Impresso Especial 7220282900/DR/SPM SBDens CORREIOS Av. Paulista, 491 - 6º Andar - cj. 61/62 - Bela Vista - CEP: 01311-909 - São Paulo (SP) Tel: (11) 3253-6610 - Fax: (11) 3262-1511 - e-mail: [email protected] Jornalista responsável: Renato H. S. Moreira (Mtb 338/86 - ES). Informativo oficial da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica Edição nº 19 Ano XIV Out a Dez de 2008 FILIADA À: EDITORIAL A Conectividade e o Natal A cima de qualquer convicção religiosa, a simbologia do Natal é, sem dúvidas, norteada pelo sentimento de aliança entre os povos. Assistimos, todos os dias, a um mundo cada vez mais conectado e em constante transformação. Boas novas, catástrofes, sucessos, fracassos, denúncias, notícias e muito mais nos chegam, a todo momento, e no melhor estilo multimedia jamais imaginado. É virtualmente impossível, mesmo para um monge tibetano, estar verdadeiramente alheio a tudo isso ou a seus efeitos. Estar conectado, no mundo contemporâneo, não é mais uma questão de opção ou preferência, mas sim de fisiologia! Cada vez mais, o acesso a entidades e pessoas se faz de forma mais veloz. Se usada com inteligência, a conectividade disponível no mundo nos faz, com habilidade, levar uma mensagem ao Papa ou ao Presidente dos Estados Unidos, com apenas três ou quatro “escalas”. Um amigo necessitava enviar uma informação ao presidente francês e, habilidosamente, pediu ao diretor de sua empresa que enviasse um fax ao ministro do Comércio que, por sua vez, enviou um e-mail ao embaixador brasileiro na França e, em dois dias, o esperado retorno já chegava em sua caixa postal. Todo esse status trás, sempre, a gostosa sensação de segurança, de conforto ou, para alguns, de poder. Mas conectividade significa muito mais! Tem a ver com harmonia, respeito, união, solidariedade, responsabilidade e justiça. Até mesmo os opostos são conectados. Não haveria razão para o sinal verde sem o vermelho; qual seria o objetivo do sim se o não fosse extinto? Osteoblastos e Osteoclastos estão irrevogavelmente conectados e flagrantemente solidários. A existência de um só é possível com a do outro e vice-versa. Da mesma forma, nossas falhas determinam, inexoravelmente, disfunções ou sacrifícios de outros, nossos sucessos iguais efeitos em outros. Assim também somos em nosso meio ambiente. Mesmo quando opostos, definitivamente conectados. Parafraseando o grande pensador Lavoisier, podemos enfaticamente dizer que “Na natureza, assim como na vida, nada se perde, nada de cria, tudo se conecta“. Desta forma, mais que fazer votos no anoitecer de 2008, a Sociedade Brasileira de Densitometria quer lembrar a todos que o ano novo que se aproxima representa um importante momento para que possamos relembrar que o sentimento de paz, harmonia e esperança que esperamos apenas se constrói com uma grande corrente, cujos elos somos todos e cada um de nós, indissociáveis, condenados a uma fantástica dependência mútua, que fará desse Natal um inesquecível exercício de CONECTIVIDADE! Feliz Natal e que 2009 seja pleno! Dr. Sergio Ragi Eis Presidente - SBDens INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA ARTIGO FRAXTM: podemos aplicá-lo no Brasil? Marcelo de Medeiros Pinheiro1, Bruno Muzzi Camargos2, Victoria Z. C. Borba3 1 · Assistente-Doutor da Disciplina de Reumatologia da Unifesp/ EPM 2 · Doutorando do Centro de Pós-Graduação da UFMG. Hospital Mater Dei / MG 3 · Médica do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da UFPR e Presidente da SOBEMOM-PR O FRAXTM é uma ferramenta desenvolvida para aglutinar os fatores clínicos de risco para fratura, genéticos e ambientais, e a densidade óssea do fêmur, com o objetivo de quantificar a probabilidade de fratura por fragilidade óssea em 10 anos. Dessa forma, pode calcular-se o risco de fratura de quadril ou fraturas consideradas maiores como vértebra, antebraço e úmero. Por meio de