MICRO OUTSOURCING Oportunidades e Orientações Estratégicas para PME TICE I MICRO OUTSOURCING Ficha Técnica Título: Micro-Outsourcing: Oportunidades e Orientações Estratégicas para PME TICE Edição: Inova-Ria – Associação de Empresas para uma Rede de Inovação em Aveiro Autor: CH Academy Equipa de projeto e investigação: Lurdes Morais (Project Manager), João Orvalho Oportunidades e Orientações Estratégicas para PME TICE (PhD, Senior Consultant), Joana Raquel Silva (Junior Consultant), Silvia Pinto (Designer) Ano: 2014 1 SUMário executivo Portugal é reconhecido como um dos principais destinos para a prestação de serviços em regime de outsourcing na área das TIC, figurando ao lado de outros sete países europeus - Irlanda, Israel, Irlanda do Norte, Escócia, Espanha, Gales e Grécia. De acordo com a denominação da Gartner, Portugal é considerado atualmente como um “potential nearshore country”, sendo referenciado como um destino com disponibilidade de profissionais com elevadas competências e qualidades nas áreas de TIC e Processos de Negócio. As empresas portuguesas, a par das multinacionais instaladas em Portugal, são vistas como inovadoras, dispondo de profissionais qualificados acima da média, e, consequentemente, com enorme potencial de crescimento nos mercados internacionais. O outsourcing tem vindo a demonstrar um elevado potencial de crescimento a que as empresas nacionais não podem estar alheias, sendo por isso fundamental um melhor conhecimento das tendências, a nível nacional e internacional, bem como a definição de uma estratégia adequada que garanta uma abordagem eficaz e com sucesso. Associação de Empresas para uma Rede de Inovação em Aveiro (adiante designada Inova-Ria) pretende contribuir para um novo posicionamento das PME TICE portuguesas face a empresas compradoras destes serviços, com a realização do estudo “Relatório Diagnóstico para o “Micro-Outsourcing”: Oportunidades e Orientações Estratégicas para PMEs TICE”. Este trabalho enquadra-se no âmbito do Projeto Alvos Estratégicos, aprovado no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Coletivas do COMPETE, cofinanciado pelo QREN e UE e tem por finalidade a análise do potencial de especialização e/ou organização conjunta das PMEs TICE, com enfoque na Região Centro, para se posicionarem como uma oferta competitiva para o “Micro-Outsourcing” ou para o Outsourcing de forma geral, caracterizando as principais tendências deste setor. Assim, atendendo à sua missão de promoção e dinamização da investigação, conhecimento e formação na área das Tecnologias de Informação e Eletrónica, a Inova-Ria 2 3 O estudo inicia com “o estado dos serviços e do outsourcing em 2014” de onde se retiram os seguintes resultados: os serviços partilhados e de outsourcing estão a crescer; dois terços das empresas estão aquém em áreas digitais; os modelos integrados de serviços globais que incorporam ambos os serviços partilhados e outsourcing são o foco principal para a maioria das empresas, com cerca de 56% dos compradores de outsourcing a aumentarem os investimentos na sua função centralizada de governança, a fim de gerir a sua diversidade de modelos de prestação de serviços; 45% dos compradores têm expectativas de mudança, nos próximos dois anos, para uma larga escala de processos de negócios, alavancados por novas tecnologias /plataformas; graças à crescente tendência de mudança de trabalho de maior valor em serviços compartilhados no exterior, as empresas devem aumentar AS suas atividades de nearshoring em 20% a 30% ao longo do próximo ano; os clientes estão rapidamente a perder a paciência com os prestadores de serviços que não trabalham de forma proativa, entregando mais valor do que os termos básicos do contrato original; perto de 60% das empresas encaram a análise operacional como um resultado muito importante do outsourcing e, em idêntica maioria, também estão à espera que os seus fornecedores tragam talento mais experiente e melhores tecnologias, dentro de dois anos; muitos clientes começam a contrastar as vantagens de mudarem de modelos convencionais de outsourcing para os modelos <as-a-Service> os compradores querem serviços de consultoria que os ajudem a gerir melhor os seus contratos de outsourcing e, também, necessitam de dados e investigação (I&D) para que a abordagem do outsourcing seja efetuada de forma mais eficaz. Da análise do “Mercado do outsourcing na Europa”, verificou-se que cerca de três quartos dos serviços de IT das organizações são geridos por recursos internos (inhouse), dando a indicação prospetiva de haver margem para progressão nos serviços ITO, que lideram relativamente aos processos de negócio em regimes de outsourcing. Interessante, também, é saber que as organizações na Espanha, Reino Unido e Alemanha aparentam ter maior maturidade pois estão dispostas a estabelecer parcerias externas para melhorar processos centrais dos seus negócios, e daí, retirar vantagens competitivas. Assim como a redução de custos continua a ser o maior driver para o outsourcing. No entanto, outros fatores como a melhoria na eficiência ou o acesso ao conhecimento, ferramentas e a competências muito específicas e especializadas, são drivers de influência. Facto que se verifica na Noruega, Suécia e Reino Unido. Relevante e assinável é que a redução de investimento de capital é um driver a considerar. Nos setores industriais de produção e fabricação, muito marcados pelas condições (flutuações) do mercado, este driver adquire um maior peso. Quanto aos riscos do outsourcing, quer em ITO ou em BPO, são considerados pelas empresas europeias de acordo com a seguinte ordem de importância: dependência de um fornecedor externo, perda de controlo, impacto na qualidade, perda de conhecimento e perda de confidencialidade (particularmente em Espanha). O “Nearshoring é o modelo mais popular de outsourcing na Europa”– tendência que se mantém em crescimento para os países da Europa de Leste, estando Portugal a ganhar importância neste quadro, sendo a indústria de IT (software) a mais procurada, dentro dos serviços de outsourcing IT. Contudo, a Europa tem escassez de competências IT, isto é, mão de obra qualificada, constituindo uma forte ameaça ao desenvolvimento da economia e ao setor de outsourcing, em particular. Por fim, salienta-se que os principais drivers estratégicos dos serviços ITO e BPO, geradores de dinâmicas para as grandes empresas e para as PME da Europa são: computação na cloud, a combinação de serviços ITO e BPO, big data (analytics), mobilidade, conhecimento e competências muito especializados, grande flexibilidade no modelo de preço e inovação. Pela análise de “Os centros de serviços partilhados em Portugal”, atualmente, Portugal é um dos centros de nearshore mais interessantes da Europa, em virtude das condições de proximidade, das condições financeiras muito competitivas (incentivos do governo, etc), do nível de trabalho altamente 4 qualificado, das competências linguísticas e comunicacionais e do espírito de compromisso. Porque, de facto, o elevado nível de qualificações e as competências linguísticas, nomeadamente o inglês, que caracteriza a mão de obra portuguesa, associada a uma elevada competitividade ao nível do custo da mão de obra, contribuem para Portugal ser competitivo. Outra componente muito relevante deste estudo, prende-se com “A indústria de software”, em virtude de, hoje em dia, o outsourcing para desenvolvimento de software ser uma tendência muito comum para grandes, médios e até pequenos fornecedores. Assumindo-se, assim, como um importante driver do mercado de IT. É apresentado um caso de sucesso, um excelente exemplo, que é o Germany Software Industry Survey (2013). Os seus resultados devem ser retidos e retiradas as devidas elações, especialmente para a indústria de software em Portugal e, muito particularmente, para o ecossistema de empresas da Inova-Ria. As empresas da Inova-Ria para ultrapassarem as debilidades associadas à sua reduzida dimensão, da falta de escala, devem adotar vários modelos de associação, de forma o poder tirar partido de maior massa crítica: investimento na qualificação dos recursos e nas metodologias de desenvolvimento, etc. Como tal, para melhor conhecer a realidade da indústria de software em Portugal, a equipa de projeto criou e lançou um survey: Potencial da Indústria de Software das PME TICE. Numa primeira fase, para as empresas associadas da Inova-Ria, havendo a intenção de o aplicar a todo o país, numa fase posterior. Também na “Indústria de eletrónica e hardware” se registou uma importante evolução dos acordos de outsourcing, o que resultou em mais partilha do risco, passando os parceiros a trabalhar mais juntos, medindo os desempenhos. Ou seja, passou a haver uma estreita ligação entre os parceiros. O nível de relacionamento dos parceiros de outsourcing na cadeia de abastecimento é um dos fatores críticos e mais determinantes para o sucesso. A reindustrialização na Europa, e particularmente Portugal, terá de aproveitar a estratégia eletrónica para a Europa, segundo o plano “A European Industrial Strategic Roadmap for Micro- and Nano-Electronic Components and Systems” da Comissão Europeia. A equipa de projeto efetuou a caracterização do ecossistema da Inova-Ria: as suas PME TICE (oferta de serviços, potencialidades e vulnerabilidades) e os principais resultados do Survey: Potencial da Indústria de Software das PME TICE 5 associadas da Inova-Ria: as empresas estão confiantes no que respeita ao crescimento do negócio, prevendo aumentar o número de colaboradores nos próximos cinco anos. Diversas empresas têm receitas provenientes de negócios internacionais, parte significativa tem e assume um perfil exportador, tendo uma forte determinação para a internacionalização. Há um impacto muito positivo da flexibilidade no desempenho das empresas durante os ciclos económicos, representando os projetos desenvolvidos à medida, cerca de 46,8% das receitas. A cloud é, praticamente, tão importante para o desenvolvimento de software como as plataformas de servidores tradicionais: crescimento planificado de + 24%; as plataformas de mobilidade que terão também um crescimento planificado. Contudo, a dimensão destas empresas é um fator limitativo, assumido de forma inequívoca. Tendo como base o conceito estratégico deste estudo, pretende-se contribuir para a definição/identificação de uma estratégia de atuação apresentada sob a forma de recomendações. Esta permite tirar partido das forças e potenciar as oportunidades ao mesmo tempo que minimiza e/ ou elimina as fraquezas e mitiga o risco associado às ameaças identificadas. Para ultrapassar estas dificuldades poderão haver diversas soluções, passando pela cooperação e articulação de parcerias estratégicas entre as empresas (PME’s) criando massa crítica que lhes permita investir na qualificação de recursos e nas metodologias de desenvolvimento de software, fomentando processos e equipas sólidas do ponto de vista de maturidade. Nesta visão estratégica, a Inova-Ria deve continuar na senda da promoção de ações que qualifiquem as suas empresas associadas, e outras, em standards internacionais. A Inova-Ria deverá promover a consciencialização coletiva (identidade) de um cluster de software, ou seja, a capacidade instalada das suas associadas. Existem semelhanças com o software-cluster na Alemanha, bem como uma cultura de trabalho exigente, metodologias de qualidade reconhecidas, dispostas a competir com outras áreas europeias (Europa de Leste e Irlanda). Neste sentido, a Inova-Ria deve dar continuidade ao survey efetuado: “Survey: potencial da indústria de Software das PME TICE associadas da Inova-Ria”, dando-lhe uma dimensão nacional : Indústria de Software em Portugal, de caráter anual. Não havendo nenhum, tornar-se-á um avanço vanguardista e um instrumento estratégico para as empresas portuguesas (benchmarking, etc), para estudo em projetos e análise de I&D e para as entidades públicas responsáveis por políticas de desenvolvimento. A Inova-Ria 6 deve ser o farol da suas empresas na afirmação internacional, especialmente naquilo que a Europa Central mais solicita: software em modelos de desenvolvimento em outsourcing; e continuar a sua atividade estratégica de captação de recursos humanos qualificados e adequados às necessidades das suas empresas. Resumindo, as empresas PME do ecossistema TICE da Inova-Ria devem ter particular atenção aos seguintes eixos fundamentais: A indústria de outsourcing Tendências, drivers e riscos: capítulo com análise de importantes documentos internacionais, vistas de topo e casos de uso. ·· A procura de serviços de Cloud e a de aplicações móveis (app’s) está em crescimento; ·· O mercado de desenvolvimento para redes sociais tem uma procura elevadíssima; ·· A diferenciação e competitividade são determinantes; ·· As tendências do nearshoring e centros de serviços partilhados é uma realidade; Caracterização do ecossistema da Inova-Ria Capítulo dedicado ao PME TICE, ao survey do potencial da indústria de software existente no ecossistema da Inova-Ria e às opiniões recolhidas em reuniões com diversos stakeholders. ·· As exigências dos compradores na UE de serviços ITO e BPO têm de ser mapeadas em requisitos prioritários sem esquecer os pontos fortes e fracos das suas empresas e agindo adequada e atempadamente sobre eles; ·· Obtenção de certificações internacionais; ·· Desenvolvimento de políticas de estímulo e estratégias de sistematização de processos de inovação; ·· Desenvolvimento de estratégicas para recrutamento e retenção de talentos: técnicos, engenheiros e doutorados; ·· O “Going Green” é uma tendência que promoverá o desenvolvimento; ·· A responsabilidade social cria notoriedade e reconhecimento. Recomendações Último capítulo, antes das referências bibliográficas, das entidades do setor, dos eventos e dos anexos com detalhes sobre o “Inquérito ao cluster da indústria de software, 2014”, “Âmbito sectorial Empresarial TICE (Informa D&B, dezembro 2011)” e a “Oferta de Serviços TICE no Ecossistema InovaRia”. Neste capítulo, estão elencadas um conjunto de apostas estratégicas, sob a forma de recomendações, que permitam tirar partido das forças e potenciar as oportunidades, ao mesmo tempo que minimiza e/ou elimina as fraquezas e mitiga o risco associado às ameaças identificadas. O documento encontra-se estruturado nos seguintes capítulos: 7 Índice 1. Objeto do estudo e metodologia 10 2. Conceitos12 A indústria de outsourcing: tendências, drivers e riscos 16 1. Vistas do topo18 2. O estado dos serviços e do outsourcing em 2014 20 3. O mercado do outsourcing na Europa 28 4. Os centros de serviços partilhados em Portugal 38 5. A indústria de software42 Germany Software Industry Survey (2013)42 Segmentos promissores na UE + EFTA (31 países)44 Uma nova onda de desenvolvimento de aplicações em outsourcing45 Indústria de Software em Portugal46 Caso de uso - Software-Cluster da Alemanha47 6. A indústria de eletrónica e hardware48 Caracterização do ecossistema da Inova-Ria 1. As PME TICE 52 54 2. Survey: Potencial da Indústria de Software das PME TICE Associadas da Inova-Ria 60 3. Auscultação de stakeholders62 Recomendações66 Referências bibliográficas 78 Anexos84 Anexo 1 - Inquérito ao cluster da indústria de software, 201486 Anexo 2 - Âmbito Setorial Empresarial TICE (Informa D&B, dezembro 2011) 118 Anexo 3 - Oferta de Serviços TICE no Ecossistema Inova-Ria119 AGRADECIMENTOS122 8 9 objeto do estudo e metodologia A Inova-Ria pretende contribuir para um novo posicionamento das PMEs TICE portuguesas, face a empresas compradoras de serviços em regimes de outsourcing. 10 Com este objetivo, a Inova-Ria necessita que seja elaborado um estudo sobre as operações de outsourcing em escala reduzida, ou “Micro-Outsourcing”. Este estudo divide-se em duas partes. Na primeira parte é feita uma análise profunda do potencial de especialização e/ou organização conjunta das PMEs TICE, com enfoque na Região Centro, de forma a que estas se posicionem como uma oferta competitiva para o “Micro-Outsourcing” ou para o Outsourcing de forma geral, caracterizando as principais tendências deste setor. Ria afirmar-se como entidade agregadora, representante e representativa das empresas associadas e parceiras com vista a um novo posicionamento setorial na Região. Numa segunda parte, o estudo identifica oportunidades de outsourcing em Tecnologias de Informação (ITO), em Processos de Negócio (BPO) e em áreas do setor da eletrónica transformando-as em alvos a alcançar por ofertas disponíveis ou a construir pelas PMEs TICE. Tendo por base um conjunto alargado de documentos estratégicos internacionais e nacionais, bem como informação recolhida através de investigação documental e em reuniões exploratórias com entrevistas semiestruturadas a: .. empresas líderes do setor de outsourcing em Portugal; .. empresas clientes de serviços de outsourcing; .. entidades mais representativas do Estado português, nas suas diferentes estruturas: centrais, regionais, locais, setor empresarial, organizações autónomas e outras; .. reconhecidos especialistas; .. empresas associadas da Inova-Ria. A apresentação detalha orientações das PMEs TICE de forma a reposicionarem-se estratégica e organizacionalmente para as oportunidades identificadas. Pretende-se que seja obtido um “roadmap para o Micro-Outsourcing” que permita à Inova- A equipa de projeto procedeu à análise e identificação das principais tendências, drivers e riscos da indústria de outsourcing, à caracterização do ecossistema da Inova-Ria e à elaboração de um conjunto de recomendações. 11 conceitos MICRO-OUTSOURCING Siffat Ullah Khan na sua tese de doutoramento (Ph. D.), “Software outsourcing vendor’s readnisse model (SOVRM)” 2, abril 2011, na Universidade de Keele em Inglaterra, INSOURCING OUTSOURCING Contratação de serviços a uma entidade juridicamente autónoma, afiliada do mesmo grupo económico. 1 Contratação de serviços a uma entidade juridicamente autónoma, não afiliada do mesmo grupo económico. 1 OFFSHORING NEARSHORING SOFTWARE DEVELOPMENT OUTSOURCING Types based on Geographic distance Types based on Relationships Onshore Outsourcing Dyadic Outsourcing Nearshore Outsourcing Multivendors Outsourcing Offshore Outsourcing Co-Sourcing Microsourcing Complex Outsourcing Contratação de serviços a uma entidade juridicamente autónoma (afiliada, ou não, do mesmo grupo económico) localizada num país distinto do da entidade contratante. 1 Contratação de serviços a uma entidade juridicamente autónoma (afiliada, ou não, do mesmo grupo económico) localizada num país distinto mas, geograficamente, próximo do país da entidade contratante (até 2 fusos horários). 1 enquadra o micro-outsourcing ou microsourcing num género de relacionamento simples, muito pessoal (micro), entre um fornecedor e um cliente, tal como, Obal 3 , concetualizou na sua investigação teórica e na sua proposta de “Microsourcing Theoretical Framework”: ONSHORING 1 Shared Services Center, Get the global picture, Estudo de implementação de plataforma de desenvolvimento de centros de serviços partilhados, Deloitte, 2014 Contratação de serviços a uma entidade juridicamente autónoma (afiliada, ou não, do mesmo grupo económico) localizada no mesmo país da entidade contratante. 1 12 2 “Software outsourcing vendor’s readnisse model (SOVRM)”, Siffat Ullah Khan, Ph.D., Keele University, April 2011 3 “Microsourcing – Using Information Technology to Create Unexpected Work Relationships and Entrepreneurial Opportunities – Work in Progress”, Lorie Obal, Proceedings of the 2006 ACM SIGMIS CPR conference on computer personnel research: Forty four of computer personnel research: achievements, challenges & the future, Claremont, California, USA. 60-62 13 Serviços típicos ITO e BPO MICROSOURCING THEORICAL FRAMEWORK STRUCTURATION THEORY ENTREPRENURIAL MODEL Giddens, 1984 Chiasson & Saunders, 2005 NEW BUSINESS/WORK MODEL MICROSOURCING BUSINESS (Entrepreneurial) EFFECTUATION Survival Threats Quality (Sarasvathy, 2001) RECOGNIZED MARKET CONDITIONS & ADAPT IT Enabling/ constraining technology ENTREPRENEURIAL SCRIPTS (Chiasson & Saunders, 2005) TRIGGER Opportunity from technology change Microsourcing (Personal outsourcing) Behavorial EMBEBEDNESS Scripts Tech-interation Relationship (Jack & Anderson, 2002) Como referem os autores supracitados, esta situação ocorre a uma escala reduzida, ao nível do relacionamento pessoal. É típica de projetos de desenvolvimento de software, onde há muita disponibilidade de profissionais que atuam num regime de freelancer, mais especificamente, em áreas tipicamente ligadas ao web design, à programação web, à programação para ambientes de mobilidade (app’s), ao design, à escrita criativa, às traduções, etc.4 Hoje existem muitos serviços de oferta na internet, segundo este modelo de prestação-relacionamento. Por exemplo o Fiverr: https://www.fiverr.com, o qual, possui mais de 3 milhões de entradas. No entanto, Lord Young defende no seu “A Report On Growing Micro Business” 5, de maio de 2013, que: “se pudéssemos ajudar os milhões de micro empresas, que empregam entre um e nove pessoas, a criar emprego para mais um empregado, em média, iríamos transformar a economia”. A importância do crescimento das micro e das pequenas empresas, é vital para a economia. Não só pela criação de emprego, mas também, pela atividade económica, medida nos indicadores de utilização flexível de pessoas, tecnologias e serviços. Entre 2011 e 2012, verificou-se no Reino Unido, um crescimento no setor das micro e das pequenas empresas, a par de um crescimento da economia. Isto deveu-se ao “aumento da inovação, através da crescente adoção de tecnologia, pela disponibilização de financiamento e por novos clientes” e ao “aumento dos serviços partilhados e serviços de outsourcing, mantendo os baixos custos de operação, flexibilidade e uma resposta rápida a novas oportunidades”. ·· ITO – Information Technology Outsourcing ·· BPO – Business Process Outsourcing BUSINESS PROCESSES Call center and customer support Design and engineering Facilities management Finance and accounting HR Services Knowledge processes Legal services Logistics Marketing Payroll services Procurement Production and development Sales IT SERVICES Application development Application management Desktop and workplace management Infrastructure and data center service IT helpdesk and support Testing Other ITO Services [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] Reciprocal actions between agents and structures = Evolution (Sarason et al.2005) 4 A Clouded future, May 13th 2010, The Economist (print edition) Lord Young of Graffham, “Growing Your Business, A Report On Growing Micro Business”, May 2013 (Crown copyright 2013, Open Government Licence). 5 14 15 A INDÚSTRIA DE OUTSOURCING, TENDÊNCIAS, DRIVERS E RISCOS 16 17 1 AS VISTAS DO TOPO Mark Devonshire Vice President, Capgemini6 Para entender como o outsourcing se vai desenvolver, precisamos entender o impacto da tecnologia no contexto dos negócios. “... precisamos de olhar para o modelo de negócios como um todo, porque as decisões sobre outsourcing - e, na verdade sobre as TI – estão-se a mover para além da função das TI, mas para o negócio em si.“ “Em primeiro lugar, os utilizadores esperam cada vez mais poder usar (ter disponível) a tecnologia quando, onde e da forma que entenderem; as tecnologias de mobilidade e cloud já o permitem fazer.” “Em segundo lugar, numa economia digital, as TI são uma parte integrante da forma como o negócio faz dinheiro e não apenas um facilitador.” “Portanto, no futuro, o outsourcing não será guiado (alavancado) pelo que a função das TI prescreve, mas pela procura dos utilizadores.” “Vamos ver o crescimento de abordagens de outsourcing alternativas, como a interação e integração de serviços, enquanto os silos de serviços típicos, serão cada vez mais uma commodity.” Kerry Hallard CEO, NOA As motivações para o outsourcing estão a mudar “Uma das tendências, mais positivas, para a indústria do outsourcing em 2014 é a ideia de os parceiros especializados poderem contribuir muito para além da, importantíssima, redução de custos. É claro que o desejo de economizar dinheiro faz parte da natureza humana, especialmente com a recessão global ainda tão presente. Os compradores ainda querem mais barato do que podem fazer internamente, com os seus recursos, mas eles querem que os seus investimentos consolidem e deem mais valor do que anteriormente. O que vai muito para além da redução de custos: os compradores estão agora a contratualizar outsourcing para terem acesso a mais e melhores competências, processos mais eficazes e novas tecnologias. Muitos veem a parceria como a rota mais rápida para alterar a maneira tradicional de relacionamento, trazendo vantagens sobre seus concorrentes.” Kathy Rudy ISG7 “Os clientes estão a optar pela maior flexibilização de contratos de outsourcing, de dimensão mais reduzida e duração mais curta, estando dispostos a assumir as responsabilidades da sobrecarga adicional, de gestão e governança, em ter que lidar com mais fornecedores, que este modelo acarreta.” 6 Outsourcing Yearbook 2014, Published by EOA Ltd in association with the National Outsourcing Association and www.sourcingfocus.com 18 “Smaller, Shorter-Term Deals Shake Up IT Outsourcing Industry”, By Stephanie Overby, CIO, Feb 7, 2014 7 19 2 O ESTADO DOS SERVIÇOS E DO OUTSOURCING EM 2014 Num estudo 8 muito recente sobre este setor, os autores concluíram que “as coisas nunca mais serão iguais ao que foram”. Isto porque os serviços e o outsourcing entraram numa fase de perturbação muito significativa. O estudo teve 1079 respondentes: sendo 312 (20%) do lado das organizações compradoras de serviços; 347 (32%) assessores, analistas e consultores da área dos serviços partilhados e de outsourcing e, finalmente, 420 (39%) em representação dos fornecedores de processos de negócio e tecnologia de outsourcing – BPO e ITO. Incidiu sobre três grupos de empresas: empresas com receitas abaixo de 1$ bilião; entre 1$ e 10$ biliões e acima de 10$ biliões. Estas empresas pertencem a três zonas geograficamente distintas: Américas (EUA + Canadá - 60% e Latina- 2%), EMEA (Europa, Médio Oriente e África) – 24% e Ásia (incluindo a maioria dos países asiáticos e a Nova Zelândia) – 14%; e, atuando em vários setores: BFSI (banca, serviços financeiros e seguradoras), empresas com processos industriais contínuos e discretos (farmacêutica, alta tecnologia, consumo e indústria pesada) e outras. 