessoa que não media esforços para ajudar seus amigos. Eu também adoro ser prestativa aos meus amigos, sempre que posso procuro ajudá-los. Infelizmente não cheguei a conhecê-lo, mas meu pai diz que sou muito parecida com ele, no que diz respeito a boa vontade e o prazer que tenho em ajudar alguém... Nesta fotografia estão todos os meus tios e tias maternos. Ao lado do noivo está meu avô materno, Manoel Ponciano Scheffer. Me acho parecida com ele, porque gostava muito de contar histórias, ver filmes e dar boas risadas com programas humorísticos de TV, algo que também gosto muito de fazer. Ao lado do noivo está minha avó materna: Edelina Leffa Scheffer, pouco lembro-me dela. Eu adorava dormir em sua casa e comer farinha de mandioca quentinha, feita em seu engenho. Esta é minha prima, Luciana Scheffer de Oliveira, minha melhor amiga de infância e adolescência. Aprendemos muitas coisas juntas, inclusive a rir de nossos próprios erros... Esta é minha tia Ana Evaldt, mora na praia... Adora artesanato, plantar flores e admirar o mar, três paixões que também tenho... Muito admiro sua energia, mesmo com quase 72 anos tem essa aparência jovem e muita garra... Esta é minha família: meu pai Moises Evaldt, minha mãe Inêz Scheffer Evaldt e meu irmão Paulo Roberto Scheffer Evaldt. Todos nós temos características em comum: somos magros, trabalhadores , perfeccionistas, bem humorados e não gostamos de “ficar parados”. E este é o lugar onde moro: em meio a natureza que eu tanto amo... Esta que está de vestido preto é minha tia materna e dinda, Lorena Scheffer Rolim, nossos gostos muito se parecem: -Gostamos de cores delicadas ou discretas, batons claros, brincos delicados, esmaltes cintilantes... Somos bem detalhistas... Esta é minha tia materna, Maria Scheffer Evaldt e meu primo paterno, Henrique Baltazar Evaldt. Apesar de já estarem casados há bastante tempo, matem uma vida de jovem, é com eles que eu e meu noivo freqüentemente saímos para passear (principalmente ir a praia) e assistirmos shows. Me pareço com eles por também pensar desta forma: não devemos achar que estamos velhos, mas sim que somos velhos jovens... Este já foi apresentado, é meu pai, mas merece destaque, pois é a pessoa com quem mais me pareço: -Somos magros, olhos claros, estatura média, olhos verdes... -Adoramos pescar, comer doces e admirar a natureza... -Sofremos de enxaqueca hereditária... -Somos perseverantes, sonhadores de pés no chão, não desistimos do queremos... Procuramos enxergar o lado bom das coisas, as lições que a vida nos oferece... Ele é pra mim a “prova “ de um velho ditado popular que diz: A fruta não cai longe do pé... E para finalizar este é meu noivo, Vinícius Oliveira de Matos, possuímos muitas características em comum: adoramos a natureza, temos muitos objetivos semelhantes, já construímos muitas coisas juntos, somos magros, perseverantes, amamos chocolate e claro somos “gremistas”, ... Mas também possuímos muitas diferenças: Eu sou tímida, ele é totalmente extrovertido; Eu não gosto de tocar nenhum instrumento musical, ele ama tocar guitarra... Eu sou mais detalhista, ele gosta de simplificar as coisas; Eu não gosto de tatuagens, ele adora... Com ele aprendi a respeitar ainda mais a individualidade de cada pessoa, pois para amar alguém não é necessário que a pessoa seja idêntica a você, apenas que haja respeito entre as diferenças! Observo que tenho muitas características herdadas de meus familiares antepassados, tanto exteriormente quanto interiormente. Constato também que entre família de meu pai e de minha mãe há várias pessoas que se casaram ou que mantém um ciclo de amizades muito forte, mesclando ainda mais meus familiares e preservando costumes e tradições herdadas de gerações passadas e que constituem minha história!