TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS NA FEDERAÇÃO BRASILEIRA SEMINÁRIO SOBRE RECEITAS PÚBLICAS – 40 ANOS DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL RECIFE – 1 DEZEMBRO 2006 SERGIO PRADO - INSTITUTO DE ECONOMIA UNICAMP 1 CONTEÚDO 1. Alguns conceitos iniciais 2. Aspectos históricos do sistema 3. Os resultados do sistema - 2000 4. Perspectivas de reforma 2 2. A QUESTÃO CENTRAL: “BRECHA VERTICAL” ou “VERTICAL GAP” é a diferença entre os recursos próprios dos governos subnacionais e o montante de recursos necessários para o financiamento de seus encargos. BV Não é “desequilíbrio” BV existe em absolutamente todas as federações, é inerente a elas. 3 QUATRO CAUSAS BÁSICAS DA BV: Peso dos governos centrais no pós-guerra. Eficiência na atribuição de poderes (encargos e impostos) Demandas por equidade horizontal Papel do governo central como orientador do gasto executado por governos subnacionais. 4 AS TRANSFERÊNCIAS PARA FECHAR O “GAP”: LIVRES x CONDICIONADAS AUTONOMIA DEVOLUTIVAS x REDISTRIBUTIVAS DISPARIDADES LEGALMENTE DEFINIDAS x VOLUNTÁRIAS ORÇAMENTÁRIA REGIONAIS GARANTIA RECURSOS 5 COMPARTILHAMENTO: Forma muito usual de transferências. Diversos níveis de governo participam da receita dos impostos principais. Alternativas: Percentuais fixos (lei ou Constituição) Imposto de renda: alíquotas estaduais. FREQUENTEMENTE, É ASSOCIADO À FUNÇÃO REDISTRIBUTIVA 6 NOSSO FOCO AQUI: Transferências redistributivas visam reduzir disparidades inter-regionais. em geral são: Livres Legalizadas Duas fontes alternativas: • Orçamento federal • Compartilhamento de impostos 7 QUATRO CAUSAS BÁSICAS DA BV: Peso dos governos centrais no pós-guerra. Eficiência na atribuição de poderes (encargos e impostos) Demandas por equidade horizontal:Transf. Redistributivas, livres e legais Papel do governo central como orientador do gasto executado por governos subnacionais. 8 CONTEÚDO Alguns conceitos iniciais 2. Aspectos históricos do sistema 3. Os resultados do sistema - 2000 4. Perspectivas de reforma 9 Visão geral do sistema atual PRINCIPAIS TRANSFERÊNCIAS VERTICAIS NA FEDERAÇÃO BRASILEIRA (R$MI) TIPO DE TRANSFERÊNCIA GF P/ GE GF P/ GM GE P/ GM IPVA 2.520 I COTA PARTE ICMS 18.226 V IPI EXP. 1.164 335 R L KANDIR 1.625 810 E FPE 12.182 L DEVOLUTIVAS COMPENSATÓRIAS REDISTRIBUTIVAS 12.779 FPM S 1.016 9.759 11.307 TOTAL TRANSFERÊNCIAS ACIMA 25.746 31.971 TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS 2.704 31.320 1.957 35.444 SUS CONDICIONADAS FUNDEF TRANSFERÊNCIAS TOTAIS 7.885 21.891 850 10 22.963 1) Aspectos históricos Origens do sistema: Reforma Tributária 1965/7 Poucas transferências então existentes Centralização da arrecadação com sistema redistributivo: fundos de participação Criação pioneira de um IVA: o ICM Lógica básica: • FPE – critério de atraso econômico • FPM – critério populacional 11 1) Aspectos históricos Fundos de participação: origem dos recursos: Recursos pré-definidos – % IR e IPI Percentagens fixadas na Constituição Não há mecanismo regular e institucionalizado de revisão deste montante (percentuais). 