8 Executive report: The State of Services & Outsourcing in 2014: “Things will never be the same again”, David Brown, Global Lead, Shared Services and Outsourcing, Advisory KPMG LLP and Phil Fersht, Chief Executive Officer, HfS Research 20 Telecom 3% Nonprofit 3% Less than $500M 13% Between $500M and $1B 10% Software & Hi-Tech 4% Transportation & Logistics 5% Automotive 3% Retail & Hospitality 3% Banking, financial services 20% Public Sector 7% Consumer packaged goods 4% Greater than $10B 38% Between $1B and $3B 12% Between $3B and $5B 11% Between $5B and $10B 14% “O outsourcing está num momento crucial, oscilando entre o fornecimento de valor genuíno e o aumento dos recursos humanos de baixo valor” Se em muitos países a redução de custos continua a ser um fator determinante dos serviços, noutros assiste-se a uma oscilação à crescente entrega (pelos fornecedores de serviço) de valor acrescentado. Estes, não indo ao encontro de compradores, requerem mais competências (quadros especializados), mais tecnologia de ponta, maior capacidade analítica e de inovação. Esta cumplicidade fornecedor/comprador exige uma resposta adequada, desviando-se dos serviços operacionais básicos e/ou aumento de mão de obra barata. Energy, oil and gas 3% Pharma, Life Sciences & Health Care 16% Manufacturing/ industrial products 13% Entertainment, media & publishing 3% Insurance 15% As empresas estão a externalizar os serviços da sua cadeia de fornecimento; O Digital está no topo da cadeia das prioridades. Transforma os talentos, cativa-os, retém-nos, conquistando-os (recrutamento); Estamos, atualmente, na efervescência da criação de conhecimento. A ultrapassar a fase da coleção massiva de dados (brutos) não estruturados. Constituindo isto, um dos drivers de maior determinância é a análise de dados (“data analytics”) 9 “A informação, de repente, está em todos os lugares” ”A discussão está a afastar-se rapidamente da redução de custos e da melhoria dA eficiência dos processos” A informação é, cada vez mais, pervavise. As mudanças em curso registam um afastamento da redução de custos (não deixando de ser um fator determinante) e das melhorias dos processos; “Estamos a entrar num período de mudança secular, genuína, para a indústria de serviços e de outsourcing” Neste enquadramento de outsourcing, em que se verifica uma evolução dos contratos de bodyshopping para relações de valor acrescentado, o “custo do trabalho” está a passar a conceito politicamente incorreto, “sujo” 9; Globalmente, a indústria dos serviços e do outsourcing está em mudança acelerada. “Big Data: Transforming the Design Philosophy of Future Internet”, Hao Yin, Yong Jiang, Chuang Lin, Yan Luo, and Yunjie Liu, IEEE Network • July/August 2014 9 21 Principais resultados a reter ·· “Serviços partilhados e de outsourcing estão a crescer”; ·· “Dois terços das empresas estão aquém em áreas digitais”; ·· “Os modelos integrados de serviços globais que incorporam ambos os serviços partilhados e outsourcing são o foco principal para a maioria das empresas, com cerca de 56% dos compradores de outsourcing a aumentarem os investimentos na sua função centralizada de governança, a fim de gerir a sua diversidade de modelos de prestação de serviços”; ·· “45% dos compradores têm expectativas de mudança, nos próximos dois anos, para uma larga escala de processos de negócios, alavancados por novas tecnologias /plataformas”; ·· “Graças à crescente tendência de mudança de trabalho de maior valor em serviços compartilhados no exterior, as empresas devem aumentar suas atividades de offshoring em 20% a 30% ao longo do próximo ano”; ·· “Os compradores querem serviços de consultoria que os ajudem a gerir melhor os seus contratos de outsourcing e, também necessitam de dados e investigação (I&D) para que a abordagem do outsourcing seja efetuada de forma mais eficaz”. Q: How important are the following business benefits that you expect to be achieved from your company’s current IT outsourcing and BPO experiences over the next two years? Business Process Outsourcing 22% 50% 27% Significantly lower operating costs (25%) 44% 18% Better automated processes 51% 28% Greater flexibility to scale operations 6% 24% 5% 23% 45% 37% Meet complains requirements 21% 24% 39% 22% Better transformed processes 24% 25% 7% 10% Q: How effective have your current BPO/IT outsourcing initiatives been for achieving the following business benefits to date? 10% 25% 13% 32% 9% Very effective Somewhat effective not achieved Important, but not critical Tomorrow’s digital value: “More savvy and creative” Improved analytics to improve operations 12% 48% Access to strategic talent 11% 48% 9% Acess to new technologies Somewhat important Improved analytics for revenue growth Not important Better cloud-based delivery of services 14% 10% 0% Source: HfS Research 2014 2014 State of Outsourcing Study, conducted with support from KPMG. (Sample 312 Enterprises) 30% Strategic measures 20% 10% 28% 47% 30% 33% 33% 29% 25% 50% Gaining access to new technology Gaining access to analytical capabilities Transforming / re-engineering processes Forcing change into our business ops Reducing operating Costs Gaining acess to capable talent Meeting regulatory requirements More effective ops at a global level 35% Supporting more effective ops at a global level 29% Standardizing processes 29% Meeting regulatory requirements Reducing operating Costs 52% 12% 18% 56% 16% 63% 20% Forcing change into our business operations Standardizing processes 53% 23% Gaining access to capable talent Transforming processes Not effective 13% 20% 75% Providing innovation 15% 61% 17% 15% 19% 61% 22% 63% 21% 13% 20% 40% 0% Poor Performance Likely to fire provider if 40% IT Outsourcing Better standardized processes Today’s table-stakes: “Changing how we do” Q: How effective have your current outsourcing initiatives been for achiveving the following business benefits to date? (“Very Effective” responses only) Na figura seguinte está um quadro muito revelador da visão das empresas compradoras de serviços, sobre o que esperam HOJE e nos próximos dois anos, dos seus fornecedores de serviços ITO e BPO, sintetizando, de certa forma, algumas das tendências mais fortes para este setor. Tactical measures Good Performance ·· “Perto de 60% das empresas encaram a análise operacional como um resultado muito importante do outsourcing e, em idêntica maioria, também estão à espera que os seus fornecedores tragam um talento mais experiente e uma melhor tecnologia, dentro de dois anos”; Where Outsourcing is Very Effective: IT Outsourcing vs. Business Process Outsourcing Average Performance ·· “Os clientes estão rapidamente a perder a paciência com os prestadores de serviços que não trabalham de forma proactiva, entregando mais valor do que os termos básicos do contrato original”; ·· ”Muitos clientes começam a contrastar as vantagens de mudarem de modelos convencionais de outsourcing para os modelos <as-a-Service>”; Esta constatação está em consonância com as tendências globais do ITO e BPO identificadas num estudo anterior 10, realizado pela HfS Research em 2013, com 399 empresas clientes destes serviços, apresentando uma perspetiva das áreas onde o outsourcing era mais eficaz. É de salientar que o BPO tinha melhores indicadores estratégicos, como a redução de custos e a padronização de processos, do que o ITO. Gaining access to new technology Gaining access to analytics capabilities Providing innovation 18% 55% 13% 9% 56% 53% 27% 31% 38% 100% Source: HfS Research 2013 “2013 State of Outsourcing”, n=399 Buy-side Enterprises Conducted with the support of KPMG Shared Services & Outsourcing Advisory “The State of the Outsourcing Industry 2013, Phil Fersht, Chief Executive Officer, HfS Research e Jamie Snowdon, Vice President of HfS Research” 10 22 23 Mostra-nos ainda, nas áreas operacionais do negócio, perspetivas extremamente relevantes de expansão do outsourcing, com especial relevância para o Software, por exemplo, Desenvolvimento de Aplicações, e para os serviços de Finanças e Contabilidade: Este estudo permite, ainda, concluir que as empresas do Norte da América procuravam mais valor acrescentado dos serviços de outsourcing, enquanto que as empresas europeias valorizavam a redução de custos operacionais. Q: How important are the following business drivers behind your company’s IT outsourcing and BPO decision making in today’s business environment? (Missiocritical only) 54% 47% 46% 41% 38% 37% 36% 35% 32% 30% 29% 32% 38% 32% 31% 26% 26% 24% 23% 25% 24% 21% 18% 15% 15% 17% 15% 13% 11% Europe 8% 7% Will start outsourcing for the 1st time Reduce Operating Costs Greater flexibility to scale operations Standardize processes Meet compliance/ regulatory requirements More effective operations at a global level Transform/re-engineer processes Gain access to talent Gain access to new technology Proven/mature offerings from service providers Improve analytical capabilities Force change into our business operations Source: HfS Research 2013 “2013 State of Outsourcing Study”, n=399 Buy-side Enterprises. Conducted with the support of KPMG Shared Services & Outsourcing Advisory Q: Which delivery model do you predominantly use for managing the following processes? IT Help Desk Payroll Ongoing ERP Maintenance IT Infrastructure Management Application Development Benefits Administration Accounts Payable Purchase-to-pay/Transactional Purchasing Accounts Receivable General Accounting/GL Employee contact center Recruitment/Staffing Strategic Sourcing: Indirect Procurement Management Reporting Inhouse Workforce data management/analytics Stay the same No plans 9% Finance & Accounting Outsourcing 8% IT Infrastructure Outsourcing 10% Human Resources Outsourcing 10% Document & Print Operations Outsourcing 10% Industry Specific Processes Analytics 4% 29% 6% 4% Customer Relationship Management 3% 5% 6% 5% 17% 3% 5% 30% 16% 4% 26% 15% 48% 52% 1% 2% 36% 21% 39% 45% 2% 26% 15% 30% 47% 30% 9% 29% 40% 19% 15% 6% 5% 34% 17% 8% Legal Process Outsourcing 37% 25% 21% 9% Knowledge Process Outsourcing Marketing Operations Outsourcing 39% 32% 43% 13% 31% 3% 50% 1% 31% 4% 50% Source: HfS Research 2013 “2013 State of Outsourcing”, n=399 Buy-side Enterprises Conducted with the support of KPMG Shared Services & Outsourcing Advisory 38% 18% 40% 42% 45% 6% 42% 4% 33% 20% 6% 33% 6% 32% 17% 46% 38% 23% 18% 10% 21% 44% 32% 4% 25% 56% 30% 8% 19% 52% 22% 55% 23% 60% 23% 6% 19% 7% 19% 5% 19% 71% 73% 69% Assim sendo, verifica-se que em 2013 as empresas planificaram um aumento da contratualização do desenvolvimento de aplicações, finanças e contabilidade em outsourcing, tendo as empresas de maior dimensão planos para aumentar a atividade no setor das infraestruturas de IT e nos recursos humanos no BPO. 17% 6% 15% 16% 2% 11% 13% 4% 10% 19% 73% 76% 3% 2% 15% 14% 10% 9% 5% 5% Shared Services Logistics/Supply Chain Management Offshore captive Financial Planning & Analysis 78% 13% 3% 5% Strategic Sourcing: Direct Procurement 79% 14% 2% 5% Outsourced Increase scope Decrease scope Apesar do outsourcing ainda ter um longo caminho a percorrer, especialmente para o BPO, a HfS dá-nos uma perspetiva interessante sobre os modelos predominantes para a gestão de processos empresariais: Application Development & Maintenance Procurement & Sourcing Outsourcing 11% 8% North America Asia Pacific Q: Are you likely to increase or decrease your outsourcing activity across the following business operations areas in the next 12 months? Source: HfS Research 2013 “2013 State of Outsourcing”, n=399 Buy-side Enterprises Conducted with the support of KPMG Shared Services & Outsourcing Advisory 24 25 Este estudo, dá-nos uma perspetiva, interessante, da planificação de crescimento do outsourcing, ITO e BPO, por setores de atividade: Q: Are you likely to increase or decrease your outsourcing activity across the following business operations areas in the next 12 months? (increase scope only) ·· Os clientes questionam como é que o outsourcing e os serviços de cloud se encaixam, precisam de ambos? Como se evolui para a cloud? F&A BPO CRM PBO Industry Specific Processes HR BPO Software, Hi-Tech and Telecoms 45% Pharma, Life Sciences 16% Retail 33% Banking CPG 43% Energy & Utilities 18% Manufacturing 32% Insurance Insurance 15% CPG 35% 40% Manufacturing 14% Software, Hi-Tech 35% Manufacturing Transportation & Logistics CPG 13% Insurance 33% Other industries 12% Entertainment 31% Entertainment 11% Banking 39% Banking 11% Pharma, Life Sciences 25% 22% 23% 22% 20% Other industries 20% Banking 20% Entertainment Other Industries 19% Manufacturing Insurance 19% 15% Pharma, Life, Science 13% 13% Software, Hi-Tech 8% Other industries 25% Public Sector 6% Transportation & Logistics 16% Retail 8% Energy & Utilities 25% Transportation & Logistics 6% Energy & Utilities 15% Energy & Utilities 8% 22% Retail 6% Entertainment CPG 8% Retail Public Sector 16% ANALYTICS Pharma, Life Sciences 10% ADM 25% IT INFRASTRUCTURE OUTSOURCING 45% Banking Retail 20% Insurance CPG 20% Software, Hi-Tech and Telecoms 40% Pharma, Life Sciences 30% 38% Banking 29% Other industries 17% CPG Software, Hi-Tech and Telecoms 15% 45% 36% CPG 35% Insurance Entertainment 38% Manufacturing 29% Banking 15% Manufacturing 37% Energy & Utilities 28% Transportation & Logistics 14% Pharma , Life Sciences 37% Software, Hi-Tech and Telecoms 25% Insurance 14% Other Industries 36% Entertainment Energy & Utilities Energy & Utilities 33% Entertainment Retail 32% Manufacturing Transportation & Logistics Source: HfS Research 2013 “2013 State of Outsourcing Study”, n=399 Buy-side Enterprises Conducted with the support of KPMG Shared Services & Outsourcing Advisory 20% ·· A automatização de processos (robotização). 16% Transportation & Logistics Pharma, Life , Sciences ·· Os drivers de grande alcance e transversalidade são a Internet das coisas (IoT), a big data, a analytics e a mobilidade; A CenturyLink, num estudo de 2014 12, deixa claro que a chave do sucesso do outsourcing passa pela capacidade dos fornecedores de serviços em ajudar as organizações nos seus processos de migração para a cloud. É quase consensual: 97% dos respondentes estão de acordo nesta questão. Contudo, há que ter em conta o mundo real da cloud, que oferece, de facto, significativos benefícios, mas também tem muitos riscos, que muitas vezes são mascarados pela simplicidade da sua abstração (cloud)13. Tomemos como exemplo uma lista recente de problemas relevantes, dignos de registo (do ACM Riscos Fórum: http:// www.risks.org): ·· “Dropbox’s sharing services were hacked, resulting from a security hole in its link-sharing scheme. The exploits were also disseminated by the perpetrators. 24% 23% Other Industries Transportation & Logistics 14% Retail 14% ·· CryptoLocker and other ransom ware programs have forcibly encrypted stored information, and demanded payment to decrypt it (although in some cases have never done so even after receiving the ransom!). Although most of these attacks have been on individual users, the opportunity for attacks on remote storage repositories is clearly a risk. (Recently, an antidote website has reportedly been created.) Estas tendências, naquela data, estão em consonância com uma monitorização 11 mais atual, relativa ao 2º trimestre de 2014 (2Q14). Destacando-se as seguintes: ·· A mudança de parceiros de ITO, por alteração de paradigmas e procura de parceiros que tragam soluções estratégicas; ·· No-IP had 22 of its most frequently used domains taken down by Micro- soft, under a seemingly overreaching federal court order. ·· Amazon Web services have gone down (briefly) several times. Code Spaces (a valued source-code repository built using Amazon’s AWS facilities) was effectively destroyed by an attacker demanding ransom. ·· Cisco Systems had a private crypto key embedded in their VoIP manager that allowed unauthorized control of sensitive messaging gear. ·· TrueCrypt (full disk encryption) was discontinued as source available software by its pseudonymous authors, “as it may contain unfixed security issues.” (Uncertainty remains as to the severity and impact of those possible issues, and how they found their way into the code base.) ·· Similar things happened to Lavabit, which provided privacy and security features in email services to over 400,000 customers, but was then withdrawn after prolonged legal harassment that attempted to coerce the installation of surveillance equipment. ·· Megaupload.com was taken down by authorities, blocking both illicit and legitimate users. ·· Nirvanix went belly up financially, giving its users two weeks to exit. ·· Various talks at Black Hat and DEF CON in August were rather disenchanting. In short, essentially every device seems to be comprisable, often with a fixed master password embedded in the system, but with much more subtle vulnerabilities as well.” No estudo da DATAMARK 14, para muitas empresas pioneiras ou acabadas de chegar, a robotização ou automatização de processos é cada vez mais atrativa. Não sendo um processo tão disruptivo como os drivers de desenvolvimento SMAC: Social, Mobil, Analytics e Cloud, tem um elevado potencial de redução de custos e uma maior flexibilidade para projetos de outsourcing. Contudo, as lacunas existentes na indústria de estandardização, para estas tecnologias, fazem com que a sua adoção seja lenta. ·· O mercado para a cloud está à procura da maturidade, a qual implica um refreshing das soluções clássicas de IT; Global IT TRENDS 2014, GLOBAL IP Leadership report, CenturyLink Technology Solutions, January 2014 12 Peter G. Neumann, “Risks and Myths of Cloud Computing and Cloud Storage”, Communications of the ACM, October 2014, Vol. 57, Nº 10 13 11 26 KPMG 2Q14 global Sourcing Advisory Pulse survey, KPMG 14 10 Business Process Outsourcing Trends to Watch For in 2014 27 3 O MERCADO DO OUTSOURCING NA EUROPA Quem contrata outsourcing e em que serviços Em 2013, a Ernst & Young realizou um estudo 15 sobre o outsourcing na Europa, tendo-se focado nos seguintes países: Alemanha, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Reino Unido, Dinamarca e Finlândia. O survey on-line teve 3700 respondentes destes 8 países e foram entrevistados cerca de 30 especialistas de organizações clientes (compradores de serviços) e fornecedores de serviços (ver caracterização em detalhe no estudo). Foram obtidos os seguintes resultados: OUTSOURCING DE SERVIÇOS POR SETOR Automotive 24% Cleantech 76% 12% Consumer products 88% 25% IT 75% 11% Telecommunication Verifica-se que as organizações, na maioria dos setores da indústria, externalizam mais serviços de tecnologias de informação do que processos de negócios. Contudo, na indústria de petróleo e gás, a situação é diferente. Tal, pode ser explicado pela maturidade dos seus serviços de IT. 89% 23% 77% 0% 100% OUTSOURCING DE SERVIÇOS IT POR SETOR 42% Automotive 58% 31% Cleantech 10% Consumer products IT 69% 90% 13% QUAIS OS SERVIÇOS QUE AS ORGANIZAÇÕES MAIS EXTERNALIZAM 87% 35% Telecommunication 65% 0% 100% Processos de negócio em regime de outsourcing (BPO) por setores 21% Consumer products Mining and metals 7% Other 10% 82% 90% 0% 100% SERVIÇOS IT EM REGIME DE OUTSOURCING 27% 73% Other ITO services 26% 74% 25% 22% 21% 79% Application management Desktop and workplace management 81% Outsourced Outsourced In-house In-house 15 28 Outsourcing in Europe report, EY, 2013 81% Payroll services 18% 82% 16% 84% 15% 85% 13% 87% Marketing Production and development 9% 91% 9% 91% Procurement 7% 93% Knowledge processes 7% 93% HR Services 7% 93% Finance and accounting 7% 93% Sales 6% 94% 100% Os serviços IT lideram, abrindo portas para que outros serviços (processos de negócio) sejam colocados em regimes de outsourcing (BPO). 75% 19% 0% 81% 78% Testing 15% 19% 0% Application development IT helpdesk and support Infrastructure and data center service 19% Design and engineering 75% 93% 18% Oil and gas Legal Services Facilities management Logistics Call center and customer support 79% 25% Management consulting Constata-se ainda que cerca de ¾ dos serviços de IT das organizações, respondentes a este survey, são geridos por recursos internos, dando a indicação prospetiva de, mesmo num mercado maduro como o de ITO, haver margem para progressão. 75% 100% [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] 29 Onshore, nearshore, offshore – quem contrata, onde e porquê Será a maturidade um fator determinante dos processos de outsourcing? LOCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EM OUTSOURCING POR SETORES Government and public sector 92% 48% Life sciences Oil and gas 5% 3% 32% 36% 55% Telecommunication 22% 73% 59% Spain 59% 26% 100% 65% Germany 21% 76% Netherlands 80% Norway 18% 10% 87% Sweden 77% United Kingdom 0% 13% 10% 9% 5% 86% Spain 8% 14% 11% 11% 3% 10% As organizações na Espanha, Reino Unido e Alemanha aparentam ter maior maturidade, pois estão dispostas a estabelecer parcerias externas para melhorar processos centrais dos seus negócios e daí retirar vantagens competitivas. 14% 100% A FALHA DA REDUÇÃO DE CUSTOS LEVOU AO REGRESSO DE MUITOS SERVIÇOS PARA O MODELO IN-HOUSE Application development 76% 24% Testing 75% 25% Other ITO Services 77% 23% 0% In-house Insourced [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] Alguns respondentes indicaram o desenvolvimento de aplicações e teste de software, como exemplo de serviços que regressaram para a gestão direta com recursos próprios, inhouse. Os motivos indicados foram os de não se ter verificado redução de custos, nem ganhos de eficiência, nem a melhoria de qualidade. Onshore Access to specific knowledge, expertise and tools 23% Loss of knowledge Loss of confidentiality 43% 35% 29% 29% Particularly in Spain [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] 16% 74% Finland Impact on quality Part of non-core business [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] Denmark Loss of control 24% 52% 0% Part of core business Improved focus on core business Particularly in Norway, Sweden and the United Kingdom 51% Dependency on external service provider Reduction in headcount objectives 84% 48% United Kingdom 33% 26% 41% 16% Sweden POR PAÍS 78% 27% Norway 100% 59% 22% Netherlands 23% 0% Efficiency improvements 41% Os riscos do ITO e BPO existem e os respondentes identificaramnos da seguinte forma: 42% Improvement in cost level 89% Germany 6% 69% 11% Finland 21% 94% 31% Denmark 20% 43% Real estate OS DRIVERS PRINCIPAIS PARA O OUTSOURCING ESTÃO A MUDAR 100% A redução de custos continua a ser o maior driver para o outsourcing. No entanto, outros fatores, como a melhoria na eficiência ou o acesso ao conhecimento, ferramentas e competências muito específicas e especializadas são drivers de influência. Facto que se verifica na Noruega, Suécia e Reino Unido. Graeme Butterworth, Leader of EY’s Center of Excellence Outsourcing Advisory, teceu os seguintes comentários: “Quando as organizações entendem a confidencialidade como um risco do outsourcing, estão menos disponíveis para colocar em outsourcing os seus serviços fora do seu país”. A redução de investimento de capital é outro driver a considerar. Nos setores industriais de produção e fabrico, muito marcados pelas condições (flutuações) do mercado, este driver adquire um maior peso. Segundo os autores do estudo, apesar dos riscos do outsourcing, apenas um pequeno número de organizações implementa atividades de mitigação para reduzir o risco de dependência. Para a primeira geração de contratos de outsourcing, o foco principal foi a redução do nível de custos, o aumento da eficiência e a melhoria do foco nos processos nucleares. Para a segunda geração de outsourcing, as organizações tomaram como adquirido a redução de custos e mudaram os drivers principais para a melhoria da eficiência, o acesso a conhecimento específico e ferramentas, melhoria da qualidade e padronização dos serviços. Sobre este tema, o survey deixa o comentário de um cliente de outsourcing: “É preciso mudar a maneira de trabalhar, a fim de tirar o melhor proveito de um contrato, o que significa adotar padrões de fornecimento, permitindo que não haja o risco do excesso de dependência do conhecimento de um fornecedor e que seja reduzido o risco de mudar para outro provedor ou de trazer o serviço de volta para casa (in-house)”. O outsourcing vai crescer! Contudo, há pensamentos contraditórios acerca do modelo de aquisição. Nearshore Offshore [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] 30 Tem destaque a opinião de outro cliente de outsourcing: “Neste survey há uma vontade, um desejo, claro de aquisição de serviços em outsourcing, em vez de expetativas”. 31 Ou seja, há um sentimento, generalizado, de crescimento do outsourcing nos próximos anos, especialmente na Noruega. Finland 27% Germany 29% 50% 11% 54% 42% Norway 6% 60% 33% Netherlands 11% 67% 13% 50% 7% Spain 27% 58% 15% Sweden 27% 59% 14% United Kingdom 28% 65% 7% 0% Sum of increase 100% Sum of stay the same Sum of decrease [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] O survey indica igualmente uma previsão de crescimento por função, em particular na área da produção e desenvolvimento: Production and development Infrastructure and data center service 35% Sales 35% 36% 50% 57% 45% 24% Design and engineering 25% 59% ·· “O desenvolvimento Web é a área IT com maior volume de externalização (outsourcing)”; ·· “Nearshoring é o modelo mais popular de outsourcing na Europa”– tendência que se mantém em crescimento para os países da Europa de Leste; ·· “2011 foi o ano dos projetos de outsourcing IT com valores até €50k” – sendo uma oportunidade para as PME’s; Inquiridos sobre o que fariam quando os contratos de outsourcing em curso chegassem ao fim, as respostas evidenciam, no cômputo geral, o quanto as organizações estão satisfeitas com os seus parceiros de outsourcing, pretendendo manter a relação contratual existente. 