FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Diagnóstico da Retinopatia da Prematuridade e Protocolo para a Triagem João Borges Fortes Filho MESTRE, DOUTOR E PÓS-DOUTORANDO EM OFTALMOLOGIA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO PROROP INVESTIGATIVE GROUP ON ROP - BRASIL NEOVASCULARIZAÇÃO INDUZIDA PELA HIPÓXIA Retina periférica avascular Crista / Ridge A NEOVASCULARIZAÇÃO OCORRE NA JUNÇÃO ENTRE A RETINA VASCULAR E A RETINA AVASCULAR A ROP GRAVE PODE SER PREVENIDA OU TRATADA DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DA ROP GRAVE A ROP PODE SER CONTROLADA • • • • OTIMIZAÇÃO E CONTROLE RÍGIDO DA OXIGENIOTERAPIA CONTROLE ADEQUADO SOBRE OS FATORES DE RISCO OTIMIZAÇÃO SOBRE NPT PADRÃO PN < 1250 g EXAMES OFTALMOLÓGICOS PARA DETECÇÃO E TRATAMENTO DA ROP Nº TRATAMENTOS ROP 2002 % ROP TRATÁVEL 2003 2004 5,6% 6,1% 5,2% 2005 2006 6,2% 6,7% 2007 5,2% 2008 0,0% 2009 2010 0,0% 0,0% 2011 0,0% DIAGNÓSTICO A ROP NÃO OCORRE ANTES DE VÁRIAS SEMANAS • NEM TODOS OS PREMATUROS ESTÃO EM RISCO ! • COMO IDENTIFICAR OS QUE ESTÃO EM RISCO PARA A ROP ? • FATORES DE RISCO PARA A ROP • TRIAGEM NEONATAL NA BUSCA DA DOENÇA PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA A ROP • IG • PN • USO DE OXIGÊNIO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA GEMELARIDADE SER PIG (<10 percentil) BAIXO GANHO DE PESO PÓS-NASCIMENTO PRESENÇA DE HEMORRAGIA INTRACRANIANA PRESENÇA DE SEPSE PRESENÇA DE MENINGITE PERSISTÊNCIA DO DUCTO-ARTERIOSO NECESSIDADE DE TRANSFUSÕES SANGÜÍNEAS USO DE SURFACTANTE USO DE INDOMETACINA USO DE ERITROPOETINA USO DE DOPAMINA USO DE CORTICÓIDES ? FATORES GENÉTICOS FATORES MATERNAIS O BAIXO GANHO DE PESO POSTNATAL PREDIZ MELHOR A ROP GRAVE DO QUE O PN E A IG Graefes’s Arch Clin Exp Ophthalmol 2009 Low weight gain by 6th week of life in an important and independent risk factor for severe ROP and is capable to predict the development of severe ROP in most patients needing treatment. PN ≤ 1.000 g OR 4,708 IC: 1,890 - 11,726 P < 0,001 PN > 1.000 g OR 3,102 IC: 1,556 - 6,184 P < 0,001 J Pediatr 2010 Fortes Filho JB, Costa MC, Eckert GU, Santos PGB, Silveira RC, Procianoy RS. J Pediatr 2010 TRIAGEM NEONATAL PARA A BUSCA DA ROP CRITÉRIOS VARIAM ENTRE PAÍSES OU ENTRE REGIÕES Arq Bras Oftalmol 2007 Zin A, Florêncio T, Fortes Filho JB, Nakanami CR, Gianini N, Graziano RM et al. Proposta de diretrizes brasileiras para a detecção e o tratamento da retinopatia da prematuridade (ROP). Arq Bras Oftalmol 2007; 70(5):875-83. A TRIAGEM NEONATAL NA BUSCA DA DOENÇA DEVERÃO SER EXAMINADOS PARA A ROP PN ≤ 1.500 gramas e/ou ≤ 32 semanas IG Bebês maiores serão examinados por solicitação do Neonatologista Zin A, Florêncio T, Fortes Filho JB, Nakanami CR, Gianini N, Graziano RM et al. Proposta de diretrizes brasileiras para a detecção e o tratamento da retinopatia da prematuridade (ROP). Arq Bras Oftalmol 2007; 70(5):875-83. EXAMES OFTALMOLÓGICOS REALIZADOS ENTRE A 4ª E A 6ª SEMANA DE VIDA NA UTI Neo OFTALMOSCOPIA BINOCULAR INDIRETA LENTE Nikon ® ou Volk ® 28 Dioptrias MIDRÍASE: Tropicamida 0,5% + Fenilefrina 2,5% BLEFAROSTATO: Alfonso