meta-análise, Kanis et al avaliaram os dados primários de nove grandes estudos epidemiológicos prospectivos, com cerca de 59.232 indivíduos no total, dos quais 74% eram mulheres. Eles analisaram, ainda, outros desfechos como a qualidade de vida e a mortalidade, de acordo com a expectativa de vida de cada país. Utilizando cálculos de probabilidade e diversas metodologias estatísticas, foi possível identificar a relevância de cada fator de risco em cada estudo em particular. Os principais fatores clínicos de risco identificados foram idade, dados antropométricos, fratura prévia, história fratura de quadril (pai ou mãe), tabagismo atual, consumo de álcool, uso de glicocorticosteróides, relato de artrite reumatóide e outras causas secundárias, de acordo com o sexo e origem étnica. A seguir, realizaram revisões sistemáticas de cada um desses fatores de risco, a fim de identificar a consistência das informações e dos achados em diversos estudos populacionais. Em breve, a Organização Mundial de Saúde deverá recomendar a utilização do FRAXTM para indicação de tratamento de pacientes de risco e tomada de decisão por órgãos governamentais e gestores de saúde. Baseado nisso, cada país pode utilizar melhor os recursos de saúde, baseando-se nos custos diretos, indiretos e nas QALYs. 2 No entanto, no Brasil, ainda, não estamos autorizados a utilizar essa ferramenta, uma vez que não dispomos de banco de dados prospectivos de referência. Até o momento, as populações que podem usá-lo são China, Reino Unido, Itália, França, Espanha, Turquia, Japão, Suécia e Estados Unidos (caucasianos, pretos, hispânicos, asiáticos). Embora não possuamos grandes estudos epidemiológicos em amostra representativa da população brasileira, sabe-se que a prevalência dos fatores clínicos de risco são semelhantes a estudos norte-americanos e europeus. Da mesma forma, os brasileiros não possuem grandes diferenças estatísticas de densidade óssea da coluna lombar e fêmur proximal quando comparados com populações caucasianas. Em geral, a densidade óssea de mulheres brasileiras se aproxima mais das européias do que das norteamericanas. Por outro lado, de acordo com quatro estudos nacionais (Marília, Sobral, Fortaleza e Porto Alegre), sobre a incidência de fratura de quadril, possuímos risco de fratura diferente das populações utilizadas no FRAXTM (Estados Unidos da América, Europa e Ásia). Com isso e baseado na ausência de dados brasileiros sobre a influência de cada um dos fatores de risco selecionados pelo FRAXTM, incluindo a medida da massa óssea, assim como a interação entre eles, não se deve utilizar essa ferramenta em nossa população. Assim, mais estudos se fazem necessários para estabelecer os pontos de corte específicos da densidade óssea e do risco de fratura por osteoporose no Brasil. Além disso, os valores de intervenção de tratamento, propostos para os Estados Unidos (3% para quadril e 20% para fraturas maiores), podem não ser, necessariamente, os mesmos do Brasil. INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA ISCD e IOF realizam encontro conjunto em 2009 A pós o cancelamento do congresso da IOF, devido aos acontecimentos geopolíticos ocorridos na Tailândia, a ISCD ofereceu à IOF sua hospitalidade, compartilhando seu evento anual, programado para Orlando, Flórida (EUA), de 11 a 14 de março de 2009. Desta forma, serão realizadas várias mesas e sessões plenárias conjuntas (IOF-ISCD), o que cobrirá a maioria dos temas previstos para o Congresso da IOF de Bangkok. Vários dos palestrantes previstos para o evento da IOF estarão em Orlando, dando o tom necessário a um grande evento. Os detalhes da programação científica serão divulgados em breve. A ISCD está oferecendo a todos os registrados no congresso da IOF, cujos trabalhos haviam sido aceitos para o evento da Tailândia, a oportunidade de apresentá-los durante o evento de Orlando. Os