Immanuel Kant (1724-1804) Conhecimento Ética Immanuel Kant (1724-1804) • Sempre em Königsberg; • Sempre dedicado a educação, geografia e a filosofia; • Disciplinado (pietismo) ▫ Caminhadas sistemáticas; • Sua filosofia permeia quatro questões: ▫ ▫ ▫ ▫ O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? O que é o ser humano? A maioridade • “O que é a ilustração?” ▫ Guiar-se por sua própria razão; ▫ “saída do homem de sua menoridade” Sem doutrinação; Sem tutela Não transferir para outro a penosa tarefa de pensar; Influência da obra “Emílio”. • “SAPERE AUDE” (“Ouse saber”) “Vivemos atualmente em um século já ilustrado, já esclarecido? Não. Mas num século em marcha para a ilustração, para o esclarecimento”. A questão do conhecimento • “Crítica a razão pura” (1781). • Resultado de uma interação entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. • Não conhecemos as coisas em si mesmas (“o ser em si”), independentes de nós. • Percebemos “o ser para nós”, os fenômenos. • Fontes a posteriori: depois da experiência; dados fornecidos pelos sentidos. • A priori (apriorismo kantiano): ▫ FORMAS Sensibilidade: espaço e tempo Entendimento: categorias que possibilitam os julgamentos Ex.: Quantidade; qualidade; causalidade. A questão ética • “Crítica a razão prática” (1788) e “Fundamentação da metafísica dos costumes” (1785). • “O que podemos fazer?” ▫ Normas morais: origem na razão; ▫ Dever: liberdade da razão; ▫ Imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo que ela se torne lei universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes, p. 59) • Só é considerado ATO MORAL: ▫ Autônomo ▫ Consciente ▫ Por dever • Educação das vontades (inclinações) ▫ BOA VONTADE Sorria, você está sendo filmado Hélio Schwartsman Folha de SP (28/09/2012) SÃO PAULO - O Colégio Rio Branco, uma das mais tradicionais escolas particulares de São Paulo, instalou câmeras de vigilância nas salas de aula. Até onde devemos avançar na utilização de tecnologias de monitoramento? Esse é o melhor teste para distinguir consequencialistas, isto é, aqueles espíritos essencialmente pragmáticos, dos deontologistas, os partidários de éticas do dever. E o grande problema com as câmeras, como observou o filósofo Emrys Westacott, é que elas funcionam. Sua mágica é que fazem com que a obrigação coletiva (o cumprimento de regras) e o interesse próprio (não ser apanhado), que muitas vezes andam separados, coincidam. É só acionar uma dessas engenhocas que as pessoas começam a se comportar melhor. Como ser contrário a isso? Essa é uma missão para Immanuel Kant. Para o filósofo prussiano, um homem pode fazer a coisa certa ou por temer a sanção ou por reconhecer a racionalidade por trás da norma. Só na segunda hipótese ele age de forma moral e livre. É só aí que ele se constitui como sujeito autônomo. Avançando um pouco mais no raciocínio kantianowestacottiano, as câmeras, ao jogar o interesse para o mesmo lado da obrigação, na verdade nos privam da liberdade de fazer o que é certo, isto é, impedem nosso crescimento como agentes morais. O dilema não tem solução, ou melhor, a resposta muda conforme o contexto. A maioria de nós tende a ser favorável à colocação de câmeras em lugares públicos de grande afluxo de pessoas, como aeroportos e prisões, já que elas melhoram bastante a segurança. Mas não aderimos tão entusiasmadamente a elas em situações mais privadas, como o quarto conjugal ou, de forma menos dramática, o ambiente de trabalho. E a razão, creio, é que prezamos a ideia de aprimoramento moral. Eu pelo menos, apesar de minhas inclinações consequencialistas, hesitaria em matricular meus filhos numa escola sob vigilância perpétua. Sobre dilemas morais e seus princípios