41% 8% 5% 0% 100% Extended the current contract Execute a selection process Select a new service provider Bring service in-house ·· “A redução de custos continua a ser o maior driver das decisões empresariais relativamente ao outsourcing de IT e desenvolvimento de software na Europa”; ·· “As empresas Europeias quando escolhem os seus hub de ITO, certificam-se que existem recursos humanos com muito talento (técnicos muito qualificados) em número elevado e com excelentes competências em línguas estrangeiras, concretamente o inglês”; [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] Naturalmente, também se pode interpretar que os custos de mudança podem ser demasiado elevados. Havendo no entanto, por parte de algumas, a intenção de lançar um processo de seleção. Os 8% de empresas que pretende selecionar outro 32 1200 Main Forecast Scenario 913,000 800 ·· “Ao procurar potenciais prestadores de serviços de ITO, as empresas europeias confiam mais nas suas próprias 16 http:// www.cbi.eu/ 730,000 558,000 600 [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] 45% Disruptive Boost 1,346,000 1400 1000 Decrease THE EUROPEAN COMMISSION GRAND COALITION FOR DIGITAL JOBS TUBE MAP 1600 17% 100% Stay the same E-SKILLS SHORTAGES (POTENCIAL VACANCIES) IN EUROPE (EU 27) FROM 2012-2020: COMPARISON OF THE THREE SCENARIOS 8% 12% 0% Increase A agência holandesa CBI - “Centre for the Promotion of Imports from developing countries” (internationally known by its Dutch acronym CBI)16, Netherlands Ministry of Foreign Affairs tem a responsabilidade na cooperação para o desenvolvimento das relações externas da Holanda e desenvolve um trabalho interessante e fundamental no setor do ITO e do BPO, estudando e caracterizando o setor na Europa. No âmbito do seu trabalho, projeta padrões de comportamento de toda a Europa, construindo um ângulo diferente para se “olhar” este setor. Assim, segundo a CBI: ·· “A indústria de IT (software) manifesta uma elevada procura por serviços de outsourcing IT”; 14% 54% 30% Procurement Contudo, o estudo “E-Skills in Europe”, datado de janeiro de 2014, “Escassez de competências TI na Europa”/ “IT skills shortage in Europe”, revela que na Europa a 27, em 2015, haverá uma escassez (défice entre procura e disponibilidade) de talentos IT (mão de obra qualificada: engenheiros e outros) em cerca de 500.000 especialistas evoluindo, em 2020, para um défice de 900.000, constituindo uma forte ameaça a este desenvolvimento. THOUSANDS 38% Denmark referências de pesquisa e consideram os fornecedores dos seus concorrentes”. parceiro, quando o atual contrato acabar, devido à insatisfação, denota que as organizações estão menos resistentes a processos de mudança de fornecedores de serviços em outsourcing. Esta vontade de mudança aumentará à medida que os serviços vão ficando mais estandardizados e as soluções de cloud mais estáveis, disponíveis e com custos variáveis. Stagnation 509,000 400 449,000 274,000 200 100 0 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Empirica, 2013 A Comissão Europeia tem várias ações estratégicas para a dinamização da economia digital europeia, nomeadamente a iniciativa Grand Coalition for Digital Jobs, lançada em 2013: “colmatar a falta de competências digitais na Europa e as várias centenas de milhares de vagas não preenchidas no domínio das TIC” e que no dia 3 de outubro de 2014 realizou uma cimeira em Lisboa, com o propósito de refletir sobre esta grave ameaça. Esta ameaça, especialmente sentida nos países do centro da Europa é, no entanto, uma oportunidade para todas as empresas e grupos de empresas portuguesas que estiverem em condições de competir com fornecedores mais competitivos, como é o caso de muitas empresas da Europa de Leste: República Checa, Roménia, Bielorrússia, etc. 33 Casos de uso The CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) Market Intelligence Platform Outra iniciativa da Comissão Europeia de grande amplitude e relevo, é a Agenda Digital para a Europa (DAE), a qual pretende reanimar a economia da Europa, ajudar os cidadãos e as empresas europeias para tirar o máximo proveito das tecnologias digitais. É a primeira de sete iniciativas emblemáticas da Estratégia Europa 2020, a estratégia da UE para melhorar o crescimento sustentável, inteligente e inclusivo. Tem havido uma marca que esta iniciativa tem trabalhado e reforçado: o DIGITAL. Aparece-nos na agenda comunicacional dos fornecedores de serviços europeus de IT, como uma das mensagens, mais forte para o Go-To-Market, nos dias de hoje. Todos estes eixos da Europa estão alinhados com as tendências evidenciadas no estudo da EY (Outsourcing in Europe report, 2013): (http://www.cbi.eu/marketintel_platform/it-outsourcingito/177482) O CBI disponibiliza uma plataforma que fornece perspetivas atualizadas sobre os mercados da União Europeia, constituindo uma importante fonte para os exportadores, mapeando tendências e oportunidades. A plataforma tem um sentido de orientação (coaching) para empresas prestadoras de serviços ITO e BPO dos chamados países em desenvolvimento poderem construir as suas estratégias comercias e conseguirem exportar para a UE e EFTA (ao todos são 31 países). 36% Cloud computing 23% Combined outsourcing of IT and business processes Specific or specialist knowledge and expertise 22% Big data 21% Particularly in Germany New (more flexible) pricing models 20% Particularly in Spain and Netherlands Sustainable outsourcing 20% 19% Social media connections Vertical outsourcing Significant improved governance 15% 13% Multisourcing 11% Insourcing 10% Crowd sourcing 9% Other 0% [Outsourcing in Europe report, EY, 2013] Sendo estes os drivers estratégicos dos serviços ITO e BPO, geradores de dinâmicas para as grandes empresas e para as PME. Particularly in Spain Particularly in Spain Fill the shortage in certain IT areas Benefit from increased demand and for cloud computing Use CSR and green as a USP Booming demand for mobile application development Growing market for social media development More focus on cost reduction Differentiate from your competitors Tendency to nearshoring is a threat to offshor providers Improve your chances by specialising Outsourcing has become more common practise A plataforma para o setor ITO está organizada em três vetores: Tecnologia, Social (recursos humanos especializados, responsabilidade social das empresas, etc.) e Economia. Cada vetor tem diversos eixos estratégicos, como nos mostra a figura anterior. 34 35 G-Cloud: cloud pública do governo do Reino Unido A G-Cloud 17 é uma iniciativa do governo do Reino Unido destinada a todos os serviços públicos com sistemas de computação na nuvem. Criada em 2012, a G-Cloud consiste numa infraestrutura de cloud. Nela os fornecedores colocam os seus serviços e os organismos públicos procuram-nos, adquirem-nos e utilizam-nos. O governo do Reino Unido estabeleceu uma política de “Cloud First” para os serviços IT (driver para adoção de serviços cloud pelo setor público), esperando que em 2015, 50% dos serviços estejam na G-Cloud. A G-Cloud vai na quinta chamada – G-Cloud 5 (G5) - para fornecedores de serviços, que decorreu de fevereiro a maio de 2014. “Digital Marketplace”: uma forma simples de vender e comprar serviços no setor público – interface de venda online (online shop). Há catálogos, guias para fornecedores (vendedores) e para compradores, com base em requisitos funcionais e outros. Cada serviço encontra-se organizado por categorias (lotes) tipo de uma cloud: os custos de IT ainda são muito altos. Uma maneira de reduzilos é acelerar a adoção da Cloud em todo o setor público para maximizar os benefícios disponibilizados e, ao mesmo tempo, apoiar a inovação e o crescimento no setor TIC do Reino Unido”. Em março de 2014, 60% do total das vendas 18, em termos de valor, foram efetuados por PME´s. O ecossistema das PME TICE no Reino Unido está, desta forma, a receber receitas do setor público (muitos acham que é uma devolução) 17, à medida que muitos contratos de outsourcing, de longa data, chegam ao fim. G-CLOUD - CUMULATIVE SALES OVER TIME, SHOWING THE DIVISION BETWEEN SMEs AND LARGER ENTERPRISES :160m :140m :120m :100m ·· Lot 1 - Infrastructure as a Service (IaaS) £80m ·· Lot 2 - Platform as a Service (PaaS) £60m ·· Lot 3 - Software as a Service (SaaS) £40m ·· Lot 4 - Specialist Cloud Services (oferta de especialistas de IT, individuais e empresas, para migração de serviços e aplicações para a G-Cloud) £20m 0 July O Ministro do Gabinete do Governo do Reino Unido, Francis Maude, referiu-se à G-Cloud da seguinte forma: Total “G-Cloud traz uma mudança radical na forma como o governo compra serviços IT. É mais rápido, mais barato e mais competitivo, aberto a uma ampla gama de empresas, incluindo a maioria das PME´s, e oferece mais possibilidades de escolha e inovação”. October 2013 April Small and medium enterprises July October 2014 Large enterprises [KENNY MACIVER, “How G-Cloud became a poster child for the UK government’s SME engagement policy”, diginomica, APRIL 24, 2014.] “Muitos organismos governamentais já usam G-Cloud, mas 17 G-Cloud – cloud do governo do Reino Unido - https://www.gov.uk/digital-marketplace 36 18 KENNY MACIVER, “How G-Cloud became a poster child for the UK government’s SME engagement policy”, diginomica, APRIL 24, 2014. http://diginomica.com/2014/04/24/ g-cloud-poster-child-uk-governments-sme-engagement-policy/#.VD2g8CldXwc 37 4 Os centros de serviços partilhados em Portugal “Portugal é um destino atrativo” 19, afirma Vincent Rouaix, presidente do grupo francês Gfi Informatique. “Portugal é um dos centros de nearshore mais interessantes da Europa, em virtude das condições de proximidade, condições financeiras competitivas (incentivos do governo, etc.), nível de trabalho altamente qualificado, competências linguísticas e comunicacionais e o espírito de compromisso”.18 Segundo o estudo da Deloitte 1 , a revolução das TIC foi o elemento catalisador que levou ao surgimento dos serviços partilhados e do outsourcing em regime de offshoring na década de 80 do século passado. Permitiu às empresas fragmentarem os seus processos no mercado global, de forma eficaz e eficiente. Portugal volta a ser destacado no mercado internacional dos serviços de base tecnológica através da APO - Associação Portugal Outsourcing - que, em maio de 2014, foi incluída na short-list dos 2014 European Outsourcing Association Awards (EOA), na categoria “Offshoring Destination of the Year”. A 5ª edição deste evento, em Londres, reuniu os principais stakeholders do mercado de Outsourcing da Europa, onde se premeia as melhores práticas e esforços das empresas e indivíduos que demonstraram excelência no mundo do Outsourcing em 2013/2014. linguísticas, nomeadamente o inglês, que caracteriza a mão de obra portuguesa. Destaca-se ainda, o facto de Portugal apresentar uma elevada competitividade ao nível do custo da mão de obra, resultante da prática de salários nominais mais baixos, bem como da apresentação de custos unitários do trabalho inferiores (rácio entre as remunerações por trabalhador e a sua produtividade). No que diz respeito aos pontos fracos, é de destacar a elevada complexidade e instabilidade do sistema fiscal, bem como a respetiva carga burocrática excessiva. Paralelamente, o desconhecimento internacional de Portugal enquanto destino de nearshoring constitui uma fraqueza muito relevante, na medida em que reduz a probabilidade de inclusão do País nas long lists de potenciais localizações, aquando dos processos de implementação de centros de serviços partilhados. Esta distinção surge depois do recente reconhecimento feito pela Gartner, que voltou a classificar Portugal, pelo 4.º ano consecutivo, como um dos 14 países desenvolvidos líderes para a prestação de serviços de Tecnologia de Informação (IT) e Business Process Outsourcing (BPO). Tendo em conta a boa avaliação ao longo destes anos, Portugal é considerado um potential nearshore country pela Gartner. José Carlos Gonçalves, Presidente da Direção da Associação Portugal Outsourcing (APO), afirmou a propósito desta distinção: “O reconhecimento feito ao nosso país resulta de uma combinação dos fatores competitivos de que Portugal dispõe. Portugal é referido uma vez mais como um destino com disponibilidade de profissionais com elevadas competências e qualidades nas áreas de TIC e Processos de Negócio. Também a alta qualidade e robustez das infraestruturas e a existência de legislação adequada no domínio da proteção eficaz em matéria de privacidade e segurança da propriedade intelectual e de dados são alguns dos atributos de Portugal”. 19 38 Revista Exame, outubro de 2014 Neste contexto importa, assim, destacar, de entre os pontos fortes, o elevado nível de qualificações e as competências 39 TIPOLOGIAS DE SERVIÇOS PRESTADOS PELOS CENTROS DE SERVIÇOS PARTILHADOS EM PORTUGAL Resumindo, e segundo os autores do estudo da Deloitte, temos: 25% Oportunidades Ameaças ·· Tendência de crescimento da importância da tipologia de nearshoring no contexto das decisões de localização dos investimentos em centros de serviços partilhados, a qual privilegia a proximidade à sede da empresa-mãe e às suas operações; ·· Forte concorrência de países que, apesar de estarem em diferentes estágios de evolução (Polónia e República Checa, por exemplo, encontram-se em fase de crescimento, ao passo que outros, como a Irlanda e Espanha, encontram-se em fase de maturidade), possuem um forte reconhecimento internacional neste setor. Com um número significativo de centros de serviços partilhados instalados e uma estratégia integrada para a atração do investimento e desenvolvimento neste setor (sendo já reconhecidos internacionalmente a este nível); 23% 23% 20% 19% 15% 15% 10% 8% 5% 4% 4% 4% 0% Accounting & Finance Business Customer Process Care Outsourcing Service and Information Technologies Engineering Human Investments Resources Legal Purchasing Process Outsourcing ·· Continuação da tendência de implementação de estratégias que preconizam a otimização de custos, a qual potencia a expansão dos investimentos em centros de serviços partilhados no contexto de muitas empresas/organizações com vocação internacional, fruto da consolidação do fenómeno da globalização; ·· Saturação de algumas localizações ao nível da disponibilidade de recursos humanos qualificados, nomeadamente na Europa de Leste (forte concorrente de Portugal); MERCADOS SERVIDOS PELOS CENTROS DE SERVIÇOS PARTILHADOS EM PORTUGAL 100% 90% ·· Elevado crescimento dos salários nominais, verificado nos últimos anos, em países que têm sido fortes concorrentes de Portugal ao nível do fator “custo”, ao passo que em Portugal os salários têm-se mantido estáveis; 80% 70% 60% 50% 40% ·· Instabilidade financeira do País e deterioração das condições macroeconómicas, o que prejudica, em certa medida, a captação de investimento; ·· Crescente emigração de adultos qualificados (em particular, jovens), com consequente perda de mão de obra qualificada em território nacional. Foram ainda abordadas várias medidas que a Câmara Municipal do Fundão 18 se encontrava a equacionar, com o objetivo de promover o Fundão como destino de nearshoring e de captar novos investimentos. Destaca-se aqui a criação de uma academia para formação específica na área dos centros de serviços partilhados (com mestrados, pós-graduações e outras formações específicas), em parceria com a Universidade da Beira Interior e o Instituto Superior de Economia e Gestão. Com efeito, em fevereiro de 2014, foi lançada uma pós-graduação em “Gestão de Serviços Partilhados”, no âmbito da Academia dos Serviços Partilhados criada pela Câmara Municipal do Fundão e pela Universidade da Beira Interior, que conta com a colaboração do corpo docente da Universidade da Beira Interior e de outras universidades, não apenas de Portugal como também de outros países europeus e do Brasil. ·· Disponibilidade de fundos estruturais da UE para o período 2014-2020, no âmbito do QEC/Portugal 2020, os quais poderão ser direcionados para o apoio ao investimento em centros de serviços partilhados em Portugal; 30% 20% 10% 0% Europa América do Norte América Central Fonte: Inquérito da Deloitte Consultores 40 ·· Existência de países concorrentes que têm vindo a oferecer sistemas de incentivos especificamente vocacionados para o apoio à implementação e à expansão de centros de serviços partilhados; Neste benchmarking internacional, é relevante o estudo de caso da Altran, onde a Câmara Municipal do Fundão teve um papel determinante. Segundo os autores do estudo da Deloitte, a Câmara Municipal do Fundão tem vindo a implementar medidas especificamente direcionadas para a captação de investimento, nomeadamente ao nível dos centros de serviços partilhados e, em particular, do nearshoring, as quais foram fundamentais para a instalação do recente investimento da Altran Portugal, nesta região. América do Sul Ásia África Oceânia ·· Afinidades culturais e linguísticas com alguns dos países em desenvolvimento, nomeadamente os PALOP, que se destacam no cenário mundial e possuem uma importância crescente no contexto económico internacional. 41 5 A indústria do software Hoje em dia, o outsourcing de desenvolvimento de software é uma tendência muito comum, para grandes, médios e até pequenos fornecedores de todo o mundo. Assumindo-se assim, como um importante driver do mercado de IT. Germany Software Industry Survey (2013) Nas últimas décadas o outsourcing de tecnologia da informação (ITO) tornou-se uma questão importante para empresas de desenvolvimento de software. Daí que, o outsourcing de software tem vindo a ser alvo de diversos estudos de investigação e desenvolvimento em vários países do mundo (por exemplo na Alemanha). Isto não só pelos benefícios do baixo custo da mão de obra em países em desenvolvimento, mas também, pela disponibilidade de um conjunto de mão de obra, altamente qualificada, sujeita a um processo dinâmico de contratação constituindo, desta forma, um forte driver da tendência para o outsourcing. 20 Se, há muitos anos, o outsourcing era contratualizado para toda a estrutura de IT, nos dias de hoje, temos outsourcing em componentes da mesma, nomeadamente atividades específicas do desenvolvimento de software e do seu ciclo de desenvolvimento. Se, inicialmente, os players de outsourcing eram só as grandes empresas, ultimamente também são as de média dimensão e as PME’s. Especialmente na Alemanha, que é o caso de estudo deste trabalho de investigação, que serve como modelo para as PME’s de todo o mundo, comprovando o sucesso do outsourcing, pela sua evolução frutífera dentro da economia alemã. No German Software Industry Survey 2013 21, o setor é caracterizado por um estado da arte muito completo. Nele são analisados os modelos e as estratégias das empresas alemãs de software, dando particular atenção à formação de Grupos Estratégicos, que emergem segundo critérios e interesses similares e os Software Ecosystems (parcerias de empresas, ou estruturas colaborativas). no setor e a importância das grandes empresas para a indústria de software; CONCENTRAÇÃO DAS EMPRESAS Gross value added ·· As empresas de software consideram a diferenciação como sendo mais importante do que as estratégias de baixo custo; Revenue >= 250 employees 23,2% 48,4% Employes Number of firms ·· Por outro lado, a rentabilidade e crescimento são dois objetivos simultâneos; 42,8% 48,4% 20,4% 3,8% 6,8% 2% 50 - 249 employees 11,7% 7,6% 20,4% 12,1% 14,7% 12,1% 6,7% 12,5% 6,7% 12,5% 87,1% 20 - 49 employees 10 - 19 employees 0 - 9 employees ·· As opções tradicionais prevalecem, tais como a cobrança direta aos utilizadores finais, utilização de preços independentes de uso e utilização de plataformas clássicas (servidores, desktop / laptop); TIPO DE EMPRESAS 38,4% ·· Contudo, o modelo de software on-demand, as plataformas de computação móvel e cloud estão claramente a ganhar quotas de Mercado; ·· Software Ecosystems (estruturas colaborativas): 70% das empresas trabalham em parceria, num modelo de “hub” – uma empresa líder, rodeada por pequenas PME’s (“spokes”), ligadas às suas plataformas ou produtos. Os mais importantes são: Microsoft, Oracle, SAP, Google/Android e Apple. 29,2% 1,6% 1,6% 3% 4,3% 22% Software product firm CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA ALEMÃ DE SOFTWARE Software - related technology service provider 20% Software reseller and distributor Firm that manufactures devices which contain software Software - related business consulting firm 15% Implementation and implementation consulting firm Individual/custom development firm 10% Alguns dos resultados, mais relevantes: German Software Survey 2013 5% ·· A generalidade das empresas tem pouca idade; 0% ·· Há um elevado número de pequenas empresas; 2011/01 2011/02 2011/03 2011/04 2012/01 2012/02 2012/03 2012/04 YEAR/QUARTER ·· As grandes empresas dominam o setor, em termos de recursos humanos e receitas. Isto acentua alta concentração Employess Revenue Eurostat, statistics for industry NACE R2 Code 62 (computer programming and consultancy) 20 “Outsourcing Decisions of Small and Medium-Sized Enterprises: A Multiple-Case Study Approach in the German Software Industry”, Tommi Kramer, Lars Klimpke and Armin Heinz, 46th Hawaii International Conference on System Sciences, 2013 21 Results of the German Software Industry Survey 2013, 12th August 2013, Technische Universität Darmstadt 42 43 Uma nova onda de desenvolvimento Segmentos promissores na UE + de aplicações em outsourcing EFTA (31 países) Um outro estudo elaborado pela CBI 22, fornece diversa informação relevante sobre o setor de desenvolvimento de software em outsourcing, designadamente ao nível dos segmentos promissores. Alguns dos maiores segmentos horizontais no mercado ITO são: ·· Web software development As tecnologias disruptivas, como são a cloud, a mobilidade e a big data (analytics), influenciam muito a forma como as empresas são geridas. Além disso, combinando-as em soluções chave na mão, podem até gerar benefícios exponenciais para as empresas, mas exigem uma escola muito diferente de pensamento para o desenvolvimento do software (app). 23 ·· Mobile software development ·· Enterprise software development ·· Cloud Computing/SaaS ·· Big data A seguinte figura evidencia, no âmbito deste estudo da CBI, de onde provém a procura para as diferentes áreas (segmentos) de desenvolvimento dos projetos de software em regime de outsourcing, com referência ao ano 2012. UK 77 Sweden 80 Germany Denmark Web Mobile 58 35 60 100 Norway Netherlands 58 65 45 75 Enterprise 25 SaaS/Cloud 20 40 19 8 20 9 35 Existe então, uma grande oportunidade para evoluir as aplicações existentes (legado). Na sua maioria foram concebidas num paradigma diferente (metodologias, uso, etc.), ainda estão alojadas em centros de dados (datacenters) corporativos, não são ajustados à mobilidade (ex. capacidade de atender um largo número de utilizadores simultaneamente), nem orientados para o serviço (SOA) e muito menos tiveram as pessoas no centro da sua conceção-design (HCI – Human Computer Interaction, na sua vertentes de UX-user experience e servisse design). 20 19 36 50 23 20 40 30 Um smartphone é um bom exemplo para este capítulo. É uma forma totalmente nova de fornecer informação ao cliente final, em que recursos como a geolocalização e acelerómetros não são comumente encontrados em dispositivos tradicionais e precisam de um novo conjunto de regras para o design e projeto de desenvolvimento de software (app). 18 20 Embebbed Source: IT Sourcing Europe Research As organizações para serem competitivas precisam de software atualizado, ajustado às novas tecnologias, aos novos paradigmas. O software tem um ciclo de validade e os próximos anos serão de forte transformação, onde muitas aplicações existentes irão, pura e simplesmente, “morrer”. A chave da transformação, reside na forma como um novo conjunto de princípios e ferramentas de engenharia de software tem de ser aplicado para abraçar essas tecnologias em desenvolvimento de software aplicativo, nos próximos anos. 22 Albert Ma, “A New Wave Of Application Developmente Outsourcing”, Chief Innovation Officer at Insigma Hengtian, Hangzhou, China, Outsourcing Journal, Software Developing Outsourcing, Special Edition, Q4 2013 23 CBI Tradewatch for Information Technology Outsourcing (ITO), Netherlands, junho 2013 22 44 Indústria de Software em Portugal Tal só será possível com empresas bem preparadas, com o domínio de tecnologias e metodologias de ponta, a trabalhar em ambientes e regimes de outsourcing de software, entregando serviços de valor acrescentado aos seus clientes e com um retorno sobre investimento (ROI) aceitável. 22 Com a adoção explosiva do móvel, cloud e big data (analytics) nos próximos anos, os fornecedores de serviços ITO terão de expandir os seus horizontes para além dos modelos de negócios clássicos. Em Portugal não há muitos estudos sobre este setor. No entanto, é reconhecido que a área do software é uma das que apresenta maior crescimento orgânico e económico no contexto dos últimos anos (mesmo em tempo de crise). Pesando a sua importância, nem sempre é uma área de core business para as organizações. Veja-se um exemplo do ecossistema da Inova-Ria, o caso da ISA. O seu core business é a telemetria mas também não deixando de ter e suportar um importante e não menos relevante departamento de software. Muitas empresas, na área do software, têm uma dimensão reduzida (PME’s) não dispondo, por consequência, de massa crítica capaz de grandes investimentos ou apostar em atividades de internacionalização. Adicionalmente, tendem a estar centradas em competências específicas e no investimento necessário para desenvolver essas mesmas competências e outras adicionais (novas). A este nível é, também de realçar, a baixa capacidade de investir de forma representativa e sistemática em metodologias avançadas de qualidade e maturidade de software (ex: processos e certificação). Em Portugal, as empresas afastadas dos principais centros de decisão, como por exemplo, as que se encontram localizadas na Região Centro (principalmente no eixo Coimbra-Aveiro) onde se situa grande parte do ecossistema da Inova-Ria, têm que lidar com dificuldades acrescidas. Para se ultrapassar as debilidades associadas à sua reduzida dimensão, da falta de escala, podem ser adotados vários modelos, de forma a poder tirar partido de maior massa crítica: investimento em qualificação dos recursos e nas metodologias de desenvolvimento, etc. A Critical Software, uma das empresas do ecossistema da Inova-Ria, é um exemplo de sucesso e tem conquistado a pulso a “presença internacional no competitivo mercado de software”, como sublinha Gonçalo Quadros, o seu CEO, numa entrevista ao semanário Expresso de 23 de agosto de 2014. “Na indústria de software em Portugal não há crise, mas se estivermos partilhados e pulverizados em ações individuais não conseguimos ser ambiciosos”, defende, ainda, o líder da Critical Software. 