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Prof. Fábio Coelho
Arte moderna: liberdade e ação
Na Europa não houve uma arte
moderna uniforme. Houve, sim, um
conjunto de tendências artísticas.
Na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Houve,
sim, um conjunto de tendências artísticas – muitas vezes provenientes de países diferentes – com propostas específicas,
embora as aproximassem certos traços, como o sentimento
de liberdade criadora, o desejo de romper com o passado, a
expressão da subjetividade e certo irracionalismo.
Paris era o grande centro cultural europeu da época e de
onde as novas ideias artísticas se irradiavam para o resto do
mundo ocidental. Essas tendências, que surgiram na Europa
antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, receberam o nome de correntes de vanguarda.
Exercitando para o Enem
1.
a)
b)
c)
d)
e)
Quadro 1
Expressionismo/Impressionismo
cubismo/Dadaísmo
surrealismo/Surrealismo
cubismo/Surrealismo
cubismo/Cubismo
2.
O Meu Guri
Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Quadro 2
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
O sono (1937) exemplifica o interesse dos surrealistas
pelo inconsciente. As muletas que apoiam a cabeça
indicam a fragilidade dos alicerces que sustentam a realidade;
•
Arte plástica também comunica!
Analisando os traços, os contornos, o poder sugestivo das imagens apresentadas nos quadros anteriores, percebe-se um certo
espírito de irreverência, de ruptura com o passado clássico das
artes plásticas. Esses quadros podem ser exemplos, respectivamente, dos seguintes movimentos de vanguarda:
Chico Buarque
•
1
Analisando estilisticamente o “Meu Guri”, de Chico
Buarque, vê-se corretamente que:
I. o termo mesmo (linha 1) sugere a ideia de concessão;
II. fama (linha 1) e brahma (linha 2) demonstram aproximação semântica;
III. cama (linha 3) e lama (linha 4) constituem uma mesma configuração morfossemântica.
a) pode-se fazer uma intertextualidade com uma cantiga trovadoresca de amigo, já que se trata de um eu-lírico feminino, desabafando com um “amigo”.
b) não é possível enxergar nenhuma relação com cantigas trovadorescas medievais, visto que é uma produção musical contemporânea.
c) a linguagem apresentada no texto reflete a valorização da linguagem coloquial, bem demonstrada também pelos poetas
parnasianos, que primavam pela valorização da musicalidade.
d) é possível fazer uma certa comparação com “Marília de Dirceu”,
de Tomás Antônio Gonzaga, pois o diálogo, com o uso do vocativo, está bem presente nos dois poemas.
e) em “cara de fome”, vê-se uma impropriedade linguística denominada de catacrese.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale o item correto.
Apenas I é correto.
Apenas II é correto.
Apenas III é correto.
Apenas I e II são corretos.
I, II e III são corretos.
4.
Metamorfose
Meu avô foi buscar prata
mas a prata virou índio.
3.
VAI LEVANDO
Meu avô foi buscar índio
mas o índio virou ouro.
Mesmo com toda a fama
com toda a brahma
Com toda a cama
Com toda a lama
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Meu avô foi buscar ouro
mas o ouro virou terra.
Meu avô foi buscar terra
e a terra virou fronteira.
Meu avô, ainda intrigado,
foi modelar a fronteira:
Mesmo com todo o emblema
Todo o problema
Todo o sistema
Toda Ipanema
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando essa gema
E o Brasil tomou forma de harpa.
Cassiano Ricardo. Martim Cererê.
Rio de Janeiro: J. Olympio, 1974. p. 127.
Mesmo com o nada feito
Com a sala escura
Com um nó no peito
Com a cara dura
Não tem mais jeito
A gente não tem cura
a)
Mesmo com o todavia
Com todo dia
Com todo ia
Todo não ia
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando essa guia
d)
b)
c)
e)
5.
BUARQUE, Chico e VELOSO, Caetano.
“Vai levando”. In: Chico Buarque & Maria
Bethânia. LP Philips nº 6349 146,1975. L. 2. f. 7.
•
Pelo texto, analisando a intenção artístico-literária do autor, lembrando o seu enquadramento literário e as terminalidades de
sua geração artística, pode-se afirmar corretamente que:
demonstra ironia, humor, traços marcantes da segunda geração
do Modernismo brasileiro.
a apresentação estética, com versos bem metrificados, nos lembra o exercício poético neoclássico, inclusive pela citação do
ouro, levando-nos a Minas Gerais.
o título “Metamorfose”, semanticamente, faz alusão tão somente
ao período inicial da colonização brasileira.
espelha nacionalismo crítico. os primeiros modernistas interessavam-se por temas brasileiros, buscando valorizar nossa tradição e cultura (geração de 22), da qual fez parte o autor do texto.
não se trata de um texto modernista, pois apresenta (predominantemente) estrofes com dois versos, lembrando a métrica
regular do estilo clássico.
CÁLICE
“Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...
Um olhar documental na literatura brasileira
contemporânea mostra que continua um bom
desenvolvimento de uma literatura engajada, ou seja,
voltada para as questões sociais, inclusive, preocupação
com a natureza humana.
Analisando a letra da música “Vai levando”, de Chico Buarque e
Caetano Veloso, pode-se concluir que:
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
2
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidada
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...”
Composição: Chico Buarque
e Gilberto Gil.
Desde a Antiguidade já se produziam textos cujo objetivo era registrar, documentar, provocar reflexões sobre aspectos políticos,
econômicos, religiosos e sociais.
a)
b)
c)
d)
e)
Nessa composição de Chico Buarque, linguística e semanticamente, percebe-se corretamente que:
há uma intenção político-social, evidenciando um determinado
período histórico brasileiro.
o uso da linguagem metafórica prejudica, através do vocábulo
“cálice”, o entendimento, por parte do leitor (ou ouvinte), com
relação à presença de valores humanos e sociais.
“Cálice” deve ser percebido semanticamente como um objeto
que se usa, tão somente, para beber vinho.
a repetição do vocábulo “Pai”, no início dos primeiros versos, representa o recurso estilístico denominado de anástrofe.
entende-se pela expressão: “De vinho tinto de sangue”, que o
sofrimento é apenas de âmbito pessoal.
Exercitando para o Enem
01
02
03
04
05
d
a
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