Economia Criativa
 A Cultura sob o ponto de vista
antropológico se constitui em um
conjunto de padrões de comportamento,
crenças, conhecimentos e costumes que
diferenciam um determinado grupo
social.
 É uma maneira peculiar de um povo
exercer sua humanidade.
 O design através de sua complexa
composição de materiais, formas,
funções e significados reúne os
elementos que comunicam, produzem e
registram a cultura.
 A cultura é também conseqüência da
geografia, da constituição geológica, das
espécies vegetais, dos animais, da água,
dos recursos naturais e da quantidade de
sol que a região recebe.
 A política, os sistemas de organização
social, as religiões, a comunicação, a
expressão e a arte constituem a história,
os métodos, os costumes culturais.
Cultura + Criatividade = Inovação
Principais expoentes.
Design de: Produto, Interiores, Moda, Gráfico,
Superfície, Web.
Softwares, Games, Cenografia.
Cinema, Vídeo, Fotografia.
Arquitetura, Música, Publicidade,
Propaganda, Turismo, Artesanato e Artes.
Brasil
 É o terceiro maior país em área e o
segundo mais populoso da América.
 É o quinto maior em área e população do
mundo.
Os dez Países Mais Populosos do Mundo e quantidade
de habitantes
China ..............................1.321.851.888 hab.( 9,5 m Km)
Índia ................................1.029.033.066 hab. (3,2 m Km)
Estados Unidos................280.444. hab. ( 9,3 m Km)
Indonésia .........................214.889.263 hab. (1,8 m Km)
Brasil - .............................191.480.630 hab. ( 8,5 m Km)
Paquistão .........................160.604.504 hab.(0,8 m Km)
Rússia ..............................146.653.453 hab. (17,1 Km)
Bangladesh ......................131.394.170 hab.(0,1 m Km)
Japão ..............................126.904.730 hab. (0,3 m Km)
Nigéria ............................114.091.857 hab. (0,9 m Km)
“A cultura é a própria condição de
sobrevivência do homem no planeta.
Se você ataca sistematicamente o equilíbrio
cultural de um povo, você retira dos
indivíduos seu único dispositivo de proteção
para enfrentar a desordem e o vazio”.
Jurandir Freire Costa
Uma visão do Paraíso
 Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil.
 A nação Tupi possuía aproximadamente 1 milhão de
índios com aldeias entre 300 a 2000 indivíduos.
 Uma macro etnia com uma única língua, habitavam do
litoral do Paraná até o Maranhão.
 Quando o homem branco chegou ao Brasil os
índios os consideravam provavelmente
pessoas generosas a sua imagem e
semelhança.
 No mundo indígena mais belo era dar do que
receber.
O enfrentamento dos mundos
 “Para os índios que ali estavam, nus na praia, o
mundo era um luxo de se viver, tão rico de aves,
de peixes, de raízes, de frutos, de flores, de
sementes, que podia dar as alegrias de caçar, de
pescar, de plantar e colher a quanta gente aqui
viesse ter. Na sua concepção sábia e singela, a
vida era dádiva de deuses bons, que lhes doaram
esplêndidos corpos, bons de andar, de dançar, de
lutar...E, sobretudo, sexo opostos e
complementares, feitos para as alegrias do amor.”

Darcy Ribeiro.
Formação do Povo Brasileiro
 Cunhadismo.
 Da união das índias com os europeus
nasceu uma gente mestiça que
efetivamente ocupou o Brasil.
 “Os recém-chegados eram gente prática,
experimentada, sofrida.
 Aos olhos dos índios os invasores pareciam aflitos
demais, acumulavam de tudo, gostando mais de reter
do que de dar, juntavam toras de pau vermelho
incansavelmente.
 “ Temeriam eles, acaso, que as florestas fossem
acabar e com elas, as aves e as caças?
 Que os rios e o mar fossem secar, matando todos os
peixes?”

Darcy Ribeiro
 “No ventre das mulheres indígenas começavam a
surgir seres que não eram indígenas, meninas
prenhadas pelos homens brancos – e meninos que
sabiam que não eram índios... e também não eram
europeus. O europeu não o aceitava como igual.
 O que era ? Era uma gente "ninguém ", era uma gente
vazia.
 O que significavam eles do ponto de vista étnico ?...”
Darcy Ribeiro
 Afro-brasileiros
 Entre 1538 e 1860, 3,3 milhões* de negros.
*alguns historiadores especulam que vieram, 15
milhões. (Rocha Pombo 1905)
Neobrasileiros
 A substituição da solidariedade fundada no
parentesco, característica do mundo tribal igualitário,
por outras formas de estruturação social, dividiu a
sociedade em componentes rurais e urbanos e a
estratificou em classes opostas umas às outras, ainda
que interdependentes pela complementaridade de
seus papéis.
 A população possuía uma aparência muito mais
indígena.
 Até meados do século XVIII a língua corrente
era o tupi-guarani que continuava a unificar a
futura nação brasileira.
O ciclo do ouro.
 Estrutura as bases da economia e da
unidade nacional.
128 toneladas de ouro e 3 milhões de
quilates em diamantes.
 Mais da metade das exportações de
metais preciosos das Américas
Inconfidência Mineira
 Liberdade, aqui e agora.
 Os mineiros versus Coroa Portuguesa.
Foram prontamente dizimados, seus
corpos esquartejados e pendurados
pelos caminhos.
A Família Real
 “O sábio rei sabia bem que seu reino
prestante estava aqui ... E de um dia
para outro trouxe 20 mil portugueses,
fugidos da invasão de
Napoleão....apropriam-se do melhor que
havia no país. Mas nos ensinam a
governar.” Darcy Ribeiro
 A crise de desemprego que ocorre na
Europa entre o final do século XIX e
início do século XX manda 7 milhões de
europeus para o novo mundo.
 Deste contingente 4,5 milhões se fixam
definitivamente no sudeste e sul do
Brasil.
BRASIL XXI
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Sertanejos do nordeste.
Caboclos da Amazônia.
Crioulos do litoral.
Caipiras do sudeste e centro do país.
Gaúchos do sul.
E ítalo-brasileiros, teuto-brasileiros, nipobrasileiros, e recentemente os coreanos,
chineses, todos abrasileirados, marcados mais
pelo que têm em comum como brasileiros, do
que por suas diferenças.
 O povo Brasileiro
 “É o novo, porque surge como uma etnia
nacional, diferenciada culturalmente de
suas matrizes formadoras, fortemente
mestiçada, dinamizada por uma cultura
sincrética e singularizada pela
redefinição de traços culturais delas
oriundos.” Darcy Ribeiro
“Novo porque vê a si mesmo e é visto
como uma gente nova, um novo gênero
humano diferente de quantos existam.’
E apesar de estar numa servidão
continuada ao mercado mundial trás
dentro de si muita alegria e uma
espantosa vontade de felicidade.”
Darcy Ribeiro
 "Nós, brasileiros, somos um povo em ser,
impedido de sê-lo. Um povo mestiço na
carne e no espírito, já que aqui a
mestiçagem jamais foi crime ou pecado.
Nela fomos feitos e ainda continuamos nos
fazendo. Essa massa de nativos viveu por
séculos sem consciência de si... Assim foi
até se definir como uma nova identidade
étnico-nacional, a de brasileiros..." Darcy Ribeiro
 “Mas foi essa gente nossa, feita da carne de
índios, alma de índios, de negros, de mulatos,
que fundou esse país. Esse "paisão"
formidável. Invejável. A maior faixa de terra
fértil do mundo, bombardeada pela energia do
sol. É uma área imensa, preparada para
lavouras imensas, produtoras de tudo,
principalmente de energia. Esse povão que
está por aí pronto pra se assumir como um
povo em si e como um povo diferente, como
um gênero humano novo dentro da Terra.”

Darcy Ribeiro
Temos que aprender a gostar, respeitar o que
somos, deixamos de ser uma colônia e não
precisamos imitar a ninguém.
Mais ainda sofremos do efeito do colonizado.
Não possuímos confiança nos nossos próprios
passos, embora já tenhamos ensaiado.
Design Brasileiro
Ini.
batizada por Pero Vaz Caminha de Rede de Dormir
Fábrica de Móveis Patente
Um grito de guerra.
John Graz 1920
Flavio de Carvalho
Bossa Nova
Noite da Bossa Nova, o show "A Noite do Amor, do Sorriso e da Flor", na faculdade de
Arquitetura 21/05 /1960
Bonfá, João Gilberto e Tom Jobim em Ipanema
Casa das Canoas Oscar Niemeyer
Poltrona Mole Sergio Rodrigues

Cadeira Diz
Sérgio Rodrigues
Lina Bo Bardi
Naturalizei-me Brasileira. Quando a
gente nasce, não escolhe nada,
nasce por acaso. Eu não nasci aqui ,
escolhi este lugar para viver. Por
isso o Brasil é meu pais duas vezes,
é minha “Pátria de Escolha”, eu me
sinto cidadão de todas as cidades,
desde o Cariri, ao Triangulo Mineiro,
às Cidades do Interior e as da
fronteira.” D. Lina.
Lina Bo Bardi
Joaquim Tenreiro
Jean Gilon
Zanine Caldas
Designer Geraldo de Barros, para
a Unilabor uma experiência de
autogestão de 1954 a 1967
“o artista popular é
solidário, ele não tem
problema de
individualidade, ao
contrário, dá a mão
aos que trabalham
com ele, sua
preocupação é que
mais pessoas possam
viver daquela
atividade. Sua visão
de mundo é
inteiramente diferente
das pessoas das
grandes cidades ”.
Janete Costa
Kaiman
Sofá Boa
Poltrona Anêmona década de 90 século XX, designers Irmãos Campana
Irmãos Campana Cadeira Favela
Estante Cabana
Prioridades
É necessário reconhecer a grandiosidade do Brasil, entende-lo através
das características de seus regionalismos.
Pesquisar e catalogar a produção cultural brasileira e o saber popular.
Tomar posse deste patrimônio que tende a se perder.
Valorizar, notabilizar, evidenciar, divulgar a produção da indústria criativa.
Promover grandes exposições regionais e nacionais deste saber fazer.
Do Açaí
a Melissa.
Articulação
Os produtores criativos se encontram dissociados dos setores
Produtivos e Comerciais.
Estamos vivendo uma grande diversidade de ações com
resultados heterogêneos, por todo o Brasil.
Arte aplicada versus gerenciamento
Profissões sem regulamentação.
Dificuldade em administrar os desdobramentos do processo
criativo.
Os escritórios de design em processo de adaptação diante de
uma nova perspectiva de mercado.
A pequena e média indústria sem tradição na contratação de
serviços de design.
Forte concorrência dos produtos chineses.
Direitos autorais e custo de patentes.
A criatividade como solução, velocidade na inovação.
Os processos de formação profissional integrados a realidade
produtiva., parcerias de escolas com a indústria e flexibilização
de currículos.
André Marx
Carlos Motta
Fernando Jaeguer
 Antes dos portugueses
descobrirem o Brasil, o Brasil
tinha descoberto a felicidade.
 Manifesto Antropofágico 1922
 Bibliografia:
O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro.
Culturas Híbridas, Nestor Garcia Canclini.
O Vestígio e a Aura, Jurandir Freire Costa.
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Apresentação - Jéthero Miranda