CURSO DE BIOMEDICINA KERNICTERUS: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE Graduanda: Ana Paula da Silva Orientadora: Priscila Ferreira Silva Trabalho de Conclusão de Curso (Universidade Bandeirante de São Paulo): Kernicterus: a importância do diagnóstico e tratamento precoce Autor(es): Ana Paula da Silva KERNICTERUS É uma síndrome neurológica resultante do depósito de bilirrubina nãoconjugada nos gânglios da base e diversos núcleos do tronco cerebral. A bilirrubina indireta atravessa a barreira hematoliquórica do neonato (Margotto, 2006) PROPOSTA A proposta desse trabalho é esclarecer a importância de um diagnóstico e tratamento precose da hiperbilirrubinemia, que é devastadora porém evitável FATORES PREDISPONENTES Alta hospitalar precoce Amamentação inadequada Falta de acompanhamento com profissionais capacitados Hipoglicemia AcidoseHipotermia Hipoxia Infecção Bacteriana Hipoalbuminemia Drogas: Benzoatos, ceftriaxona, sulfixazol, ibuprofeno (competição da albumina/bilirrubina) (Verona et al., 2004; Cunha et al., 2008; Kenner, 2001; Maisels, 2002; Hallamek, 1997; Volpe, 1995) MACROSCOPIA PERIFERIA CINZENTA HISTOLOGIA GLOBO PÁLIDO NÚCLEO EM VÍRGULA CORPÚSCULO DE LUYS SUBSTÂNCIA BRANCA IMPREGNAÇÃO DA BILIRRUBINA CORPO DO NEURÔNIO (Veiga, 2006) FISIOPATOLOGIA Mecanismo da lesão: A bilirrubina prejudica a homeostase do Ca ++ intracelular O aumento do Ca++ inicio da apoptose (morte celular programada) Glicoproteina P → remove a bilirrubina da célula (Shapiro et al., 2006) A ENTRADA DA BILIRRUBINA AO CÉREBRO AUMENTA NAS SEGUINTES CONDIÇÕES: Alterações na permeabilidade da Barreira Hemato Encefálica Hiperosmolaridade Asfixia Rompimento da Barreira Hemato Encefálica (asfixia severa) bilirrubina – albumina para o espaço extracelular cerebral Prolongado trânsito: aumento da pressão venosa Aumento do fluxo sanguíneo: hipercapnia Dissociação da bilirrubina/albumina (Recém Nascidos doentes) (Buthani, 2006) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase I: Hipotonia, letargia e reflexo de sucção débil nos primeiros 2 a 3 dias (Ramos, 2006) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase II: Espasticidade, opistótono e febre (Ribeiro et al., 2004) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase III: Aparente melhora no fim da primeira semana, com diminuição da espasticidade (Lemos, 2006) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase IV: Incide, geralmente, aos 2 a 3 meses de vida, com sinais sugestivos de paralisia cerebral. (Lemos,2006) DIAGNÓSTICO CLÍNICO: história materna, do parto e neonatal Zonas de Kramer (Margotto, 2007) ICTERÍCIA Fisiológica Patológica Relacionada ao leite materno (Zago, 2002) DIAGNÓSTICOLABORATORIAL Exames na Mãe Anticorpos irregulares no sangue, grupo sangüíneo e fator Rh Exames no Recém Nascido Bilirrubina total, frações, Coombs indireto e direto, tipagem sangüínea, fator Rh, teste de eluato, dosagem de hematrócrito, hemoglobina, hematoscopia, hemograma com reticulócitos e esferóscitos, dosagem de glicose-6-fosfato, dosagem de desidrogenase, eritrograma, prova de resistência globular, dosagem de bilirrubina por determinação do urobilinogênio fecal e urinário, determinação de haptoglobina no soro, pesquisa de hemossiderina na urina (Berhman, 2002) BILIRRUBINA TOTAL EM RECÉM NASCIDO IDADE PREMATURO A TERMO CORDÃO 2,9 mg/dL 2,5 mg/dL < 24 HORAS 8,0 mg/dL 6,0 mg/dL < 48 HORAS 12,0 mg/dL 10,0 mg/dL 3 a 5 DIAS 15,0 mg/dL 12,0 mg/dL 7 DIAS 15,0 mg/dL 10,0 mg/dL (Pardini, 2005) BILICHECK (Ramos, 2006) DIAGNÓSTICO IMAGEM Ultra-sonografia e Ressonância Nuclear Magnética (Margotto, 2005; 2007) CONDUTAS TERAPÊUTICAS DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE BILIRRUBINA Nível de Bil. Total Plasmática até 48 h (mg%) Nível de Bil. Total Plasmática ≥ 96 h (mg%) Fototerapia Exsanguineo Fototerapia 11 18 15 19 Moderado Risco (35 – 37 sem IG sem risco de DNIB) 13 20 18 22,5 Baixo Risco (RN de termo sem risco para DNIB) 15 22 21 25 Risco para DNIB* (segundo AAP**) Alto Risco para DNIB em RN de 35 – 37 sem IG) DNIB*: Disfunção Neurológica induzida pela Bilirrubina AAP**: Academia Americana de Pediatria Exsanguineo (Margotto, 2007) TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Gamaglobulina Metaloporfirina Fenobarbital Ágar Colestiramina (De Carvalho, 2001; Martinez,1999; 2001) TRATAMENTO FOTOTERAPIA Por isomerização e oxidação (Felix; Amorim, 2006) TRATAMENTO Exsangüineotransfusão (Ramos et al., 2003) COMPLICAÇÕES DA EXOSANGÜINEOTRANSFUSÃO Cardíacas Vasculares Hematológicas Metabólicas Infecções (Cunha et al., 2004) PROFILAXIA Redução da circulação entero hepática Inibição da produção de Bilirrubina: Prevenir a reabsorção enteral da bilirrubina Aumentar a brabilidade da ligação bilirrubina- albumina (Margotto, 2007; Mello, 2006) CONCLUSÃO Diagnostico Tratamento precoce da hiperbilirrubinemia Tempo de internação prolongado Acompanhamento com profissionais capacitados SERIA TÃO DIFERENTE Seria tão diferente se o sonho de que a gente gosta não terminassem tão de repente..... Seria tão diferente se os bons momentos da vida durassem eternamente........ Seria tão diferente se a gente de que a gente gosta gostasse um pouco da gente......... Seria tão diferente se quando a gente chorasse, fosse só de contente....... Seria tão diferente se a gente que a gente ama sentisse o que a gente sente...... Mas.....é tudo tão diferente......... Os sonhos de que a gente gosta terminam tão de repente....... Os bons momentos da vida não duram eternamente............. A gente de que a gente gosta nem sempre gosta da gente........ Poucas vezes são de contente......... E a gente de que a gente ama não sente o mesmo que a gente........ Mas........poderia ser tão diferente........! Dê-se uma chance de ser diferente.......! Tente, ouse, opte pela felicidade e ai será diferente. “ Feliz aquele que acredita em seus sonhos, pois só assim poderá realizar seus vôos plenamente.......”