VIII SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO DOS GESTORES E EDUCADORES
DO PROGRAMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO À DIVERSIDADE
I SEMINÁRIO REGIONAL DE POLÍTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS
HUMANOS, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE
Relato De Experiência: Escola da Terra Na
Perspectiva da Educação Inclusiva
ETI APRÍGIO THOMAZ DE MATOS- PALMAS/TO
PROGRAMA ESCOLA DA TERRA
LUCIENE GAMA ANDRADE
Professora normalista da rede municipal de
educação do município de Palmas/TO.
Pesquisadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa
e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e
Direitos da Universidade Federal do Tocantins.
Escolas de Tempo Integral do Campo
São 05 Escolas
Região de Buritirana: ETI Luiz Nunes
Região de Taquaruçú: ETI Suely Reche
Região do São João: ETI Marcos Freire Região de
Taquaruçú : ETI João Beltrão
Região do Jaú: Aprígio Thomaz
SOCIALIZANDO A MINHA EXPERIÊNCIA
 Este relato de experiência tem como objetivo mostrar os desafios e
enfrentamentos vivenciados pel@s professores e alun@s do
programa educacional, intitulado de Escola da Terra;
 O mesmo busca promover o acesso, a permanência e a melhoria das
condições de aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas
em suas comunidades;
 O atendimento às escolas do campo e escolas localizadas em
comunidades quilombolas incluídas na ação Escola da Terra se dá em
turmas compostas por estudantes de variadas idades e dos anos
iniciais do ensino fundamental (Classes Multisseriadas), fortalecendo
a escola como espaço de vivência social e cultural;
 Busca-se relatar a partir da regência enquanto professora do projeto
Escola da Terra, da ETI Aprígio Thomaz de Matos, o protagonismo dos
alun@s mediante ao ensino/aprendizagem proposto pelo programa;
 abordamos as ações que o programa busca atender, sendo feito
através da formação continuada específica de professores para que
atendam às necessidades de funcionamento das escolas do campo e
das localizadas em comunidades quilombolas;
Programa Nacional de Educação do Campo
PRONACAMPO- MARÇO DE 2012
Programa de apoio técnico e financeiro aos Estados,
Municípios e Distrito Federal para a implementação da
política de educação do campo, conforme Decreto n°
7.352/2010.
Ações voltadas para o fortalecimento e a melhoria do
ensino nas redes existentes e ampliação de acesso a
educação para as populações do campo.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO ESCOLA DA TERRA
•
O Escola da Terra é uma das ações do PRONACAMPO,
Programa lançado pelo Governo Federal em 20 de março de
2012, Portaria nº 86 de 02 de fevereiro de 2013, que define ações
específicas de apoio quanto à efetivação do direito à educação
dos povos do campo e quilombola, considerando as
reivindicações históricas oriundas dessas populações.
• PRONACAMPO constitui-se em política de educação específica
para o campo e, nesta ótica, o Ministério da Educação assume o
desafio de, juntamente com os sistemas públicos de ensino e os
movimentos sociais e sindicais do campo, proceder a efetivação
de suas ações, na medida em que compreende a educação
como um direito público subjetivo e reconhece a enorme dívida
do poder público em relação ao direito dos povos do campo à
educação.
CONCEITUANDO
 A Escola da Terra é ação constante do PRONACAMPO e busca promover o
acesso, a permanência e a melhoria das condições de aprendizagem dos
estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades;
 O atendimento às escolas do campo e escolas localizadas em
comunidades quilombolas incluídas na ação Escola da Terra se dá em
turmas compostas por estudantes de variadas idades e dos anos iniciais
do ensino fundamental (Classes Multisseriadas), fortalecendo a escola
como espaço de vivência social e cultural.
OBJETIVOS DA ESCOLA DA TERRA
I
- promover a formação continuada específica de
professores para que atendam às necessidades de
funcionamento das escolas do campo e das
localizadas em comunidades quilombolas;
II - oferecer recursos didáticos e pedagógicos que
atendam às especificidades formativas das populações
do campo e quilombolas.
COMPONENTES DA ESCOLA DA TERRA
I - formação continuada de professores;
II - materiais didáticos e pedagógicos;
III - gestão, controle e mobilização social.
I- Formação Continuada de Professores
O objetivo da formação continuada de profissionais da Escola da
Terra constitui-se em fortalecer o desenvolvimento de propostas
pedagógicas e metodologias adequadas às comunidades
atendidas, no sentido de elevar o desempenho escolar dos
estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental que
compõem suas turmas.
II- Material Didático e Pedagógico
O material didático e de apoio pedagógico será disponibilizado
pelo MEC/FNDE e distribuído em kits compostos por jogos,
mapas, recursos para alfabetização/letramento e matemática, para
uso em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental,
compostas por estudantes de variadas idades e anos escolares,
em unidades de ensino do campo e de comunidades quilombolas,
objetivando contribuir com o processo de ensino-aprendizagem.
III- Monitoramento e Avaliação
visitas de acompanhamento pedagógico às escolas do
campo e quilombolas participantes, realizadas pelo
menos uma vez ao mês pelos tutores responsáveis
pela assessoria pedagógica, para acompanhar o
desenvolvimento do trabalho dos professores junto às
turmas, a evolução da aprendizagem dos estudantes, o
uso dos materiais, bem como para contribuir para o
aperfeiçoamento das estratégias de ensino articuladas
com os conhecimentos adquiridos no tempouniversidade.