45 Caso de uso Software - Cluster da Alemanha Para melhor conhecer a realidade da indústria de software em Portugal, criou-se e lançou-se um survey: potencial da Indústria de Software das PME TICE. Numa primeira fase para as empresas associadas da Inova-Ria, havendo a intenção de, numa fase posterior, o aplicar a todo o país. (Anexo 1 – inquérito ao cluster da indústria de software, 2014). O cluster de software no sudoeste da Alemanha é considerado o Sillicon Valley da Europa para a indústria de software. É constituído por 11.000 empresas de software que empregam mais de 120.000 pessoas da Região. O cluster de software suporta uma rede-relacionamento entre as empresas da indústria de software na região, universidades e instituições de I&D. Também garante a formação prática da nova geração de engenheiros e outros recursos para o desenvolvimento de software. O cluster software é uma referência, um caso de estudo, para as empresas de indústria de software e inovação na Europa. Procurando responder aos principais desafios, as empresas e as instituições que integram o Software-Cluster 24 perseguem os seguintes macro objetivos: ·· Cooperação: criação de inovações complementares; ·· Fortalecimento do cluster: competitividade, crescimento e emprego; ·· Visibilidade internacional: estar na vanguarda dos clusters de excelência; ·· Agenda clara: posicionar a marca “software emergente” para as empresas digitais. http://www.softwarecluster.org/ 24 46 http://www.softwarecluster.org/ 47 6 a indústria de eletrónica e HARDware A evolução do Outsourcing: de transacional para parcerias colaborativas 27 Numa entrevista25 recente, o professor Andy A. Tsay afirmou que “não há muitos livros dedicados ao outsourcing do “manufacturing and supply chain” em oposição aos de ITO e BPO e que “All organizations outsource. They differ only in the scope and extent of what they procure as goods and services from outside entities.” 26 “The proliferation of options offered by third-party logistics (3PLs) providers, Electronics Manufacturing Services (EMS) companies, and Original Design Manufacturers (ODMs) has increased their customers’ difficulty of choosing correctly from among ever more permutations of supply-chain structures. And if the result is that more processes are outsourced to a larger portfolio of independent players, then coordination of the extended enterprise becomes even harder.” 2 “In the electronics industry, the term EMS (Electronic Manufacturing Services) refers to the segment of CMs (Contract Manufacturer) who generally do more than manufature, with the S in the name covering related services such as design, test, distribution, or repair.” 2 “The OBM label emphasizes that the brand owner also performs the manufacturing. In this sense, OBM (Original ou Own Brand Manufacturer) is a relatively new term for an old phenomenon (the classical OEM - Original Equipment Manufacturer - model). The electronics industry began using OBM as early as 2004, and the term has appeared in sectors as diverse as bicycles, home appliances, and apparel.” O professor Andy A. Tsay enquadra o uso de outsourcing na indústria da fabricação, especialmente na eletrónica, como um instrumento para alcançar os objetivos de negócio, documenta e explica os fatores relevantes para a conceção e gestão de cadeias de fornecimento com quantidades significativas de Technologies Forecasters, “A Welcome and Honest New Book on Outsourcing the Supply Chain” efetuada por Pamela J. Gordon, http://www.techforecasters.com/ archives/a-welcome-and-honest-new-book-on-outsourcing-the-supply-chain/ - posted em 30/9/2014 25 26 [“Designing and Controlling the Outsourced Supply Chain”, Andy A. Tsay, Ph.D.Leavey School of Business, Santa Clara University, OMIS Department, 500 El Camino Real Santa Clara, CA 95053, USA [email protected] - Foundations and Trends_R in Technology, Information and Operations Management, Vol. 7, Nos. 1–2 (2013) 1–160 _c 2014 A. A. Tsay DOI: 10.1561/0200000030] e com publicação na “Now The essence of knowledge” em 30 de julho de 2014: http://www.nowpublishers.com/articles/ foundations-and-trends-in-technology-information-and-operations-management/ TOM-030 48 outsourcing. Ou seja, tem um olhar profundo e realista sobre o que é necessário para manter sob controle um processo de negócios em outsourcing. A mensagem é o outsourcing ser, a maior parte das vezes, a escolha certa, contudo, também tem muitos custos e riscos escondidos. Consequentemente, o outsourcing pode não reduzir a quantidade de trabalho mas muda a natureza desse trabalho exigindo, portanto, um conjunto diferente de competências. O outsourcing na indústria eletrónica evoluiu dramaticamente durante a última década. Na sua primeira forma, mais elementar, no modelo OEM (Original Equipment Manufacturer): ‘Fazer versus Comprar’, as decisões eram baseadas, em grande parte, nas oportunidades para reduzir custos ou encontrar fabricação especializada e precisa. Os fornecedores de outsourcing assumiam a fabricação de produtos específicos numa base de contratos específicos. Através de economias de escala, por via de muitos desses contratos, os fabricantes foram capazes de alavancar a capacidade operacional, baseada em mão de obra barata e outras competências para diminuir os custos do OEM. Este modelo convencional de outsourcing serviu o setor de OEMs da indústria eletrónica até meados dos anos 1990, quando a procura era relativamente previsível, a concorrência era menor e menos agressiva e os produtos eram mais simples. Depois, a situação começou a mudar: os produtos tornaramse mais complexos. As OEMs constataram que tinham que aumentar dramaticamente os investimentos para manter os novos requisitos de fabricação, reduzindo substancialmente os lucros. O ritmo da inovação aumentou com a fabricação de produtos com ciclos de vida mais curtos e menor tempo de entrada no mercado. Os clientes tornaram-se cada vez mais exigentes e inconstantes, num modelo de mercado muito partilhado. Em resposta, muitas OEM evoluíram para o regime de outsourcing de parceria para desenvolvimento de novos produtos, reduzindo custos e tempo (ciclo de desenvolvimento)3. As OEMs verificaram que se tivessem mais contratos de colaboração em outsourcing, melhoravam a sua capacidade de planeamento diminuindo o tempo de resposta às rápidas mudanças do mercado. Colocando em outsourcing a fabricação e algumas atividades de “upstream” da sua cadeia de abastecimento, as OEMs constataram que, assim, poderiam concentrar-se nas suas competências essenciais ou nucleares. Strategic Outsourcing: Electronics Manufacturing Transformation in Changing Business Climates, By Al Delattre, Tom Hess and Ken Chieh, Supply Chain Management, Accenture, 2013 27 49 Esta evolução dos acordos de outsourcing, resultou em mais partilha do risco passando os parceiros, a trabalhar mais juntos, medindo os desempenhos, ou seja, passou a haver uma estreita ligação entre os mesmos. O nível de relacionamento dos parceiros de outsourcing na cadeia de abastecimento é um dos fatores críticos, mais determinantes, para o sucesso. Assim, a fabricação segundo acordos de outsourcing não se traduz na passagem de responsabilidades da produção e na redução de custos. Hoje, o exigente ambiente de negócios expôs muitas destas fraquezas. Mais do que nunca, as relações de outsourcing estão focadas em resultados estratégicos, que irão melhorar a cadeia de abastecimento e promover os objetivos de negócios das OEM. Ambas as partes criam relações que aproveitam os pontos fortes de cada um, havendo esforços conjuntos para melhoria de processos e integração de tecnologia, além da partilha das perceções do sucesso. Durante a década de 1990, a quota europeia de produção de semicondutores aumentou para mais de 15% da produção mundial. No entanto, na última década, caiu para abaixo de 10% (Japão 22%; Coreia do Sul 18%; Taiwan 17%; os EUA 13%). A Europa tem pontos fortes em mercados verticalmente integrados, como o automóvel, energia, segurança e smartcards e uma posição de liderança em novos mercados, como sensores e microssistemas (MEMS). A indústria europeia é forte em componentes virtuais e processadores de baixa potência, e no fornecimento de equipamentos, materiais e propriedade intelectual. Em 23 maio 2013, a Comissão anunciou uma estratégia para a Europa Eletrónica, destinada a alargar a base de fabrico avançado da Europa, mobilizando 100 000 milhões de euros em novos investimentos privados até 2020, facilitando a duplicação do valor da produção de micro-chip da UE e a criação de 250 000 postos de trabalho na Europa. O plano “A European Industrial Strategic Roadmap for Microand Nano-Electronic Components and Systems”, um relatório para a Vice Presidente da Comissão Europeia Neelie Kroes do Electronic Leaders Group 28 foi apresentado no dia 14 de fevereiro de 2014, completando uma ação da Estratégia Eletrónica para a Europa. O plano contém medidas a serem implementadas pela indústria, Comissão Europeia, Estados membros, regiões, universidades e investidores e baseia-se na experiência de parcerias público-privadas existentes, tal como a ENIAC que investiu mais de € 1,8 bilhão em linhas-piloto e projetos-piloto em 2012/13. Essas linhas-piloto e projetospiloto, no futuro, podem ser apoiados no âmbito da nova iniciativa Electronic Components & Systems (ECSEL), entre os setores privados e públicos dos sistemas e componentes eletrónicos, lançada em maio de 2014, e que tem um orçamento total previsto de, pelo menos, € 5 bilhões ao longo dos próximos sete anos. O grupo de trabalho constituído por onze CEO’s da indústria Eletrónica - Electronics Leaders Group (ELG) - assumiu que a Europa pode capturar até 60% de novos mercados eletrónicos e dobrar o valor económico da produção de componentes de semicondutores na Europa nos próximos 10 anos. Áreas em que a Europa é forte – “automotive”, energia, automação industrial e segurança. A meta é dobrar a produção atual nos próximos 10 anos. Novas áreas de alto crescimento, em particular, Internet das Coisas (IoT) e o posicionamento adequado para beneficiar do desenvolvimento dos mercados ‘Smart-X’ (por exemplo, casas inteligentes, redes inteligentes). O objetivo consiste em capturar 60% deste mercado emergente até 2020. Recuperar a forte presença nas comunicações móveis e sem fios. A meta é para a Europa capturar 20% do crescimento projetado para esses setores. Do lado da procura, o grupo propõe uma importante iniciativa, “Tudo Inteligente Everywhere” estabelecer centros de excelência e zonas de grande escala, teste da vida real das tecnologias emergentes em toda a Europa. Do lado da oferta, o grupo vê uma oportunidade clara para aumentar a capacidade de 70,000 novos wafers (as fatias de material semicondutor, no qual as fichas são fabricadas) por mês a partir de 2016/17 – uma média de 10% de aumento da capacidade por ano. A Europa pode contar com a sua forte indústria de materiais e equipamentos para manter uma vantagem competitiva na produção, incluindo na próxima transição para um tamanho maior wafer para reduzir os custos. Na Europa, o próprio ecossistema de semicondutores emprega aproximadamente 250,000 pessoas diretamente; com 2.5 milhões de empregados na cadeia de valor. Os componentes e sistemas micro e nano eletrónicos representam pelo menos dez por cento do PIB da Europa, e a procura mundial está a aumentar anualmente em 9% (volume) e 5-6% (valor). Segundo Mira Amaral 29: “O problema europeu não é apenas um problema financeiro da crise de dívidas soberanas. É preciso perceber que a Europa envelheceu, acomodou-se a ser a potência do “lifestyle” e tem perdido empregos industriais para os outros continentes. Se se perceber que é nos empregos industriais que se gera maior valor acrescentado e que os serviços estão intimamente ligados à atividade industrial, percebe-se que a desindustrialização europeia é uma causa determinante do seu impasse económico e da “malaise” europeia.” “Temos assim que transformar o nosso país numa plataforma de Produção e de Serviços na Economia Global, tirando partido da nossa inserção das Redes Globais de Comunicação, através das TIC’s e de uma Logística que permita a gestão eficiente das Cadeias de Abastecimento (SCM)”. “Reindustrialização significará em nossa opinião a enfâse na realocação de recursos para a produção de bens e serviços transacionáveis (isto é competitivos em economia aberta quer na exportação quer na redução de importação) nos setores primário, secundário e de serviços com muito maior valor acrescentado. A título de exemplo: ·· Nas atividades de TICE (Tecnologia, Informação, Comunicação e Eletrónica); ·· Na indústria transformadora em geral (vestuário, calçado, química, moldes e injeção de plásticos, indústria automóvel e aeronáutica e respetivos componentes, metalomecânica, têxteis técnicos, novos materiais e produtos compósitos).” “Em Portugal, a grande preocupação da política económica tem de ser então a questão da competitividade. Só tornando o país mais produtivo e competitivo é que poderemos melhorar a prazo a nossa qualidade de vida e reduzir as desigualdades. Fala-se muito na necessidade de aumentar as exportações. Mas sem competitividade não teremos produtos para vender no mercado internacional!”. “Reindustrialização nos dias de hoje deve ter um conceito mais lato. Não é apenas a manufatura mas sim todos os bens e serviços transacionáveis que conseguimos não só exportar mas também reduzir, em mercado aberto e concorrencial, as importações através da produção nacional!” “A Reindustrialização no Sec. XXI e os bens Transacionáveis - O caso português”, Luís Mira Amaral, Engenheiro e Economista, Professor Catedrático Convidado de Economia e Gestão – Deg/Ist Ex-Ministro da Industria e Energia, Ordem dos Engenheiros, Comissão de Engenharia e Gestão Industrial, Instituto Superior Técnico, 15 De abril De 2014. 29 28 http://www.eureporter.co/pt/frontpage/2014/02/14/electronics-industry-submitsplan-to-make-europe-a-global-leader-in-micro-and-nano-electronics/ 50 51 caracterização do ecossistema da inova-ria 52 53 1 as pme tice A Inova-Ria – Associação de Empresas para uma Rede de Inovação em Aveiro, integrava no final de 2013 um universo de 55 associados, direta ou indiretamente relacionados com o setor das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica, fruto dos objetivos que determinaram a sua constituição (não se incluem nesta análise duas entidades ligadas ao setor bancário). Deste grupo de empresas, 16 atuam em setores como a consultadoria, comunicação e marketing e as restantes 39 empresas, cerca de 67%, são enquadradas na definição do setor empresarial adotada pelo pólo TICE, considerando aqui um conjunto de atividades nucleares -Telecomunicações, Eletrónica e Hardware, Sistemas de Informação, e de atividades de suporte (Anexo 2 – Âmbito Setorial Empresarial TICE, Informa D&B, dezembro 2011). É este grupo de empresas que constitui o ecossistema predominante da Inova-Ria sobre o qual incide o presente estudo e cuja caracterização é pertinente no contexto metodológico adotado. Distribuição de associados Inova-Ria (2013) 2% Evolução do volume de negócios (M€) 500,000.00€ 4% 400,000.00€ 29% 300,000.00€ 47% 200,000.00€ 18% 100,000.00€ -€ 2011 Eletrónica e Hardware Telecomunicações Associados 2012 2013 TICE Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 Sistemas de informação Atividades de suporte TELECOMUNICAÇÕES Outras 26300 - Fabricação de aparelhos e equipamentos 26400 - Fabricação de recetores de rádio e de televisão e bens de consumo similares Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 27310 - Fabricação de cabos de fibra ótica 27320 - Fabricação de outros fios e cabos elétricos e eletrónicos 61100 - Atividades de telecomunicações por fio 61200 - Atividades de telecomunicações sem fio 61300 - Atividades de telecomunicações por satélite 61900 - Outras atividades de telecomunicações ELETRÓNICA E HARDWARE 26110 - Fabricação de componentes eletrónicos 26120 - Fabricação de placas de circuitos eletrónicos 26200 - Fabricação de computadores e de equipamento periférico SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 58210 - Edição de jogos de computador O ecossistema TICE da Inova-Ria é responsável por 98% do volume de negócios gerado no universo de associados, com cerca de 361 milhões de euros, empregando, no final do ano 2013, um total de 3009 colaboradores. Estes indicadores estão fortemente associados a três empresas que, em conjunto representavam mais de 83% do volume de negócios e cerca de 51% do total de pessoas ao serviço. São elas: a Ericsson Telecomunicações, Lda., a PT Inovação e Sistemas S.A. e a Nokia Siemens Networks, S.A. Empresas de referência no setor empresarial TICE, e que representam uma âncora importante no contexto regional da Inova-Ria, na medida em que se tratam de grandes players nacionais. Já no que respeita ao número de colaboradores, verifica-se um aumento superior a 10% na passagem do ano 2011 para 2012, seguida de um significativo decréscimo no último ano da ordem dos 12,3%. Esta variação negativa deve-se, sobretudo, à redução dos postos de trabalho verificados na Nokia Siemens Networks, S.A., decorrente do processo de reestruturação do grupo que ocorreu nesse ano. Evolução do número de colaboradores 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2011 58290 - Edição de outros programas informáticos 62010 - Atividades de programação informática 62020 - Atividades de consultoria em informática 62030 - Gestão e exploração de equipamento informático 62090 - Outras atividades relacionadas com as tecnologias da informação e informática 63110 - Atividades de processamento de dados, domiciliação de informação e atividades relacionadas 63120 - Portais web Fonte: Estudo Prospetivo do setor TICE - Telecomunicações, Eletrónica e Hardware, Sistemas de Informação, SPI, 2013 54 Em termos evolutivos, constata-se um cenário de regressão no volume de negócios gerado por este grupo de empresas nos últimos três anos, em linha com a retração dos mercados, em particular com a diminuição da procura no mercado interno, que se traduziu numa variação negativa da ordem dos 16%. Perante o reduzido peso das restantes atividades, este comportamento é generalizado ao nível do universo de associados da Inova-Ria, que sofreu assim de um decréscimo no volume de negócios da ordem dos 18% em igual período. Associados 2012 2013 TICE Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 No final do ano 2013, o subsetor de Sistemas de Informação era responsável por empregar 51% do total de colaboradores integrados no ecossistema da Inova-Ria, tendo passado a assumir posição de liderança em relação às atividades de suporte TICE. De notar que estes colaboradores são, na sua grande maioria, quadros com formação superior altamente especializados nos domínios de saber específicos do subsetor 55 e com uma média etária ainda jovem. Excluindo o fenómeno provocado pela Nokia Siemens Networks, S.A. atrás referido, é possível registar uma certa estabilidade nos níveis de emprego associados a este grupo de empresas, embora seja reconhecida alguma dificuldade em reter os seus colaboradores. Tratase de um grupo profissional altamente qualificado, cujas competências são procuradas por outros players nacionais e internacionais, provocando uma elevada rotatividade nas empresas, podendo esta situação, em paralelo com a atual tendência para a emigração, constituir uma forte ameaça à evolução do setor em Portugal e, nesta região, em particular. Restringindo a análise aos subsetores associados às atividades nucleares das TICE, apenas encontramos uma empresa classificada no subsetor da Eletrónica e Hardware e duas empresas do subsetor das Telecomunicações, as restantes 26 empresas enquadram-se nos Sistemas de Informação, com destaque para as atividades de programação informática (CAE 62010), com um total de 12 empresas, seguido das atividades de consultadoria em informática (CAE 62020) com 9 empresas. Com dados financeiros de 2013 Atividades Nucleares Variação do número de colaboradores 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 2011 Sistemas de Informação 2012 2013 Atividades de suporte Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 Em termos de dimensão é de sublinhar a predominância do número de micro e pequenas empresas no denominado ecossistema da associação, com um peso de 69,1%, que são responsáveis apenas por 5,3% do volume de faturação total. Todas elas operam no subsetor de Sistemas de Informação, pelo que este constitui o subsetor de atividade mais representativo no conjunto de associados da Inova-Ria, sendo o foco principal das estratégias de desenvolvimento preconizadas no âmbito dos seus planos de ação. Com dados financeiros de 2013 GRANDE MÉDIA PEQUENA MICRO N.D. TOTAL Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 Pesos Empresas Empregados Volume de Negócios Empresas Empregados Volume de Negócios 3 9 15 10 2 39 1781 825 349 54 0 3009 209.088.197€ 132.791.117€ 16.520.968€ 2.429.294€ -€ 360.829.576€ 7,7% 23,1% 38,5% 25,6% 5,1% 100% 59,2% 27,4% 11,6% 1,8% 0,0% 100% 57,9% 36,8% 4,6% 0,7% 0,0% 100% Empresas Empregados ELETRÓNICA E HARDWARE 1 105 TELECOMUNICAÇÕES (*) 2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ATIVIDADES DE SUPORTE TOTAL Pesos Volume de Volume de Empresas Empregados 8.005.928€ 2,6% 3,5% 2,2% 8 1.310.134€ 5,1% 0,3% 0,4% 26 1537 138.359.072€ 66,7% 51,1% 38,3% 10 39 1359 213.154.442€ 3009 360.829.576€ 25,6% 100% 45,2% 100% 59,1% 100% Negócios Negócios * Dados referentes a uma empresa Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 As atividades nucleares TICE ocupam cerca de 75% das empresas do ecossistema e empregam 54,9% de total de colaboradores, embora sejam apenas responsáveis por 40,9% do volume de negócios. Destas, a grande maioria encontrase classificada no subsetor de Sistemas de Informação, cujo ranking é liderado pela PT Inovação e Sistemas, S.A. seguida da OLISIPO – Formação e Consultoria em Tecnologias de Informação, S.A., em ambos os indicadores. Ao nível do volume de negócios, o grupo das médias empresas (entre 51 e 249 colaboradores) é liderado pela Uartrónica Eletrónica Lda. e na dimensão das pequenas empresas (de 10 a 49 colaboradores) o primeiro lugar pertence à Ponto C - Desenvolvimento de Sistemas de Informação, Lda. Por último, o grupo das micro empresas (inferior a 10 colaboradores) é liderado pela Strongstep - Innovation in Software Quality. Por outro lado, as atividades de suporte às TICE, representam, neste universo, uma percentagem muito significativa do volume de negócios, superior a 59%. Encontram-se aqui representadas o comércio por grosso de equipamentos eletrónicos e de telecomunicações, atividades de engenharia e outras atividades de investigação e desenvolvimento. O ranking de empresas que prestam atividade neste domínio é liderado 56 57 Investimentos em I&D e Certificações pela Ericsson Telecomunicações, Lda., seguido da Nokia Siemens Networks, S.A. e da ISA – Intelligent Sensing Anywhere, S.A., que, em conjunto, representam 95,3% do total de volume de negócios e empregam mais de 70% dos colaboradores deste subsistema. O elevado peso que este subsetor representa no ecossistema em análise, influencia a tendência de decréscimo no volume de faturação verificado nos últimos três anos. Com efeito, o subsetor das Atividades de Suporte no universo das empresas associadas da Inova-Ria reduziu o seu volume de faturação em mais de 23% neste triénio, mormente justificado pelo processo de reestruturação da Nokia Siemens Networks, S.A. já referido, enquanto que o subsetor de Sistemas de Informação, apenas diminuiu 6,4% em igual período. Também se destaca nestes dois subsetores (Sistemas de Informação e Atividades de Suporte) a predominância das micro e pequenas empresas com uma reduzida expressão, quer em termos de volume de negócios, quer em número de colaboradores. Pelo que se pode afirmar que o tecido empresarial da Inova-Ria é constituído essencialmente por empresas de pequena dimensão. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 90% 80% 70% 60% 50% 40% Esta característica é responsável por alguma fragilidade nos processos de gestão destas empresas, em particular ao nível do planeamento estratégico, com efeitos na definição do seu posicionamento perante os mercados (nacional e internacional) e relacionamento com os stakeholders. Aspetos estes, que poderão comprometer o desenvolvimento sustentado do ecossistema. No ecossistema da Inova-Ria é de realçar, como aspeto positivo, o nível de investimento em I&D que se tem situado entre os 8 e 9% do volume de negócios, assim como o investimento das empresas na certificação de sistemas de gestão, em particular no domínio da qualidade e IDI. De acordo com os dados do Relatório e Contas da Associação de 2012, existiam 20 empresas certificadas segundo a NP4457:2007 – Requisitos do Sistema de Gestão da IDI, referencial normativo que avalia os procedimentos definidos e implementados pelas empresas na organização das suas atividades de IDI e outras 3 empresas com o processo em curso. Este indicador assume uma elevada relevância no contexto nacional atendendo a que, no mesmo ano, segundo dados do Instituto Português de Acreditação, existiam em Portugal 141 empresas certificadas de acordo com esta Norma, das quais 48 se enquadravam no setor empresarial das TICE (IPAC). 30% SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 20% 300,000.00 10% 0% Grande 250,000.00 200,000.00 Média Pequena Micro ATIVIDADES DE SUPORTE 150,000.000 90% 80% 100,000.00 Esta elevada performance no domínio das certificações deve-se, também, ao esforço desenvolvido pela Inova-Ria e que tem contribuído, de forma decisiva, para a qualificação e certificação das empresas do setor empresarial TICE em diversas normas nacionais e internacionais, designadamente a NP4457:2007, ISO/IEC 20000, ISO/IEC 27001, IT Mark e ainda a CMMI – DEV, assumindo uma posição de liderança a nível nacional em relação ao apoio prestado no âmbito deste último referencial. 70% Contudo, constata-se ainda uma reduzida aposta destas empresas na obtenção de outro tipo de certificações de âmbito internacional, que lhes permita responder às exigências de serviços associados ao ITO e BPO, sobretudo num cenário de internacionalização. 