12 retrospecto histórico das alíquotas Dos fundos de participação Ano 1967-68 1969-75 1976 1977 1978 1979-80 1981 1982-83 1984 1985 a 1985-88 1988 1989 1990 1991 1992 1993 Dispositivo Legal Emenda Constitucional 18/65 Ato Complementar 40/68 Emenda Constitucional 5/75 Idem Idem Idem Emenda Constitucional 17/80 Idem Emenda Constitucional 23/83 Idem Emenda Constitucional 27/85 Constituição Federal de 1988 Idem Idem Idem Idem Idem Fonte: Cartilha do FPE e FPM – STN FPM 10,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00% 10,00% 10,50% 13,50% 16,00% 17,00% 20,00% 20,50% 21,00% 21,50% 22,00% 22,50% FPE 10,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00% 10,00% 10,50% 12,50% 14,00% 14,00% 18,00% 19,00% 19,50% 20,00% 20,50% 21,50% 13 1) Aspectos históricos REGRAS FPE ATÉ 1988 20% “Reserva do FPE”, exclusiva para Norte e nordeste. 80% distribuídos para todos os estados, incluindo NO-NE. Critérios: 5% proporcionalmente a superfície 95% coeficientes de participação com base em população ponderada pelo inverso da renda per capita. “Reserva do FPE” distribuída conforme os mesmos critérios dos 80%, mas aplicados apenas a estas regiões. 14 1) Aspectos históricos Regras do FPM ATÉ 1988 Originalmente, só municípios do interior. 1967, incluídos municípios de capitaisrecebendo 10% 1981, Reserva do FPM, 3.6% para grandes municípios (>156.216 habs.). Portanto: 86,4% pequenos M’s 13,6% Grandes e Médios 15 1) Aspectos históricos Regras do FPM ATÉ 1988 13,6% para grandes municípios: coeficientes baseados na população e no inverso da renda per capita. 86,4% para pequenos municípios: Coeficientes baseados em faixas de população, concedendo maiores recursos para menores municípios, e regressivo para municípios maiores que 156.216 habs (quanto maior o município, menos recursos per capita recebe). 16 Aplicado a todos os M’s do país em conjunto 1) Aspectos históricos Regras do FPM ATÉ 1988 é critério só populacional, beneficiando pequenos e penalizando grandes. Se um município pequeno é dividido em dois, ambos ganham mais. Lógica básica: pequenos têm pouca capacidade de arrecadação. Não incorpora qualquer critério redistributivo: só a população importa, não a região do país. 17 1) Aspectos históricos A Reforma de 1988 O clima político: descentralização O ICMS: ampliação + autonomia A ampliação dos FP’s Constituição exigia (Disposições Transitórias) a revisão dos critérios dos Fundos de Participação. Em 1989, os governos estaduais se reuniram para esta revisão. 18 1) Aspectos históricos LC 62/1989 – fracasso na revisão leva a congelamento. Situação anterior na distribuição interregional • Critérios dinâmicos – variação relativas de produto e população afetavam distribuição • Equalização conseqüente no FPE: se ocorresse convergência era alterada a distribuição Resultado da LC 62: sistema é reduzido a uma rústica tabela de percentuais fixos. 19 1) Aspectos históricos O “congelamento” da LC 62 Situação anterior não foi adotada – diversas “adaptações” foram feitas, não há base legal para estes cálculos. Alguns estados tiveram seus percentuais fixados arbitrariamente: SP = 1%, ES = 1,5%. Estabeleceu-se também que as regiões sul/sudeste ficariam restritas a 15% dos recursos. Previa-se edição de lei específica para os critérios, o que nunca ocorreu. 