Immanuel Kant 1724-1802
Profª Karina Oliveira Bezerra
Aula 05
Unidade 01. Capítulo 04: p.57-58
Unidade 08. Capítulo 05: pg. 442-446
Filosofia da Ilustração ou Iluminismo (meados do século
XVIII ao começo do século XIX)
 Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a
felicidade social e política (a Filosofia da Ilustração foi
decisiva para as idéias da Revolução Francesa de 1789);
 A razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é
um ser perfectível. A perfectibilidade consiste em
liberar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais,
em libertar-se da superstição e do medo, graças ao
conhecimento, às ciências, às artes e à moral;
• O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações,
que vão das mais atrasadas (também chamadas de “primitivas” ou
“selvagens ”) às mais adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental);
Immanuel Kant 1724-1802
• Não existe bondade natural. Por natureza, diz Kant, somos egoístas, ambiciosos, destrutivos,
agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos,
roubamos. É justamente por isso que precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.
• A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos. Se a razão
prática tem o poder para criar normas e fins morais, tem também o poder para
impô-los a si mesma. Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo
que ela própria criou é o dever.
• O dever, portanto, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e à
nossa consciência, é a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta da
humanidade em nós. Obedecê-lo é obedecer a si mesmo. Por dever, damos a nós
mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos
autônomos.
• Qual o papel da religião? Oferecer conceitos e princípios para a ação moral e fortalecer a
esperança num destino superior da alma humana. Sem Deus e a alma livre não haveria a
humanidade, mas apenas a animalidade natural; sem a imortalidade, o dever tornar-se-ia banal.
O imperativo categórico
• O imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: Age em
conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei
universal .
• Em outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a
vontade e as leis universais que ela dá a si mesma.
• Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a
incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:
• 1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em
lei universal da Natureza;
• 2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na
pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
• 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para
todos os seres racionais.
• A noção de imperativo categórico representa a base do
comportamento moral, de acordo com o pensamento kantiano.
O juízo moral provém da razão; portanto, a moral é racional.
A moral, por ser racional, consiste numa razão prática pura.
A ação moral baseia-se numa regra universal.
Obedecer à lei racional da moral é um dever do ser humano.
As respostas de Kant, procuram resolver a dificuldade de explicar por
que o dever e a liberdade da consciência moral são inseparáveis e
compatíveis.
Ele coloca o dever em nosso interior, desfazendo a impressão de que ele
nos seria imposto de fora por uma vontade estranha à nossa.
Teoria do conhecimento
“Pelas condições da nossa natureza a intuição nunca pode ser senão sensível, isto
é, contém apenas a maneira pela qual somos afetados pelos objetos, ao passo que
o entendimento é a capacidade de pensar o objeto da intuição sensível. Nenhuma
destas qualidades tem primazia sobre a outra. Sem a sensibilidade, nenhum objeto
nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem
conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas. Pelo que é tão necessário
tornar sensíveis os conceitos (isto é, acrescentar-lhes o objeto na intuição) como
tornar compreensíveis as intuições (isto é, submetê-las aos conceitos).”
• Immanuel Kant – Crítica da Razão Pura
Kant formula um projeto de filosofia crítica que visa dar conta da possibilidade
humana de conhecer o real.
Para Kant, o conhecimento resulta das faculdades da sensibilidade e do
entendimento.
Para Kant, a faculdade da sensibilidade permite que o objeto pensado por
conceitos seja determinado espaço-temporalmente como objeto de uma
experiência possível.
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