Experiências no transporte de amostras biológicas para testes laboratoriais Milena Batista de Oliveira 2014 A manutenção de uma temperatura adequada durante o envio das amostras constitui uma variável pré- analítica relevante em virtude do impacto sobre a confiabilidade e a qualidade dos resultados liberados na rotina dos laboratórios. Em qual temperatura validar? Segundo o critério de aceitabilidade validado pelo Kit NAT HIV/HVC de Bio-manguinhos e kits de diagnóstico sorológico utilizados na Fundação Hemominas as amostras devem ser mantidas entre 2 a 8ºC para permitir o correto desempenho do teste. Etapas do Estudo: 1- Diagnóstico inicial: avaliar a situação do recebimento das amostras encaminhadas por todas as unidades à Gerência de Laboratório 2- Stress durante o transporte: Avaliar se a quantidade de gelox padronizada é capaz de manter a temperatura crítica por um período de estresse de 48 horas. 3- Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras: Averiguar se as condições de envio pré-padronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras. 4- Condição de estocagem extrema: Verificar se amostras quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. MOC DIA PMI GOV ITU UDI SLA PNO URA DIV BET PAS HBH HJK POC SJR ALP JFO PAL MCU Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Qual a situação de envio das amostras encaminhadas por todas as unidades da Fundação à Gerência de Laboratório ? Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Qual a situação de envio das amostras encaminhadas por todas as unidades da Fundação à Gerência de Laboratório ? A temperatura de recebimento das amostras, mensurada com o termômetro de infravermelho, e as condições de envio foram registradas diariamente em planilhas durante quinze dias Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Qual a situação de envio das amostras encaminhadas por todas as unidades da Fundação à Gerência de Laboratório ? Para tal foram padronizados 5 modelos de caixas de isopor : - PP(22x13x18cm) - P(28X20X24cm) - M(36X22X29cm) -G(43X24X34cm) - GG(50X40X46cm) A temperatura de recebimento das amostras, mensurada com o termômetro de infravermelho, e as condições de envio foram registradas diariamente em planilhas durante quinze dias Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Qual a situação de envio das amostras encaminhadas por todas as unidades da Fundação à Gerência de Laboratório ? Para tal foram padronizados 5 modelos de caixas de isopor : - PP(22x13x18cm) - P(28X20X24cm) - M(36X22X29cm) -G(43X24X34cm) - GG(50X40X46cm) A temperatura de recebimento das amostras, mensurada com o termômetro de infravermelho, e as condições de envio foram registradas diariamente em planilhas durante quinze dias Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Qual a situação de envio das amostras encaminhadas por todas as unidades da Fundação à Gerência de Laboratório ? Para tal foram padronizados 5 modelos de caixas de isopor : - PP(22x13x18cm) - P(28X20X24cm) - M(36X22X29cm) -G(43X24X34cm) - GG(50X40X46cm) A temperatura de recebimento das amostras, mensurada com o termômetro de infravermelho, e as condições de envio foram registradas diariamente em planilhas durante quinze dias Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras Das 19 UFHs que enviam amostras para a GLA, apenas oito unidades apresentaram a temperatura de transporte CSO/NAT 20.0 17.5 12.5 10.0 7.5 5.0 2.5 0.0 JF O D IV A LP PM I SL A M O C G O V U D I IT U SJ R M C U PA L PA S H JK U R A B ET PN O D IA PO C Temp (C ) 15.0 dentro do limite aceitável Etapa 1: Diagnóstico inicial do envio das amostras N amostras Gelox Pequeno Gelox Grande Temp Qual a condições de envio das amostras nas unidades que apresentaram temperatura de transporte dentro do limite aceitável ? 350 8 6 250 200 4 150 100 2 50 Tamanho da caixa G G G M P 0 PP 0 N Gelox/ Temp(C) N de amostras 300 Etapas do Estudo: 1- Diagnóstico inicial: avaliar a situação do recebimento das amostras encaminhadas por todas as unidades à Gerência de Laboratório 2- Stress durante o transporte: Avaliar se a quantidade de gelox padronizada é capaz de manter a temperatura crítica por um período de estresse de 48 horas. 3- Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras: Averiguar se as condições de envio pré-padronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras. 4- Condição de estocagem extrema: Verificar se amostras quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o do transporte A quantidade de gelox padronizada para cada um dos tamanhos de caixas é capaz de manter a temperatura crítica em período de estresse de 48 horas. Montagem de caixas de transporte conforme modelo proposto Gelox Papelão furado 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Data logger Amostras Papelão furado Gelox 11 13 12 01 02 15 14 03 04 17 16 05 06 19 18 07 08 20 09 10 11 13 12 01 02 15 14 03 04 17 16 05 06 19 18 07 08 20 09 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Amostras Papelão furado Gelox Papelão furado 1111111112 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1234567890 Amostras Papelão furado Gelox Gelox Papelão furado 11 11 11 11 12 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 12 34 56 78 90 Amostras Papelão furado Gelox Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o do transporte A quantidade de gelox padronizada para cada um dos tamanhos de caixas é capaz de manter a temperatura crítica em período de estresse de 48 horas. Montagem de caixas de transporte conforme modelo proposto Utilização de alíquotas de amostras já testadas para os parâmetros de interesse Gelox Papelão furado 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Data logger Amostras Papelão furado Gelox Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o do transporte A quantidade de gelox padronizada para cada um dos tamanhos de caixas é capaz de manter a temperatura crítica em período de estresse de 48 horas. Montagem de caixas de transporte conforme modelo proposto Utilização de alíquotas de amostras já testadas para os parâmetros de interesse Disposição das caixas em ambiente sob stress térmico por 48 horas. (Ambiente sem refrigeração) Medição da temperatura externa e interna de hora em hora (Data logger) Gelox Papelão furado 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Data logger Amostras Papelão furado Gelox Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o do transporte A quantidade de gelox padronizada para cada um dos tamanhos de caixas é capaz de manter a temperatura crítica em período de estresse de 48 horas. Montagem de caixas de transporte conforme modelo proposto Utilização de alíquotas de amostras já testadas para os parâmetros de interesse Disposição das caixas em ambiente sob stress térmico por 48 horas. (Ambiente sem refrigeração) Medição da temperatura externa e interna de hora em hora (Data logger) Gelox Papelão furado 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Data logger 24 horas Amostras 48 horas Papelão furado Gelox Retirada de parte das amostras previamente caracterizadas Avaliação da reprodutibilidade dos resultados Retirada de parte das amostras previamente caracterizadas Avaliação da reprodutibilidade dos resultados Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o Caixa PP do transporte Caixa P Caixa M Caixa G Caixa GG Ambiente 30 25 Temp (C) 20 15 10 5 -5 -10 Caixa PP Caixa P Caixa M Caixa G Caixa GG Ambiente Tempo (h) 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 28 26 24 22 20 18 16 14 8 10 12 6 4 2 0 0 A análise dos dados indicou que apenas as caixas PP e M não conseguiram manter a temperatura entre 2 a 8ºC durante um período mínimo de 24 horas. Contudo, ambos os sistemas mantiveram uma temperatura aceitável para o transporte por até 22 horas. Etapa 2: Situação de Contingência – Avaliação do stress durante o do transporte O CT tanto para o HIV quanto para o HCV NAT não ultrapassou o limite de aceitabilidade do laboratório (±3DP), em ambos os tempos monitorados. HIV 33 + 3DP 32 24 48 31 Basal + 2DP 30 + 1DP 29 Média 28 HCV + 3DP + 2DP 31 24 48 Basal - 1DP 29 CT CT + 1DP 30 Média 27 - 1DP - 2DP 26 - 2DP - 3DP 28 25 - 3DP 27 Caixa G G G M P PP G G G M P PP 24 Caixa Gráfico . Amplificação dos alvos HIV e HCV por PCR em tempo real através do Kit diagnóstico NAT Bio-manguinhos após 24 e 48 horas de permanecia nas condições simuladas nos sistemas experimentais. Etapas do Estudo: 1- Diagnóstico inicial: avaliar a situação do recebimento das amostras encaminhadas por todas as unidades à Gerência de Laboratório 2- Stress durante o transporte: Avaliar se a quantidade de gelox padronizada é capaz de manter a temperatura crítica por um período de estresse de 48 horas. 3- Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras: Averiguar se as condições de envio pré-padronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras. 4- Condição de estocagem extrema: Verificar se amostras quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. Etapa 3: Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras As condições de envio prépadronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras ? Etapa 3: Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras As condições de envio prépadronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras ? As UFHs foram instruídas a montar as caixas de transporte conforme modelo proposto Etapa 3: Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras As condições de envio prépadronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras ? As UFHs foram instruídas a montar as caixas de transporte conforme modelo proposto A temperatura de recebimento das amostras e as condições de envio foram monitoradas durante cinco semanas Etapa 3: Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras As condições de envio prépadronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras ? As UFHs foram instruídas a montar as caixas de transporte conforme modelo proposto A temperatura de recebimento das amostras e as condições de envio foram monitoradas durante cinco semanas Acompanhamento da temperatura via data loggers foi realizado uma vez por semana A temperatura era mensurada de hora em hora Etapa 3: Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras As condições de envio prépadronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras ? As UFHs foram instruídas a montar as caixas de transporte conforme modelo proposto A temperatura de recebimento das amostras e as condições de envio foram monitoradas durante cinco semanas O registro da temperatura foi realizado diariamente através do termômetro infravermelho Os dados eram registrados em planilhas padronizadas Acompanhamento da temperatura via data loggers foi realizado uma vez por semana A temperatura era mensurada de hora em hora Etapa 3: Monitoramento semanal da temperatura via data logger das caixas de envio de amostras Etapa 3: Monitoramento semanal da temperatura via data logger das caixas de envio de amostras Etapa 3: Monitoramento semanal da temperatura via data logger das caixas de envio de amostras Etapa 3: Monitoramento diário da temperatura via termômetro infravermelho das caixas de envio de amostras A média das aferições de cinco unidades ultrapassou o valor superior estipulado. O teste T de amostra única indicou que apenas para o HJK a média foi estatisticamente superior a 8ºC. M M JR C U P A L P A S H JK U R A B E T P N O D IA P O C S S I LA M O C G O V U D I IT U P JF O D IV A LP Temp (C) Antes CSO/NAT 20.0 17.5 15.0 12.5 10.0 7.5 5.0 2.5 0.0 Depois Etapas do Estudo: 1- Diagnóstico inicial: avaliar a situação do recebimento das amostras encaminhadas por todas as unidades à Gerência de Laboratório 2- Stress durante o transporte: Avaliar se a quantidade de gelox padronizada é capaz de manter a temperatura crítica por um período de estresse de 48 horas. 3- Monitoramento da temperatura do transporte na rotina de envio das amostras: Averiguar se as condições de envio pré-padronizadas são adequadas em manter a temperatura desejada na rotina de transporte das amostras. 4- Condição de estocagem extrema: Verificar se amostras quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. Etapa 4: Condição de estocagem extrema Amostras, previamente caracterizadas, quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados? Etapa 4: Condição de estocagem extrema Amostras, previamente caracterizadas, quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados? Alíquotas do plasma controle interno produzidos in house, foram estocadas em temperatura ambiente durante 24 horas. Os controles haviam sido caracterizados previamente na rotina quatorze vezes com o mesmo lote do Kit diagnóstico utilizado no experimento 11 amostras do soronegativo e 1 do positivo Etapa 4: Condição de estocagem extrema Amostras, previamente caracterizadas, quando estocadas em temperatura ambiente por 24 horas mantêm a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados? Alíquotas do plasma controle interno produzidos in house, foram estocadas em temperatura ambiente durante 24 horas. Os controles haviam sido caracterizados previamente na rotina quatorze vezes com o mesmo lote do Kit diagnóstico utilizado no experimento 11 amostras do soro negativo e 1 do positivo Os PCIs foram testados em pool de 6, conforme o padrão de trabalho do laboratório Pool positivo: 1 alíquota do soro positivo diluída em 5 do soro negativo. Pool negativo: 6 tubos do soro negativo. Etapa 4: Condição de estocagem extrema O perfil de amplificação tanto para o HIV quanto para o HCV NAT não ultrapassou o limite de aceitabilidade do laboratório (±3DP). Por sua vez, as amostras negativas permaneceram indetectáveis. Os resultados desse estudo permitiram padronizar e validar as condições necessárias para que a temperatura das amostras de todas as UFHs permaneça dentro da faixa ideal, 2 a 8ºC, durante todo o período de transporte. São aceitas para testagem, mediante justificativa da UFH, amostras que permaneceram por até 24 horas a temperatura de 9º a 25ºC. Equipe NAT – Responsável pela validaçao do transporte de amostras biológicas http://www.dollzmania.net/CandyDollMaker3.htm Funcionários da Central Sorológica Setor de Controle de Qualidade [email protected] 3768-4695 ou 3768-4697