20 fonte: TCU internet, 18 outubro 2005 UF AC - Acre AL - Alagoas AM - Amazonas AP - Amapá BA - Bahia CE - Ceará DF - Distrito Federal ES - Espírito Santo GO - Goiás MA - Maranhão MG - Minas Gerais MS - Mato Grosso do Sul MT - Mato Grosso PA - Pará PB - Paraíba PE - Pernambuco PI - Piauí PR - Paraná RJ - Rio de Janeiro RN - Rio Grande do Norte RO - Rondônia RR - Roraima RS - Rio Grande do Sul SC - Santa Catarina SE - Sergipe SP - São Paulo TO - Tocantins coeficiente 2000 População 527.937 2.713.203 2.580.860 439.781 12.993.011 7.106.605 1.969.868 2.938.062 4.848.725 5.418.349 17.295.955 2.026.600 2.375.549 5.886.454 3.375.609 7.580.826 2.734.152 9.375.592 13.807.358 2.654.501 1.296.856 266.922 9.971.910 5.098.448 1.712.786 35.816.740 1.134.895 3,421 4,160 2,790 3,412 9,396 7,337 0,690 1,500 2,843 7,218 4,455 1,332 2,308 6,112 4,789 6,900 4,321 2,883 1,528 4,178 2,816 2,481 2,355 1,280 4,155 1,000 4,340 21 1) Aspectos históricos O FPM E O “CONGELAMENTO” DA LC 62/89 Percentuais por estado foram congelados: o sistema deixa de operar em âmbito nacional. Coeficientes por município foram mantidos também congelados. Mecanismo progressivo de “descongelamento interno” foi iniciado em 2002, para ser completado até 2007. A partir daí, o sistema por população funcionará internamente aos estados. 22 1) Aspectos históricos A evolução da arrecadação e rec. Disponível Arrecadação - competência tributária Rec. Disponível = receita após realização de todas as transferências. Indica o poder de gasto final de cada nível de governo. Municípios são somente receptores, estados são receptores e cedentes. GF é apenas cedente. 23 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1971 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 24 2005 2003 42 40 38 36 34 32 30 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10 CARGA TRIBUTÁRIA - % PIB RECEITA ARRECADADA POR NÍVELD E GOVERNO - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL 75,1 68,4 66,7 31,2 30,6 80 RECEITA DISPONÍVEL POR NÍVEL DE GOVERNO - COMPOSIÇÃO PERCENTUAL 70 1970 60,8 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1960 26 5,6 20,6 2,7 2004 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2005 57,6 60 50 40 1970 29,2 2005 25,2 30 1970 10 UNIÃO ESTADOS 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1960 0 2004 2005 17,2 10 2002 20 MUNICÍPIOS 25 26 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 % carga 1977 1975 1973 1971 % PIB 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 20 TRANSFERÊNCIAS FEDERAIS COMO % PIB, CARGA E REC. FEDERAL % Rec.fed. 18 15 13 10 8 5 3 0 CONTEÚDO Alguns conceitos iniciais Aspectos históricos do sistema 3. Os resultados do sistema - 2000 4. Perspectivas de reforma 27 A metodologia Partimos da arrecadação de cada nível de governo. Acrescentamos todas as demais transferências que não os fundos de participação. Acrescentamos depois os fundos de participação, para avaliar qual o efeito que eles tem na redução de disparidades. 28 GOVERNOS SUBNACIONAIS - EVOLUÇÃO DA RECEITA ABSOLUTA PER CAPITA (R$/HABIT.) RECEITA ARRECAD. RECEITA DISPONÍVEL PRÓPRIA GANHOS/ PERDAS FINAL (%) ESTADOS 544,37 910,11 937,56 72,23 GOV.ESTADUAL 456,04 494,34 505,26 10,79 MUNICIPIOS 89,40 420,85 437,58 389,44 29 tab. 4.6 RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DOS GOVERNOS ESTADUAIS COMPOSIÇÃO PERCENTUAL 2000 ARRECAD. RECEITA BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL C OESTE RECEITA RECEITA DISPONIV. DISPONÍVEL PRÓPRIA SEM FPE COM FPE FINAL 100 4,4 13,3 59,8 15,4 7,1 100 