Texto I
9º
GRAMÁTICA
Prof. Alexandre
O Brasil em março
26 – Dia da Inclusão Digital
Mouses em punho
Rodrigo comanda 3 mil soldados do bem mundo afora
Desde 2001, comemora-se no último sábado de março o Dia da Inclusão Digital. Centenas de
computadores instalados em lugares públicos apresentam um mundo desconhecido para muita gente. O
idealizador do evento, Rodrigo Baggio, criou o Comitê para a Democratização da Informática (CDI). Em
1995, Rodrigo lançou a semente. Com ajuda de voluntários, implantou a Escola de Informática e Cidadania
na favela Santa Marta, Rio. Antes de um ano, o CDI já incluía dez escolas.
“Começamos ensinando o básico”, diz Rodrigo. “E logo os alunos passam a contribuir para suas
comunidades. Fazem bancos de dados, acompanhamento de programas de saúde, correspondência. Os
que mais se destacam fazem treinamentos avançados para se tornar professores ou empreendedores
sociais”.
Rodrigo tem muito a comemorar. O CDI atravessou fronteiras e ganhou prêmios. Alcança hoje 946
escolas em dez países e conta com mais de 3 mil educadores e voluntários. “Mas ainda há muito a fazer”,
diz. “. Ao ver sua principal invenção, o avião, sendo usada para matar, Santos Dumont caiu em profunda
depressão. A informática também virou arma de guerra. Mas existem diversas pessoas mundo afora que
vêm utilizando as tecnologias para fins nobres. Por isso, o Dia da Inclusão Digital: uma data para a
celebração da esperança que temos na construção de um mundo melhor”.
(Brasil - Almanaque de Cultura Popular / março 2005)
01) – Todas as frases abaixo são nominais (não apresenta verbo), EXCETO:
a) “Dia da Inclusão Social”.
b) “Mouses em punho”.
c) “Em 1995, Rodrigo lançou a semente”.
d) “Rodrigo Baggio na favela Santa Marta, Rio”.
e) NDA
02) – Analise as afirmações a respeito da estrutura do texto e identifique a INCORRETA.
a) A manchete se destaca no início e sugere o tema do texto.
b) O lead apresenta resumidamente o fato anunciado
c) Três momentos distintos, sobre o tema, divididos em 3 parágrafos
d) À seção deram o nome “Dia da Inclusão Digital”.
e) NDA
03) – Em todas as frases abaixo, há palavras que, no texto, funcionam como conectores, EXCETO:
a) “Os que mais se destacam fazem treinamentos (...)”.
b) “Mas ainda há muito o que fazer”.
c) “A informática também virou arma de guerra”.
d) “Por isso, o Dia da Inclusão Digital”.
e) NDA
Texto II
Informática
VOCÊ SABIA...
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... que diversos jogos eletrônicos foram considerados preconceituosos e disseminadores de práticas contra
os direitos humanos e, principalmente, contra as mulheres? A conclusão é do relatório Com a Violência
Não se Brinca, da Anistia Internacional. O estudo está disponível em espanhol: www.es.amnesty.org.
(Brasil - Almanaque de Cultura Popular / março 2005)
04) – Ao comparar os textos I e II pode-se AFIRMAR que:
a) há interesse, dos dois textos, em disseminar a idéia do uso indiscriminado da informática.
b) o texto 2 tem sua informação baseada em pesquisa internacional, enquanto o outro só apresenta
“achismos”.
c) ambos os textos mencionam algum problema ligado ao mau uso da informática nos dias de hoje.
d) o texto 1 deixa clara a importância da informática hoje e o texto 2 reafirma essa idéia.
e) NDA
05) – Qual das opções abaixo APONTA para o lado negativo do uso da informática, ditas nos textos I e II?
a) Rodrigo comanda 3 mil soldados.
b) diversos jogos eletrônicos foram considerados preconceituosos.
c) a informática também virou uma arma de guerra.
d) disseminadores de práticas contra direitos humanos.
e) NDA
TEXTO III– Texto publicitário
06) – Num texto publicitário como o apresentado acima, percebe-se o uso da linguagem informal. Qual das
opções abaixo EXPLICARIA o motivo de uma empresa conceituada no mercado optar por esse tipo de
linguagem?
a) Trata-se de uma variação regional da língua, eleita pelas empresas como a melhor maneira de se
conquistar o cliente, pois a linguagem é conhecida dele.
b) As empresas desenvolveram uma estratégia de vendas: usar nas propagandas a forma errada
com que as pessoas falam para que elas se identifiquem.
c) Houve um possível problema de falta de correção do texto a ser divulgado, o que cria no cliente
uma insegurança diante da marca.
d) A empresa pretende estar mais próxima do modo de falar da maioria dos clientes para que eles se
identifiquem com o produto.
e) NDA
2
3
07) – Leia.