60% 50,000.000 50% 0.00 30% 40% 2011 2012 2013 20% 10% Eletrónica e Hardware Telecomunicações 0% Grande Média Pequena Micro Sistemas de informação Atividades de suporte Empresas Empregados Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 Volume de Negócios Fonte: R&C, Inova-Ria, 2013 58 59 Principais Potencialidades e Vulnerabilidades Oferta de serviços de ITO Decorre da análise efetuada a cada uma das empresas do ecossistema e complementada com informações disponibilizadas pela Inova-Ria, uma oferta diversificada em múltiplas áreas suscetíveis de gerar e potenciar modelos de outsourcing na área das tecnologias de informação (Anexo 3 – Oferta de serviços ITO nos associados da Inova-Ria). A maioria destas empresas assume-se como prestadores de serviços de consultadoria, demonstrando assim, uma reduzida especialização no quadro da oferta. Embora as empresas pertencentes ao ecossistema da InovaRia, possuam competências para fornecer serviços de IT em regime de outsourcing, não o expressam de forma clara na sua estratégia de comunicação externa. Existem apenas três empresas que mencionam especificamente esta componente de serviços na página web e outros meios promocionais. Contudo, à semelhança do que se passa à escala nacional, muitos destes serviços de outsourcing identificados por este grupo de empresas, são confundidos com outros modelos, em que existe uma cedência de pessoas com determinadas competências para desempenharem, sob as instruções do cliente, tarefas específicas, ou seja, bodyshopping. Outras Desenvolvimento/ alojamento web Telecomunicações Suporte Técnico/Help Desk A recolha de contributos por parte de algumas empresas associadas da Inova-Ria na fase de entrevistas realizadas no âmbito do estudo, complementada com a análise documental exposta anteriormente, permite identificar um conjunto de potencialidades e vulnerabilidades que merecem reflexão e que conduzem a algumas das recomendações para a sustentabilidade deste ecossistema, em particular num contexto de abordagem ao outsourcing. Potencialidades Vulnerabilidades Elevada representatividade de empresas que operam no subsetor de Sistemas de Informação e atividades de suporte às TICE; Predominância de empresas de pequena dimensão, com debilidades ao nível do planeamento estratégico e gestão da inovação; Forte ligação com os grandes players nacionais no setor TICE; Ausência de uma cultura de cooperação e fraca disponibilidade para o estabelecimento de redes e parcerias empresariais; Existência de um quadro de colaboradores altamente qualificado dos domínios técnicos e científicos; Integração de Sistemas Desenvolvimento software Flexibilização das estruturas organizacionais e capacidade de adaptação a novos desafios; Serviços de I&D Proximidade com estruturas ligadas ao Sistema Científico e Tecnológico nacional e internacional; Gestão Serviços de Segurança Expressivos investimentos em I&D consolidando uma estratégia baseada na inovação e certificação de processos de gestão. Gestão Data Centre Consultoria Reduzida vocação para a internacionalização, dependendo fortemente do mercado nacional, com elevada exposição à sua instabilidade económica e fraco dinamismo; Falta de alinhamento com estratégias europeias, nacionais e até regionais; Deficiente abordagem aos mercados, quer a nível nacional, quer a nível internacional, apresentando dificuldades na identificação de oportunidades de negócio; Elevada rotatividade dos quadros técnicos altamente especializados; Gestão de aplicações 0 5 10 15 20 25 30 Escassez de certificações relevantes no acesso a mercados internacionais; Excessiva diversificação em múltiplas áreas, conduzindo a uma baixa especialização no quadro de oferta de serviços ITO. 60 61 Resultados Gerais As empresas estão confiantes no que respeita ao crescimento do negócio, prevendo aumentar o número de colaboradores nos próximos cinco anos. Diversas empresas têm receitas provenientes de negócios internacionais, sobretudo da Europa e de África. Volume de vendas (milhares de euros) Como se distribui percentualmente o volume de vendas? 56% Com o objetivo de melhor conhecer a realidade e o potencial das empresas próximas da Inova-Ria e integradas na indústria de Software em Portugal, foi realizado no âmbito do presente estudo, um Survey inspirado no “Finnisch Software Industry Survey” desenvolvido pela Aalto University (Anexo 1 - Inquérito ao cluster da indústria de software, 2014). Visão do Setor 22% 22% 22% 33% Distribuição da amostra por tipo de negócio Pacífico Sul (p.e. Austrália) 0% 0% Médio Oriente 0% 0% Sul de África (p.e. Índia) 0% 0% Este da Ásia (p.e. Japão, China) 0% 0% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 11% 20% 30% 67% África 43% 22% 2 Survey: potencial da indústria de Software das PME TICE associadas da Inova-Ria 0 - 49 2013 0% 10% 40% 50 - 99 2014 0% 0% 0% 0% 100 - 249 2019 750 - 1499 1500 - 4999 100% > 5000 América do Norte 0% 0% Europa do Leste e Rússia 0% 0% Oeste da Europa (incluindo Países Nórdicos) Empresas com desenvolvimento de produtos de software - Empresa com produto de software 14% América Central e Sul 250 - 749 Espanha Empresas com desenolvimento de produtos de software - Empresa que fabrica dispositivos que 67% 25% 33% 20% incorporam software (software embutido) Empresas de serviços - Empresa de consultadoria na indústria de software ou outros serviços relacionados Percentagem de seleção Média de respostas Empresas de serviços - Empresa de consultadoria na indústria de software ou relacionada Outras empresas - Empresa distribuidora e/ou revendedora de produtos de software Outras empresas - Empresa que não está de forma alguma relacionada com a indústria de software 62 63 Parte significativa das empresas assume um perfil, uma identidade, exportadora. Flexibilidade: A investigação demonstrou que há um impacto muito positivo da flexibilidade no desempenho das empresas durante os ciclos económicos. Os projetos desenvolvidos à medida são indicadores da flexibilidade das empresas que, neste caso, representa 46,8% das receitas. A sua empresa é exportadora? 0,0% 14,29% De que forma são distribuídas as receitas na sua empresa? 14,29% 70% 60% 60% 50% 46,8% 40% 30% 27% 28,57% 10% 42,86% 0% 23,7% 23,3% 20% 20% 11% 0% 0% Sim, temos volume de vendas internacionais significativas e regulares Vendas de licenças de software próprio Sim, mas sem expressão ou irregulares Vendas de licenças de software de terceiros Não, mas pretendemos internacionalizar Vendas de software na internet como um serviço: “Software as a service” Não, a internacionalização não é uma prioridades Venda de dispositivos com o software próprio incorporado Não, mas já tivemos volume de vendas internacionais Projetos de desenvolvimento de software à medida Contratos de manutenção relacionados com produtos de software Desenvolvimento de projeto relacionados com produtos de software Apesar de ser um processo lento e difícil com base no software tradicional, as empresas têm uma forte determinação para a internacionalização. É este o caminho por onde perspetivam o seu crescimento. Publicidade ou venda de conteúdos relacionados com software Outras receitas não directamente relacionadas com software As empresas consideram-se flexíveis, quer pelos recursos, quer pela adaptabilidade. Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento da sua empresa Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de negócio da sua empresa 3.14 Os mercados internacionais são considerados mercados alvo desde a criação da empresa 3.71 A equipa de gestão acredita que seremos um importante player a nível internacional 4.43 Desejamos crescer fortemente em mercados internacionais A nossa empresa tem de crescer mesmo que implique maiores riscos 0 0,5 1 1,5 3.14 Produzimos os nossos produtos ou serviços individualmente para cada cliente 1.86 Atualmente a dimensão da empresa é ideal e não vemos necessidade de reforçar o crescimento 1.57 Não estamos disponíveis para negociar preços 3.14 O crescimento da empresa é o objetivo mais importante da equipa de gestão 2.00 Os preços são iguais para todos os clientes 3.57 O crescimento da empresa não deve por em causa a rentabilidade 2.43 Os preços são simplificados (p.e. pequeno número de componentes para elaboração do preço) 3.43 3.71 Oferecemos um vasto portfólio de produtos ou serviços 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 1.71 Oferecemos produtos ou serviços altamente estandardizados 4.43 Disponibilizamos soluções completas aos nossos clientes 1.29 A nossa oferta não inclui trabalho específico e customizado 4.71 Os nossos produtos ou serviços apresentam um número elevado de características 1.71 Os nossos produtos ou serviços são iguais para todos os clientes 0 64 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 65 Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de vendas da sua empresa Esta flexibilidade na rápida adoção de plataformas que possibilitem novas oportunidades de negócio e eficiência de custos, constata-se na perspetiva de crescimento de oportunidades para as empresas. 4.00 Na nossa comunicação enfatizamos a partilha de risco com o cliente Apresentamos sempre mais do que uma opção ao cliente, não hesitamos em recomendar produtos da concorrência no caso do nosso 3.20 produto não ser a melhor opção 2.20 Apresentação dos benefícios financeiros quantificados é o aspeto mais importante de um argumento de venda Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento de oportunidade da sua empresa Temos definidos métodos para quantificar os benefícios financeiros dos nossos clientes tais como calcular os custos do ciclo de vida ou 2.20 o retorno do investimento Recolhemos informações que permitam justificar aos clientes o benefício financeiro 3.00 Somos capazes de organizar com rapidez novas atividades com outros parceiros Por sua iniciativa, os nossos vendedores apresentam ao cliente o impacto financeiro decorrente da aquisição dos nossos produtos ou serviços 3.00 Somos capazes de nos organizar internamente com rapidez para a execução de novas atividades 2.80 Identificar indicadores de performance do cliente é um aspeto importante das nossas vendas 0,5 1 1,5 2 2,5 3 2.86 O desenvolvimento de novas competências é muito demorado 3.40 0 4.43 1.57 Não somos capazes de utilizar rapidamente os recursos internos para responder às necessidades dos clientes 4.20 Explorar os desafios de negócio do cliente é uma tarefa importante do vendedor Percecionar a estrutura de custos do cliente e as fontes de receita é uma das competências essenciais do vendedor 4.29 3.14 A procura de novas competências é muito dispendiosa para a nossa empresa 3,5 4 4,5 5 3.71 A especialidade dos nossos colaboradores é facilmente transposta para outras atividades 3.29 A adaptação de produtos/serviços a novos mercados conduz a custos significativos Cloud: A cloud é, praticamente, tão importante para o desenvolvimento de software como plataformas de servidores tradicionais: crescimento planificado de + 24%. Estas empresas estão a adotar as plataformas de cloud muito rapidamente. As plataformas de mobilidade também terão um crescimento planificado. Muito especialmente para o Windows phone (+ 29%) e para o iOS (+ 14%), ficando o Android mais estabilizado, mas com um cota 57% (relevante). Plataformas mobile Servidores Computadores Desktop ou portáteis Cloud Computing Outros 66 Android iOS (iPhone, iPod touch, iPad) Qt Windows Phone / RT Outras Web or application server (pe. Tomcat) Application server product (pe. Sharepoint) Web publishing platforms and CMSs Outras Linux ou outro Unix Mac OS Windows Outros Public cloud, rented computing capacity (e.g. Amazon EC2, Azure) Public cloud, application platform (e.g. Heroku, App Engine, Azure) Open-source (e.g. Hadoop, OpenStack) Private cloud Social media platforms (e.g., Facebook) Game consoles or game engines Embedded systems 4.00 Somos muito rápidos na criação de novos produtos/serviços em novos segmentos 4.43 Os nossos produtos/serviços são adaptáveis a novos mercados 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 Contudo, a dimensão destas empresas é um fator limitativo, assumido de forma inequívoca. 2014 57% 57% 0% 34% 14% 43% 43% 57% 54% 57% 57% 71% 29% 50% 86% 14% 43% 14% 18% 14% 0% 29% 29% 0% 0% 14% 14% 2015 57% 71% 0% 43% 43% 43% 43% 57% 54% 57% 57% 71% 29% 50% 86% 14% 43% 43% 32% 43% 0% 29% 29% 0% 0% 29% 29% Indique se os seguintes fatores limitam o crescimento da sua empresa 100% 90% 86% 80% 70% 60% 50% 43% 40% 43% 30% 20% 29% 14,29% 43% 43% 28,57% 14% 14,29% 29% 14% 10% 0% 0% 0% Discordo totalmente 0% Discordo 0% 0% 0% Não concordo nem discordo 0% 0% Concordo Concordo totalmente Temos lacunas nas competências de vendas e marketing Somos uma empresa demasiado pequena para certos clientes O conhecimento do mercado e dos clientes é muito fraco Não nos encontramos suficientemente relacionados com outras empresas 67 No domínio da cooperação entre estas empresas, ou trabalho em rede, não há evidência de um modelo bem definido podendo, eventualmente, concluir-se que não há uma cultura enraizada para o funcionamento em rede. Na nossa rede de empresas: Todos os parceiros contribuem para a identificação e seleção de oportunidades de negócio 0% 33% 67% Um parceiro assume a liderança na identificação e seleção de oportunidades de negócio 0% 100% 0% Os parceiros aguardam a aprovação dos outros antes de tomarem a decisão 0% 83% 17% 17% Os parceiros tomam decisões individuais 67% 17% 17% Os parceiros são obrigados a confiar nos objetivos definidos para orientar as suas atividades 50% 33% Suportamos o esforço de cada parceiro no trabalho realizado autónomamente 0% 57% 43% 0% 68 20% 40% 60% 80% 100% 120% 69 O aumento da sua centralidade e da sua colocação transversal, verifica-se pela tendência, cada vez mais evidente, do recurso a concursos, o aumento da concorrência, com excesso de oferta de fornecedores de serviços, especialmente de ITO, e aumento da subcontratação, especialmente de mão de obra pouco qualificada no setor da BPO, como sublinhou a DELL. Esta tendência em Portugal está a fazer com que muitos dos stakeholders temam pela diminuição de qualidade dos serviços prestados, nomeadamente no setor de ITO. Contudo, alguns clientes de maior dimensão, promovem a redução de custos dos contratos em outsourcing pelo modelo de ganhos de eficiência, como a CGI muito enfatizou. Por outro lado, o recrutamento de mão de obra qualificada de especialistas para a área ITO enfrenta sérias dificuldades, por haver escassez destes profissionais e o cenário no ensino superior (universidades e politécnicos), pela diminuição generalizada da procura de cursos das áreas das engenharias. De referir que a Associação Portugal Outsourcing está a preparar diversas ações estratégicas para contrariar esta tendência. Esta tendência tem muito impacto na dimensão dos fornecedores de serviços. A escala aumenta, os grandes projetos requerem alocação de recursos, que uma PME nem sempre consegue. No entanto, o grande driver que é a CLOUD (serviços em nuvem) vai ter grande impacto neste relacionamento, criando novas oportunidades, na medida em que irá desmaterializar, simplificar processos e será disruptivo, como referiram a generalidade dos entrevistados. Estando os clientes a reduzir orçamento de IT, opinião generalizada dos stakeholders, e os serviços clássicos de Cloud em baixa acentuada de preço durante 2014, nomeadamente o armazenamento e processamento de aplicações – segundo o artigo “Cloud computing: Silver lining”, Aug 30Th 2014, The Economist até final de março a Google tinha reduzido os preços entre 30% e 85%, como o processamento de aplicativos e armazenamento de dados, Amazon (AWS), com reduções até 65% e a Microsoft a seguir o exemplo – está-se a criar um conjunto fantástico de oportunidades para o desenvolvimento de serviços de valor acrescentado, diferenciando-se dos típicos serviços de ITO, hoje adquiridos como uma “commodity”. Em 2014, espera-se que os clientes e prestadores de serviços de ITO definam os seus objetivos estratégicos para os serviços na Cloud. Afinem métricas consistentes para quantificar o retorno dos investimentos e aprendam a navegar num ambiente onde os modelos de contratação terão dinâmicas muito rápidas. A escassez de técnicos altamente qualificados (engenheiros informáticos e afins) é um problema global. Contudo, em Portugal devido à sua especificidade, é preciso tomar urgentemente medidas estratégicas, caso contrário as nossas empresas enfrentarão maiores dificuldades de competitividade. Hoje, as ações para retenção de talentos são uma prática generalizada dos grandes fornecedores de ITO, tendo as PME que enveredar pelo mesmo caminho. E, nesse sentido, os clientes estão a optar por flexibilizar a oferta de serviço de ITO, em projetos menores e de duração inferior aos atuais, com mais fornecedores, assumindo assim, responsabilidades de gestão e governança adicionais que este modelo acarreta. É o caso da Galp Energia. Os setores fortes de aquisição de serviços ITO e BPO, nomeadamente das telecomunicações, da energia, da banca, dos seguros e da saúde privada estão a centralizar os processos de aquisição destes serviços, quer em centrais de compras quer em centros de recursos partilhados, como ficou Para a EDP, grande cliente de serviços ITO e BPO, os grandes projetos precisam de fornecedores com escala. Contudo, tal como com outros grandes clientes, no caso da Galp Energia, os projetos de inovação, com pilotos de provas de conceito, protótipos ou desenvolvimentos à medida, são mais ajustados às PME’s TICE. A maior flexibilidade, a grande proximidade, os tempos de resposta muito curtos são, entre outros fatores, elementos diferenciadores e procurados por este tipo de clientes. A cloud abre um enorme conjunto de oportunidades para os fornecedores de serviço da dimensão das PME, pois os grandes clientes de ITO em Portugal estão a iniciar o caminho para a cloud, de forma muito controlada, como por exemplo a EDP, que está a avançar com o serviço de correio eletrónico. A migração para a cloud, seja por clientes de grande dimensão, seja por clientes de dimensões médias e pequenas (micro e pequenas empresas) é uma realidade nova e uma grande oportunidade para as PME’s fornecedores de serviços IT em outsourcing e desenvolvimento de software. Trata-se de um novo modelo de negócio, onde o eixo de inovação tem um papel relevante, sendo, já hoje, alvo de grande procura. Nas reuniões com a IBM este eixo foi muito enfatizado, tendo sido dado a conhecer um estudo recente, de 2013, para ajudar a enquadrar o “porquê” e o “como é que” as organizações estão a externalizar serviços onde a inovação empresarial já é contemplada. Foram cerca de 39% os clientes que identificaram a inovação como a principal motivação para aquisição de serviços em outsourcing, em pelo menos um serviço de negócios (BPO) ou na área de serviços de IT30. IBM SURVEYED 1351 CLIENTS TO UNDERSTAND SOURCING MOTIVATIONS AND THE EXTENT OF OUTSOURCING - FOUR PARTNERING STRATEGIES EMERGED Respondent distribution by partnering strategy Innovation Segundo os stakeholders, um driver constantemente mencionado no ambiente português é o da “redução de custos”, como reforçou a Associação Portugal Outsourcing. claro por muitos dos stakeholders, nomeadamente a Portugal Telecom – Inovação e Sistemas. Sourcing innovation Foram efetuadas diversas reuniões, num modelo de entrevista semiestruturada, com empresas fornecedoras de serviços de outsourcing, com empresas clientes destes serviços, com alguns especialistas e com institutos do Estado: da administração central, regional e local. Efficiency & effectiveness 3 auscultação de StakeHolders É uma grande oportunidade para as PME’s do setor, como sustenta a Microsoft. 20% Focused Innovators Enterprise Innovators 34% 27% Focused Optimisers Narrow 70 19% Enterprise Optimisers Extent of outsourcing Broad IBM Center for Applied insights analysis, 2013 Outsourcing Study based on survey of 1,351 sourcing decision-makers Tony Morgan, “That Old Chestnut ...”, IBM Strategic Outsourcing UK and Ireland, Outsourcing Yearbook 2014, NOA 30 71 A generalidade dos stakeholders está alinhada quanto às tendências e às oportunidades estarem nos seguintes drivers chave: redes sociais (media), mobilidade, analytics (big data) e serviços na cloud – SMAC (social media, mobility, analytics and cloud services), os fornecedores de serviços da indústria de outsourcing, IT ou BP, têm de evoluir da “commodity”, do outsourcing/bodyshopping para serviços de maior valor acrescentado, diferenciados, especializados, para além das atuais ofertas específicas para mercados horizontais e verticais. Também o aumento da automatização ou robotização de serviços “commodity” de ITO e BPO, a diferenciação a níveis mais baixos, segurança dos dados, a IoT (Internet das Coisas) e o contributo da inovação para o aumento dos resultados fazem parte de um novo paradigma para os modelos ITO e BPO, onde estas forças disruptivas (SMAC) são os drivers impulsionadores. O outsourcing está a mudar, vai apara além da redução de custos: os clientes estão a solicitar à indústria de outsourcing competências mais fortes, melhoria de processos e novas tecnologias. Muitos vêem a parceria como um caminho mais curto para a inovação, como um jogo de mudança, procurando vantagens competitivas sobre os seus concorrentes, como nos indicou a Indra. Os clientes têm de ter uma procura evidente, estratégica, para a inovação – atende-se na explicitação da Galp Energia na “proatividade e inovação” como um dos requisitos de valorização para os seus prestadores de serviços outsourcing: A inovação está na agenda de todos os clientes, contudo, num contexto de outsourcing é muito exigente, difuso e complexo. UmA visão 31 eg reducing response eg time on critical services Strategic eg offering new service to end-customer Improvements in critical operations Game-changers at industry level Improvements in non-core operations Transformation of services, technological plataforms and methodologies Os fornecedores têm de ter, também, uma estratégia clara para a inovação, que passa por metodologias de sistematização dos processos de inovação e uma clara compreensão dos resultados esperados. IMPACT LEVEL operational Incremental eg on-going optimisation of some support functions (IT) O cliente Estado português nas suas diferentes estruturas: centrais, regionais, locais, setor empresarial, organizações autónomas e outras, é um stakeholder com um nível de aquisição de serviços ITO assinalável, onde as oportunidades continuam a aumentar. radical Innovation type eg back-office integration Ilan Oshri, “Have you got the goods?”, Loughborough Centre for Global Sourcing and Services, Outsourcing Yearbook 2014, NOA 31 72 O Instituto de Informática do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, são dois stakeholders do setor estatal, com drivers de outsourcing IT focados na redução de custos, contratualizações segundo o “Código dos Contratos Públicos”, com requisitos muito exigentes de certificação para os profissionais das empresas (ver em recomendações), onde só os grandes fornecedores da indústria de outsourcing conseguem dar resposta. 73 recomendações 74 75 1. O aumento da procura de serviços de Cloud A Inova-Ria deve ser o farol da suas empresas, e não só, na afirmação internacional, especialmente naquilo que a Europa Central mais solicita: software em modelos de desenvolvimento outsourcing, mas, estrategicamente, na captação de recursos humanos qualificados e adequados às necessidades das empresas. A Inova-Ria possui um capital de experiência ímpar e reconhecido, gerindo uma rede de cooperação com um vasto número de stakeholders e participando em 76 Ofereça soluções para a cloud / serviços para acompanhar a tendência. Nunca se deve ignorar ou desvalorizar que o processo de migração para a cloud é um processo muito complexo e o seu posicionamento como parceiro confiável só terá uma construção positiva se ele for evolutivo. “Reparem” e tenham em conta o conselho de um grande “provider”, a IBM: THE JOURNEY FROM TRADITIONAL ENVIRONMENTS TO CLOUD CAN BE IN ONE STEP OR AN EVOLUTION CLOUD Dynamic provisioning for workloads SHARED RESOURCES Common workload profiles AUTOMATE tod is th STANDARDIZE so do es Operational Efficiency tu re VIRTUALIZE Increase Utilization CONSOLIDATE Physical Infrastructure TRADITIONAL IT Standard Managed Services Invista em segurança e numa infraestrutura boa e confiável, a fim de convencer o seu potencial comprador, garantiNdo que não há risco em usar as suas soluções de cloud computing / serviços COMO OS há com prestadores de serviços onshore ou nearshore. ay Flexible delivery & Self Service uc Direcione para os clientes menores. A maioria deles ainda não começaram a usar computação em nuvem soluções / serviços, mas estão cada vez mais interessados e, muitas vezes preferem trabalhar com pequenos fornecedores de serviços. Clients make wordloaddriven decisions to migrate to cloud based on functions such as security, degree of customization, control and economics nf ras tr A Inova-Ria deverá promover a consciencialização coletiva (identidade) de um cluster de software, ou seja, a capacidade instalada das suas associadas. Existem semelhanças com o software-cluster na Alemanha, com cultura de trabalho exigente, com metodologias de qualidade reconhecidas (ex. CMMI), disposto a competir com outras áreas europeias (Europa de Leste e Irlanda). Neste sentido, a Inova-Ria deve dar continuidade ao survey efetuado: “Survey: potencial da indústria de Software das PME TICE associadas da Inova-Ria”, dando-lhe uma dimensão nacional: Indústria de Software em Portugal, de caráter anual. Não havendo nenhum, tornar-se-á uma avanço vanguardista e um instrumento estratégico para as empresas portuguesas (benchmarking, etc.), para estudo em projetos e análise de I&D e para as entidades públicas, responsáveis por políticas de desenvolvimento. Importa concentrar esforços e o modo de atuar em soluções de cloud privada e como limitar o risco da exposição de dados. he i Nesta visão estratégica, a Inova-Ria deve continuar na senda da promoção de ações que qualifiquem as suas empresas associadas (projetos QuERIA e ATOR), e outras, em standards internacionais como tem feito com CMMI (dev 2, 3 e 5) ou IT Mark séries ou ISO 27001 e 20000. As empresas PME do ecossistema TICE da Inova-Ria devem ter particular atenção aos seguintes eixos fundamentais: Contudo, há que ter em conta o mundo real da cloud, que oferece, de facto, significativos benefícios, mas também tem muitos riscos, que muitas vezes são mascarados pela simplicidade da sua abstração (cloud). yt Para ultrapassar estas dificuldades poderão haver diversas soluções. Soluções estas que passam pela cooperação e articulação de parcerias estratégicas entre as empresas (PME’s) criando massa crítica, que lhes permita investir na qualificação de recursos e nas metodologias de desenvolvimento de software, criando processos e equipas sólidas do ponto de vista de maturidade. projetos internacionais, como é o caso do Projeto FI4VDI: Desenvolvimento de uma rede de infraestruturas federadas para a geração de serviços de virtualização de postos de trabalho, aprovado no âmbito do Programa Interreg IV B SUDOE, sendo cofinanciado pelo FEDER/EU. Neste, está a ser concluído o desenvolvimento de um software para apoio à gestão de equipas em outsourcing através da virtualização de postos de trabalho na rede federada de cloud computing do projeto, que permitirá à Inova-Ria reforçar a sua capacidade como entidade determinante no ecossistema de inovação que lidera. Re ad Tendo como base o conceito estratégico deste estudo, pretende-se contribuir para a definição/identificação de uma estratégia de atuação, apresentada sob a forma de recomendações, que permita tirar partido das forças e potenciar as oportunidades, ao mesmo tempo que minimiza e/ ou elimina as fraquezas e mitiga o risco associado às ameaças identificadas. ·· Develop a cloud strategy and roadmap ·· Ready the infrastructure ·· Deploy specific workloads to cloud Cloud Delivered Services 77 2. O aumento da procura de aplicações móveis (app’s) FoquE-se no desenvolvimento móvel tailor-made, ou seja, em soluções feitas à medida. Porque é esperado, para breve, que o mercado de desenvolvimento móvel padrão esteja saturado. Não prestE apenas serviços de desenvolvimento. OlhE Também para o fornecimento de soluções. As soluções são, por exemplo, local ou SaaS aplicativos, mas também podem ser baseados em plataformas de código aberto (exemplo). EspecializE-se em desenvolvimento de aplicações móveis para um mercado vertical específico, a fim de agregar valor e diferenciar-se dos seus concorrentes. 