Ir Ailton Cal de Brito
12/09/2011
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de
nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da
autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas
pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais
conhecido:
. Foi executado pela coroa portuguesa por
defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência
Mineira.
Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram
revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do
Brasil. Estas manifestações foram duramente reprimidas pelas tropas
imperiais.
D. Pedro entregou o poder a D. Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a
chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes
legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo.
Da. Leopoldina então, aconselhada por
, e usando seus atributos de chefe interina
do governo, a Princesa Regente reuniu-se na manhã
de 2 de setembro de 1822 com o Conselho de
Estado, assinando o decreto da Independência que
declarava o Brasil separado de Portugal. Ela tinha
25 anos de idade e uma grande lucidez!
Em seguida convocou um oficial de sua confiança, enviando por meio dele o decreto a
D. Pedro, juntamente com uma carta sua e outra de José Bonifácio, solicitando com
empenho a pronta decisão do Príncipe em favor da independência.
Acrescentou ainda papéis recebidos de Lisboa e comentários de
, deputado às Cortes, pelos quais o Príncipe-Regente se inteirou das críticas
que lhe faziam na Metrópole. Em Portugal, a posição de D. João VI e a de todo seu
ministério, dominados pelas Cortes, era muito difícil.
O oficial chegou ao príncipe no dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do
Ipiranga.
Por fim, no dia 7/09/1.822, D. Pedro recebe as notícias de Bregaro às margens do
Ipiranga, com recomendações de Dona Leopoldina e instruções de José Bonifácio,
comentando as últimas notícias de Lisboa. D. Pedro indignou-se e, num gesto
histórico – retirou do chapéu o laço português azul e branco, jogou-o no chão
dizendo:
“LAÇOS FORA, SOLDADOS !
PELO MEU SANGUE, PELA MINHA HONRA
JURO FAZER A LIBERDADE DO BRASIL”.
No Manifesto de Sua Alteza Real aos Povos deste Reino, o príncipe regente
proclamava. “Está acabado o tempo de enganar os homens. Os governos que ainda
querem fundar o seu poder sobre a pretendida ignorância dos povos ou sobre
antigos erros e abusos, tem de ver o colosso da sua grandeza tombar da frágil base
sobre que se erguera outrora. Eu agora já vejo reunido todo o Brasil em torno de
mim, pedindo-me defesa dos seus direitos e a manutenção da sua Liberdade e
Independência”.
E ainda: “Acordemos, pois, generosos habitantes deste vasto e poderoso império.
Está dado o grande passo da vossa independência e felicidade há tanto tempo
preconizados pelos grandes políticos da Europa. Já sois um povo soberano, já
entrastes na grande sociedade das nações independentes, a que tínheis todo o
direito. A Europa que reconheceu a independência dos Estados Unidos da
América e que ficou neutra na luta das Colônias Espanholas, não pode deixar de
reconhecer a do Brasil”.
Depois e ser aclamado no Campo de
Sant'Anna, conforme a tradição européia, D.
Pedro foi coroado e sagrado Imperador do
Brasil, no dia 1o de dezembro de 1822, na
Catedral de Nossa Senhora do Carmo e o
evento foi imortalizado por Jean Baptiste
Debret, no quadro Cerimônia de Coroação de
D. Pedro I. Debret desenhou também as armas
e a bandeira do novo Império, o verde e o
amarelo
transformaram-se
nas
cores
nacionais.
Nesta ocasião, o Imperador D. Pedro I criou a
Ordem do Cruzeiro em homenagem à
constelação do Cruzeiro do Sul.
A arquiduquesa Leopoldina, Princesa do Brasil, foi coroada imperatriz em 1º de
dezembro de 1822, na mesma cerimônia de coroação e sagração de D. Pedro I.
Veio a falecer em 1826, aos 29 anos de idade. Seus restos mortais se veneram
atualmente na cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo.
Pós Independência
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas
sociais no Brasil. O povo mais pobre siquer acompanhou ou entendeu o
significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a
escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite
agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os
Estados Unidos e o México.
Entre as primeiras nações européias apenas uma foi favorável ao
reconhecimento do Brasil independente: a Inglaterra, que não queria nem
romper com seu antigo aliado, Portugal, nem prejudicar seu comércio com o
Brasil. Foi graças à sua intervenção e às demoradas conversações mantidas
junto aos governos de Lisboa e do Rio de Janeiro que Dom João VI acabou
aceitando a Independência do Brasil, fixando-se as bases do reconhecimento.
Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para
reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro
recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Personagem central de nossa independência
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier
de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal
Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
D. Pedro de Alcântara nasceu em Queluz, Portugal, em 12 de outubro de
1798, sendo filho de D. Dom João VI de Portugal, Brasil e Algarves e Dona
Carlota Joaquina de Bourbon, infante da Espanha. Seus avós paternos eram
D. Pedro III, rei de Portugal e Algarves e D.Maria I, rainha de Portugal e
Algarves, enquanto seus avós maternos eram D. Carlos IV, rei da Espanha e
dona Maria Luisa, princesa de Parma. Era o quarto filho, e segundo varão
de seus pais, e não era esperado que um dia viesse a ascender ao trono.
O falecimento de seu irmão mais velho, D. Antonio de Bragança, em 1801,
tornou-o o herdeiro de seu pai, então regente em nome de dona Maria I.
As Coroas de D. Pedro
Rei da Grécia
A Grécia, um dos novos países que surgiram das insurreições que perduraram por
todo o Século XIX, buscou um príncipe estrangeiro para ocupar seu trono vago. Os
gregos enviaram emissários a D. João VI para propor que o seu filho mais velho,
D. Pedro, viesse a tornar-se o primeiro Rei da Grécia independente.
O príncipe regente, porém, não traiu a confiança nele depositada pela nação
brasileira, que o aclamaria seu Defensor Perpétuo. Amando verdadeiramente o povo
da pátria que o viu nascer e tendo a intuição profunda da missão histórica que lhe
seria dada desempenhar na terra bárbara e selvagem do Novo Continente, resistiu à
vaidade de ostentar em sua fronte o diadema da pátria de Homero e de Péricles".
"E, assim, o Príncipe D. Pedro, primeiro imperador do Brasil, recusou a coroa dessa
Grécia imortal, berço maior da cultura humana“.
Rei de Portugal e dos Algarves
O Rei D. João VI faleceu em 10 de março de 1826. Pressentindo o seu fim, e
desejando evitar que sua esposa tomasse o poder, o monarca português nomeou
sua filha dona Isabel como um dos membros da regência que perduraria até que D.
Pedro recebesse a notícia de sua ascensão ao trono lusitano. Pelo tratado de
reconhecimento da independência brasileira, D. Pedro manteria sua posição como
Príncipe Real e herdeiro da coroa portuguesa. Mas a Constituição Brasileira de
1824 proibia qualquer possibilidade de união do Brasil com outro país.
Rei da Espanha e Imperador da Ibéria
A Espanha passava por um período de repressão sem precedentes desde a
restauração da Casa de Bourbon ao trono com a queda de Napoleão
Bonaparte. D. Fernando VII, Rei da Espanha e irmão de Carlota Joaquina,
completamente inabalável em relação ao seu sentimento absolutista,
extingue a Constituição e ordena a prisão em massa dos espanhóis que
defendiam o liberalismo.
Em 1826, os liberais espanhóis ofereceram a coroa de seu país a D. Pedro, a
quem consideravam um "bem-feitor dos Povos" e muito "digno", e que
resultaria na unificação do Império do Brasil, do Reino de Portugal e dos
Algarves e do Reino da Espanha sob sua pessoa. Se tivesse aceitado, D.
Pedro imperaria sobre um Império que se estenderia de Cuba, passando pelo
Brasil, pelo continente africano nas colônias de Angola, Moçambique e São
Tomé e Príncipe, e atingindo no extremo oriente em Macau e nas Filipinas.
Mas não o aceitou, alegando que era necessário primeiramente consolidar o
Império brasileiro e repetira tal asserção três anos mais tarde, após uma nova
proposta por parte dos espanhóis.
Contudo, a situação se agravou na Espanha durante este período com o
falecimento de D. Fernando VII. Seu herdeiro era seu irmão mais novo, D.
Carlos, mas o Rei modificara as regras de sucessão para beneficiar sua
filha, dona Isabel, que se tornou Rainha com a sua morte. D. Carlos não
aceitou a perda do trono e aliou-se aos absolutistas, que formaram a facção
dos Carlistas que viria a causar grandes problemas a Espanha durante todo
o século XIX. No ano de 1830, os liberais mais uma vez se voltaram para D.
Pedro I e propuseram dessa vez que se tornasse o Imperador da Ibéria,
resultado da unificação de Portugal com a Espanha.