“...que você vai encontrar mais um lançamento perfumado de OMO.”
Todas as alternativas justificam a classificação da oração acima como subordinada substantiva subjetiva,
EXCETO:
a) O verbo da oração principal está na terceira pessoa do singular.
b) Não existe preposição entre o verbo da oração principal e a conjunção.
c) Não existe, na oração principal, nenhum termo que possa ser sujeito do seu verbo.
d) A oração principal é constituída de verbo de ligação + predicativo.
e) NDA
08) – Há, no aviso, um erro quanto ao uso culto formal de uma regra de concordância. Esse erro está
corrigido em todas as alternativas abaixo, EXCETO em:
a) Proibido entrada, circulação ou permanência de animais no condomínio.
b) Proibida a entrada, circulação ou permanência de animais no condomínio.
c) Proibidos entrada, circulação ou permanência de animais no condomínio.
d) Proibidos a entrada, a circulação ou a permanência de animais no condomínio.
e) NDA
09) – Em todas as alternativas abaixo, a concordância verbal segue a mesma regra da oração acima,
EXCETO:
a) Aqui faz verões insuportáveis ultimamente.
b) Haverão de encontrar políticos menos caricaturais.
c) Choveu violentamente durante várias horas.
d) Vai fazer 20 anos a promulgação da Constituição.
e) Houve muita polêmica no Congresso ontem.
10) – Observe a origem da palavra nepotismo [de nepote+ ismo]. Analisando os processos de formação de
palavras existentes na língua, marque a alternativa que contenha um vocábulo cuja formação seja distinta
de nepotismo:
a) irmanam;
b) bandalheira;
c) bisnetam;
d) traficância;
e) primam.
11) – Leia o trecho abaixo:
“Apesar do esforço, estima-se que ainda haja 4.000 pessoas nessa condição.”
O trecho destacado sugere:
a) adição.
b) oposição.
c) condição.
d) explicação.
e) comparação.
12) – Em todas as alternativas destacou-se o termo responsável pela flexão verbal, EXCETO:
a) “Metade dos países possui em casa conexão sem fio (...).”
b) “Existem projetos, no Brasil e no mundo, que (...).”
c) “(...) em que se oferece a conectividade da banda larga.”
d) “(...) antenas que permitem acesso à Internet (...).”
e) “Esse é o modelo utilizado no Pentágono (...).”
13) – Releia a sentença abaixo.
“É poupança de parte do seu salário como presidente da República e aposentadoria, bem
como rendimentos de aplicações anteriores à 2002 (...).”
O articulador destacado sugere:
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a) causa.
b) conseqüência.
c) adição.
d) oposição. e) hipótese.
A questão 14 deve ser respondida com base no texto IV.
TEXTO IV
14) – Em relação à expressão em negrito, no terceiro quadro, pode se dizer que:
a) foi usada em sentido figurado.
b) faz alusão ao comportamento de Mafalda.
c) satiriza o governo.
d) é ambígua.
e) é uma crítica aos amigos de Mafalda.
TEXTO V
Para responder às questões 15 e 16, leia com atenção o texto apresentado a seguir, extraído de
uma publicidade divulgada em revista de circulação nacional.
15) – Pode-se depreender da leitura do texto que:
a) Nem sempre se paga o preço justo pela energia elétrica.
b) O consumidor final de energia pode escolher a usina de que quer comprar energia.
c) A livre concorrência pode levar à diminuição de gastos.
d) A Usina Peixe Angical, no Tocantins, tem preços competitivos.
e) A maioria das empresas brasileiras de energia já aderiu a esse sistema.
16) – Em relação aos referentes usados na construção do texto, assinale a alternativa ERRADA.
a) O pronome “suas” retoma o mercado livre de energia.
b) O vocábulo “sistema” é usado para se referir à escolha da fonte de energia.
c) A expressão “a medida” se refere ao monopólio que existia.
d) O pronome “quem” se refere as pessoas físicas que compram energia.
e) A expressão “grandes consumidores” se refere a empresas.
