A inserção da Gastronomia nas unidades hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) – Brasil Ana Paula Rezende Costa Coordenação de Fiscalização e Produção de Alimentos Gerência de Nutrição / SES-DF Capacitação de Profissionais de Saúde (Nutricionistas e Técnicos em Nutrição) da Rede Pública Hospitalar do Distrito Federal Ana Paula Rezende Costa Raquel Botelho Marcos Lelis Fernanda Avena Alunos do Curso de Nutrição da UnB Empresa contratada para a produção de refeições na SES/DF Introdução • A alimentação é parte essencial da cultura dos povos. AMBIENTE ESTILO DE VIDA FATORES INDIVIDUAIS HÁBITOS ALIMENTARES REGIONALISMO RELIGIÃO CLASSE SOCIAL FREELAND-GRAVES; PECKHAM, 1995 • Brasil: território extenso Dificuldades em aliar os hábitos alimentares da população com a oferta de alimentos, esp. fora do lar. • Desafio: escolher preparações nutricionalmente adequadas e de acordo com os hábitos alimentares e sensoriais da população atendida Alimentação que promova saúde! • É comum dissociar-se o saudável do saboroso! • Especialmente em um ambiente hospitalar (restrições da patologia x inapetente). Contexto • Alta incidência de desnutrição intrahospitalar em pacientes; • O impacto do estado nutricional na morbidade e mortalidade; • IBRANUTRI (1996): 48,1% dos pacientes internados apresentam algum grau de desnutrição. BOLLET; OWENS, 1973; CORREIA; CAIAFFA; WAITZBERG, 1998 • Múltiplos fatores: "má nutrição" iatrogênica situações vividas pelo paciente no hospital ingestão alimentar ou reposição nutricional inadequadas. • Aspectos sensoriais: diminuição ou perda do gosto e do odor, comprometem o consumo alimentar. CORREIA; CAIAFFA; WAITZBERG, 1998; ASSIS, 2002 • Hospital: órgão responsável pelo restabelecimento da saúde ‘Gestão hospitalar’ que priorize o paciente (cliente) como principal responsável pela existência do órgão. • Em relação à alimentação: a qualidade do alimento servido, a forma como é apresentado, e a falta de diversidade nos preparos são fatores desmotivadores no processo de recuperação. SOUSA; PROENÇA, 2004; FINALLI et al, 2007 • Hotelaria hospitalar. • Gastronomia hospitalar. GINANI; ARAÚJO, 2002 • Em conjunto com a Nutrição, a gastronomia tem possibilidades de evitar os quadros de desnutrição hospitalar gerados pela rejeição alimentar. BELTRAM; CAMELO, 2007 • Como fazer Gastronomia hospitalar? • Visão simplória das dietas hospitalares: supressão ou acréscimo de ingredientes. • Grande desafio: encontrar uma forma para garantir a satisfação do paciente/cliente e promover com sucesso a recuperação de sua saúde inovação de ingredientes e preparações. GARCIA, 2006 • Gastronomia hospitalar: visar a valorização dos aspectos organolépticos e fatores gerenciais (padronização de FTPs, elaboração de um manual de boas práticas de fabricação, a reciclagem de cozinheiros, copeiros, almoxarifes e nutricionistas). Cenário – SES/DF • Empresa terceirizada. • Conhecer o atual processo de produção de refeições na SES/DF unidade piloto. • Mapeamento de problemas. • Eleição de 2 prioridades: consistências das dietas e aceitação da dieta com restrição de sódio. • Modificação de FTPs Implementação Avaliação das mudanças implementadas. • Propagação para as demais unidades da SES/DF. Objetivos • Geral: – Capacitar profissionais de saúde (nutricionistas e técnicos de nutrição) da SES/DF e da empresa. • Específicos: – Desenvolver oficinas de treinamento para melhoria das dietas ofertadas na rede hospitalar; – Criar estratégias de envolvimento dos profissionais capacitados para execução das modificações necessárias nas UANs hospitalares. • Desenvolvimento de oficinas de culinária na UnB para apresentação das modificações aos profissionais de saúde, bem como sensibilização destes para a melhoria da qualidade do serviço prestado formação de futuros multiplicadores. • A equipe desenvolve as receitas modificadas, bem como avalia sensorialmente, podendo sugerir mudanças. • 2009 e 2010: 16 unidades hospitalares 425 nutricionistas e técnicos em nutrição (25). • Atualmente já foram capacitados 94 profissionais (5 oficinas). Próximas etapas • Finalizar as oficinas. • Visitas in loco para verificar a atuação dos multiplicadores, bem como o reforço / treinamento da equipe de cozinheiros e auxiliares de cozinha pacientes. • Eleger novas linhas de trabalho: porcionamentos, apresentação... Muito obrigada! [email protected] 3346-8134