PSICOTERAPIA NA INFÂNCIA Idade Participação da família (pais, avós, babá) Escola Planejamento das Sessões Entrevista Devolutiva CASO CLÍNICO C. (caso atípico) 4 anos “Imobilidade” e “mutismo” seletivo (na ausência da mãe) Filha e neta única, gestação difícil, engasgou bebê, desmame tardio e difícil, mãe professora, pai ausente (trabalho) Monitoria estressante, medo de ter outro filho Poucos ou nenhum limite em casa (ex: circo) Pouca interação social (nula sem a mãe) AVALIAÇÃO Entrevista com os pais CBCL e YRF Entrevista com professora, diretora e observação em sala de aula Escalas de auto-avaliação (stress e ansiedade) DEVOLUTIVA Reservas: inteligência normal (atenção, memória…), desenvolvimento psicomotor normal, afetuosa, criativa Déficits: timidez Excesso: ansiedade, dependência, comportamento opositor /“teimosia” INTERVENÇÃO (1 ANO E MEIO) Separação gradativa da mãe Orientação aos pais: fortalecer limites, evitar reforçar compto regredido, diminuir monitoria estressante Fracassos e dificuldades: sistema de fichas /recompensas, vínculo difícil (psicóloga c/ av) Psicoeducação (sentimentos, ansiedade) Escrevemos livro de história, casinha, leitura de livros, Pinote. INTERVENÇÃO (1 ANO E MEIO) Psicoeducação (sentimentos, ansiedade) Escrevemos livro de história, casinha, leitura de livros, Pinote. Acontecimento relevante – mudança de contingências: mãe engravida e precisa de longa internação para tratar TPP Orientações para manejo da crise (relação pai e Carol, preparo para chegada do bebê) RESULTADOS C. está produzindo na escola, interagindo com os colegas, se alimentando normalmente C. está interagindo bem com o bebê CASO CLÍNICO M. (fracasso) 1a.etapa – 7 anos, irmão de 5 anos 2a. Etapa – 11 anos Comportamento agressivo, impulsivo, ciumenta, “não se arrepende”, chorosa Escola: caprichosa, mas “implica” com colegas e não termina as atividades. Chora quando repreendida, não entrega atividades Pai impulsivo, crises de descontrole emocional, crise religiosa Mãe não consegue impôr limites, usa ameaças graves, chantagem emocional e indiferença (dá uma “gelada”) Problemas conjugais graves Cuidados parentais delegados para o pai ou babá/avó Avó e babá manejam as dificuldades provendo tudo o as crianças solicitam. Avó desautoriza Explicação para os problemas: tio esquizofrênico , pai nervoso e avó depressiva. AVALIAÇÃO Entrevista com os pais, CBCL, escalas de autoavaliação, YRF Resultados: Reservas: afetuosa, inteligente, criativa, socialmente hábil (?), balé, violão, teatro Excessos: agressividade, impulsividade, ansiedade, comp. opositor Déficits: baixa tolerância à frustração / limites INTERVENÇÃO 1a. Etapa - Relação terapêutica como experiência corretiva (início lua de mel, com a intimidade apareceu agressividade) Orientação aos pais, avó e babá (abandono do tratamento) 2a. Etapa - Psicoeducação – análise funcional Aliança com a mãe para colocar limites Confronto da responsabilidade do pai (abandono do tratamento) ADOLESCÊNCIA Hikikomori – isolamento social agudo (Guilhardi, 2009) Definição É um termo japonês que se refere ao fenômeno de indivíduos reclusos que escolheram se isolar da vida social, freqüentemente procurando graus extremos de isolamento e confinamento por causa de vários fatores pessoais e sociais em suas vidas. ADOLESCÊNCIA Hikikomori Apesar de haver ocasiões em que os hikikomori se aventurem em sair de casa, geralmente à noite para comprar comida, eles são indivíduos que se recusam a deixar a casa dos pais e que, ficando dentro de casa, se isolam da sociedade. Apesar de o grau do fenômeno variar individualmente, na maioria dos casos