17) – Em todas as alternativas, aparece uma oração adjetiva introduzida pelo relativo que, EXCETO:
a) “Essa característica é algo que surgiu cerca de 3 milhões de anos atrás...”
b) “Quando a vitória está garantida, é que vem a recompensa”
c) “... são elas que nos dão força para lutar com plena capacidade cardiovascular”
d) “Para os nossos ancestrais que viviam nas savanas, perder...”
e) “É um comportamento que evoluiu ao longo dos tempos”
18) – Assinale a alternativa em que o articulador sintático destacado NÃO estabelece a relação semântica
indicada entre parênteses:
a) “Mas sempre em grupo, porque o mundo, naquela época, já era bem perigoso.” (causa)
b) “Mas o instinto de competição dele sobrevive dentro de nós...” (contraste)
c) ...”...corpo e cérebro conspiram para que o sabor da vitória seja doce.” (finalidade)
d) “Quando a vitória já está garantida, é que vem a recompensa.” (tempo)
e) “As endorfinas têm um efeito tão poderoso que, mesmo se o boxeador...” (concessão)
19) – “Por isso, nos dias de hoje, temos esse luxo que é escolher os nossos adversários”
Assinale a ÚNICA afirmativa possível acerca do conector em destaque no fragmento abaixo:
a) Estabelece uma relação de caráter explicativo para a afirmação anterior.
b) Pode ser substituída por porque sem causar alteração semântica.
c) Estabelece uma relação de caráter consecutivo em relação à afirmação anterior.
d) Foi mal empregado, pois não estabelece a relação semântica pretendida.
e) Caracteriza uma relação de temporalidade entre as passagens ligadas por ele.
20) – Em todas as alternativas, a relação lógico-semântica das orações foi corretamente indicada,
EXCETO:
a) “..apenas freqüento cinema como qualquer mortal.” (comparação)
b) “Como passo os dias nesse computador...não curto demais...” (conformidade)
c) “...não curto demais, fora desta casa, nada tão hermético que nem o próprio diretor ou roteirista
entendem.” (conseqüência)
d) “..isso me interessou, pois um de meus projetos atuais de trabalho é um pequeno ensaio sobre
assunto fascinante.” (causa)
e) “... e deixar-se ferir enquanto outros seres humanos em torno torcem...” (tempo)
21) – Marque a opção em que a oração destacada NÃO serviu para ampliar o sentido de um nome:
a)
b)
c)
d)
e)
“Antes que alguém tresleia, explico que não entendo de cinema...”
“Há filmes que a crítica malha e me agradam...”
“... e o hedonismo burro com que tantas vezes nos desperdiçamos”.
“... encontrou na jovem boxeadora alguém que soube valoriza-lo...”
“... na arguta e comovida visão de Clint Eastwood, a quem a passagem do tempo foi
extremamente favorável”.
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Texto 1
Código Virtual
Débora Rubin
A linguagem dos chats não é tão absurda quanto parece, desde que seja usada na hora certa
Para a geração que cresceu em frente ao computador, escrever por códigos é tão natural quanto
falar. Abreviações como vc (você) e pq (porque) são usadas dezenas de vezes enquanto os internautas
batem papo. As abreviações assustam os puristas do idioma. E até entre os viciados em internet há quem
abomine esse linguajar. Um grupo do Fóruns PC’s, uma comunidade de discussão virtual, lançou a
campanha “Eu Sei Escrever”, a fim de moralizar a língua portuguesa. A turma tem uma comunidade no
Orkut destinada a combater o que ela chama de “analfabetismo virtual”.
Mas para a lingüista Maria do Carmo Fontes, da PUC-SP, a linguagem de internet tem sua razão de
ser. “Cada contexto vai permitir a criação de uma nova linguagem”, opina. “Se a idéia é ser mais ágil, é
justo que se criem novas palavras e abreviações.” A lingüista chama a atenção para os contextos:
“internetês” só serve num chat ou numa mensagem de celular. Até em e-mail deve ser evitado.
“Em uma prova, o professor não está avaliando se você é rápido, mas seu conhecimento daquela
matéria e, claro, a norma culta do português”, compara a professora, que já pegou diversas vezes alunos
escrevendo “mais” no lugar de “mas” de tanto usar o símbolo + nas conversas virtuais.
Alguns jovens sabem quando usar cada linguagem. A estudante Mariana Carvalho de Oliveira
Rodrigues, de 15 anos, toma cuidado para usar a norma culta até mesmo quando envia e-mail a sua mãe.
As abreviações são usadas apenas nos sites de bate-papo e no celular. “Em e-mail para professores, o
máximo que deixo escapar é um ‘vc’ ”, explica Mariana.
Marcelo Bergonzoni, de 19 anos, aluno de Publicidade, fica até cinco horas na frente do
computador por dia. Ele faz trabalhos da faculdade, ouve música, checa o que está passando na TV e
conversa com os amigos – tudo ao mesmo tempo. E ainda assim garante que não troca as bolas: escreve
os textos acadêmicos perfeitamente enquanto bate papo com os colegas pelo Messenger. “Mas eu já vi,
mais de uma vez, colega entregando trabalho com esse vocabulário de chat”, conta.
