Biomecânica Aplicada à Musculação Prof. Silvio Pecoraro http://lattes.cnpq.br/5061464477380779 CONTEÚDO •A Biomecânica como nova ferramenta para a prescrição do treinamento personalizado. •Análise da efetividade do exercício e sua influência na montagem dos programas de musculação. •A construção de um programa seguro: controlando a sobrecarga mecânica dos exercícios de musculação e dos exercícios aeróbios. BIOMECÂNICA é a disciplina cujo objetivo é a ANÁLISE FÍSICA DO MOVIMENTO dos sistemas biológicos. Ela aplica os PRINCÍPIOS DA MECÂNICA na análise de um sistema que possui PARTICULARIDADES FISIOLÓGICAS e ANATÔMICAS bem definidas (AMADIO, 1989) QUAL É A CONTRIBUIÇÃO DA BIOMECÂNICA NA PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO ??? MONTAGEM DO TREINAMENTO •OBJETIVOS? •INTENSIDADE? •VOLUME? •PERIODIZAÇÃO? •EXERCÍCIOS? O EXERCÍCIO É QUALIFICADO ? •O EXERCÍCIO REALMENTE ATIVA OS MÚSCULOS QUE ELE SE PROPÕE A TRABALHAR ? •QUAL É A INTENSIDADE MECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR ? QUAIS SÃO OS EXERCÍCIOS MAIS ADEQUADOS??? TREINO 1: PEITORAIS EXEMPLO DE MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINAMENTO TRÍCEPS TREINO 2: PERNA OMBRO TREINO 3: DORSAIS BÍCEPS IGNORAR AS AÇÕES MUSCULARES NA EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS... • REPOUSO INSUFICIENTE • FRACO DESENVOLVIMENTO • DESMOTIVAÇÃO • SURGIMENTO DAS LESÕES ELETROMIOGRAFIA ELETROMIOGRAFIA Como trabalhar com músculos profundos??? ELETROMIOGRAFIA DETERMINADA A EFICÁCIA... UM ÓTIMO EXERCÍCIO, PORÉM... QUAL É A SOBRECARGA MECÂNICA GERADA ??? MODELO PARA CÁLCULO DAS FORÇAS INTERNAS NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO - Cadeia Cinética Aberta e Fechada - Insuficiência Ativa e Passiva - Relação Força-Comprimento - Implicação na segurança BIOMECÂNICA DOS EXERCÍCIOS QUADRÍCEPS EMG (% CVM) durante a execução de exercícios cadeia cinética fechada e aberta LEG PRESS AGACHAMENTO MESA EXTENSORA Escamilla et al. (1998) QUAL É A INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DOS PÉS? ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DO VASTO LATERAL McCAW & MELROSE (1999) GLÚTEO MÁXIMO Pequena alteração da atividade muscular NENHUMA DAS ALTERAÇÕES FOI MAIS EXPRESSIVA DO QUE A OBSERVADA EM FUNÇÃO DO AUMENTO DA CARGA ISQUIOTIBIAIS IEMG (PICO) DO SEMITENDINOSO E DO BÍCEPS DA COXA 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 ST Mesa Flexora BF Stiff Agachamento WRIGHT et. al (1999) O AGACHAMENTO NÃO TRABALHA EFETIVAMENTE OS ISQUIOTIBIAIS ??? EMG (% CVM) DOS ISQUIO-TIBIAIS Escamilla et al. (1998) ALAVANCAS NO CORPO HUMANO MOMENTOS ARTICULARES NO AGACHAMENTO MOMENTOS ARTICULARES NO AGACHAMENTO DADOS DA EMG O CARACTERIZAM COMO UM EXERCÍCIO EFICAZ... ... PORÉM A SOBRECARGA NA COLUNA NÃO SERIA MUITO GRANDE? COMPRESSÃO DISCAL NO EXERCÍCIO Wilke et al. (1999) ASPECTOS BIOMECÂNICOS DOS EXERCÍCIOS PARA O MEMBRO SUPERIOR QUAIS MÚSCULOS SÃO ATIVADOS NO SUPINO ? EMG no Supino QUAL É O EFEITO DA INCLINAÇÃO ? É POSSÍVEL TRABALHAR DIFERENTES PORÇÕES DO PEITORAL? ASPECTOS ANATOMICOS DO PEITORAL IEMG (mV.s) DA PORÇÃO CLAVICULAR DO PEITORAL 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Inclinado Horizontal Declinado Desenvolvimento Barnett et al. (1995) IEMG (mV.s) DO DELTÓIDE ANTERIOR 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Desenvolvimento Inclinado Horizontal Declinado Barnett et al. (1995) AS DECLINAÇÕES SÃO EFETIVAS? IEMG (mV.s) DA PORÇÃO ESTERNAL DO PEITORAL 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Horizontal Inclinado Declinado Desenvolvimento Barnett et al. (1995) IEMG (mV.s) DO DELTÓIDE ANTERIOR 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Desenvolvimento Inclinado Horizontal Declinado Barnett et al. (1995) QUAL É O EFEITO DA LARGURA DA PEGADA ? Porção clavicular do Peitoral Tríceps Deltóide Barnett et al. (1995) COMO EXECUTAR AS PUXADAS? QUAL É O EFEITO DAS DIFERENTES PEGADAS? Signorile et al. (2003) RMS EMG (%CVM) do GRANDE DORSAL 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Pulley