5,3 13,6 57,7 16,0 7,4 100 8,2 19,3 50,5 14,7 7,3 100 8,3 20,0 49,8 14,5 7,4 30 TABELA 4.8 RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DOS GOVERNOS ESTADUAIS 2000 EVOLUÇÃO DA RECEITA PER CAPITA ABSOLUTA - R$/HABITANTE RECEITA RECEITA RECEITA GANHO/ ARRECAD. DISPONÍVEL DISPONÍVEL PRÓPRIA SEM FP'S COM FP's FINAL (%) BRASIL 456,0 422,6 494,3 505,3 10,8 NORTE 261,2 293,8 533,4 554,8 112,5 NORDESTE 216,4 205,0 338,9 359,0 65,9 SUDESTE 639,5 571,3 585,6 590,0 -7,7 D. FEDERAL 642,0 703,0 744,0 784,6 22,2 C OESTE 474,8 455,0 530,1 547,8 15,4 31 PERDAS RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DOS GOVERNOS ESTADUAIS 2000 EVOLUÇÃO DA RECEITA PER CAPITA ABSOLUTA - R$/HABITANTE RECEITA ARRECAD. PRÓPRIA BRASIL ACRE AMAZONAS PARÁ RONDôNIA RORAIMA AMAPÁ TOCANTINS NORTE MARANHÃO PIAUÍ CEARÁ RG DO NORTE PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS SERGIPE BAHIA NORDESTE 456,0 280,9 436,8 171,6 335,2 287,0 246,2 214,5 261,2 104,2 137,1 225,5 255,0 194,1 253,4 173,8 247,0 257,3 216,4 RECEITA RECEITA DISPONÍVEL DISPONÍVEL SEM FP'S 422,6 370,9 428,4 208,8 325,5 457,1 383,0 263,6 293,8 119,2 144,0 201,0 247,4 184,8 231,7 173,3 246,5 239,1 205,0 COM FP's 494,3 1.118,4 549,2 329,1 574,1 1388,7 1.254,4 720,6 533,4 274,8 329,2 321,3 430,6 354,2 337,8 352,9 530,1 326,7 338,9 GANHO/ PERDAS FINAL 505,3 1.183,6 562,2 339,4 586,1 1493,4 1.278,2 788,2 554,8 287,2 343,3 343,1 467,5 383,3 361,2 388,2 556,7 338,5 359,0 (%) 10,8 321,3 28,7 97,8 74,9 420,4 419,2 267,4 112,5 175,7 150,5 52,1 83,4 97,5 42,5 123,4 125,4 31,6 65,932 Tab. 4.10 RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DE MUNICÍPIOS - 2000 COMPOSIÇÃO PERCENTUAL RECEITA UF ARREC. RECEITA DISPONÍVEL RECEITA DISPONÍVEL FORA FPM 100 100 NORTE 2,7 4,4 NORDESTE 9,9 17,6 SUDESTE 70,1 58,3 SUL 13,7 14,9 C OESTE 3,5 4,9 fonte:calculado sobre tabela A 7 Anexo. FPM COM FPM FINAL 100 8,8 35,4 31,2 17,5 7,2 100 5,2 20,8 53,4 15,3 5,3 100 5,4 21,2 52,7 15,4 5,4 33 RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DOS MUNICIPIOS 2000 EVOLUÇÃO DA RECEITA PER CAPITA ABSOLUTA - R$/HABITANTE ARRECAD. REC. DISP. RECEITA RECEITA GANHO/ PRÓPRIA APROP. DISPONÍVEL ECONÔM. COM FP's FINAL (%) PERDAS BRASIL 89,4 254,4 420,8 437,6 389,4 NORTE 31,6 103,1 282,9 304,4 863,5 NORDESTE 31,2 105,8 307,5 325,3 941,4 SUDESTE 145,2 380,7 520,3 533,9 267,6 SUL 82,0 266,9 431,6 449,5 448,5 C OESTE 54,6 211,3 391,9 417,3 664,3 34 RECEITAS E TRANSFERÊNCIAS DOS MUNICIPIOS 2000 VALORES AGREGADOS POR ESTADO EVOLUÇÃO DA RECEITA PER CAPITA ABSOLUTA - R$/HABITANTE ARRECAD. RECEITA RECEITA RECEITA GANHO/ PRÓPRIA DISPONÍVEL DISPONÍVEL SEM FP'S COM FP's FINAL (%) PERDAS BRASIL ACRE AMAZONAS PARÁ RONDôNIA RORAIMA AMAPÁ TOCANTINS NORTE MARANHÃO PIAUÍ CEARÁ RIO G. DO NORTE PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS SERGIPE 89,4 20,4 55,7 24,8 24,8 50,6 18,4 22,8 31,6 14,6 15,6 30,7 29,4 18,7 42,2 24,6 39,4 344,7 187,8 255,1 164,8 220,8 185,7 169,7 207,8 196,0 168,8 179,5 221,8 210,5 186,2 222,6 185,3 236,4 420,8 313,9 315,6 239,8 303,9 373,5 265,8 375,3 282,9 260,3 290,7 309,4 324,6 305,0 306,0 293,0 339,8 437,6 340,2 332,7 257,7 335,6 469,9 285,1 393,2 304,4 276,8 307,2 325,7 347,7 330,1 321,4 313,2 360,7 389,4 1566,3 497,6 937,2 1251,0 829,2 1452,2 1625,8 863,5 1800,8 1867,9 960,8 1083,4 1661,2 661,8 1175,3 816,2 BAHIA 39,5 238,2 327,0 344,1 770,4 NORDESTE 31,2 212,8 307,5 325,3 35 941,4 Até aqui, consideramos municípios no agregado estadual. Isto é insuficiente. Vamos agora observar os municípios em cada estado e região, separados por faixa de tamanho. Depois, vamos observar mais detalhadamente os municípios individuais, tomando alguns “estudos de caso” de estados. 