Para o professor de Português do Sistema Anglo de Ensino Eduardo Antônio Lopes, o temor em
torno do internetês é um exagero. Em vez de inimigo, ele pode se tornar um aliado em sala de aula. “É
uma oportunidade a mais que o professor tem para trabalhar a linguagem em sala de aula.” Sakw? (Ou
melhor, sacou?).
Época. São Paulo. Editora.Globo, nº 383, p.72, 19 de setembro de 2005
22) – Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do texto:
a) A linguagem de códigos se popularizou com o acesso dos jovens à internet.
b) O internetês é abominado tanto pelos puristas como pelos viciados em internet.
c) O combate ao “analfabetismo virtual” é defendido por algumas pessoas.
d) As opiniões são divergentes em relação à linguagem usada na internet.
e) NDA
23) – A respeito do que o texto afirma sobre variações lingüísticas, é INCORRETO afirmar que:
a) A linguagem da internet é aceitável dependendo da situação de uso.
b) O aluno deverá usar adequadamente a norma padrão ao fazer uma prova.
c) Os jovens, quando conscientes, sabem fazer uso adequado do internetês.
d) O uso do idioma da internet revela que a pessoa desaprendeu o português.
e) NDA
24 – Observe:
“A turma tem uma comunidade no Orkut destinada a combater o que ela chama de “analfabetismo virtual”.
O prefixo grego destacado no vocábulo analfabetismo NÃO encontra correspondência semântica em:
a) ateu;
b) intocável;
c) inteligível; d) desacreditar.
e) NDA
25) – Em: “A lingüista chama a atenção para os contextos...”, o prefixo latino con, em contextos, NÃO
corresponde ao prefixo grego sin em:
a) sinteco;
b) sintaxe;
c) sinestesia; d) simbiose.
e) NDA
26) – Os novos gêneros textuais, surgidos com a mídia eletrônica, como chats e e-mails, apresentam
características próximas da modalidade oral. Marque a alternativa INADEQUADA a respeito da
linguagem desses novos gêneros textuais:
a) As abreviações decorrem da urgência do contexto comunicativo.
b) O emprego de gírias reforça a integração do indivíduo no grupo.
c) Os códigos usados revelam grande capacidade criadora dos usuários.
d) A popularização do internetês ocasionou o fraco desempenho dos alunos.
e) NDA
Leia o texto abaixo faça as questões 27 e 29.
TEXTO
Máscara Negra
Zé Keti
Composição: Zé Kéti e Pereira Matos
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
27) – Qual dos trechos retirados da letra da música obedece a língua padrão?
a) “Ta fazendo um ano”
b) “E te beijou, meu amor”
c) “Foi bom te ver outra vez”
d) “Mais de mil palhaços no salão”
e) NDA
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28) – Qual das opções abaixo está CORRETA em relação à acentuação gráfica?
a) “foi” – apesar de ter o ditongo aberto, não é acentuado por não ser tônico.
b) “meu” – é acentuado graficamente quando o “u” é tônico e forma ditongo com a vogal anterior.
c) “beijou” – o ditongo “ei” seria acentuado se fosse tônico e apresentasse vogal aberta..
d) “saudade” – apesar de ser tônico, esse ditongo inicia a sílaba e é seguido de “d”.
e) NDA
TEXTO
Leia a tira a seguir.
29) – Sobre a estrutura sintática das orações da tirinha, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
a) Nessa tira, a regência do verbo assistir está empregada em desacordo com a variedade padrão.
b) O verbo assistir, no contexto da tirinha, foi usado no sentido de “estar presente”, “presenciar”.
c) Para adequar a regência do verbo assistir à variedade padrão, o complemento do verbo da
oração do 1º quadrinho precisaria ter uma preposição.
d) Para adequar a regência do verbo assistir à variedade padrão, o complemento verbal da oração
do 2º quadrinho não necessitaria de preposição.
e) NDA
30) – Assinale a alternativa em que a regência de ambos os verbos está correta, de acordo com a
gramática normativa.
a) Todos aspiram ao perfume das flores.
Aquele médico assiste a muitos pacientes.
b) O aluno esqueceu o compasso.
O filme não agradou aos críticos.
c) O caçador visou o alvo.
Quero muito bem meus avós.
d) O bom motorista obedece às regras de trânsito.
Todos assistiram atentamente o debate.
e) Ele preferiu advocacia do que o magistério.
O diretor perdoou aos atos de indisciplina.