3. O crescimento do mercado de desenvolvimento para redes sociais EspecializE-se em desenvolvimento para redes sociais num mercado vertical específico, a fim de agregar valor e diferenciAR-se dos seus concorrentes. 78 4. Pela diferenciação Seja criativo; idealize serviços novos e / ou inovadores de desenvolvimento de redes sociais, recorrendo a metodologias do HCI, como User Experience (UX), a fim de se obter uma vantagem competitiva. Especialize-se num mercado horizontal e / ou vertical. Algumas empresas oferecem vários serviços diferentes para diferentes indústrias, mas nenhum desses serviços são de excelente qualidade. FAÇA referência à competitividade em relação a fornecedores de ITO de outros países, tanto nearshore como offshore. AnalisE as melhores práticas dos fornecedores de ITO competitivos que já entraram no mercado ITO da UE com sucesso e aprendA com eles. (trabalho de continuidade – “futher work” deste estudo). 5. As tendênciaS do nearshoring e centros de serviços partilhados EstabeleÇA parcerias com fornecedores de serviços ITO nestEs centros. 79 6. Aumentar a competitividade Desenvolva ferramentas/ soluções que podem ser facilmente integradas com outras ferramentas/soluções por meio de padrões abertos (interface), a fim de serem capazes de operar com vários fornecedores no ambiente de TI dos potenciais clientes. Especialize-se, ganhando diferenciação e identidade. ObteNHA referências no mercado horizontal e/ou vertical onde estão focados/deseja focar. No desenvolvimento de software comuniQUE as competências do ”Saber” e do “Saber Fazer”. Pela redução de custos: não há volta a dar: é como uma commodity … a mensagem tem de ser clara. TentE obter um projeto experimental, a fim de provar as suas capacidades para potenciais compradores e obteNHA boas referências no mercado da EU. 80 7. Como o outsourcing se tornou uma prática comum Estude as exigências dos compradores na UE de serviços ITO e BPO, trabalhe os requisitos, sem esquecer os pontos fortes e fracos da sua empresa e ajA sobre eles. Obtenha certificações, exemplos: ·ISO · 9001; ·ISO · /IEC 20000 ·ISO · /IEC 27000 series ·ITIL · ·CMMI · ·IT · Mark ·NP · 4457:2007 ·ISO · 15504 (SPICE) ·ISO · 12207 ·ESA · ·PMI · ·Six · Sigma ·Oracle · Database administrator Certified Professional; ·Oracle · certified Specialist; ·Oracle · Weblogic Certification; ·Oracle · Soa Suite Certification; ·Oracle · Linux Certified Implementation Specialist; ·Certificação · Java OCP Certification; ·Certificação · CCIP (Routing e Switching) ou equivalente; Certificação CCDA (Design) ou equivalente; ·Certificação · CCNA (Security) ou equivalente; ·Certificação · SAP Basis Netweaver Certified Consultant; ·Certificação · mínima SAP Professional na área de administração de sistemas SAP na versão ECC ERP 6.0 e superiores; ·Certificação · MCITP: Database Administrator 2008; ·Certificação · MCITP: Database Developer 2008; ·Certificação · MCITP: Server Administrator on Windows Server 2008; ·Certificação · MCITP: Enterprise Administrator on Windows Server 2008; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Associate: SQL Server; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Expert: Data Platform; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Associate: Windows Server 2008; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Associate: Windows Server 2012; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Expert: Server Infrastructure; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Expert: Private Cloud; ·Red · Hat Certified System Administrator; ·Suse · Certified Linux Administrator; ·Certificação · Red Hat Certified Enginneer; ·Certificação · Suse Certified Linux Professional; ·Certificação · Oracle Linux Administrator Certified Associate; ·Certificação · Oracle Certified Associate, Oracle Linux 5 and 6 System Administrator; ·Certificação · Oracle Certified Professional, Oracle Linux 6 System Administrator; ·Certificação · VMware Certified Professional 5 – Datacenter Virtualization; ·Certificação · VMware Certified Advanced Professional 5 Datacenter Administration; ·Certificação · VMware Certified Professional – Cloud; 81 8. Desenvolver políticas de estímulo e estratégias de sistematização de processos de inovação ·Certificação · Oracle VM for x86 Certified Implementation Specialist; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Expert: Sharepoint; ·Certificação · Microsoft Certified Solutions Expert: Messaging; ·Red · Hat Certified JBoss Administrator (RHCJA); ·Red · Hat Certified JBoss Developer (RHCJD); ·Red · Hat Certificate of Expertise in Enterprise Service Bus (ESB); ·Oracle · Certified Associate, Java SE ·Oracle · Certified Professional, Java SE Programmer ·Oracle · Certified Master, Java EE Enterprise Architect ·Symantec · Certified Specialist in NetBackup 7.5 for Windows ou superior ·Symantec · Certified Professional (SCP) in Data Protection ·IBM · Certified Advanced Deployment Professional - IBM Service ·Management · Tivoli Storage Management ·Certificação · EMC Information Storage Associate ·Certificação · EMC Storage Administrator ·Certificação · HP ASE - Storage Solutions Integrator ·Certificação · HP ASE - Storage Solutions Architect ·Certificação · Fujitsu ETERNUS Systems Engineer ·Certificação · Fujitsu ETERNUS Senior Systems Engineer ·Certificação · NetApp Certified Data Management Administrator ·Certificação · NetApp Certified SAN Implementation Engineer ·Certificação · - IBM Certified Specialist - Midrange Storage Technical Support ·Certificação · IBM Certified Specialist - Enterprise Storage Technical Support 82 ·Certificação · Hitachi Data Systems Certified Professional ·Certificação · Hitachi Data Systems Certified Implementer ·Certificação · Hitachi Data Systems Certified Architect ·Certificação · Nagios Certified Professional – Core ·MCTS: · Microsoft System Center Operations Manager 2007 ou superior ·CISSP · - Certified Information Systems ·SecurityProfessionalCISM · - Certified Information Security Manager. REALIZE pesquisas de mercado para identificar os países e as áreas de TI em que há / haverá uma escassez de competências. Fontes úteis são associações nacionais de TI, especialistas do setor e empresas de pesquisa como Gartner e Forrester. Como fornecedores de serviços TEM de ter uma estratégia clara, para a inovação, que passa por metodologias de sistematização dos processos de inovação e uma clara compreensão dos resultados esperados. 9. Défice de mão de obra especializada em TI: alvo estratégico TENHA estratégias para recrutamento e retenção de talentos: técnicos, engenheiros e doutorados. 83 “Going Green” é uma tendência consolidada e um grande driver para o setor da eletrónica: eixo smart cities (sensores, IoT, smart grids, energy storage, smart metering ...), com elevada procura, dinamizadas pela política ambiental europeia, tendo SIDO aprovado, no dia 24 de outubro de 2014, novas metas para a redução das emissões de carbono: em 2030 terão de ser reduzidas em 40% face a 1990, assim como, 27% da energia europeia em 2030 terá de vir de energias renováveis (Horizonte 2020). 10. EletrÓnica e hardware As oportunidades aumentarão com o “A European Industrial Strategic Roadmap for Micro- and Nano-Electronic Components and Systems” e com políticas de reindustrIAlização em muitos países europeus. O movimento nos EUA de “reshoring” 32, ou seja, de regresso a casa de muitas indÚstrias do setor da eletrónica e hardware é uma realidade e estimulará o aparecimento de novas oportunidades. 32 11. Desenvolver a responsabilidade social MOSTRE compromisso com a responsabilidade social das empresas e práticas verdes. Embora o cumprimento da responsabilidade social das empresas e as políticas verdes não seja fácil, pode ser um facilitador para o mercado ITO da UE. VerifiQUE a ISO 26000, que é uma das diretrizes mais importantes em matéria de responsabilidade social. TornE público o compromisso com a responsabilidade social das empresas e do meio ambiente. Reshoring manufacturing, Coming home, A growing number of American companies are moving their manufacturing back to the United States, The Economist, Jan 19th 2013 | From the print edition 84 85 referências bibliográficas 86 87 Why partnering strategies matter, How sourcing of business and IT services impacts financial performance, IBM For Applied Insights CBI Trendmapping for ITO, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands “Outsourcing Decisions of Small and Medium-Sized Enterprises: A Multiple- Case Study Approach in the German Software Industry”, Tommi Kramer, Lars Klimpke and Armin Heinzl, 46th Hawaii International Conference on System Sciences, 2013 Changing Competitive Landscape of Outsourcing Service Providers, May 2010, Tholons “Smaller, Shorter-Term Deals Shake Up IT Outsourcing Industry”, By Stephanie Overby, CIO, Feb 7, 2014 10 Business Process Outsourcing Trends to Watch For in 2014, DATAMARK Incorporated 2012 Global Outsourcing and Insourcing Survey Executive Summary, February 2012, Deloitte BUSINESS SERVICES OUTSOURCING IN BANKING AND FINANCIAL SERVICES, 2013 Market Report, Michael Koontz, Senior Vice President and Research Diretor – BFSI, HfS Research Reetika Joshi, BPO & Analytics Strategies, HfS, Research, January 2013 CBI Market Channels and Segments for ITO, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands CBI Market Competitiveness for ITO, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands CBI Tradewatch for Information Technology Outsourcing (ITO), June 2013, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands CBI Trendmapping for BPO, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands 88 IS GOOD ENOUGH REALLY GOOD ENOUGH?, The Great Talent Paradox in Outsourcing, Phil Fersht, Founder and CEO, HfS Research Tony Filippone, EVP of Research, HfS Research, March 2013 Cloud computing: Silver lining, Aug 30Th 2014, The Economist CRITICAL FACTORS IN OUTSOURCING OF ACCOUNTING FUNCTIONS IN MALAYSIAN SMALL MEDIUM-SIZED ENTERPRISES (SMEs), Magiswary Dorasamy1*, Maran Marimuthu2, Jayamalathi Jayabalan2, Murali Raman1 and Maniam Kaliannan, Kajian Malaysia, Vol. 28, No. 2, 2010 EU Buyer Requirements for IT Outsourcing, CBI (Centre for the Promotion of Imports from developing countries) is an Agency of the Ministry of Foreign Affairs of the Netherlands A Clouded future, May 13th 2010, The Economist (print edition) Albert Ma, “A New Wave Of Application Development Outsourcing”, Chief Innovation Officer at Insigma Hengtian, Hangzhou, China, Outsourcing Journal, Software Developing Outsourcing, Special Edition, Q4 2013 Ilan Oshri, “Have you got the goods?”, Loughborough Centre for Global Sourcing and Services, Outsourcing Yearbook 2014, NOA IT Outsourcing Study Europe 2013, Whitelane Research / PA Consulting Group KENNY MACIVER, “How G-Cloud became a poster child for the UK government’s SME engagement policy”, diginomica, APRIL 24, 2014. http://diginomica.com/2014/04/24/g-cloud-poster-childuk-governments-sme-engagement-policy/#.VD2g8CldXwc Executive report: The State of Services & Outsourcing in 2014: “Things will never be the same again”, David Brown, Global Lead, Shared Services and Outsourcing, Advisory KPMG LLP and Phil Fersht, Chief Executive Officer, HfS Research G-Cloud – cloud do governo do Reino Unido - https://www.gov. uk/digital-marketplace GLOBAL IT TRENDS IT Outsourcing Fuels Business Growth, Global IT Leadership report January 2014, CenturyLink Technology Solutions Hao Yin, Yong Jiang, Chuang Lin, Yan Luo, and Yunjie Liu, IEEE Network • July/August 2014 How Otimizes Hybrid Environments Leveraging Cloud and Strategic Outsourcing are Shaping Enterprise IT, Marsha Trant, Vice President, Worldwide Strategic Outsourcing Cloud Sales, PULSE2014, The Premier Cloud Conference, February 23-26, MGM Grand, Las Vegas, USA Outsourcing Yearbook 2014, NOA - National Outsourcing Association Outsourcing: Presumed Dead...or Very Much Alive? PHIL FERSHT, 2014 HfS Research Ltd. Peter G. Neumann, “Risks and Myths of Cloud Computing and Cloud Storage”, Communications of the ACM, October 2014, Vol. 57, Nº 10 PORTUGAL a nearshore outsourcing destination, Research Report, Associação Portugal Outsourcing, Lisboa, outubro, 2010 KPMG 1Q14 global Sourcing Advisory Pulse survey, KPMG KPMG 2Q14 global Sourcing Advisory Pulse survey, KPMG European IT Outsourcing Intelligence Report: Germany, 2012, Prepared by IT Sourcing Europe Limited based on the results of the 3d Annual German IT Outsourcing versus In-House Software Development Survey 2012 Outsourcing Journal, SHARED KNOWLEDGE FOR DACH AND GLOBAL MARKETS, Software Developing Outsourcing, Special Edition, Q4 2013, www.outsourcing-journal.org Lord Young of Graffham, “Growing Your Business, A Report On Growing Micro Business”, May 2013 (Crown copyright 2013, Open Government Licence). PORTUGAL AS A NEARSHORE OUTSOURCING, DESTINATION 2013 EDITION, DESTINATION 2013 EDITION, Associação Portugal Outsourcing Results of the German Software Industry Survey 2013, 12th August 2013, Technische Universität Darmstadt O Processo de Outsourcing no Setor Público e Privado: Um Estudo de Caso, Daniel Pereira Gouveia, tese de grau de Mestre em Administração e Gestão Pública, realizada sob a orientação científica do Doutor Varqa Carlos Jalali, Professor Auxiliar do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro Shared Services Center, Get the global picture, Estudo de implementação de plataforma de desenvolvimento de centros de serviços partilhados, Deloitte, 2014 Outsourcing comes of age: The rise of collaborative partnering, Global Outsourcing, PricewaterhouseCoopers Software Industry Survey 2013 – www. softwareindustrysurvey.fi Outsourcing Guide Belarus the capabilities and actors of the Belarus IT Industry, 2013. Independent information guide by German Outsourcing Association. www.outsourcing-verband.org STRATEGIC ANALYSIS OF OUTSOURCING DEALS ANNOUNCED IN MAY 2014, Pareekh Jain, Principal Analyst, HfS Research June 2014 Outsourcing in a brave new world, An international survey of current outsourcing practice and trends, 2013, Norton Rose Fulbright The 2014 Nordic IT Outsourcing Study, Whitelane Research / PA Consulting Group Six key trends in outsourcing, Dominic J. AstA, KellyOCG Outsourcing & Consulting Group Outsourcing in Europe report, EY, 2013 The Outsourcer’s Guide to Success: Nine Factors for Successful Governance, KPMG, 2014 Outsourcing is Dead, Long Live Outsourcing! An HfS & KPMG Webinar, June 26, 2013 The Power of Partnership, Reinventing the services relationship, IBM Business and IT Services Sourcing 89 Entidades e eventos The State of Outsourcing Talent, An HfS Webinar, Phil Fersht Founder and CEO HfS Research, May 16, 2013 The State of the Outsourcing Industry 2013, Phil Fersht, Chief Executive Officer, HfS Research e Jamie Snowdon, Vice President of HfS Research e-Skills for Jobs in Europe – Measuring Progress and Moving Ahead, European Comission, 2014 - http://eskills-monitor2013. eu/fileadmin/monitor2013/documents/Country_Reports/ Brochure/e-Skills_Monitor_Broschuere.pdf Tony Morgan, “That Old Chestnut ...”, IBM Strategic Outsourcing UK and Ireland, Outsourcing Yearbook 2014, NOA - National Outsourcing Association International Association of Outsourcing Professionals - esta entidade organiza, entre outros eventos importantes, o evento anual “Outsourcing World Summit”– http://www.iaop.org/ Shared Services & Outsourcing Network – entidade responsável pela organização do encontro anual European Shared Services & Outsourcing Week; Deloitte Annual Shared Services & BPO Conference – evento anual do setor que atrai anualmente cerca de 600 dos principais diretores europeus nas áreas dos centros de serviços partilhados; European Outsourcing Association – esta associação é responsável pela organização de seminários, webinars, simpósios, e de um evento anual de atribuição de prémios - o “EOA Awards and Best Practice Showcase”, em colaboração com a National Outsourcing Association; Nordic Shared Services & Outsourcing (NSSO) – organiza um fórum anual do setor, especialmente dirigido aos países nórdicos; Gartner – entidade organizadora dos eventos “Gartner Outsourcing & Strategic Partnerships Summit” e “Gartner Symposium/ITxpo”; of Cloud Services across the whole of the Public Setor. http:// govstore.service.gov.uk/ “Top 100 Outsourcing Destinations - Ranking and Report Overview” – relatório anual publicado pela Tholons, onde constam os 100 melhores destinos para a prestação de serviços de outsourcing. Neste relatório, são identificados os países e as cidades mais bem posicionadas a este nível, assim como as tendências mais recentes registadas no setor. “The Global Services Location Index” (formalmente designado de Offshore Location Attractiveness Index) – ranking anual publicado pela A.T. Kearney Inc. que avalia a atratividade dos países tendo em consideração, indicadores financeiros, qualificações e disponibilidade da mão de obra e fatores como o ambiente de trabalho. “30 Leading Locations for Offshore Services” – ranking anual publicado pela Gartner, Inc., sendo identificados os 30 destinos de excelência para a implementação de serviços partilhados em offshoring, de acordo com vários critérios, a saber: competências linguísticas, apoio governamental, infraestruturas, sistema educacional, custos (mão de obra, telecomunicações, infraestruturas, imobiliário), ambiente político e económico, compatibilidade cultural, maturidade legal, proteção da propriedade intelectual e segurança e privacidade de dados. CEE Outsourcing and Shared Services Awards – evento de atribuição de prémios no setor, organizado pelos países da Europa Central e de Leste. National Outsourcing Association (NOA) – centro de excelência europeu na temática do outsourcing, sendo responsável pela organização de seminários, webinars, simpósios, entre outros eventos relevantes - http://www.noa.co.uk/ Associação Portugal Outsourcing (APO) - http://www. portugaloutsourcing.pt/ Outsourcing Journal - http://www.outsourcing-journal.org/ Outsource Magazine - http://outsourcemagazine.co.uk/ The CloudStore is the easy way for the whole of the UK public setor to buy cloud computing commodity and support services. G-Cloud is a UK Government initiative to encourage the adoption 90 91 ANEXOS 92 93 ANEXO 1 INQUÉRITO AO CLUSTER DA INDÚSTRIA DE SOFTWARE, 2014 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Das 62 empresas inquiridas, foi verificado o acesso por parte de cerca de 43,55% do universo selecionado. Para a estruturação da diferenciação do tipo de negócio das empresas abordadas, foram selecionados três grandes grupos: Contudo, para uma análise correta e afunilada do Cluster que se pretende caracterizar, foi definido como critério de validação a resposta integral ao inquérito distribuído. Neste sentido, apenas serão considerados para a amostra os inquéritos que apresentem resposta a todas as perguntas de carácter obrigatório. ·· Empresas com desenvolvimento de produtos de software (37,5%) Neste sentido, a amostra que servirá de base para a caracterização do Cluster da Indústria de Software diz respeito a um total de 10 inquéritos, originando uma taxa de resposta válidas na ordem dos 16,13%. Neste sentido, numa perspetiva global, verifica-se uma predominância no setor de serviços, estando metade da amostra retratada pelo setor dos serviços de desenvolvimento de projetos de software ou outros serviços relacionados. Já as empresas de consultadoria na indústria de software ou relacionada representam a menor parcela desta análise com 12,5% das empresas da amostra. ·· Empresas de serviços (62,5%) ·· Outras empresas (0%) Distribuição da amostra por tipo de negócio na tipologia “Empresa distribuidora e/ou revendedora de produtos de software”, pelo que estes negócios não apresentam contribuição para os resultados do estudo a seguir apresentado. Torna-se ainda crucial referir que do total de respostas válidas ao inquérito, 30% caracterizaram a sua empresa como “Empresa que não está de forma alguma relacionada com a indústria de software”, sendo automaticamente redirecionadas para o fim do questionário por não se considerarem pertinentes para o estudo do Cluster da Indústria de Software. Qual das seguintes opções descreve o seu negócio? 0% 0% 12,5% 37,5% 20% Organizando os resultados de uma forma mais afunilada, é possível retirar outras conclusões. Assim, o estreitamento da caracterização do tipo de negócio é apresentado da seguinte forma: ·· Empresas com desenvolvimento de produtos de software Empresa com produto de software (37,5%) 50% 0% Empresas com desenvolvimento de produtos de software - Empresa com produto de software ·· Empresas com desenvolvimento de produtos de software Empresa que fabrica dispositivos que incorporam software (software embutido) (0%) ·· Empresas de serviços - Empresa de desenvolvimento de projetos de software ou outros serviços relacionados (50%) Empresas com desenolvimento de produtos de software - Empresa que fabrica dispositivos que incorporam software (software embutido) Empresas de serviços - Empresa de consultadoria na indústria de software ou outros serviços relacionados ·· Empresas de serviços - Empresa de consultadoria na indústria de software ou relacionada (12,5%) Empresas de serviços - Empresa de consultadoria na indústria de software ou relacionada Outras empresas - Empresa distribuidora e/ou revendedora de produtos de software Outras empresas - Empresa que não está de forma alguma relacionada com a indústria de software ·· Outras empresas - Empresa distribuidora e/ou revendedora de produtos de software (0%) ·· Outras empresas - Empresa que não está de forma alguma relacionada com a indústria de software (0%) Importa mencionar que das empresas respondentes, nenhuma se enquadra na tipologia “Empresas com desenvolvimento de produtos de software - Empresa que fabrica dispositivos que incorporam software (software embutido)” nem 94 95 RESULTADOS GLOBAIS a.Caracterização da empresa Indicadores numéricos e financeiros Para a caracterização das empresas constituintes da amostra no que diz respeito aos seus indicadores numéricos e financeiros foi requerido: “Por favor indique os valores correspondentes ao último e ao atual ano fiscal da sua empresa”. Os inquiridos deveriam fornecer valor para os seguintes indicadores:Volume de vendas em 2013 (milhares €): Relativamente ao capital humano das empresas constituintes da amostra, verifica-se que 38% apresentava no final de 2013, um número total de colaboradores no intervalo entre os 5 e os 9. Volume de vendas estimado para 2014 (milhares €) 11% 13% 0% 0 - 49 50% 0% 20% 50 - 99 40% 100 - 249 0% 60% 250 - 749 750 - 1499 25% 0% 80% 1500 - 4999 100% > 5000 Despesas de I&D em 2013 (Milhares €) 13% Com percentagem análoga de 25%, encontra-se retratada a fração do número de colaboradores entre os 20 e os 49 e entre os 50 e os 75, sendo o maior valor desta análise, um total de 62 colaboradores. 13% 25% 13% ·· Volume de vendas estimado para 2014 (milhares €) O intervalo entre os 250 e os 749 milhares de euros apresentam a maior parcela desta análise, representando 50% da amostra. Elaborando uma análise comparativa face ao indicador anterior, verifica-se que a parcela de valores entre os 100 e os 249 milhares de euros é totalmente transportada para o escalão seguinte, representando uma tendência positiva face ao crescimento da empresa. ·· Número de colaboradores no final de 2013 ·· Número de colaboradores estimado para o final de 2014 ·· Despesas de I&D em 2013 (milhares €) ·· Resultado operacional em 2013 EBIT (milhares €) A parcela com uma percentagem mais inferior, no valor de 13%, caracteriza o intervalo até aos 4 colaboradores, sendo o menor valor representado por uma empresa com 3 trabalhadores. Número de trabalhadores no final de 2014 13% 0% 0 - 49 10% 20% 50 - 99 25% 30% 100 - 249 25% 40% 50% 250 - 749 60% 13% 0% 13% 70% 750 - 1499 80% 1500 - 4999 90% 100% > 5000 No que diz respeito ao volume de vendas em 2013, verifica-se que 50% da amostra está concentrada em valores entre os 100 e os 749 milhares de euros. Sendo exatamente metade (25%) representada por um volume no intervalo entre os 100 e os 249 milhares de euros e o restante na casa entre 250 e os 749. Os restantes agrupamentos, embora mantendo uma percentagem idêntica face ao volume de vendas de 2013, apresentam uma perspetiva positiva comum de crescimento (à exceção de duas respostas, uma situada no escalão entre os 750 e os 1499 milhares de euros, que estima um panorama de decréscimo para 2014 face ao ano transato; e outra no intervalo até aos 49 milhares de euros representando uma tendência de estabilidade entre os dois anos). Número de trabalhadores no final de 2013 0 45% 40% Constata-se uma grande disparidade entre os extremos desta análise, situando-se o menor volume de vendas na casa dos 23 milhares de euros, representando apenas 0,09% do valor mais elevado que se situa na casa dos 2.450 milhares de euros. 25% 25% 25% 20% 15% 25% 20% 15% 13% 13% 13% 10% 0% 5% 0% 0-4 5-9 10 - 19 20 - 49 50 - 75 13% 25 - 49 50 - 99 100 - 174 > 175 A outra metade da amostra é distribuída em partes iguais pelas restantes classes de valores representadas no gráfico acima, embora sem existência de qualquer registo no grupo entre os 10 e os 24 milhares de euros. > 75 A maior parcela desta análise pertence agora ao escalão entre os 20 e os 49 colaboradores, representando-se com 38% do total da amostra. Com 13%, mantém-se o intervalo até 4 colaboradores, sendo esse o valor mais baixo apresentado para 2014. 