36 REGIÃO SUDESTE - RECEITAS MUNICIPAIS PER CAPITA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE TAMANHO DO MUNICÍPIO 700 600 500 400 300 200 100 0 até 5.000 de 5.000 a 10.189 de 10.189 a de 16.981 a de 30.001 a de 50.941 a de 75.001 a de 101.217 de 125.001 16.980 30.000 50.940 75.000 101.216 a 125.000 a 156.216 ARRECADAÇÃO REC. DISP. AP. ECONÔMICA REC. DISP. SEM FPM REC. FINAL (C/ FPM E VOLUNÁRIAS) acima de 156.216 CAPITAL 37 REGIÃO SUL - RECEITAS MUNICIPAIS PER CAPITA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE TAMANHO DO MUNICÍPIO 700 600 500 400 300 200 100 0 até 5.000 de 5.000 a de 10.189 a de 16.981 a de 30.001 a de 50.941 a de 75.001 a de 101.217 de 125.001 10.189 16.980 30.000 50.940 75.000 101.216 a 125.000 a 156.216 ARRECADAÇÃO REC. DISP. AP. ECONÔMICA REC. DISP. SEM FPM REC. FINAL (C/ FPM E VOLUNTÁRIAS) acima de 156.216 CAPITAL 38 450 REGIÃO NORDESTE - RECEITAS MUNICIPAIS PER CAPITA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE TAMANHO DO MUNICÍPIO 400 350 300 250 200 150 100 50 0 até 5.000 de 5.000 a de 10.189 a de 16.981 a de 30.001 a de 50.941 a de 75.001 a de 101.217 de 125.001 10.189 16.980 30.000 50.940 75.000 101.216 a 125.000 a 156.216 ARRECADAÇÃO REC. DISP. AP. ECONÔMICA REC. DISP. SEM FPM REC. FINAL (C/ FPM E VOLUNÁRIAS) acima de 156.216 CAPITAL 39 450 REGIÃO NORTE - RECEITAS MUNICIPAIS PER CAPITA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE TAMANHO DO MUNICÍPIO - REAIS 400 350 300 250 200 150 100 50 0 até 5.000 de 5.000 a de 10.189 a de 16.981 a de 30.001 a de 50.941 a de 75.001 a de 101.217 de 125.001 10.189 16.980 30.000 50.940 75.000 101.216 a 125.000 a 156.216 ARRECADAÇÃO REC. DISP. AP. ECONÔMICA REC. DISP. SEM FPM REC. FINAL (C/ FPM E VOLUNÁRIAS) acima de 156.216 CAPITAL 40 REGIÃO C OESTE- RECEITAS MUNICIPAIS PER CAPITA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE TAMANHO DO MUNICÍPIO 600 500 400 300 200 100 0 até 5.000 de 5.000 a de 10.189 a de 16.981 a de 30.001 a de 50.941 a de 75.001 a de 101.217 de 125.001 10.189 16.980 30.000 50.940 75.000 101.216 a 125.000 a 156.216 ARRECADAÇÃO REC. DISP. AP. ECONÔMICA REC. DISP. SEM FPM REC. FINAL (C/ FPM E VOLUNÁRIAS) acima de 156.216 CAPITAL 41 RIODE JANEIRO 1200 1000 800 600 400 200 0 1 2 ARRECADAÇÃO 3 4 5 6 7 REC. DISPONÍVEL APROP. ECONÔM. 8 9 10 C T REC. DISPONÍVEL REC. FINAL SEM FPM 42 MGSUL 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 1 2 ARRECADAÇÃO 3 4 5 6 7 REC. DISPONÍVEL APROP. ECONÔM. 8 9 10 C T REC. DISPONÍVEL REC. FINAL SEM FPM 43 SANTACATARINA 700 600 500 400 300 200 100 0 1 2 ARRECADAÇÃO 3 4 5 6 7 REC. DISPONÍVEL APROP. ECONÔM. 