extremos, alguns jovens permanecem em isolamento por anos e até décadas Há contingências de reforçamento nas quais as pessoas continuam a buscar (e até mesmo a alcançar) a felicidade, mesmo consumindo muito menos do que atualmente consomem. A análise do comportamento demonstrou claramente que não é a quantidade de bens que conta, mas a relação contingente entre bens e comportamento. Essa é a razão pela qual muita gente estranha que há muitas pessoas no mundo que são mais felizes do que ela, mesmo possuindo muito menos (Skinner, 1978, p.61). A questão não é quem deveria ter quanto daquilo, mas, isto sim, como devem conseguir o que têm (Skinner, 1978, p.38). Podemos não ajudar de fato os outros fazendo coisas para eles. É isto que ocorre frequentemente quando estão aprendendo a fazer coisas por si mesmos. Se observamos uma criança dando o laço no sapato, podemos “ajudar” a criança a amarrar o sapato. Ao fazer isso, destruímos uma oportunidade de aprender a amarrar sapatos... Ao dar ajuda excessiva, pospomos a aquisição de comportamento eficiente e perpetuamos a necessidade de ajuda. Terapeutas devem planejar seu afastamento da vida de seus clientes. Uma pessoa ajuda mais eficientemente outra quando consegue parar de ajudá-la (Skinner, 1978, p. 34-35). “Em um ambiente em que coisas tais como comida, teto e segurança estão garantidas como direitos, elas tendem a não servir como reforçadores. Aqueles que recebem muita ajuda estão na mesma posição daqueles que vivem num clima favorável ou possuem grandes bens. As pessoas não estão fortemente privadas, nem estimuladas aversivamente e, como tal, não ficam sujeitas a certos tipos de reforços. Algumas formas importantes de comportamento não são nunca adquiridas ou, se foram adquiridas, não são mais apresentadas. Mas tais pessoas não estão simplesmente “não fazendo nada”; ao contrário, passaram a ficar sob controle de reforçadores mais fracos. Doces permanecem reforçadores para uma pessoa sem fome; álcool e drogas têm efeitos reforçadores anômalos; certos esquemas de reforçamento especiais (tais como aqueles básicos aos equipamentos de jogo) tornam efetivos reforços fracos; e ver cenas de outras pessoas vivendo tensa ou perigosamente é frequentemente reforçador, como no cinema ou na televisão” (Skinner, 1978, pp.36 e 37). Arranjo de contingências de reforçamento positivo: a modificação de comportamento ajuda pessoas ao arranjar contingências sob as quais elas produzem coisas e não dandolhes coisas (Skinner, 1978, p. 40). Aqueles que conhecem a importância das contingências de reforçamento sabem como as pessoas podem ser conduzidas para descobrir as coisas que fazem melhor e as coisas das quais vão obter a máxima satisfação (Skinner, 1978, p.63). ADOLESCÊNCIA Caso clínico: W. , 15 anos, pai oriental, mãe brasileira, morou no Japão, irmão de 1 ano Interação social limitada, timidez, isolamento Comportamento inábil (arrogante, exigente, egocêntrico) – baixa discriminação (ex. E-mail) Pais muito críticos Síndrome de Guillain-Barré– sequela ao caminhar Punição ao se expôr = professores, colegas, pais Retraimento, ansiedade, obsessões/apego a regras, inflexibilidade INTERVENÇÃO Sessões com pais (será que conheço…) Orientação aos pais Psicoeducação – emoções, análise funcional Treino de auto-observação THS - Roleplaying Videofeedback Questionamento das regras / modelagem de autoinstruções mais adaptativas Sessões fora da clínica / e-mail RESULTADOS Melhor interação com amigos (antigos e novos) Começou a fazer aulas de guitarra Deixou o atletismo (?) Menos defensivo, mais aberto na relação terapêutica, mais adequado