LIP
Profª Margarete
TEXTO I
CONTO DE ESCOLA (adaptado)
A escola era na rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Subi a escada
com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a tempo. Chamava-se Policarpo e tinha perto de
cinquenta anos ou mais. Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele, tornaram a
sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.
― Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo
este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente
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estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do
que conosco.
― O que é que você quer?
― Logo, respondeu ele com voz trêmula.
Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era. Não
digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no
estilo, mas não tenho outra convicção. Note-se que não era pálido nem mofino: tinha boas cores e
músculos de ferro.
― Seu Pilar...murmurou ele daí a alguns minutos.
― Que é?
Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes, o Curvelo, olhava para ele,
desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa circunstância, pediu alguns minutos mais de espera.
Confesso que começava a arder de curiosidade. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze
anos, era mais velho que nós.
No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou
para mim.
― Sabe o que tenho aqui?
― Não.
― Uma pratinha que mamãe me deu.
― Pratinha de verdade?
― De verdade.
Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Raimundo revolveu em mim o olhar pálido; depois
perguntou-me se a queria para mim.
Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre.
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me
um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe.
Tive uma sensação esquisita. Não e que eu possuísse da virtude uma idéia antes própria de homem;
não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra mentira de criança. Sabíamos ambos
enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra
franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem poder dizer
nada.
― Tome, tome...
Relanceei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós; disse ao Raimundo que esperasse.
Pareceu-me que o outro nos observava, então dissimulei; mas daí a pouco, deitei-lhe outra vez o olho, e –
tanto se ilude a vontade! – não lhe vi mais nada. Então cobrei ânimo.
― De cá...
Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira das calças, com um alvoroço
que não posso definir. Restava prestar o serviço, ensinar a lição, e não me demorei a fazê-lo, nem o fiz
mal, ao menos conscientemente. De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com
um riso que me pareceu mau. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrario, franziu a testa, o que lhe deu
um aspecto ameaçador.
― Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.
― Diga-me isto só, murmurou ele.
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito.
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda mais
inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior.
― Oh! seu Pilar ! Bradou o mestre com voz de trovão.
Estremeci como se acordasse de um sonho, e levantei-me às pressas. Dei com o mestre, olhando
para mim, cara fechada, jornais dispersos, e ao pé da mesa, em pé, o Curvelo. Pareceu-me adivinhar tudo.
― Venha cá ! Bradou o mestre.
― Então o senhor recebe dinheiro para ensinar as lições aos outros? disse-me o Policarpo.
― Eu...
― De cá a moeda que este seu colega lhe deu! Clamou.
Não obedeci logo, mas não pude negar nada. Continuei a tremer muito. Policarpo bradou de novo
que lhe desse a moeda, e eu não resisti mais, meti a mão no bolso, vagarosamente, saquei-a e entregueilha. Ele, bufando de raiva, estendeu o braço e atirou-a a rua. E então disse-nos uma porção de coisas
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duras, que tanto o filho como eu acabávamos de praticar uma ação feia, indigna, baixa, uma vilania, e para
emenda e exemplo íamos ser castigados. Aqui pegou da palmatória.
Eu por mim, tinha a cara no chão. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos impropérios do
mestre. Na sala arquejava o terror; posso dizer que naquele dia ninguém faria igual negócio. Creio que o
próprio Curvelo enfiara de medo.
Em casa não contei nada, e claro; mas para explicar as mãos inchadas, menti a minha mãe, disselhe que não tinha sabido a lição.
De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moeda fez-me vestir depressa.
Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando. Não fui à
escola, acompanhei os fuzileiros. Voltei para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso
nem ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me
deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação; mas o diabo do tambor...
ASSIS, Machado de. Conto de Escola. In: Obra Completa. Volume II, Rio de Janeiro: Editora Nova
Aguilar, 1992. (Com adaptações)
31) Com base no texto I, assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um texto predominantemente dissertativo com incursões pelo universo narrativo.
b) O texto é uma narrativa da qual participam quatro personagens: o narrador, chamado Pilar, o
professor Policarpo, Raimundo e Curvelo.
c) Trata-se de um texto argumentativo que versa a respeito de um fato ocorrido numa escola do Rio
de Janeiro, em que um aluno ensina a lição a um outro mediante pagamento.
d) Trata-se de uma crônica de costumes em que se faz uma apologia a delação e a corrupção.
e) O texto, em que se menospreza a corrupção e a delação, tem cunho editorialístico.
32) Assinale a alternativa correta a respeito da estrutura do texto I.
a) Nas descrições encontradas no texto, o narrador assinala os traços mais singulares das
personagens a fim de, pela associação de idéias, construir uma imagem positiva delas.
b) Em “Conto de escola”, a ordem de apresentação dos acontecimentos e psicológica, ou seja, os
fatos são apresentados em sua sucessão no tempo.
c) O clímax do relato, ou seja, o ponto de maior tensão, da-se exatamente no momento em que Pilar
cumpre o acordo firmado com Raimundo.
d) Na introdução, o narrador situa o leitor quanto às circunstâncias de tempo e de espaço.
e) O ponto de vista adotado no texto e o de um narrador co-participante dos acontecimentos, ou
seja, um narrador onisciente em 3ª pessoa.
33) Analise as afirmativas a respeito do texto -I, observando se são falsas (F) ou verdadeiras (V).
(
) O narrador e Raimundo, o filho do mestre, eram os meninos menores e menos inteligentes da
turma, por isso, um sempre ajudava o outro.
(
) A negociação entre Raimundo e o narrador foi dissimulada e cautelosa, pois
temiam a
denuncia de Curvelo ao professor.
(
) O narrador, de acordo com a experiência relatada, tomou conhecimento de dois defeitos da
condição humana: o da corrupção e o da delação.
A alternativa com a sequência CORRETA é
a) F, V, V.
b) V, F, F.
c) V, V, V.
d) V, V, F.
e) F, V, F.
34) Há, no período “Subi a escada com cautela, para não ser ouvido pelo mestre...” , uma relação de
a) fato / causa.
b) fato / consequência.
c) fato / finalidade.
d) fato / conclusão.
e) fato / motivo.
35) E possível depreender do período “Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele,
tornaram a sentar-se” que:
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a) Havia alguns meninos sentados e outros de pé quando o professor entrou na sala.
b) Todos os meninos ficaram de pé e permaneceram nessa posição durante a entrada do professor.
c) Quando o professor entrou na sala, alunos o recepcionaram de pé e, em seguida, a maioria
sentou-se.
d) Poucos alunos sentaram-se depois da entrada do professor, alguns continuaram de pé.
e) Alguns alunos ficaram de pé durante a entrada do professor, mas se sentaram em seguida.
36) Assinale a alternativa em que a palavra em destaque foi empregada em sentido figurado.
a) “Subi a escada com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a tempo.”
b) “Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.”
c) “Confesso que começava a arder de curiosidade.”
d) “Raimundo meteu a mão nos bolsos das calças e olhou para mim.”
e) “Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarcadamente...”
37) Com base no contexto, identifique o sentido que melhor se aplica à palavra destacada no período
“Então cobrei animo.”
a) obter como paga, receber.
b) tomar algum lugar ou espaço.
c) passar a ter de novo, readquirir.
d) conquistar, ocupar.
e) exigir em troca.
Leia o texto II para responder as questões 38 a 42.
TEXTO II
INTERNETÊS: AMEAÇA À LÍNGUA PORTUGUESA
Há, ultimamente, um certo alarde a respeito de uma criação dos adolescentes usuários da Internet: a
novidade é que quem tem menos de 20 anos e acesso à rede mundial de computadores não dispensa o
“internetês” para escrever suas mensagens ou se comunicar nas salas de bate-papos virtuais.
No entanto, o que parecia uma brincadeira de adolescente está abalando o coração, já tão cansado,
dos professores da língua portuguesa. O assunto também já ganhou as páginas dos jornais e tem
alimentado calorosos debates entre acadêmicos, escritores e jornalistas, principalmente depois que um
canal de televisão por assinatura resolveu legendar seus filmes, nitidamente movido pela necessidade
mercadológica de atrair a audiência jovem, com o “internetês”.
Basicamente, o debate tem dividido os interessados entre os que são contra e os que são a favor. De
um lado e do outro existem os exagerados e alarmistas de plantão. Entre os que são contra, por exemplo,
um argumento bem forte é o de que o “internetês” é mais que uma degradação da língua, um verdadeiro
atentado infame a ela. Em artigo publicado no site do Observatório da Imprensa, o escritor Deonísio da
Silva chamou de “besteirol” o novo “idioma” e classificou o fenômeno como “assassinato a tecladas” da
língua portuguesa.
Afora os termos virulentos, Deonísio analisa o assunto com ponderação. Segundo o escritor, nunca
se escreveu tanto como nesses tempos de correspondências eletrônicas, mas, para ele, estão “botando os
carros na frente dos bois”. Ou seja, esses adolescentes têm acesso à internet e ao celular, mas não à
norma culta da língua escrita. Nas palavras de Deonísio: Os pequenos burgueses tinham internet e celular,
mas não dominavam a língua escrita. E por isso criaram a deles. Nada espantoso. Também os habitantes
das periferias não dominam a norma culta da língua e criam suas gírias, devidamente circunscritas a cada
grupo de usuários.