apresen- tadores dos trabalhos terão 50% de desconto para se registrarem no congresso ISCD-IOF. Para fazer sua inscrição, entre no site da SBDens e clique no link que está disposto na notícia sobre o evento. Preencha o formulário de inscrição e envie por fax para o número indicado no formulário (observe os valores especiais descritos na seção II do formulário). Para mais informações sobre a programação científica preliminar, visite o site da ISCD (www.iscd.org.br). Importante: Apesar dos trabalhos previstos para Bangkok estarem pré-aprovados para Orlando, os organizadores não podem, neste momento, garantir que as apresentações orais serão também acomodadas na programação. O prazo limite para a submissão dos trabalhos para Orlando é 12 de Janeiro de 2009. Não perca essa oportunidade! 3 INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA ARTIGO CIENTÍFICO Sarcopenia – Densitometria além da BMD O termo “Sarcopenia” vem do Grego, "pobreza de carne" e significa a perda de massa muscular que ocorre fisiologicamente com o envelhecimento. É considerada patológica e integra a síndrome da fragilidade do idoso quando associada a diminuição da capacidade funcional. Com a idade, a partir dos 40 anos aproximadamente, perde-se cerca de um terço da massa muscular , em torno de 0.5% a 1% ao ano até os 65 anos e um pouco mais velozmente a partir daí. O aumento da expectativa de vida da população mundial e consequentemente da população idosa, a sarcopenia vem se tornando uma questão de saúde bastante relevante no mundo desenvolvido. A sarcopenia e a perda de força muscular consequente, está relacionada a redução do equilíbrio, perda de agilidade, quedas e fraturas. O menor IMC também está relacionado a menor massa óssea, integrando a osteoporose a esse quadro. A sarcopenia está presente na síndrome de fragilidade do idoso onde se observa diminuição dos níveis de andrógenos, hormônio de crescimento e IGF-1. Ocorrem alterações do Sistema Nervoso Central e 4 Periférico com diminuição do número de neurônios motores após os 60 anos. Nesses pacientes as citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-a encontram-se aumentadas. A baixa ingestão protéica contribui para as alterações decorrentes de uma má nutrição. O resultado é a diminuição do número de fibras musculares tipo I e II (principalmente tipo II). O dé- ficit de vitamina D e a consequente elevação do PTH também contribuem para a sarcopenia. A perda percentual de massa magra superior a 46% está associada à morte, independente da doença de base. Esta mesma perda está relacionada às infecções oportunistas, doenças pulmonares e maior mortalidade após fratura de fêmur proximal. INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA São cuidados a serem tomados para a máxima exatidão da DXA na avaliação da Composição Corporal: - Realizar os exames preferivelmente antes das refeições; - Aquisições devem ser realizadas com posicionamento adequado; - Os pacientes devem retirar metais, sapatos e outros adereços; - Durante a análise a visualização plena dos tecidos moles é fundamental para a inclusão correta das áreas (regiões de interesse); - Realizar exames em serviços que contem com equipe habilitada em densitometria. Lista dos aprovados no exame da ISCD (out/2008) MÉDICOS: m2 (prevalência acima de 50% acima dos 80 anos) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. Adriana Braga de Castro Machado Alexandre A. Bastos Moura Alexandre França Antonio C. Monteiro Ariel W. Antunes Augusto D. Borborema Cacia Santos Claudia R. de Velasco Claudia S. Gadelha Clelia R. Miranda Cristiane G. Gobo Cristina Teresa M. Irizun denilson Jose de Souza Emanuel. F de Paula Estephan J. Moana Felix Manorl S. Pinto Alvares Fernando F. Guastella Flavio Tavares F. Da Silva Francisco de Assis Pereira Francisco Herlanio C. Carvalho Jose Miguel Dora Luciana Tupy Tavares Luiz Marchesi Neto