ANESTÉSICOS GERAIS
Fotografia de enfermeiraenfermeiraanestesista administrando
anestesia com éter por
gotejamento a uma ví
vítima
de acidente (data incerta,
aprox. 1900–
1900–1920).
1920).
O cirurgião parece estar
suturando o couro
cabeludo. Note o clí
clínico
medindo o pulso do
paciente com um reló
relógio
de bolso.
“Sedare dolorem divinum opus est.”
est.”
ANESTÉSICOS GERAIS
Definição: fármacos que
promovem inconsciência e
analgesia, de modo controlável
e reversível (também amnésia,
inibição dos reflexos sensitivos
e autônomos, e relaxamento da
musculatura esquelética).
u Inconsciência:
u SRAA,
hipotá
hipotálamo e tá
tálamo (analgesia).
u Memória
recente: hipocampo.
Histórico
N2O
1800 – Sir Humphrey Davy produziu e fez testes em si
mesmo e até
até no 10 ministro
britânico - antes era
divertimento popular (g
(gás
hilariante).
hilariante).
1845 – Horace Wells - CD nortenorteamericano - teve um dente
extraí
extraído, enquanto ele pró
próprio
controlava a inalaç
inalação de N2O.
ÉTER
1846 - també
também
para divertimento
popular (mas é
explosivo)
William Henry Morton,
Morton, CD da Harvard Medical
School – fazia extraç
extrações dentá
dentárias.
Morton
convenceu
Warren
(Cirurgião(Cirurgião-Chefe
do
Massachussetts
General Hospital)
a fazer uma
demonstraç
demonstração
com sucesso
(16/10/1846):
16/10/1846):
“Senhores, isto
não é uma
fraude!”
fraude!”.
CLOROFÓRMIO
1847 - Oliver Wendell Holmes neurologista.
1847 - James Simpson - obstetra em
Glasgow - perseguiç
perseguição religiosa até
até o 70
filho da Rainha Vitó
Vitória (“anaesthé
anaesthésie à la
reine”
reine”), sob anestesia por
insistência do Prí
Príncipe Albert.
MECANISMO DE AÇÃO
CÉLULA:
lipídica, hí
hídrica e proté
protéica.
LULA: fases lipí
LIPÍ
(1.899--1.901)
1.901) - lipossolubilidade e
LIPÍDICA:
DICA: Overton & Meyer (1.899
potência - coeficiente de partiç
partição óleo/á
leo/água – CAM
(concentraç
(concentração alveolar mí
mínima).
HÍDRICA:
(“teoria dos clatratos”
clatratos”) e Miller et al.
al.
DRICA: Linus Pauling (“
(1.961)
1.961) (“
(“experiência das enguias”
enguias” - 100 atmosferas - inclusive
para anesté
anestésicos locais) - complexos com água junto à
superfí
superfície interna da membrana celular (ou
compressão/descompressão da fase lipí
lipídica da membrana 0,4% de aumento de volume pelo AG).
PROTÉ
ativação da
PROTÉICA:
ICA: luciferase (enzima relacionada à ativaç
luciferina em vagalumes - proteí
proteína pura, hidrofó
hidrofóbica) lipossolubilidade e efeito de té
término repentino → receptor!?
ASSINALAR:
ASSINALAR:
a) as molé
moléculas de AG não mostram nada em
comum do ponto de vista quí
químico.
b) em ní
nível celular: os AG apresentam maior
efeito sobre as sinapses do que sobre a
conduç
condução axônica ( ↓ liberaç
liberação de
neurotransmissor; ↑ inibiç
inibição pó
pós-siná
sináptica ou
↓ sua excitabilidade).
excitabilidade).
c) os barbitú
barbitúricos (anesté
(anestésicos injetá
injetáveis)
estimulam receptores inibitó
inibitórios (sí
(sítio do
receptor GABAA, antagonizá
antagonizável pela
bicuculina).
ESTÁ
ESTÁGIOS DA ANESTESIA
O padrão foi determinado pelo ÉTER
(“está
estágios de Guedel”
Guedel”)
Ten. Arthur Guedel (1883
-1956).