30% 10 - 24 As despesas de I&D em 2013 encontram-se maioritariamente na casa entre os 1 os 9 milhares de euros, e os 25 a 49, com uma percentagem de 50%, distribuída igualmente. 25% 38% 35% 1-9 35% Face ao final de 2013, a expectativa para 2014 apresenta uma distribuição mais equitativa, apresentando um cenário favorável no que diz respeito à contratação futura. 50% 0% 25% 38% 40% 30% Volume de vendas em 2013 (milhares €) 13% Relacionando este investimento com o volume de vendas de 2013, conclui-se que nesta análise são as micro e as empresas de média dimensão aquelas que mais investem em I&D por proporção ao seu volume de vendas, chegando a ser verificado em 2013 um investimento de cerca de 60% do volume de vendas em I&D. Excluindo o outlier encontrando, o valor médio da relação entre o investimento em I&D e o volume de vendas ronda os 10%. 10% 5% Neste sentido, não pode ser retirada uma conclusão tendenciosa desta análise, os valores deverão ser analisados numa perspetiva ilustrativa, uma vez que o volume de vendas é um indicador diretamente afetável pelas várias condicionantes que variam de acordo com o diferente contexto de negócio de cada empresa não sendo possível estabelecer uma relação entre os valores apresentados. 96 0% 0% 0-4 5-9 10 - 19 20 - 49 0% 50 - 75 > 75 97 Número de colaboradores Resultado operacional em 2013 | EBIT | (milhares €) 60% 13% 0% 25% 25% 50% 50% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 40% 0-9 10 - 24 25 - 49 50 - 99 37,5% 37,5% 37,5% 100 - 174 em grande escala o seu número de colaboradores numa perspetiva de 5 anos. Contudo, à semelhança da situação observada na análise do número de colaboradores esperados para 2014, também nesta projeção a médio prazo se verifica a existência de uma empresa prevendo estabilizar o número de colaboradores e uma outra prevendo diminuir o seu capital humano nos próximos 5 anos. Percentagem de afetação do pessoal por atividades Para a caracterização da afetação do pessoal por atividades, foi questionada “Qual a percentagem de afetação do pessoal nas seguintes atividades?”. Devendo a resposta pretendida ser percentual e fazer referência às seguintes atividades: 30% 25% No que diz respeito ao resultado operacional (EIBT) em 2013, com uma percentagem de 25% estão representados dois intervalos de valores, o escalão dos 50 aos 99 e dos 100 aos 174. Número de colaboradores e volume de vendas para 2019 Para caracterização das empresas respondentes no que diz respeito à perspetiva ideal futura, foi solicitado: “De acordo com a equipa de gestão, qual seria a dimensão ideal da sua empresa daqui a cinco anos?”. Os valores a fornecer deveriam fazer referência a: ·· Nº de colaboradores ·· Volume de Vendas (milhares €) 25% Volume de vendas em milhares € (2013, 2014 e 2019) 20% 60% 10% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 50% 0% O patamar de resultado operacional entre os 0 e os 9 milhares de euros é o que regista uma maior representação de empresas, com 38%. Já o escalão até aos 9 milhares de euros apresenta uma percentagem na ordem dos 13%. O maior valor apresentado é de 137 milhares de euros, em contraposição ao valor mais baixo desta análise de 2 milhares de euros. 25% 0% 0-4 2013 2014 0% 5-9 0% 10 - 19 0% 20 - 49 50% ·· Serviços de suporte e manutenção (%) 0% 0% 50 - 75 > 75 Assim, numa perspetiva individual, verifica-se que todas as empresas da amostra projetam um aumento do seu volume de vendas para 2019. Desde um panorama de crescimento de 30 a 94%, a média prevista de aumento do volume de vendas para 2019 face a 2014 regista uma média de 62%. 40% 37,5% ·· Serviços de desenvolvimento, consultadoria e formação (%) 2019 30% Se for analisada a evolução da situação do ano transato (2013) com as perspetivas futuras a curto e médio prazo das empresas constituintes da amostra, verifica-se uma grande alteração na maioria dos patamares de valores. O intervalo entre 5 e os 9 colaboradores apresenta uma evolução a curto e médio prazo decrescente. Isto é, face a 2013, é cada vez menor a percentagem de empresas em análise que caracteriza o seu capital humano neste patamar, fazendo-se representar com 25% para 2014 e 12,5% para 2019. Em contraposição, o intervalo de 20 a 49 colaboradores apresenta um aumento percentual contínuo para 2014 e 2019. Neste sentido, as empresas em análise fazem-se representar neste patamar de forma mais assertiva para os próximos anos com 37,5% em 2014 e 50% em 2019. Também o intervalo para um número de colaboradores superior a 75, apesar de não se fazer representar em 2013 e 2014, apresenta alterações para 2019, apresentando-se com 37,5% de empresas. Já o intervalo até aos 4 colaboradores e dos 10 aos 19, não é representado por nenhuma empresa da amostra, sendo percetível que a estratégia a médio prazo das organizações passará pelo reforço das suas competências humanas. 25% 25% 25% 25% ·· Serviços de I&D (%) 20% 12,5% 12,5% 12,5% ·· Comercial e marketing (%) 12,5% 12,5% 12,5% 10% 0% 0% 0 - 49 2013 2014 50 - 99 0% 0% 100 - 249 0% 250 - 749 750 - 1499 0% 0% 1500 - 4999 > 5000 2019 Percentagem de afetação do pessoal 60% 50% 47,75% 40% 30% Já no que diz respeito à evolução do volume de vendas verificase um maior aumento no escalão de valores entre os 1500 e os 4999 (passando de uma percentagem representativa no ano de 2013 para 2019, de 12.5 % para 37,5%), seguido do patamar do volume de vendas superior a 5000 milhares de euros que regista um aumento na ordem dos 25% de 2013 e 2014 para 2019. Os intervalos de valores até aos 49 e dos 750 aos 1499 milhares de euros não apresentam alterações significativas face à perspetiva a longo prazo, embora denotando-se um decréscimo para o final do ano de 2014 no escalão entre os 750 aos 1499 milhares de euros. Relativamente ao escalão entre os 50 e os 249 milhares de euros, verifica-se que as empresas em análise não se farão representar neste patamar em 2019, projetando assim o seu volume de vendas futuro nos escalões superiores. 20% 10% 13,75% 10,38% 12,75% 0% Serviços de suporte e manutenção (%) Serviços de desenvolvimento, consultadoria e formação (%) Serviços de I&D (%) Comercial e Marketing (%) No que concerne à distribuição de pessoal por atividade verifica-se que a média das percentagens apresentadas regista o seu maior valor na atividade de “Serviços de desenvolvimento, consultadoria e formação”, com uma percentagem bastante superior às restantes, de 47,75%. A menor parcela desta análise é representada pelos “Serviços de suporte e manutenção” com uma média de 10,38%. No entanto este valor é imediatamente seguido pelos “Serviços de I&D” e atividade “Comercial e marketing” com 13,75% e 12,75%, respetivamente. Consolidando esta perspetiva, torna-se importante observar que a maioria das empresas questionadas prevê alargar 98 99 Enquadramento do produto desenvolvido O enquadramento do produto desenvolvido pelas empresas foi caracterizado através da seguinte pergunta: “Qual das seguintes opções melhor descreve o principal produto da sua empresa?”. A resposta, com carácter exclusivo, apresentava as seguintes opções: Enquadramento da oferta de software Para o enquadramento da oferta de software, foi questionado: “Qual das seguintes opções descreve a oferta de software mais importante da sua empresa?”. A resposta, com caráter exclusivo, apresentava as seguintes opções: Das opções selecionadas, a percentagem distribui-se de igual forma: (14,3%) para “Serviços para a “Industrial Internet” (Machine to Machine Communications, Internet of Things, Internet of Everything, Big Data, etc.)/app” e (14,3%) para “Serviços de localização (outdoors/indoors)/app”. Distribuição das receitas (média da amostra) 70% 60% 60% 50% 46,8% 40% 30% ·· Desporto e bem-estar 27% ·· Aplicações para o consumidor 10% ·· Jogos ou aplicações móveis (app) b.Modelo de Negócio ·· Aplicações relacionadas com segurança Distribuição das receitas Para um entendimento mais claro do modelo de negócios da amostra em análise, foi definido, numa primeira instância, perceber de que forma são distribuídas as receitas das empresas em estudo. À pergunta “De que forma são distribuídas as receitas na sua empresa?”, deveria ser atribuída uma resposta numérica percentual, totalizando 100% no conjunto das opções disponibilizadas: 0% 23,3% 20% 20% 23,7% 11% 0% 0% ·· Aplicações empresariais ·· Nenhuma destas opções ·· Serviços para a “Industrial Internet” (Machine to Machine Communications, Internet of Things, Internet of Everything, Big Data, etc.)/app Produto desenvolvido Qual das seguintes opções melhor descreve o principal produto da sua empresa? ·· Nenhuma destas opções 12,5% 12,5% ·· Serviços de localização (outdoors/indoors)/app ·· Vendas de licenças de software de terceiros (%) 0% 0% 14,3% ·· Vendas de software na internet como um serviço: “Software as a service” (%) ·· Venda de dispositivos com o software próprio incorporado (%) 75% 14,3% ·· Projetos de desenvolvimento de software à medida (%) Nenhuma destas opções 0% Verifica-se que a opção que melhor descreve o principal produto das empresas questionadas se insere na área das aplicações empresariais, apresentando uma percentagem de 75%. Da amostra recolhida, 12,5% descreve como principal produto da empresa as aplicações para o consumidor. Neste sentido, as restantes empresas questionadas (12,5%) refere que o seu produto não se enquadra nem na área de aplicações empresariais nem para o consumidor. Desporto e bem-estar Jogos ou aplicações móveis (app) Aplicações relacionadas com segurança ·· Contratos de manutenção relacionados com produtos de software (%) ·· Desenvolvimento de projetos relacionados com produtos de software (%) 71,4% Serviços para a “Industrial Internet” Serviços de localização (outdoors/indoors)/app ·· Publicidade ou venda de conteúdos relacionados com software (%) Nenhuma destas opções ·· Outras receitas não diretamente relacionadas com software (%) Na caracterização da oferta de software, verifica-se que apenas 28,6% das respostas englobam as hipóteses disponibilizadas. Comprovando-se a seleção “Nenhuma destas opções” pelos restantes elementos da amostra. 100 Vendas de software na internet como um serviço: “Software as a service” Venda de dispositivos com o software próprio incorporado Projetos de desenvolvimento de software à medida Contratos de manutenção relacionados com produtos de software Desenvolvimento de projeto relacionados com produtos de software Publicidade ou venda de conteúdos relacionados com software Outras receitas não diretamente relacionadas com software Qual das seguintes opções melhor descreve a oferta de software mais importante da sua empresa? Aplicações empresariais Vendas de licenças de software de terceiros ·· Vendas de licenças de software próprio (%) Oferta de software Aplicações para o consumidor Vendas de licenças de software próprio Os contratos de manutenção relacionados com produtos de software, embora apresentando uma média de percentagem das receitas inferior à vertente melhor representada (23,7%), caracteriza-se como o serviço mais recorrente, isto é, 86% das empresas da amostra selecionaram esta opção como relevante para a obtenção de receitas. No que concerne à forma como as receitas da empresa estão distribuídas num rácio representação da amostra/percentagem de receitas, constata-se uma forte aposta nos projetos de desenvolvimento de software à medida. Com uma média de representação das receitas de 46,8%, esta componente caracteriza a vertente mais forte de distribuição de receitas para as empresas da amostra. Embora representando graficamente a média mais alta (60%), “Outras receitas não diretamente relacionadas com software”, diz respeito a apenas uma empresa do total de respostas. Não apresentando assim, um padrão relevante para o comportamento da amostra. Importa ainda referir que quanto a “Vendas de software na internet como um serviço” e a “Publicidade ou venda de conteúdos relacionados com software” não são tidas como pertinentes para a análise em questão, uma vez que não apresentam quaisquer resultados. 101 Caracterização do modelo de negócios Ao nível da caracterização do modelo de negócios foi requerido o seguinte: “Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de negócio da sua empresa.”. A resposta de caráter apreciativo obedecia a 5 níveis: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente Os parâmetros a avaliar apresentam uma organização coerente, e que permite auferir o paradigma do negócio de cada empresa. Neste sentido, os itens a classificar, desde a estruturação de preços à diversidade da oferta, são os seguintes: ·· Os nossos produtos ou serviços são iguais para todos os clientes ·· A nossa oferta não inclui trabalho específico e customizado Relativamente ao modelo de negócios adotado pelas empresas questionadas, a figura mostra-nos que a apresentação de um elevado número de características dos produtos ou serviços e a disponibilização de soluções completas aos clientes é, sem dúvida, o paradigma dominante, com uma classificação de 4,71 e 4,43, respetivamente. ·· Disponibilizamos soluções completas aos nossos clientes ·· Oferecemos produtos ou serviços altamente estandardizados ·· Oferecemos um vasto portfólio de produtos ou serviços Sendo definido 2,5 o valor acima do qual existe um padrão de relevância para o indicador, constata-se que, e tal como nos itens anteriormente abordados, também aqui a produção de produtos ou serviços individuais para cada cliente e a oferta de portfólio vasto de produtos ou serviços, são parâmetros importantes para as empresas em estudo, com uma representação de 3,14 e 3,71 valores, respetivamente. Com as classificações mais baixas de 1,29 e 1,57 estão representados, a oferta sem inclusão de trabalho específico e customizado e a indisponibilidade para negociar preços. ·· Produzimos os nossos produtos ou serviços individualmente para cada cliente ·· Não estamos disponíveis para negociar preços ·· Os preços são iguais para todos os clientes ·· Os preços são simplificados (p.e. pequeno número de componentes para elaboração do preço) ·· Os nossos produtos ou serviços apresentam um número elevado de características Modelo de negócios Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de negócio da sua empresa 2.43 Os preços são simplificados (p.e. pequeno número de componentes para elaboração do preço) Os preços são iguais para todos os clientes 1.57 3.14 Produzimos os nossos produtos ou serviços individualmente para cada cliente 3.71 Oferecemos um vasto portfólio de produtos ou serviços 1.71 Oferecemos produtos ou serviços altamente estandardizados 4.43 Disponibilizamos soluções completas aos nossos clientes 1.29 A nossa oferta não inclui trabalho específico e customizado 4.71 Os nossos produtos ou serviços apresentam um número elevado de características 1.71 Os nossos produtos ou serviços são iguais para todos os clientes 0 102 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 ·· Percecionar a estrutura de custos do cliente e as fontes de receita é uma das competências essenciais do vendedor ·· Explorar os desafios de negócio do cliente é uma tarefa importante do vendedor ·· Identificar indicadores de performance do cliente é um aspeto importante das nossas vendas ·· Por sua iniciativa, os nossos vendedores apresentam ao cliente o impacto financeiro decorrente da aquisição dos nossos produtos ou serviços ·· Recolhemos informações que permitam justificar aos clientes o benefício financeiro Assim sendo, é possível concluir que a adaptabilidade ao cliente, mesmo considerando o nível de preços como diversidade de oferta, é o elemento chave na definição do modelo de negócios da amostra em análise. Aparecendo este elemento como comportamento padrão das empresas do setor. ·· Temos definido métodos para quantificar os benefícios financeiros dos nossos clientes tais como calcular os custos do ciclo de vida ou o retorno do investimento Caracterização do modelo de vendas Para a especialização do modelo de vendas, a estrutura apresentada reflete a estruturação do modelo de negócios anteriormente apresentada. ·· Apresentamos sempre mais do que uma opção ao cliente, não hesitamos em recomendar produtos da concorrência no caso de o nosso produto não ser a melhor solução 2.00 Não estamos disponíveis para negociar preços Os itens alvo de avaliação, dizem respeito a: Foi solicitado “Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de vendas da sua empresa”. Aqui, apenas era pretendida a avaliação destes parâmetros do inquérito, no caso da empresa questionada conter um modelo de negócios B2B. À semelhança do ponto anterior, os níveis de classificação representam-se por: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente ·· A apresentação dos benefícios financeiros quantificados é o aspeto mais importante de um argumento de venda ·· Na nossa comunicação enfatizamos a partilha de risco com o cliente 103 Disponibilização de plataformas e interfaces para o desenvolvimento de software Modelo de vendas Classifique os seguintes itens de acordo com o modelo de vendas da sua empresa A sua empresa disponibiliza uma plataforma ou interfaces que outras empresas possam usar para desenvolvimento de software? 4.00 Na nossa comunicação enfatizamos a partilha de risco com o cliente ·· Plataformas Mobile ·· Android ·· iOS (iPhone, iPod touch, iPad) Apresentamos sempre mais do que uma opção ao cliente, não hesitamos em recomendar produtos da concorrência no caso do nosso 0,0% 3.20 produto não ser a melhor opção 14,3% Temos definidos métodos para quantificar os benefícios financeiros dos nossos clientes tais como calcular os custos do ciclo de vida ou Recolhemos informações que permitam justificar aos clientes o benefício financeiro 3.00 Por sua iniciativa, os nossos vendedores apresentam ao cliente o impacto financeiro decorrente da aquisição dos nossos produtos ou serviços 3.00 ·· Servidores 0,0% 4.20 Explorar os desafios de negócio do cliente é uma tarefa importante do vendedor ·· Web or application server (pe. Tomcat) 3.40 Percecionar a estrutura de custos do cliente e as fontes de receita é uma das competências essenciais do vendedor 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 71,4% 5 Sim, para desenvolvimento de software capacidade de resposta para satisfação total da necessidade do cliente. Disponibilidade de plataformas ou interfaces Para aferir a posição da empresa perante a oferta de plataformas ou interfaces para outras empresas, foi colocada a seguinte questão: “A sua empresa disponibiliza uma plataforma ou interfaces que outras empresas possam usar para desenvolvimento de software?”. As hipóteses subdividem-se em 5 respostas, são elas: ·· Sim, para desenvolvimento de software 104 Sim, infraestruturas de software ·· Web publishing platforms and CMSs Sim, outras plataformar ou interfaces Não, não disponibilizamos plataformas ou interfaces Relativamente a este parâmetro de análise, verifica-se que 28,6% das empresas disponibilizam plataformas e interfaces, sendo esta percentagem igualmente dividida para o desenvolvimento de software e para a infraestrutura de software. Analisando o gráfico anterior constatamos que, 71,4% das empresas da amostra não disponibilizam plataformas ou interfaces que outras empresas possam usar para desenvolvimento de software. Ressalvando ainda, que não se verificam modelos de negócios que incluam a disponibilização de interfaces de hardware ou qualquer outro tipo de plataformas ou interfaces não referidas no questionário apresentado. ·· Sim, interface de hardware ·· Sim, outras plataformas ou interfaces A nível do modelo de vendas conclui-se que o padrão se centra numa metodologia de trabalho conjunta com o cliente. Isto porque proporciona uma análise das perspetivas do negócio desde os desafios e riscos até à estrutura de custos e fontes de receitas do cliente. Assim, reforçando o modelo de negócios centrado no cliente, verificado no ponto anterior, constata-se que as empresas do setor adotam esse fator como estratégia de vendas, aferindo, inclusive, uma abertura de recomendação da concorrência. Isto, caso a empresa verifique a ausência de Sim, interfaces de hardware ·· Application server product (pe. Sharepoint) ·· Outras ·· Computadores Desktop ou Laptop ·· Sim, infraestruturas de software Os restantes parâmetros desta análise encontram-se num intervalo de valores entre 2,8 e 3,4 considerando-se assim indicadores de alguma relevância para a análise. ·· Outras 14,3% 2.80 Identificar indicadores de performance do cliente é um aspeto importante das nossas vendas Abaixo do nível mínimo satisfatório de avaliação (2,5), embora com pouca diferença percentual (2,20), encontra-se a pertinência da apresentação dos benefícios financeiros quantificados para o argumento de venda e a definição de métodos para quantificar os benefícios financeiros dos clientes (tais como calcular os custos do ciclo de vida ou o retorno do investimento). ·· Windows Phone / RT 2.20 o retorno do investimento Verifica-se que para as empresas em análise, o modelo de vendas encontra-se muito centrado na exploração dos desafios do negócio do cliente, sendo esta uma tarefa importantíssima do vendedor. Este parâmetro apresenta a cotação mais alta nesta análise com 4,20 valores, seguida da importância da comunicação da partilha de risco com o cliente que, com 4 valores, se considera pertinente para o estudo em questão. ·· Qt 2.20 Apresentação dos benefícios financeiros quantificados é o aspeto mais importante de um argumento de venda ·· Não, não disponibilizamos plataformas ou interfaces ·· Linux ou outro Unix ·· Mac OS ·· Windows ·· Outros ·· Cloud Computing ·· Public cloud, rented computing capacity (e.g. Amazon EC2, Azure) ·· Public cloud, application platform (e.g. Heroku, App Engine, Azure) ·· Open-source (e.g. Hadoop, OpenStack) Utilização de plataformas (de terceiros) para 2014 e 2015 Neste patamar do inquérito, pretende-se entender quais as plataformas atualmente utilizadas pelas empresas e auscultar qual será o panorama de alterações para o próximo ano. Neste sentido, à questão “Que plataformas de terceiros são utilizadas atualmente e quais prevê utilizar em 2015 para o desenvolvimento de software?” pretende-se que os elementos da amostra selecionem de entre as opções a seguir apresentadas, as que representam a situação da empresa: ·· Private cloud ·· Outras ·· Social media platforms (e.g., Facebook) ·· Game consoles or game engines ·· Embedded systems 105 Utilização de plataformas (2014 e 2015) Plataformas mobile Servidores Computadores Desktop ou portáteis Cloud Computing Outros Android iOS (iPhone, iPod touch, iPad) Qt Windows Phone / RT Outras Web or application server (pe. Tomcat) Application server product (pe. Sharepoint) Web publishing platforms and CMSs Outras Linux ou outro Unix Mac OS Windows Outros Public cloud, rented computing capacity (e.g. Amazon EC2, Azure) Public cloud, application platform (e.g. Heroku, App Engine, Azure) Open-source (e.g. Hadoop, OpenStack) Private cloud Social media platforms (e.g., Facebook) Game consoles or game engines Embedded systems 2014 57% 57% 0% 34% 14% 43% 43% 57% 54% 57% 57% 71% 29% 50% 86% 14% 43% 14% 18% 14% 0% 29% 29% 0% 0% 14% 14% 2015 57% 71% 0% 43% 43% 43% 43% 57% 54% 57% 57% 71% 29% 50% 86% 14% 43% 43% 32% 43% 0% 29% 29% 0% 0% 29% 29% As perspetivas modeladas, dizem respeito a: ·· Os nossos produtos / serviços são adaptáveis a novos mercados ·· O desenvolvimento de novas competências é muito demorado ·· Somos muito rápidos na criação de novos produtos / serviços em novos segmentos ·· Não somos capazes de utilizar rapidamente os recursos internos para responder às necessidades dos clientes ·· A adaptação de produtos / serviços a novos mercados conduz a custos significativos ·· Somos capazes de nos organizar internamente com rapidez para a execução de novas atividades ·· A especialidade dos nossos colaboradores é facilmente transposta para outras atividades ·· Somos capazes de organizar com rapidez novas atividades com outros parceiros ·· A procura de novas competências é muito dispendiosa para a nossa empresa Perspetivas de crescimento de oportunidades Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento de oportunidades da sua empresa 4.29 Somos capazes de organizar com rapidez novas atividades com outros parceiros 4.43 Somos capazes de nos organizar internamente com rapidez para a execução de novas atividades 1.57 Não somos capazes de utilizar rapidamente os recursos internos para responder às necessidades dos clientes Relativamente à análise anual individual, as plataformas maioritariamente utilizadas pelas empresas em estudo, dizem respeito ao uso do Windows e Linux ou outro Unix, com uma representação de 86 e 71%, respetivamente, em contraste com as plataformas de Game Consoles ou Game engines e plataformas mobile – Qt que não assumem qualquer valor nesta análise. Numa perspetiva global, denota-se que a curto prazo, o uso de plataformas de terceiros apresenta uma tendência crescente passando de uma média de utilização de 28% (das plataformas apresentadas) para 35% relativamente a 2015. 2.86 O desenvolvimento de novas competências é muito demorado 3.14 A procura de novas competências é muito dispendiosa para a nossa empresa 3.71 A especialidade dos nossos colaboradores é facilmente transposta para outras atividades 3.29 A adaptação de produtos/serviços a novos mercados conduz a custos significativos 4.00 Somos muito rápidos na criação de novos produtos/serviços em novos segmentos 4.43 Os nossos produtos/serviços são adaptáveis a novos mercados 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 c. Crescimento da Empresa Num contexto agrupado, o conjunto dos servidores representam a maior média de utilização. Apresentando-se como plataforma utilizada por 54% da amostra, em ambos os anos. Em termos de evolução (2014 para 2015), verificam-se alterações em três grupos distintos: as Plataformas Mobile (34% em 2014 para 43% em 2015) especificamente a utilização iOS e Windows Phone / RT; o Cloud Computing (18% para 32%) a nível do uso de Public cloud, application platform (e.g. Heroku, App Engine, Azure) e Open-source (e.g. Hadoop, OpenStack); e os Embedded systems representando um aumento de 15% face ao ano 2014. 