Maisa M. de Martino Manoel Chaves Filho Marcelo A. Silva Marcelo Canto Caota Marcelo Jundurian Marcia C. Almeida Marcio A. Nogueira Marco Aurielo B. Xavier Maria de Fatima S. Gonçalves Marise Crivelli Milton A. Eduardo Gonzalez Mirley Prado Ob Tavares Olivio Brito Malheiro Paulo H. G. Maccagnan Raul Paniagua Riascos Reynaldo Oliveira Magalhaes Sandra M. Sanches Sergio Tahan Vilarinho Thiago Lins Almeida Vinicius S. Junqueira OPERADORES: A densitometria óssea (DXA) de corpo total é capaz de avaliar a composição corporal total e segmentar. De maneira precisa e acurada, com pouca radiação (1-5 μSv ) e pequeno tempo de exame (5-15 min), a DXA fornece dados relativos à massa gorda total e em regiões do corpo como a região ginóide (ao nível dos quadris) e andróide (ao nível do abdome), massa magra total e segmentar, e percentis em relação a curvas de normalidade. Até o momento curvas referenciais nacionais (brasileiras) ainda não são disponíveis. Através da DXA pode ser definido um índice relativo de massa muscular (RSMI) derivado da quantidade de massa magra apendicular (medida em membros superiores e inferiores) dividida pela altura em m2. Segundo Baumgartner(5), a redução da massa muscular esquelética em dois desvios-padrão abaixo da média de controles jovens e saudáveis pareados para a mesma etnia (T-score) pode ser considerada patológica. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Antonio Julio Silva Filho Bruno Muzzi Camargos Carmen R. Souza Franco Cristiane Silva Campos Daniel Freitas Neto Elena M. Phelippe Gesser Gabriela Leusin Regio Jose Marcelo Livia Maria S. Molinari Marcia Diniz Pontes Miriam T. Mattevi Myrta B. Toni Secches Patricia Costa Bezerra Rafael de C. Sciammarella Rosangela Mrs. Heckert Thelma C. Filgueiras Ulisses Godoy Concluindo, o DXA é o padrão ouro para avaliação da composição corporal e, embora os padrões brasileiros ainda não tenham sido validados, os parâmetros referidos por Baumgartner podem ser utilizados, com a devida observação em nossos laudos. Assim: MMA = massa magra apendicular (braços + pernas) em gramas Altura = em metros RSMI = índice relativo de massa muscular RSMI = MMA/altura2 Considerando-se a classificação proposta por Baumgartner, são considerados sarcopênicos: - Homens com RSMI < 7,26 kg/m2 (prevalência até 24% entre os 65 e os 70 anos); - Mulheres com RSMI < 5,45 kg/ Referência Bibliográfica: 1. Annu Rev Public Health 22: 355 e 375, 2001 2. Diabetes Care 17: 961 e 969, 1994 3. Roubenoff et cols Curr Op Clin Nutr Met Care 6: 295-9, 2003 4. Morais et cols J. Nutr H Ag 10: 4; 272-83, 2006 5. Baumgartner RN et al. AM J Epidemiol 147: 755-63, 1998 6. Journal of Clinical Densitometry 9(2): 191– 197, 2006 Dra. Laura Mendonça Reumatologista (RJ) Diretoria Científica SBDens CDPI e Clínica Rad. Emílio Amorim Saiba mais em www.sbdens.org.br 5 INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA Trabalhos premiados no II BRADOO – a Foto: arquivo SBDens Presidente da SBDens, dr. Sergio Ragi Eis, entrega premiação a uma das vencedoras: dra. Camille F. Danilevicius, autora do melhor tema livre em Densitometria – Prêmio Antonio Carlos Araújo de Souza A lém da excelente coletânea de palestras, o II Bradoo foi o mais robusto que já tivemos, em termos de produção científica nacional. A comissão julgadora, encarregada da seleção dos trabalhos para premiação, surpreendeu-se positivamente com a alta qualidade científica dos estudos incritos e teve que ir aos detalhes para definir as premiações. Com este elevado nível científico, a apresentação dos temas livres e pôsteres do evento recebeu elogios de congressistas e também de convidados internacionais como os professores John Bilezikian e Michael Mclung que, inclusive, prestigiaram pessoalmente a sessão de happy pôsteres, interagindo com autores e apresentadores dos temas. Um sistema on-line de avaliação foi disponibilizado pela organização e permitiu que especialistas de diferentes áreas pudessem eleger os trabalhos de maior relevância científica apresentados. 