frente Supinado Pulley costas Triângulo Signorile et al. (2003) SERIA ESTE UM EXERCÍCIO INÚTIL? RMS EMG (%CVM) do PEITORAL 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Triângulo Supinado Pulley frente Pulley costas Signorile et al. (2003) RMS EMG (%CVM) do DELTÓIDE POSTERIOR 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Triângulo Pulley frente Supinado Pulley costas Signorile et al. (2003) SERIA ESTE UM EXERCÍCIO INÚTIL? REGIÃO DO OMBRO É CONSTANTEMENTE AFETADA POR LESÕES PROBLEMAS NA GLENO-UMERAL Abdução + REO Gross et al. (1993) Impigimento Quando a abdução do ombro passa de 90 graus a tensão no músculo supra espinhal aumenta e sua compressão também, pois a espinha da escápula pinça o músculo com o acrômio podendo gerar inflamação ou calcificação e diminui a integridade da articulação e tempo de ação muscular, em contrapartida o músculo deltóide segundo Celli (1985) em seus estudos concluiu que este músculo passa ser o agonista em 120 graus de movimento articular. Na abdução no plano da escápula não existe esse pinçamento. ? AS SOLUÇÕES Gross et al. (1993) EXERCÍCIOS PARA O OMBRO TOWNSEND et al. (1991) DESENV. ABD.HOR. (RI) ABD.HOR. (RE) FLEXÃO ABDUÇÃO ABD.ESCAP. (RI) ADUÇÃO HOR “FLEXÃO” ABD.ESCAP. (RE) REMADA EXTENSÃO EMG do DELTÓIDE ANTERIOR 60 75 72 50 71 70 69 50 50 40 30 30 65 62 62 60 31 31 20 10 0 55 Abdução no plano da escápula IR Abdução no plano da escápula IR Abdução no plano da escápula ER Abdução no plano da escápula ER Flexão Flexão Desenvolvimento Desenvolvimento Abdução Abdução Pico de atividade (% da CVM) TOWNSEND et al. (1991) Tempo de atividade (% do exercício) EMG do DELTÓIDE POSTERIOR 93 92 90 70 88 70 63 71 57 57 60 35 30 0 0 Abdução Horizontal IR Abdução Horizontal IR Abdução Horizontal ER Abdução Horizontal ER Remada Remada Extensão Extensão Pico de atividade (% da CVM) Tempo de atividade (% do exercício) EMG do DELTÓIDE MEDIAL 90 83 80 79 70 70 58 57 73 72 72 72 64 60 43 38 35 31 38 31 30 0 0 Abdução no plano da escápula IR Abdução Horizontal IR Abdução Horizontal ER Flexão Abdução no plano da escápula ER Remada Desenvolvimento Abdução Abdução no plano da escápula IR Abdução Horizontal IR Abdução Horizontal ER Flexão Abdução no plano da escápula ER Remada Desenvolvimento Abdução Pico de atividade (% da CVM) Tempo de atividade (% do exercício) Abdução no plano Escapular Deste modo podemos concluir que este exercício além de gerar alta intensidade de ativação muscular do deltóide (rendimento) gera também altos valores de ativação para os músculos do manguito rotador auxiliando também na proteção de tal articulação OUTROS PROBLEMAS... OUTROS PROBLEMAS... Biomecânica e Cinesiologia Coluna Vertebral Estrutura • Abdômen: - Reto abdominal - Oblíquos Interno - Oblíquo Externo - Transverso do Abdômen Estrutura •Músculos do Dorso - Trapézio - Grande dorsal - Rombóides - Serrátil - Paravertebrais - Multífidos Estrutura Cintura escapular Manguito Rotador Subescapular Supraespinhoso Infraespinhoso Redondo Menor Curvaturas fisiológicas normais •Posição ortostática: Cervical: lordose (32º- 37º) Torácica: cifose (30º- 33º) Lombar: lordose (25º- 30º) •Posição sentada: Inclinação posterior da pelve (10º) – diminuição da lordose lombar Movimentos da coluna vertebral •Coluna cervical Segmento mais móvel, em todos os eixos •Coluna torácica Grande mobilidade em inclinação e rotação, menor em flexão/extensão •Coluna lombar Maior mobilidade em flexão/extensão, menor em inclinação e muito pouca em rotação (exceção L5-S1) Movimentos da coluna vertebral Problemas da Coluna Vertebral A coluna vertebral é a mais prejudicada com sobrecargas que levam a problemas posturais, pois a coluna vertebral é o suporte do corpo. Ela se adapta à posição e atitude que o corpo adota. Braccialli & Vilarta, 2001; Knoplich, 2003 Exercícios Abdominais EMG do Músculo Reto do abdômen (Axler & McGill, 1997) Valores de Máxima Compressão (L4-L5) (Axler & McGill, 1997) Muito grato pela atenção! Profº Silvio Pecoraro [email protected]