Desta vez, entretanto, o monarca brasileiro aceitou a proposta e realizou os
preparativos para partir para a Europa e derrotar os absolutistas em favor
dos constitucionalistas. A aceitação da oferta da coroa imperial da
península Ibérica seria uma das razões que levaria D. Pedro a abdicar do
trono brasileiro.
As cortes de agosto de 1834 confirmam a regência de D.
Pedro I, que voltou tuberculoso da campanha e morreu
em 24
em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção
de
Évoramonte (que selara a vitória da causa liberal, de que se
fizera paladino), no palácio de Queluz, no mesmo quarto e
na mesma cama onde nascera 35 anos antes. Ao seu lado,
na hora da morte, estavam D. Amélia e D. Maria II.
Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de
São Vicente de Fora em Lisboa. O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à
Igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado, como relíquia, num mausoléu
na capela-mor da igreja, ao lado do Evangelho. Em 1972, no sesquicentenário da
Independência, seus despojos foram trasladados do panteão de São Vicente de Fora
para a cripta do Monumento à Independência, localizado no Museu do Ipiranga em
São Paulo, Brasil.
Atualmente, os restos mortais do imperador repousam ao lado de sua primeira esposa,
a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Imperatriz Amélia.
O corpo de D. Maria Amélia só foi trasladado para o Brasil em 1982, por iniciativa do
governador Paulo Salim Maluf. Durante todo o tempo que esteve em Portugal, o corpo
de D. Maria Amélia repousou ao lado do corpo do irmão de D. Pedro I, D. Miguel, no
Panteão dos Braganças, em Lisboa.
Monumento à Independência do Brasil, também chamado de
Monumento do Ipiranga ou Altar da Pátria. Localiza-se na cidade de São
Paulo, às margens do Riacho do Ipiranga, no sítio histórico onde D.
Pedro I proclamou a Independência do País.
O projeto do italiano Ettore Ximenes foi alterado, com a inclusão de episódios e
personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: a Revolução
Pernambucana de 1817, a Inconfidência Mineira de 1789, as figuras de José Bonifácio de
Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antonio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo,
principais articuladores do movimento. Construção iniciada em 1884 inaugurado em 1922,
no centenário da Independência, porém a obra somente foi finalizada em 1926.
Restos mortais de D. Pedro I, ladeado de suas esposas, D. Amélia
Túmulo de D.
Amélia Augusta
Eugénia
de
Leuchtenberg
Restos mortais da Imperatriz Carolina Josefa Leopoldina
Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, que se assinava, no
Brasil , Maria
Leopoldina
Principais articuladores do movimento
Precursores da independência;
Joaquim José da Silva Xavier –
TIRADENTES. A inconfidência
mineita de 1798.
Revolução Pernambucana de 1817
Joaquim Gonçalves Ledo – Maçom.
Jornalista,
Editor
do
Revérbero
Constitucional
Fluminense,
jornal
lançado por ele e por Januário da
Cunha Barbosa a 15 de setembro de
1821.
José Bonifácio de Andrade
e Silva foi um naturalista,
estadista e poeta brasileiro.
Hipólito José da Costa Pereira Furtado
de Mendonça, Jornalista, Maçom e
Diplomata.
Padre Diogo Antonio Feijó também conhecido
como Regente Feijó, Padre e Professor.
O fluminense Evaristo Ferreira da Veiga e
Barros (1799-1837), que era livreiro,
jornalista, político e poeta. Fez a letra do hino
à independência.
Joaquim da Silva Rabelo, depois Frei
Joaquim do Amor Divino Rabelo, mas
popularmente conhecido apenas como Frei
Caneca
Luís Alves de Lima e Silva, o
Duque de Caxias, foi um dos
mais importantes militares e
estadistas da história do Brasil.
D. Pedro músico
A letra do HINO DA INDEPENDÊNCIA é
de Evaristo da Veiga e a música de D.
Pedro I.
Hino Maçônico Brasileiro
Letra de Otaviano Bastos
Música de D. Pedro I
Riacho do Ipiranga hoje.
BIBLIOGRAFIA
A Independência do Brasil (1808-1828)
Autor: Berbel, Marcia
Editora: Saraiva
MELLO MORAES, A. J. de. A Independência
do Império do Brasil
Consulta à Secretaria Municipal de
Educação - Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro
Seção Especial da Revista Tema Livre - 1972
Museu da cidade de São Paulo – on line
Vários sitios da Internet
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A Independência do Brasil - Palácio Maçônico de Nova Iguaçu