(18831956). GraduouGraduou-se
pela University of Indiana Medical School em
1908. Na I Guerra Mundial vistoriava o
trabalho de mé
médicos, dentistas e enfermeiras
com base em seu mapa de reflexos pupilares,
pupilares,
percorrendo de motocicleta vá
várias bases
hospitalares nas zonas de batalha (daí
(daí ser
chamado "o motociclista anestesista da I
Guerra Mundial“
Mundial“).
Cópia manual original da
versão de 1937 dos está
estágios e
sinais da anestesia de Guedel
ESTÁGIOS DA ANESTESIA
I - Analgesia - não sente dor, fica sonolento,
poré
porém consciente.
II - Excitaç
Excitação - perde a consciência e
apresenta aumento dos estí
estímulos reflexos
(vômito).
III - Cirú
Cirúrgico - apresenta fases de
aprofundamento crescente (4
(4 planos: sono;
perda sensorial completa; perda do tônus
muscular e paralisia dos intercostais).
Cessam quase todos os estí
estímulos reflexos e a
respiraç
respiração se torna regular.
Alguns reflexos, como o estí
estímulo farí
faríngeo e o
peritoneal, ainda permanecem.
O tônus muscular vai diminuindo, até
até
desaparecer (primeiro os intercostais e, por
último, o diafragma).
A musculatura lisa també
também relaxa ( ↓ a PA).
IV - Paralisia bulbar - lesão definitiva
dos centros respiratório e vasomotor.
INDUÇÃO ANESTÉSICA
É usada a via intravenosa:
intravenosa: barbitú
barbitúricos
(tiopental, metohexital) ou
benzodiazepí
benzodiazepínicos (midazolam); cetamina.
Com curares (de T1/2 curto:
curto: succinilcolina,
ou prolongado:
prolongado: DD-tubocurarina).
Manutenç
Manutenção:
ão: realizada com anesté
anestésicos
volá
voláteis ou gasosos, por via inalató
inalatória.
ria.
Aspectos fisiológicos:
Pulmonar:
Pulmonar: ventilaç
ventilação.
Cardí
Cardíaco:
aco: DC (volume(volume-minuto), FE.
Outros fá
fármacos:
rmacos: morfina (dificulta a
ventilaç
ventilação), atropina (aumenta a FC) etc.
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
1 - Diminuiç
Diminuição das secreç
secreções:
ões: bloqueadores
muscarí
muscarínicos.
2 - Analgé
Analgésicos:
sicos: morfina e derivados.
3 - Ansiolí
Ansiolíticos:
ticos: benzodiazepí
benzodiazepínicos, antihistamí
antihistamínicos
H1 etc.
ANESTÉ
ANESTÉSICOS INALATÓ
INALATÓRIOS
H3C - CH2 - O - CH2 - CH3
→
ÉTER DIETÍ
DIETÍLICO
Cl
F3 - C - CH
Br
→
HALOTANO
Cl
H3C - O – CF2 - CH
Cl
→
METOXIFLURANO
F
HF2- C - O – CF2 - CH
Cl
→
ENFLURANO
Cl
HF2- C - O – C – C- F3
H
→
ISOFLURANO
→
CICLOPROPANO
→
ÓXIDO NITROSO
C- H2
H2-C
C-H2
O
N
N
METABOLISMO DOS ANESTÉ
ANESTÉSICOS INALATÓ
INALATÓRIOS
metoxiflurano
halotano
outros
até
até→ 50%
30%
→ menor que 20%
até
até→
TOXICIDADE
clorofó
clorofórmio
halotano
metoxiflurano
enen-, isoiso- e desflurano
→
→
→
→
fígado (CCl3• ; CCl2 •)
Br- e ác. trifluoroacé
trifluoroacético
íon fluoreto
baixa
baixa
OUTRAS
Clorofó
Clorofórmio, halotano → arritmias card., hepatotoxicidade
metoxiflurano → nefrotó
nefrotóxico
Apêndice do Dr. Fábio M. de Oliveira
u
A anestesia geral é usada em Obstetrícia
exclusivamente para o parto por cesariana de
urgência (quando há risco de vida materna ou
fetal).
u
Porém, os anestésicos atravessam a barreira
placentária e induzem anestesia também no feto.
u
O tempo avaliado para retirar o feto é de cerca
de 6 minutos apenas desde o início da indução
da anestesia.
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Anestesicos Gerais Prof Lara 11-05-2015