6 Nesta etapa, os nomes dos autores e de seus serviços de origem foram omitidos para conferir maior isenção à escolha feita pela comissão julgadora. De forma semelhante aos eventos internacionais, os trabalhos que alcançaram maior pontuação foram selecionados para apresentação oral, permanecendo os demais para apresentação sob forma de pôsteres. Duas categorias de trabalhos científicos foram premiadas durante o II Bradoo: Osteometabolismo e Densitometria. Em densitometria, o prêmio recebe o nome do nosso saudoso fundador e primeiro presidente da SBDens, dr. Antonio Carlos Araújo de Souza. Os vencedores receberam um certificado da premiação e, os selecionados dentre as aoresentações orais, um cheque no valor de três mil reais patrocinados, respectivamente, pela SOBEMOM/Eli Lilly (Osteometabolismo) e SBDens (Densitometria). VENCEDORES: Dentro da categoria densitometria óssea, o prêmio foi conferido ao trabalho CALCIFICAÇÃO VASCULAR E BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE FÊMUR EM IDOSOS dos autores Camille F. Danilevicius e Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP. O objetivo do estudo foi o de avaliar a associação entre densidade mineral óssea (DMO) e calcificação da aorta abdominal em idosos da comunidade. Foram avaliados 1.041 idosos com idade superior à 65 anos. Radiografias da coluna lombar foram realizadas para análise da calcificação de aorta abdominal nos segmentos correspondentes às vértebras L1- L4. Para cada segmento lombar foi dada uma pontuação de zero a três segundo Kaupila et al, 1997. A DMO foi avaliada por dualenergy X-ray absorptiometry (DXA). Utilizou-se correlação de Spearman e variáveis com significância estatística foram incluídas na regressão logística tendo como variável dependente a calcificação de aorta. Concluiu-se que existe associação positiva entre baixa DMO no fêmur total e calcificação de aorta abdominal em idosos da comunidade reforçando a hipótese da presença de mecanismos fisiopatológicos comuns entre essas duas patologias. Escolhido como o melhor tema livre em osteometabolismo, o trabalho EFEITO DA DEXAMETASONA SOBRE A BIOLOGIA DE OSTEOBLASTOS HUMANOS DE CULTURA PRIMÁRIA E A PARTICIPAÇÃO DA QUINASE ACOPLADA À INTEGRINA (ILK) E INTEGRINA ß1 NESTE PROCESSO sob autoria de Naves, M. A. da UNIFESP - EPM; com colaboração de Caparbo, V.F. e Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP e Teixeira, V.P.C. da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina. No estudo, a influência da dexametasona sobre a sinalização da quinase acoplada à integrina (ILK) e a integrina ß1 foi estudada em osteoblastos (OB). Utilizando-se de culturas primárias INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA O – a vez da produção científica nacional de OB humanos, foram analisadas a viabilidade celular, apoptose, adesão celular e expressão proteíca de ILK e integrina ß1 (Western Blot). Concluiu-se que a dexametasona acarreta diminuição de viabilidade dos osteoblastos e que a redução da expressão de integrina ß1 é um possível mecanismo envolvido neste processo. Além disso, a ILK não se mostrou influente nestes processos celulares, gerando a necessidade de estudos posteriores. Na categoria melhor pôster em osteometabolismo, o trabalho premiado foi VALIDAÇÃO DE UM IMUNO-ENSAIO ENZIMÁTICO PARA DOSAGEM PLASMÁTICA OU SÉRICA DE FGF-23, sob autoria de Martin, R. M. e colaboradores, representando a Unidade de Doenças Ósteo-metabólicas - Disciplina de Endocrinologia e o Laboratório de Hormônios e Genética Molecular do HC / FMUSP. No trabalho, o imuno-ensaio para dosagens sangüíneas de FGF-23 - recurso diagnóstico para avaliação de causas genéticas e adquiridas de raquitismo hipofosfatêmico e outros distúrbios no metabolismo