IV- Gestão, Controle e Mobilização Social
A gestão, controle e mobilização social se constituem
em arranjo institucional para gestão das ações,
articulando a Comissão Nacional de Educação do
Campo e a Coordenação Nacional das Comunidades
Negras Rurais Quilombolas, com as instâncias
colegiadas dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios no acompanhamento e desenvolvimento
das atividades e ações vinculadas à Escola da Terra.
Juntos com Antonio Esclarín, atuamos com “o
conhecimento como um elemento para a inserção, a
educação garantida a todos, o acesso dos mais fracos,
a atuação de qualidade aos carentes, as oportunidades
educacionais para todos”.
a atuação de qualidade aos
carentes,
oportunidades educacionais para todos.”
FOTO/JORNADA PEDAGÓGICA
as
ESCOLA DA TERRA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
 Ações educativas que desnaturalizem a condição de exploração e
cerceamento de direitos em que vivem e apontem para formas
coletivas de sua superação;
 Almeja-se que a Escola da Terra seja um espaço de aprendizagem e de
construção de coletividades;
 Perspectiva de uma alfabetização viva, onde as crianças se apropriem
da leitura e da escrita de modo ativo, levando em consideração a sua
história de vida;
 Disponibilizar condições materiais e reais no que tange o ensino
aprendizagem, contribuindo para que os alunos se apropriem da
escrita e leitura.
AS ZONAS RURAIS E URBANAS NO CAMPO:
DIFERENTES CONTEXTOS, DESAFIOS DISTINTOS
As crianças da rua ou da cidade e as das áreas rurais
crescem em diferentes contextos de produção cultural
oral e escrita, o que deve ser levado em conta ao
pensarmos o currículo, a valorização dos saberes
locais e as estratégias didáticas de alfabetização e
letramento.
QUE INFÂNCIAS HÁ NO CAMPO?
 Infância num contexto de pertencimento a
determinada classe social.
 Filh@s
de
camponeses,
de
seringueiros,
pescadores, extrativistas, artesãos, garimpeiros,
chacareiros, etc.
 Estão vinculad@s ao trabalho produtivo.
 O ambiente de trabalho é geralmente familiar,
doméstico.
 As matas, os rios, os bosques, na maioria das vezes
são os amplos espaços de lazer das crianças.
CONCLUINDO
A “invocação moral e abstrata em favor da inclusão que engendra formas
dissimuladas de exclusão” (Plaisance, 2004, p. 5).
 Concordo com a afirmação do autor , pois em minhas experiências pessoais,
constato que esse discurso moralizante e apelativo tem produzido efeitos
contraditórios. Muitos professores negam-se a receber, em suas turmas
comuns, determinados aprendizes, percebidos como “muito diferentes” e para
os quais se sentem despreparados. Outros os aceitam, reunindo-os num grupo
à parte, produzindo exclusão, na inclusão.
 o maior desafio está nas salas de aula onde o processo ensino-aprendizagem
ocorre de forma sistemática e programada. A grande questão parece ser: como
planejar e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas, de
modo a atender a todos e a cada um, valorizando o trabalho na diversidade,
entendida como um recurso e não como obstáculo? O que nos falta para
desenvolver práticas pedagógicas com direção inclusiva?
 Portanto, estar à frente de um projeto (Escola da Terra) que prioriza e
oportuniza o ensino/aprendizagem, requer muito comprometimento e
responsabilidade no que tange o avanço e implementação das práticas
educativas para com @s alun@s envolvid@s nessa empreitada em busca de
sanar ou minimizar as dificuldades da escrita e leitura.
CONCLUINDO
Para tanto, devemos compreender o espaço escolar também como um
ambiente político de defesa por igualdade de direitos, sobretudo o que se
refere ao acesso à educação para todas e todos, uma vez que:
[a]s instituições escolares são lugares de luta, e a pedagogia pode e tem
que ser uma forma de luta político-cultural. As escolas como instituições
de socialização têm como missão expandir as capacidades humanas,
favorecer análises e processos de reflexão em comum da realidade,
desenvolver nas alunas e alunos os procedimentos e destrezas
imprescindíveis para sua atuação responsável, crítica, democrática e
solidária na sociedade (SANTOMÉ, 2011, p. 175).
PROTAGONISTAS DA ESCOLA DA
TERRA- ETI APRÍGIO THOMAZ DE
MATOS
REFERÊNCIAS
Pronunciamento do Prof. Plaisance extraído do site da
Secretaria de Estado da Educação de S.Paulo
www.educacao.sp.gov.br/cape/eventos.
Acesso ao site [email protected], feito em
05/11/2014.
Inclusão e Inclusão da Exclusão. In Inclusão Educacional
Pesquisa Interfaces. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2003.
Manual de Gestão do Escola da Terra.
OBRIGADA!!
Luciene Gama Andrade
Profª Regente Da Escola da Terra
ETI Aprígio Tomaz de Matos
[email protected]
(63) 3366-1701
8411-1809
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Relato de Experiência Luciene Andrade