8 9 10 C T REC. DISPONÍVEL REC. FINAL SEM FPM 44 BAHIA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO E NÚMERO DE MUNICÍPIOS POR FAIXA DE TAMANHO E INTERVALOS DA RECEITA FINAL PER CAPITA COM FPM FAIXA POP POP. FAIXA RPC (No. Habits.) % POP. TOTAL MÍNIMA ATÉ 5.000 5.000 A 10.189 32.254 371,5 0,3 550.777 202,1 4,3 de 10.189 a 1.794.508 194,1 16.980 13,9 DE 16.981 A 30.000 2.664.657 197,9 20,7 DE 30.001 A 50.940 1.655.572 172,6 12,9 DE 50.941 A 75.000 1.000.579 195,5 7,8 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR INTERVALOS DE REC.P CAPITA REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. REC.MAX. % POP. NO.MUNIC. 1o. (10%) 2o. (20%) 3o. (30%) 4o. (50%) 402,7 38,3 3 230,9 1,8 1 225,9 5,3 7 253,6 28,3 33 219,6 16,0 7 208,8 6,2 1 465,0 28,8 2 288,4 24,9 16 289,5 47,0 60 365,1 63,4 78 313,6 64,4 29 235,5 10,5 2 527,4 12,7 1 345,9 34,4 23 353,1 35,9 49 476,5 4,0 5 407,6 14,9 7 262,1 53,6 9 683,2 20,2 2 489,7 38,9 28 512,1 11,9 17 755,1 4,2 5 642,7 4,7 2 328,7 29,7 5 RP CAPITA VARIAÇÃO MÁXIMA % RECEITA 683,2 83,9 489,7 142,3 512,1 163,9 755,1 281,5 642,7 272,4 328,7 68,1 45 CONTEÚDO Alguns conceitos iniciais Aspectos históricos do sistema Os resultados do sistema - 2000 1. Perspectivas de reforma 46 Perspectivas de reforma Avaliação da situação atual: qual a referência? D 47 Modelos básicos para transf. Redistributivas: Critério básico é população, ponderada por algum critério redistributivo 1º. Modelo: “fluxo redistributivo”. Ponderação por parâmetros de pobreza ou atraso, em geral aplicados a compartilhamento de impostos (Índia,Brasil). Não exige muita sofisticação, mas é rústico e impreciso, pois não leva em consideração a totalidade das receitas obtidas pelos governos. 48 Modelos básicos para transf. Redistributivas: 2o. Modelo: “Sistemas de Equalização” (Alemanha, Canadá, Austrália) Leva em consideração a totalidade das receitas que podem ser obtidas por cada governo, e define as transferências com base nesta estimativa. Toma-se como referência a receita potencial, não a receita efetiva. Recursos dados ou “conta aberta” Pode ser sofisticado: necessidades, Austrália 49 O sistema brasileiro até 1988 1. 2. 3. Era um típico “fluxo redistributivo”, portanto, não levava em consideração outras receitas. FPM ignora diferenças em desenvolvimento econômico. FPM penaliza grandes cidades. Mas, era um dispositivo dinâmico e dotado de certa racionalidade. 50 O sistema brasileiro pós 1989 1. 2. 3. Deixou de ser um sistema, tornou-se uma tabela de porcentagens. Não responde a mudanças no grau relativo de desenvolvimento econômico (convergência). Ignora mudanças demográficas. Não é questionado porque beneficia regiões menos desenvolvidas e a maioria de pequenos municípios. 51 Alternativas de mudança; Cenário pior (e talvez provável?): repetir 1989: “caixa de ferramentas” e posterior congelamento (mais 15 anos?) 2. Cenário moderado: retornar ao sistema dinâmico existente antes de 1989. 3. Cenário ousado: avançar para um efetivo “sistema de equalização” 1. 52 FIM GRATO PELA ATENÇÃO!!!! 53 Hierarquia vertical: federalismo triangular ou república municipalista? GC GC GE GE GL GL 54 CALCULO DE COEFICIENTES PARA FPM- DEMAIS MUNICIPIOS D.L. 1881/81 COEFICIENTES POPULAÇÃO 0,6 mais 0,2 para cada 3.396 até 16980 adicionais. 16.980 até 50.940 50.940 até 101.880 101.880 até 156.216 acima de 156.216 1,0 mais 0,2 para cada 6.792 adicionais 2,0 mais o,2 para cada 10.188 adicionais 3,0 mais 0,2 para cada 13.584 adicionais 4 SOMA-SE TODOS OS COEFICIENTES E A PORCENTAGEM DOS RECURSOS DESTINADA A CADA MUNICÍPIO É DADA PELA PARTICIPAÇÃO DE SEU COEFICIENTE NESTE TOTAL. 55