do fósforo foi avaliado. O objetivo foi validar um método ELISA para a dosagem de FGF-23 em plasma e soro obtidos a partir de coletas sanguíneas. Conclui-se que o método apresentou excelente desempenho podendo ser empregado para as dosagens de FGF-23. O melhor pôster em densitome- Foto: arquivo SBDens Dra. Marize Lazaretti entregando o prêmio à dra. Rosa Maria Pereira, autora do melhor tema livre em Osteometabolismo tria óssea foi EVOLUÇÃO CLINICA APÓS SUSPENSÃO DO USO PROLONGADO DO BISFOSFONATO EM PACIENTES OSTEOPORÓTICAS, sob autoria de Silva, A.G.; Lana, J.M.; Kunii, I. além de ter contado com participações de José Gilberto H. Vieira e Marise Lazaretti-Castro. O estudo foi realizado na Unifesp - EPM e no laboratório Fleury. O estudo acompanhou modificações do metabolismo ósseo e da densidade mineral óssea (DMO) em pacientes que suspenderam o uso de alendronato (ALN). Ensaios laboratoriais de P1NP e CTX foram realizados. Concluiu-se que o uso de alendronato fornecido pelo SUS foi capaz de suprimir os marcadores de remodelação óssea e que, após três meses de suspensão do tratamento, o CTX e P1NP já haviam se elevado signfictivamente, não evidenciando sinais de hiperssupressão óssea. A densidade mineral óssea não se alterou e 45% das pacientes perderam significati- !,%.$2/.!4/$%3$)/-3$#/,%#!,#)&%2/, 7 INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA vamente massa óssea, questionando a segurança da suspensão temporária do bisfosfonato, especialmente nos casos mais graves. Com toda a qualidade da produção científica demonstrada, ficou claro que o maior prêmio de todos foi, na verdade, concedido ao evento e seus participantes! Além daqueles mencionados acima, a comissão científica parabeniza a todos os pesquisadores e orgulhosamente espera que no III Bradoo novos pesquisadores se juntem a esta comunidade, motivo de orgulho para aqueles que fazem do nosso país uma presença cada vez mais marcante na comunidade científica mundial. Os trabalhos premiados podem ser acessados no site da SBDens, pelo link http://www.sbdens.org.br/ arquivos/trabralhos-bradoo.doc. SBDens cria Departamento de Profissionais aliados após II Bradoo Com a criação do Departamento de Profissionais Aliados, em primeiro de dezembro último, a SBDens entra em uma fase inteiramente nova de sua existência. Sua vocação destinada à excelência, agora, poderá ser usada para também alçar os operadores de densitômetros, o que possibilitará um maior envolvimento com a técnica, dando a estes importantes elementos da equipe densitométrica o seu devido valor e respeito profissionais. A filiação de operadores poderá ser efetuada no site da SBDens. Colegas médicos: estimulem seus operadores a participar. Operadores: filiem-se e participem da SBDens. Ela também é sua! A casa da Densitometria brasileira D esde outubro último, a SBDens vem conduzindo as obras de reforma e regularização de sua sede própria, adquirida em setembro. A nova sede está sendo preparada para que possa oferecer plenas condições para que nossa entidade possa expressar e desenvolver todos os seus projetos e desafios em curso. Nos 70 m2 de área, estão sendo preparadas recepção, sala de reuniões, secretaria, arquivo, sala da direção, copa e banheiro. Espera-se que a nova sede esteja pronta até o final do mês de janeiro, quando uma inauguração 8 Obras estão em fase de conclusão será programada e comunicada aos sócios, brevemente. Nas palavras do filósofo romano Cícero, "Meu preceito aos que constroem é que o proprietário deveria ser um enfeite para a casa, e não a casa para o proprietário." Assim, a SBDens estará sempre aberta a todos os que têm apoiado e trabalhado para que esse sonho de 15 anos fosse, hoje, realizado – os verdadeiros enfeites da nossa casa. A nova sede fica na rua Itapeva, 518, conjuntos 111 e 112, bairro Bela Vista – São Paulo (SP), CEP 01332-000, Edifício Scientia.