Eye Speculum, Storz ® INDENTAÇÃO ESCLERAL: Proximetacaína 0,5% Fortes Filho JB. Retinopatia da prematuridade. Artigo de revisão. Rev Bras Oftalmol 2006; 65(4):246-58. ROP 3 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 28 Dioptrias 30 Dioptrias 40 Dioptrias Alfonso Eye Speculum (Storz, Bausch & Lomb, USA) É NECESSÁRIO TREINAMENTO O EXAME É TECNICAMENTE DIFÍCIL NECESSITA PRÁTICA, CONHECIMENTO RAPIDEZ E ATENÇÃO PERMANENTE NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE 1984/1987 ESTADIAMENTO 1 Linha de demarcação entre a retina vascularizada e a retina periférica avascular ROP 1 ROP 2 ESTADIAMENTO 2 Linha de demarcação mais larga com crista elevada por sobre a linha ESTADIAMENTO 3 (ROP LIMIAR 38ª IPC) Formação de tecido fibrovascular elevado por sobre a crista, fora do plano da retina ESTADIAMENTO 4 Descolamento da retina 4A sem envolvimento macular 4B com envolvimento macular ESTADIAMENTO 5 Descolamento total da retina ROP 3 ROP 3 An international classification of retinopathy of prematurity. The Committee for the Classification of Retinopathy of Prematurity. Arch Ophthalmol 1984; 102(8):1130-4. CLASSIFICAÇÃO ET-ROP 2003 DOENÇA PRÉ-LIMIAR - IPC > 36 semanas e < 38 semanas • Zona I - Qualquer estadiamento • Zona II - ROP 2, com doença plus • Zona II - ROP 3, menos severa do que a Doença Limiar ROP TIPO 1 - Doença pré-limiar de alto risco (resultado desfavorável > 15%) • Zona I - Qualquer estadiamento com doença plus • Zona I - ROP 3 sem doença plus • Zona II - ROP 2 ou 3 com doença plus ROP TIPO 2 - Doença pré-limiar de baixo risco (resultado desfavorável < 15%) • Zona I - ROP 1 or 2 sem doença plus • Zona II - ROP 3 sem doença plus Early Treatment for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. Revised Indications for the Treatment of Retinopathy of Prematurity. Arch Ophthalmol 2003;212:1684-96. PERIODICIDADE DOS EXAMES NA UTIN SEM ROP, COM PERIFERIA AVASCULAR Exames quinzenais ou na alta da UTIN dependendo dos fatores de risco ROP 1 - Exames quinzenais até a alta da UTIN ROP 2 - Exames semanais até a estabilização durante a internação na UTIN ROP PRÉ-LIMIAR - Dependendo dos fatores de risco, exames semanais ou menos para escolha do melhor momento para o tratamento ROP LIMIAR - Indicação para tratamento imediato NÃO DESCONTINUAR AS AVALIAÇÕES ATÉ PELO MENOS 42-45 SEMANAS DE IPC Zin A, Florêncio T, Fortes Filho JB, Nakanami CR, Gianini N, Graziano RM et al. Proposta de diretrizes brasileiras para a detecção e o tratamento da retinopatia da prematuridade (ROP). Arq Bras Oftalmol 2007; 70(5):875-83. MOMENTO IDEAL PARA O TRATAMENTO ? A ROP NÃO OCORRE ANTES DE VÁRIAS SEMANAS Considerar a data do nascimento IPC = IG + Semanas de vida IG Semanas de vida IPC 30 IPC 32 Fase 1 IPC 38 = Momento para ROP limiar IPC 34 Fase 2 4 semanas 4 semanas 6 semanas IPC 42 Final ROP IG 28 IPC 32 IPC 34 IPC 37 Momento para tratamento pelo laser IPC 35 Momento para tratamento anti VEGF PROROP Website www.prorop.com disponibiliza muitas informações sobre a ROP João Borges Fortes Filho Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre