Ministério da Saúde
Administração Regional de Saúde
do Algarve
Projecto : “Unidade de Terapia Familiar (UTF)”
Autores:
Pedro Manuel Teigão,
Terapeuta Familiar (Assistente Graduado de Medicina Geral e
Familiar a exercer funções no Centro de Saúde de Loulé em regime
de exclusividade)
Alexandra Alvarez Alexandre,
Terapeuta Familiar (Técnica de Serviço Social, a exercer funções
de chefe de divisão de Acção Social na Câmara Municipal de Faro)
Sumário
-INTRODUÇÃO
-O PROCESSO DE MUDANÇA
-FUNDAMENTOS E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJECTO
-CARACTERÍSTICAS DO PROJECTO
-Denominação da Iniciativa
-Constituição da UTF
-Horário de Funcionamento da UTF
-Objectivos Gerais
-Necessidades de Saúde
–Instalações
–Equipamento
-Aspectos gerais organizativos
-Sistema de informação
-Colaboração com os utentes e a população em geral
-Formação contínua
-Garantia de qualidade
-Participação na formação pré e pós graduada
-Actividades de investigação
-Resultados esperados
–Avaliação
-Calendarização
-Custos com pessoal e Equipamento
-Nota Final
- O PROCESSO DE MUDANÇA
O processo de mudança proposto passa por
progressivamente devolver às famílias a sua
competência e capacidade em ultrapassar as suas
crises e por vezes apoiá-las na resolução dos seus
problemas.
Acreditar e fazer acreditar na importância da
funcionalidade das famílias como primado
organizacional de uma sociedade centrada na própria
família.
A UTF trará às famílias e a quem com elas trabalha:
Mais disponibilidade às famílias porque são elas os
principais cuidadores dos doentes/pacientes, criando um
espaço de diálogo e funcionalidade familiar.
- O PROCESSO DE MUDANÇA
Mais acessibilidade, tendo em conta que quem trabalha com
famílias em crise (assistentes sociais, tribunais, comissões, centros
de saúde etc.) terá conhecimento deste novo recurso e poderá
facultá-lo de uma forma rápida e simplificada.
Menos serviços/cuidados prestados na área da saúde e outras
porque famílias em crise consomem mais consultas no CS e
noutros serviços e que após solucionada a crise estas necessitarão
menos destes serviços.
Mais tempo, é o que encontrarão na consulta de terapia familiar,
que só por si pode solucionar o problema sentido pela família.
Mais colaboração com os restantes profissionais de saúde e
interventores comunitários mantendo a referenciação nos dois
sentidos não descurando nunca os dados ou factos confidenciais
assim classificados pelas famílias.
CARACTERÍSTICAS DO PROJECTO
O Projecto “Unidade de Terapia Familiar”
será um novo serviço de saúde criado no âmbito da ARS do
Algarve, entidade que tutela a unidade assim como suporta os seus
custos de funcionamento.
Denominação da Iniciativa
Unidade de Terapia Familiar (UTF)
Constituição da UTF
A unidade de terapia familiar é constituída por equipas de dois
terapeutas cada.
Necessidades de Saúde
Todos os médicos de família têm a percepção de que as
famílias inscritas nas suas listas de utentes passam por
vezes por crises e para as quais, a maior parte delas,
têm competência para as resolver sem necessidade de
recorrer a ajuda exterior.
No entanto, existem algumas famílias não estruturadas
que vivem em crise e que necessitam e pedem ajuda
para evitar que todos os seus elementos sofram e criem
problemas individuais insolúveis.
Instalações
As características do projecto determinam que as
instalações afectas a ele tenham as seguintes
características:
Duas salas contíguas, tendo uma, no mínimo, 20 metros
quadrados, esteja parcialmente insonorizada, disponha
de acessos directos e possibilite alguma discrição às
famílias que a frequentarem.
A segunda sala não necessita de características especiais,
destina-se à assistência das consultas em directo, via
vídeo, por parte de outros terapeutas familiares,
professores e estudantes devidamente enquadrados
institucionalmente.
Locais de Consulta
Extensão de Saúde de Quarteira:
Centro de Saúde de Loulé Sede:
Centro de Saúde de Faro Sede:
Sistema de informação
O sistema de informação tratará de números estatísticos globais
como:
Número de famílias tratadas ou em tratamento,
Tipo de famílias,
Número de elementos das famílias envolvidos e idades,
Tipo de pedidos, problemas sentidos,
Número de horas gastas em consultas, por equipa de
terapeutas, por família etc.,
Números de horas gastas em revisão e estudo de
casos, Número de horas gastas em formação e
supervisão,
Número de horas gastas em autoavaliação,
Outros…
A aderência das famílias à terapia familiar,
baseada no sigilo e anonimato, poderá
inviabilizar a aplicação de taxas
moderadoras.
Referenciação :
A divulgação da existência da UTF será
orientada exclusivamente para as entidades,
públicas ou privadas, que no terreno
trabalham com as famílias, tornando-se mais
um recurso destas.
A frequência desta consulta carece sempre
de uma referência prévia. Estará pois vedado
o contacto directo da população em geral
com a Unidade.
Formação contínua:
Será elaborado um programa de formação contínua para os
profissionais envolvidos no projecto a apresentar à entidade que
tutela a UTF, no prazo máximo de seis meses.
Participação na formação pré e pós graduada:
Os terapeutas envolvidos e a envolver frequentarão as acções de
formação promovidas pela Sociedade Portuguesa de Terapia
Familiar e outras consideradas de interesse para melhoria da
qualidade do seu desempenho.
Paralelamente estarão aptos a apoiar a formação prática de futuros
Terapeutas Familiares em formação pela referida Sociedade, sendo
que a UTF pode constituir-se a médio prazo como um pólo
dinamizador da actividade da SPTF na região do Algarve.
Garantia de qualidade
Como indicadores de qualidade propõe-se a adopção dos
seguintes:
Grau de satisfação com o prazo da prestação do
serviço;
Número de encaminhamentos para a consulta;
Número de consultas realizadas por mês;
Grau de satisfação com o tratamento do processo;
Continuidade de prestação do serviço;
Atraso médio na prestação do serviço;
Grau de satisfação dos referenciadores;
Grau de satisfação das famílias;
Avaliação:
Avaliação Interna – de acordo com os
objectivos definidos será estabelecido um
tipo de avaliação que permita a sua
monitorização e se necessária a
correcção das estratégias de realização;
Avaliação da SPTF – De dois em dois
meses terá lugar na sede da SPTF um
encontro de quatro horas com todos os
terapeutas da UTF e com Terapeutas
Familiares mais experientes designados
pela direcção da sociedade os quais,
supervisionarão
todo
o
trabalho
desenvolvido e a desenvolver assim como
apresentarão sugestões para novas
propostas de trabalho.
Avaliação da ARS – Esta será a entidade que
avaliará, em última instância, a actividade da
UTF, baseada em relatórios de execução
apresentados em ambos os Centros de Saúde e
sustentados por fichas de avaliação que
traduzirão a avaliação dos técnicos que
referenciam as famílias e a das próprias
famílias, bem como na informação estatística
produzida pela equipa de Terapeutas e por fim
com o parecer anual da Sociedade Portuguesa
de Terapia Familiar.
Nota final (destaques):
A criação da UTF pretende vir a ser uma mais valia para o Distrito
de Faro,
A criação da consulta familiar permitirá ainda alargar o leque das
respostas existentes no distrito e a sua articulação com as restantes
intervenções técnicas existentes,
Será de salientar que o apoio da Sociedade Portuguesa de Terapia
Familiar a esta iniciativa constitui igualmente, por si só, um
engrandecimento técnico,
A UTF irá atrair para o Algarve uma prática científica até agora
inexistente e com ela a possível criação de escola com campos de
estágio para novos terapeutas que possam ser portadores da
dinâmica necessária à inovação.
Início das actividades regulares a 02 de Janeiro de 2005
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apresentação 1 - Unidade de Terapia Familiar