Para resumir, o escritor defende que o “internetês” é um sintoma da grave falência educacional que,
por sua vez, gera a exclusão dos jovens ao mundo letrado ao qual só poucos têm acesso.
Deonísio da Silva esteve também presente no Observatório da Imprensa – programa exibido
semanalmente pela TVE, cujo assunto foi pauta recente. Além do escritor e do apresentador do
Observatório, jornalista Alberto Dines, outros convidados estavam presentes: professor Sérgio Nogueira,
que comanda um programa na Rede STV sobre língua portuguesa e Marisa Lajolo, escritora, professora e
estudiosa da Universidade de Campinas (Unicamp), entre outros. Da mesma forma, na televisão, os
participantes se dividiram entre os que “mordem e os que assopram” o linguajar cibernético. Alberto Dines
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personificou o advogado do diabo ao provocar os convidados com a aposta de que o “internetês” era nada
mais do que um rebaixamento da língua, um “nivelar por baixo” em suas palavras.
Combatendo serenamente essa tese, Marisa Lajolo é uma das que não vêem nada de grave na
invenção dos adolescentes. Ao contrário, ela acredita que a nova escrita na Internet está promovendo um
“surto de poliglotas”. Na sua opinião, o “internetês” é apenas mais uma linguagem usada pelos jovens para
se comunicarem entre si, considerados, por ela, poliglotas pela capacidade de se expressar de maneira
diferente com seus pais, professores e com os demais interlocutores da comunidade. Dessa forma, para a
escritora, isso demonstra criatividade dos adolescentes em criar um código próprio, que reforça a
identidade deles.
Ainda no programa, Sérgio Nogueira não se deixou abalar pelas provocações de Alberto Dines e
aconselhou os professores a não se assustarem, mas procurarem conhecer a linguagem. Antigo
trabalhador da língua, escrevendo para jornais e apresentando um programa de televisão voltado
exclusivamente para o assunto, Sérgio Nogueira admite que esse é um “fenômeno natural”. Para ele, o
problema maior a ser atacado pelos professores é mesmo o domínio da linguagem padrão.
Outro que vê com bons olhos o fenômeno é o poeta Ledo Ivo. Por diversas vezes, declarou, na
mídia, seu apoio ao que ele batizou de “dialeto eletrônico”. Para o acadêmico, estamos diante de um
fenômeno lingüístico e cultural que só comprova a vitalidade da língua e sua capacidade de se transformar
através das gerações.
Na mídia impressa, também teve quem se manifestasse. Em sua página na revista domingueira do
jornal O Globo (Revista O Globo, 20/3/2005), a escritora gaúcha Martha Medeiros escreveu sobre o
“internetês” e se mostrou assustada com a adoção do dialeto no lançamento do Cyber Movie, sessão do
canal de tevê por assinatura, que adotou a linguagem juvenil nas legendas dos filmes. Para ela, esse é um
sinal de lamentável e vertiginosa decadência da língua portuguesa.
Entre melancólica e irônica, Martha concluiu sua crônica afinada com a opinião do escritor português
José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura: no filme “Língua, vidas em português” (de Victor Lopes, 2002)
Saramago prevê que, em breve, estaremos nos comunicando com grunhidos, como os homens das
cavernas. E aí, ele nem se referia à Internet, mas ao fato de que, há apenas 50 anos, a língua era falada e
escrita de modo mais belo e rico, por nossos antepassados.
Há, do outro lado, entusiastas febris. Pessoas afirmam que o “internetês” veio revolucionar a língua
portuguesa e chegam a oferecer um “curso de língua de internetês”, no qual estão traduzidas as principais
expressões da “língua” num “dicionário”. Fato é que: todo o “dicionário de internetês” é formado por um
punhado de expressões derivadas do inglês, outras tantas abreviações e palavras inventadas que
reproduzem o som das sílabas faladas. Qualquer pessoa, razoavelmente alfabetizada e que tenha
conhecimento de conceitos rudimentares da língua inglesa, é capaz de decifrar o código.
Seguindo o bom senso do professor Sérgio Nogueira, alguns professores de língua portuguesa já
tiveram a iniciativa de promover, em sala de aula, atividades com o dialeto. Não se trata de rejeitar,
diminuindo-lhe a importância, ou de elevar aos céus, atribuindo-lhe poderes para “revolucionar” ou mesmo
ameaçar a língua portuguesa. Essas experiências em sala de aula têm a qualidade de reconhecer o
fenômeno e explorá-lo, mostrando sua dimensão real. Dessa forma, é possível que o “internetês” ainda dê
o que falar. Mas, com o vocabulário reduzido de que ele dispõe, é provável que o debate, assim como a
própria vida do novo dialeto, não sejam capazes de ir muito longe. [...]
Karla Hansen (Texto reproduzido, com adaptações, do site www.educaçao publica.rj.gov.br/index.htm)
38) Analise as afirmativas abaixo e assinale a que está correta em relação às idéias contidas no texto II.
a) Dentre os que são questionados sobre a utilização do “internetês”, a maioria é defensora de seus
benefícios.
b) O uso do “internetês” em canal de televisão por assinatura tem como objetivo incutir na
população a aceitação e adoção de um novo código lingüístico.
c) Segundo o escritor Deonísio da Silva, o “internetês” só traz benefícios, pois os internautas passam
a utilizar mais a norma padrão da língua escrita.
d) Para Marisa Lajolo, é comum o jovem criar um linguajar variado para cada situação, adaptando a
linguagem ao contexto.
e) José Saramago previu que o “internetês” seria o equivalente aos grunhidos dos homens da
caverna.
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39) Na frase “Afora os termos virulentos, Deonísio analisa o assunto com ponderação.” , o termo em
destaque, no contexto, é equivalente a
a) contagiosos.
b)virtuais.
c) indecorosos.
d) rancorosos.
e) incuráveis.
40) “...mas para ele estão ‘botando o carro na frente dos bois’.” . A expressão destacada pode ser
substituída por
a) ...invertendo a ordem natural dos acontecimentos.
b) ...exagerando ao analisar a situação.
c) ...dando a cada fato sua real importância.
d) ...menosprezando o irrelevante em função do que é realmente essencial.
e) ...criando novos termos para o “internetês”.
41) No último parágrafo do texto, fica clara a posição da autora do artigo quanto ao “internetês”. Assinale a
alternativa que sintetiza essa opinião.
a) O “internetês” , apesar de ter um vocabulário reduzido, possui chances de ter novas palavras em
pouco tempo.
b) Certamente, ainda há muito o que se debater sobre o novo dialeto.
c) Tanto o “internetês” quanto os debates que a ele se referem podem não durar muito tempo.
d) É provável que muitos internautas adotem o “internetês” para facilitar sua comunicação.
e) Debates sobre o assunto podem cessar, mas o “internetês” continuará sendo uma ferramenta
indispensável ao internautas.
42) Em “Ao contrário, ela acredita que a nova escrita na Internet está promovendo um ‘surto de poliglotas’.”
A expressão em destaque, analisada no contexto em que está inserida, significa que
a) apesar de ter um aspecto positivo, a nova escrita está desagradando imensamente aos
estudiosos.
b) o “internetês” nada mais é que um novo código dentre tantos outros criados pelos jovens,
metaforicamente denominados poliglotas.
c) o “internetês” tem grandes chances de se tornar uma linguagem reconhecida algum dia.
d) há a intenção explícita, por parte de alguns provedores, em expandir o internetês entre os
usuários do computador.
e) os próprios jovens, embora não admitam, espantam-se com a rapidez com que a nova escrita se
infiltra entre os internautas.
43) Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambigüidade.
a) Peguei o ônibus correndo.
b) Os professores do colégio, que detêm um terreno na zona Sul, pediram demissão.
c) O guarda deteve o suspeito em casa.
d) O menino viu o incêndio do prédio.
e) Deputado fala da reunião no canal 2.
44)Assinale a alternativa incorreta em relação à tira a seguir.
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a) O gato ironiza o humano.
b) A voz do narrador se explicita.
c) No pensamento de Garfield, está implícito o grande número de problemas de Jon.
d) Um terceiro personagem participa da narrativa.
e) Subentende-se um homem ansioso e um gato sarcástico.
45)Veja a charge a seguir.
Pode-se afirmar, sobre a charge anterior que:
I. ela tem por objetivo ironizar a figura dos políticos que só sabem propor e nada resolver,
além de não revelarem domínio da norma culta ao conjugar um verbo que não existe:
“propinar”.
II. ela afirma que os políticos são homens de ação.
III. ela faz uma crítica direta aos políticos envolvidos no caso da CPI da Máfia da Propina,sejam
eles o acusado ou o acusador, desnudando suas intenções: o uso da política com fins
pessoais.
a)
b)
c)
d)
e)
Todas as afirmativas são verdadeiras
Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras
Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras
Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
Apenas a afirmativa III é verdadeira.
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