106 Perspetivas de crescimento de oportunidades Para entender qual o panorama projetado pelas empresas para o seu futuro, foi requerido “Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento da sua empresa”, com base nos moldes de avaliação anteriormente utilizados: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente No gráfico supra apresentado, é percetível a perspetiva positiva relativamente ao crescimento de oportunidades das empresas questionadas. Tal como referido anteriormente, sendo 2,5 o valor acima do qual existe um padrão de relevância para o indicador, verificase que no que concerne a esta análise, apenas um parâmetro se encontra abaixo do nível (1,57). No entanto, uma vez que o item se refere à incapacidade de utilizar rapidamente os seus recursos internos para responder às necessidades dos clientes, conclui-se que as empresas são de facto detentoras dessa capacidade, o que posiciona este parâmetro numa conjuntura favorável quanto às perspetivas futuras. 107 Os indicadores melhor avaliados, dizem respeito à capacidade de rápida organização interna para a execução de novas atividades e a adaptabilidade dos produtos / serviços a novos mercados, representando uma avaliação análoga de 4,43. Desta análise pode ser concluído que a amostra projeta favoravelmente o crescimento de oportunidades, nomeadamente a nível da sua capacidade de organização interna e rápida resposta às necessidades da conjuntura de mercado onde operam. Perspetivas de crescimento da empresa As perspetivas de crescimento da empresa foram obtidas através das respostas à grelha de classificação resultante do item solicitado: “Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento da sua empresa”, com base nos mesmos moldes de avaliação: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente As perspetivas de crescimento foram modeladas de acordo com os seguintes critérios: ·· Atualmente a dimensão da empresa é ideal e não vemos necessidade de reforçar o crescimento ·· O crescimento da empresa é o objetivo mais importante da equipa de gestão Quanto às perspetivas futuras, constata-se que 86% da amostra não considera a dimensão atual da empresa como ideal. Verificou-se a necessidade de reforço do crescimento pela quase totalidade das empresas questionadas. Isto, embora apenas 43% dos questionados afirme ser o crescimento o objetivo mais importante da equipa de gestão. Fatores limitativos do crescimento da empresa Indique se os seguintes fatores limitam o crescimento da sua empresa 100% 90% 86% 80% 70% É de salientar, a forte ambição de crescimento em mercados internacionais, sendo este crescimento o parâmetro melhor avaliado, com 4,43 valores. No entanto, ainda que validada esta unanimidade, 57% da amostra afirma que os mercados internacionais não foram considerados mercados alvo desde a criação da empresa. Neste sentido, é possível concluir e realçar, que esta é uma aposta incentivada pela conjuntura atual, passando a ser um mercado estratégico no processo de crescimento e solidez das empresas em caracterização. ·· O crescimento da empresa não deve pôr em causa a rentabilidade ·· A nossa empresa tem de crescer mesmo que implique maiores riscos ·· Desejamos crescer fortemente em mercados internacionais 60% 50% 43% 40% 43% 30% 20% 29% 14,29% 43% 43% 28,57% 14% 14,29% 29% 14% 10% 0% 0% 0% Discordo totalmente 0% Discordo 0% 0% 0% Não concordo nem discordo 0% 0% Concordo Concordo totalmente Temos lacunas nas competências de vendas e marketing ·· A equipa de gestão acredita que seremos um importante player a nível internacional Os restantes critérios, não apresentam uma avaliação tão vincada e unânime. Mostram assim, que embora seja reconhecida a necessidade de crescimento, existe uma preocupação na forma como o conduzem, sobretudo a nível dos riscos inerentes e à suscetibilidade/ rentabilidade da empresa. ·· Os mercados internacionais são considerados mercados alvo desde a criação da empresa Fatores limitativos do crescimento da empresa Para a análise dos fatores limitativos do crescimento da empresa, foi requerido: “Indique se os seguintes fatores limitam o crescimento da empresa”, tendo por base os seguintes critérios de avaliação: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente Perspetivas de crescimento da empresa Classifique os seguintes itens de acordo com a perspetiva de crescimento da sua empresa 3.14 Os mercados internacionais são considerados mercados alvo desde a criação da empresa 3.71 A equipa de gestão acredita que seremos um importante player a nível internacional 4.43 Desejamos crescer fortemente em mercados internacionais 3.43 A nossa empresa tem de crescer mesmo que implique maiores riscos 3.57 O crescimento da empresa não deve pôr em causa a rentabilidade 3.14 O crescimento da empresa é o objetivo mais importante da equipa de gestão 0 0,5 1 1,5 O conhecimento do mercado e dos clientes é muito fraco Não nos encontramos suficientemente relacionados com outras empresas O fator limitativo mais reconhecido pelas empresas questionadas, diz respeito à pequena dimensão para o alcance de certos clientes. Verificando-se uma unanimidade a 100% (86% Concordo e 14% Concordo Totalmente). As lacunas de competências de vendas e marketing, embora não sendo menos unânime, são igualmente reconhecidas pela maioria das empresas questionadas, verificando-se apenas 14% de empresas discordantes com esta limitação. Desta forma, ocupam as vendas e o marketing um papel crucial a qualquer estratégia de crescimento. Considerando este fator bastante limitativo, torna-se imprescindível que a empresa invista no incremento destas competências. Os parâmetros a avaliar foram definidos como: 1.86 Atualmente a dimensão da empresa é ideal e não vemos necessidade de reforçar o crescimento Somos uma empresa demasiado pequena para certos clientes 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 ·· Temos lacunas nas competências de vendas e marketing ·· Somos uma empresa demasiado pequena para certos clientes ·· O conhecimento do mercado e dos clientes é muito fraco Já o relacionamento com outras empresas apresenta uma dissemelhança de respostas, com uma taxa de abstenção (Não concordo nem discordo) de 29%, enquanto 43% das empresas questionadas concordam estar bastante relacionadas com outras empresas, 29% afirma que as relações existentes não são as suficientes. Assim, é possível concluir que existe a necessidade de reforço na componente relacional, nas empresas em estudo. ·· Não nos encontramos suficientemente relacionados com outras empresas 108 109 A fraqueza quanto ao não total conhecimento do mercado e dos clientes foi também alvo de alguma discrepância. Com uma ausência de opinião elevada de 43%, o parecer quanto a esta questão foi equitativamente dividido, enquanto 28,6% reconhece esta limitação, outros 28,6% discordam totalmente. Neste sentido, este parâmetro pode ser também considerado como limitativo para o crescimento das empresas, sendo necessário o reforço de competências internas para um mais aprofundado conhecimento do mercado e potenciais clientes evitando assim possíveis riscos de investimento. Relativamente ao panorama das exportações das empresas em estudo, verifica-se que 42,86% da amostra já possui um perfil exportador. Das mesmas, 14,29% afirma ter um volume de vendas internacionais significativas e regulares enquanto as restantes, embora exportadoras, representam-se por um volume sem expressão ou irregular. Para entender como se distribui o volume de vendas das empresas questionadas importa analisar a questão em duas vertentes: por um lado, a média de percentagem de vendas que foi atribuída pelas empresas a cada país e, por outro, a percentagem da amostra que exporta para os países. ·· Europa de Leste e Rússia ·· América do Norte ·· América Central e Sul Assim sendo, verifica-se que Espanha, Oeste da Europa, América Central e Sul e África foram os únicos países selecionados como destino das exportações das empresas em estudo. ·· Este da Ásia (p.e. Japão, China) É possível observar que 14.29% afirma não ter um perfil atualmente exportador, no entanto, afirma já ter tido um volume de vendas internacionais. ·· Sul da Ásia (p.e. India) ·· Médio oriente Neste sentido, os restantes elementos da amostra, 42,86%, expressa a sua vontade de se internacionalizar no futuro. No entanto, para nenhuma das empresas questionadas esse objetivo é assumido como prioritário. d.Internacionalização Caracterização da exportação Para uma caracterização do panorama de exportação das empresas constituintes da amostra foi questionado: “A sua empresa é exportadora?”. Os questionados deveriam optar por uma das seguintes opções: ·· África Percentagem do volume de vendas por país (média) ·· Sim, mas sem expressão ou irregulares Percentagem do volume de vendas por localização geográfica Na sequência da pergunta anterior, foi ainda requerido às empresas que se apresentaram com um perfil exportador, que mencionassem os países com os quais direcionavam a sua exportação e qual a sua representatividade. Neste sentido, foi solicitado: “Como se distribui percentualmente o volume de vendas?”, perfazendo 100% no total nas seguintes opções: ·· Não, mas pretendemos internacionalizar ·· Espanha Sul de África (p.e. Índia) 0% 0% ·· Não, a internacionalização não é uma prioridade ·· Oeste da Europa (Incluindo os Países Nórdicos) Este da Ásia (p.e. Japão, China) 0% 0% ·· Sim, temos volume de vendas internacionais significativas e regulares ·· Não, mas já tivemos volume de vendas internacionais 43% Pacífico Sul (p.e. Austrália) 0% 0% Médio Oriente 0% 0% 0% 0% Europa do Leste e Rússia 0% 0% Oeste da Europa (incluindo Países Nórdicos) 14,29% 28,57% 14% América do Norte Espanha 42,86% 67% África 100% A sua empresa é exportadora? 14,29% Com a mesma percentagem de seleção, 67%, estão posicionadas a África e o Oeste da Europa, sendo nesta análise considerados como os países mais procurados, embora assumindo proporções diferentes no que diz respeito ao volume de vendas exportado pelas empresas, com 43 e 25%, respetivamente. Como se distribui percentualmente o volume de vendas? América Central e Sul Panorama de exportação 0,0% A América Central e a América do Sul, são os países com maior representatividade em termos de volume de vendas. Estes países são alvo do total das exportações, representando 14% da amostra. Já a Espanha representa uma média de 20% do volume de vendas de 33% das empresas respondentes. ·· Pacífico Sul (p.e. Austrália) Sim, temos volume de vendas internacionais significativas e regulares Percentagem de seleção Sim, mas sem expressão ou irregulares Média de respostas 67% 25% 33% 20% Não, mas pretendemos internacionalizar Não, a internacionalização não é uma prioridades Não, mas já tivemos volume de vendas internacionais 110 111 e. Gestão Estratégica Modelo da Estratégia Ao nível da caracterização da estratégia foi requerido: “Classifique os seguintes itens de acordo com a estratégia e tomada de decisões da sua empresa”. A resposta de caráter apreciativo obedecia a 5 níveis: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente A nível da estratégia e tomada de decisões da empresa, denota-se uma assimetria de resultados nos parâmetros a avaliar. Encontrando-se a sua avaliação acima do limite mínimo satisfatório previamente estabelecido (2,5). ·· A estratégia é definida pelo CEO e alguns colaboradores mais diretos ·· O CEO define a “visão”, ou seja, as linhas de orientação genéricas ·· O Diretor Executivo determina e executa a estratégia baseada numa análise da situação do negócio ·· A estratégia é definida de forma interativa, envolvendo os responsáveis, o staff e os executivos de forma contínua Os parâmetros a avaliar apresentam uma organização coerente, o que permite aferir o paradigma da estratégia modelo de tomada de decisões de cada empresa. Neste sentido, os itens a classificar são os seguintes: ·· A nossa empresa segue um plano estratégico anual que orienta a atividade operacional ·· O planeamento estratégico é um procedimento formal definido periodicamente ·· O plano de negócios na nossa empresa é contínuo, envolvendo todos os colaboradores O elemento com cotação mais baixa (2,86) diz respeito à análise do ambiente de negócio e da concorrência, tendo como base o plano estratégico da empresa. Neste parâmetro 43% da amostra optou por resposta sem opinião, isto é, “Não concordo nem discordo”. Neste sentido, as restantes respostas foram igualmente divididas (28,5%|28,5%) entre respostas concordantes e discordantes. Quanto a este parâmetro pode ser concluído que não existe uma uniformidade padrão que possa caracterizar as empresas em análise. Como elemento melhor avaliado (4,43) e em total concordância, apresenta-se o item relativo à responsabilidade de definição da “visão”, sendo que 100% das empresas constituintes da amostra concordam que esse item se encontra ao cargo do CEO. É ele quem define as linhas de orientação genéricas da empresa. Já a estratégia da empresa é definida pelo CEO em conjunto com alguns colaboradores mais diretos, assenta 86% das empresas. ·· A maioria dos colaboradores contribui para as decisões que lhes afetam diretamente ·· A nossa empresa adapta a estratégia continuamente de acordo com o feedback do mercado ·· A análise do ambiente de negócio e da concorrência é a base do plano estratégico da empresa ·· A produção de propriedade intelectual interna (patentes, design, software, ideias…) ·· A produção de propriedade intelectual em colaboração com parceiros e clientes ·· O outsourcing de processos rotineiros e sem valor acrescentado, sempre que possível ·· A manutenção de todas as funções dentro da empresa ·· O recurso ao nosso perfil de competências ·· O investimento em novas competências ·· O recurso aos clientes habituais com a atual oferta ·· A procura de novos clientes e segmentos usando novos produtos e serviços ·· O focus numa determinada área de negócio e num único objetivo ·· O investimento em múltiplas opções estratégicas Em terceiro lugar da classificação, com 4 valores, 71% das empresas concordam que a empresa siga um plano estratégico anual. Concluindo-se, desta forma, que exista uma estruturação astuciosa prévia que orienta a empresa nas atividades operacionais ao longo do ano. Modelo da estratégia Classifique os seguintes itens de acordo com a estratégia e tomada de decisões da sua empresa 3.71 A nossa empresa adapta a estratégia continuamente de acordo com o feedback do mercado Modelo de gestão da administração Para a definição do modelo de gestão da administração adotado pelas empresas constituintes da amostra foi requerido “A Administração da minha empresa favorece:”, respondendo de forma avaliativa de acordo com os 5 graus definidos: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca 3.43 A maioria dos colaboradores contribui para as decisões que lhes afetam diretamente 3.14 O plano de negócios na nossa empresa é contínuo, envolvendo todos os colaboradores 3.43 A estratégia é definida de forma interativa, envolvendo responsáveis, o staff e os executivos de forma contínua 3.71 O Diretor Executivo determina e executa a estratégia baseada numa análise da situação do negócio 4.43 O CEO define a “visão”, ou seja, as linhas de orientação genércas 4.14 A estratégia é definida pelo CEO e alguns colaboradores mais diretos 2.86 A análise do ambiente de negócio e da concorrência é a base do plano estratégico da empresa 3.86 O planeamento estratégico é um procedimento formal definido periodicamente 4.00 A nossa empresa segue um plano estratégico anual que orienta a atividade operacional 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 E de acordo com os seguintes parâmetros: ·· A manutenção das funções e competências dentro da empresa ·· A externalização de processos, funções e competências 112 113 Modelo de gestão da administração (Modelo de gestão da administração), foi requerida a avaliação no que diz respeito a “Na nossa rede de empresas”, seguindo uma grelha de avaliação definida como: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca A administração da minha empresa favorece: 14% O investimento em múltiplas opções estratégicas 57% 14% 14% O focus numa determinada área de negócio e num único objetivo 71% 14% A procura de novos clientes e segmentos usando novos produtos e serviços 0% 57% O investimento em novas competências 14% ·· Suportamos o esforço de cada parceiro no trabalho realizado autonomamente 43% 43% 0% 14% Modelo de gestão da rede de empresas 29% A manutenção de todas as funções dentro da empresa 43% 29% Na nossa rede de empresas: 14% O outsourcing de processos rotineiros e sem valor acrescentado, sempre que possível 29% 57% Todos os parceiros contribuem para a identificação e seleção de oportunidades de negócio Um parceiro assume a liderança na identificação e seleção de oportunidades de negócio 0% 100% Os parceiros aguardam a aprovação dos outros antes de tomarem a decisão 0% 83% 14% 17% 86% 0% 17% Os parceiros tomam decisões individuais 67% 0% 17% 43% 57% 0% Ocasionalmente 0% 0% 71% A externalização de processos, funções e competências Nunca 33% 67% 71% 29% A manutenção das funções e competências dentro da empresa 0% 0% 14% A produção de propriedade intelectual interna (patentes, design, software, ideias...) ·· Um parceiro assume a liderança na identificação e seleção de oportunidades de negócio 29% 43% A produção de propriedade intelectual em colaboração com parceiros e clientes ·· Os parceiros aguardam a aprovação dos outros antes de tomarem a decisão ·· Todos os parceiros contribuem para a identificação e seleção de oportunidades de negócio 71% 14% O recurso ao nosso perfil de competências ·· Os parceiros tomam decisões individuais E avaliando os seguintes parâmetros: 43% O recurso aos clientes habituais com a atual oferta ·· Os parceiros são obrigados a confiar nos objetivos definidos para orientar as suas atividades 10% 20% 30% 40% 50% 17% Os parceiros são obrigados a confiar nos objetivos definidos para orientar as suas atividades 60% 70% 80% 90% 50% 33% 100% Suportamos o esforço de cada parceiro no trabalho realizado autonomamente Sempre 0% 57% 43% 0% A nível das práticas da administração, os padrões de comportamento mais frequentes dizem respeito à manutenção das funções e competências dentro da empresa e a procura de novos clientes e segmentos, usando novos produtos e serviços, às quais corresponde 57% “Sempre” e 43% “Ocasionalmente”. parte da administração e por 43% existir essa tendência “ocasionalmente”. Neste sentido, é possível aferir que o outsourcing pode surgir como resposta por parte da administração, exportando algumas funções para fora da empresa. Já o favorecimento, sempre que possível, do outsourcing de processos rotineiros e sem valor acrescentado, embora apresente 57% de empresas que o fazem regularmente, 14% afirmam nunca optar pelo outsourcing nessa situação. Também o focus numa determinada área de negócio e num único objetivo não se verifica ocorrer, como prática, por parte da administração das empresas da amostra, visto que apenas 14% afirma que esta situação é recorrente (“Sempre”). Constatamos que o modelo mais vincado no que diz respeito às redes de empresas se centra na contribuição de todos os parceiros para a identificação e seleção de oportunidades de negócio. Foi este o parâmetro assinalado como o mais recorrente. Com 67% das empresas a afirmar que é prática frequente (“Sempre”) e 33% como sendo ocasional. Relativamente aos parâmetros com menor ocorrência, “a manutenção de todas as funções dentro da empresa”, ocupam o maior destaque, sendo registado por 29% das empresas ”nunca” se verificar esse comportamento por Modelo de gestão da rede de empresas Com vista à compreensão do funcionamento das redes de empresas da amostra, e à semelhança do ponto anterior Ocupando também uma posição de destaque nesta análise, encontra-se o suporte do esforço de cada parceiro no trabalho realizado autonomamente. Com uma classificação de 43% em “Sempre” e de 57% como “Ocasionalmente”. 114 Nunca Ocasionalmente 20% 40% 60% 80% 100% 120% Sempre O item “Um parceiro assume a liderança na identificação e seleção de oportunidades de negócio” é 100% avaliado como uma prática ocasional, não podendo ser atribuído qualquer comportamento padrão das empresas em estudo. Relativamente ao parâmetro menos verificado, “Os parceiros tomam decisões individuais”, assume 17% de respostas como “Nunca” e 67% como “Ocasionalmente”. 115 Modelo de gestão da empresa Ao nível da caracterização do modelo de gestão das empresas foi requerido: “Indique os seguintes itens de acordo com a caracterização da sua empresa”. A resposta, de caráter apreciativo, obedecia a 5 níveis: ·· Discordo totalmente ·· Discordo ·· Não concordo nem discordo ·· Concordo ·· Concordo totalmente ·· Avaliamos com regularidade a satisfação dos clientes Os itens para classificação foram os seguintes: ·· Despendemos muito tempo a falar sobre as necessidades dos clientes ·· Experimentamos diferentes produtos e diferentes modelos de negócio Tal como foi referido anteriormente, definiu-se 2,5 como o valor abaixo do qual a interpretação dos resultados não possui o nível mínimo satisfatório para uma avaliação positiva do parâmetro relativo ao modelo em análise. ·· Partilhamos com regularidade aos nossos parceiros as necessidades dos clientes ·· Os técnicos de vendas e marketing raramente partilham internamente as necessidades dos clientes Neste sentido, o item “Os técnicos de vendas e marketing raramente partilham internamente as necessidades dos clientes”, é representado por uma avaliação de 2,43 valores. ·· A informação sobre as necessidades dos clientes é distribuída de forma eficiente a todos os colaboradores Muito perto da linha média, com 2,86, regista-se o parâmetro “A informação sobre as necessidades dos clientes é distribuída de forma eficiente a todos os colaboradores”. Denota-se assim uma insuficiência de partilha por parte das empresas questionadas. Apenas 14,28% da amostra afirma existir uma distribuição de informação eficiente. ·· Avaliamos continuamente os nossos produtos / serviços em relação às necessidades dos clientes ·· Os produtos / serviços são normalmente um pouco diferentes do que inicialmente foram imaginados ·· Decidimos rapidamente em relação às necessidades dos clientes ·· Tentamos diversas aproximações até conseguir um modelo de negócio eficaz ·· Todas as atividades da nossa empresa estão integradas de forma a responder às necessidades do cliente ·· Recolhemos regularmente informação dos clientes sobre as suas necessidades ·· Respondemos com rapidez às necessidades dos clientes ·· De forma a que a produção de documentação seja uma função essencial da sua atividade. ·· De forma a que a documentação seja a parte menos importante da sua função. ·· De forma a que sigam metodologias e objetivos acordados pela equipa. ·· De forma a que sigam a metodologia e metas fixadas pela administração. Quanto aos itens melhor classificados, surgem-nos com maior incidência sobre a forma de resposta às necessidades dos clientes. Facto que denota uma preocupação acrescida pelas empresas em colocar o cliente em primeiro lugar. A resposta com rapidez às necessidades dos clientes, as decisões rápidas em relação às necessidades dos clientes e alteração imediata das atividades após feedback negativo por parte dos clientes aparecem cotadas com 4,29, 4,14 e 4 valores, respetivamente. ·· Alteramos de imediato as nossas atividades depois de receber feedback negativo por parte dos clientes f. Métodos de desenvolvimento Modelo da gestão da empresa Indique os seguintes itens de acordo com a caracterização da sua empresa 4.00 Alteramos de imediato as nossas atividades depois de receber feedback negativo por parte dos clientes 4.29 Respondemos com rapidez às necessidades dos clientes 3.71 Todas as atividades da nossa empresa estão integradas de forma a responder às necessidades do cliente 4.14 Decidimos rapidamente em relação às necessidades dos clientes 3.71 Avaliamos continuamente os nossos produtos/serviços em relação às necessidades dos clientes 2.57 Despendemos muito tempo a falar sobre as necessidades dos clientes 2.86 A informação sobre as necessidades dos clientes é distribuída de forma eficiente a todos os colaboradores 2.43 Os técnicos de vendas e marketing raramente partilham internamente as necessidades dos clientes Para parâmetros seguintes: 3.50 Partilhamos com regularidade aos nossos parceiros as necessidades dos clientes 3.43 Avaliamos com regularidade a satisfação dos clientes ·· De forma a permitir que as equipas estejam sempre preparadas para as solicitações ou pedidos. 3.71 Recolhemos regularmente informação dos clientes sobre as suas necessidades 3.86 Tentamos diversas aproximações até conseguir um modelo de negócio eficaz 3.43 Os produtos/serviços são normalmente um pouco diferentes do que inicialmente foram imaginados 3.71 Experimentamos diferentes produtos e diferentes modelos de negócio 0 116 Caracterização dos métodos de trabalho das equipas de desenvolvimento Com vista à caracterização dos métodos de trabalho das equipas de desenvolvimento foi requerida uma avaliação de acordo com “Os métodos de trabalho das nossas equipas de desenvolvimento estão organizados” seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 ·· De forma a que o projeto seja executado tal como planeado sem estar sujeito a pressões. 117 Caracterização dos métodos de trabalho das equipas de desenvolvimento De forma a corresponder aos parâmetros seguintes: Os métodos de trabalho das nossas equipas de desenvolvimento estão organizados: De forma a que sigam a metodologia e metas fixadas pela administração ·· Com os clientes utilizando as formas mais simples e sempre que necessário 0% 57% 43% De forma a que sigam metodologias e objetivos acordados pela equipa 0% ·· Com os clientes utilizando procedimentos e modelos previamente acordados 29% 71% 60% De forma a que a documentação seja a parte menos importante da sua função 40% 0% ·· Com os membros da equipa usando os métodos predefinidos internamente 14% De forma que a produção de documentação seja uma função essencial da sua atividades 57% 29% De forma a que o projeto seja executado tal como planeado sem estar sujeito a pressões 0% ·· Dentro da equipa, utilizando livremente um método mais adequado 29% 71% De forma a permitir que as equipas estejam sempre preparadas para as solicitações 0% 29% 71% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Caracterização do modelo de comunicação das equipas de desenvolvimento A nossa equipa de desenvolvimento comunica preferencialmente: Nunca Ocasionalmente Sempre Dentro da equipa, utilizando livremente um método mais adequado No que diz respeito à organização dos métodos de trabalho das equipas de desenvolvimento, aparecem-nos padrões de comportamento muito semelhantes entre os parâmetros. Verifica-se a existência de três critérios que são considerados como prática no funcionamento das empresas questionadas uma vez que a sua avaliação se traduz numa percentagem de 71% em “Sempre” e 29% “Ocasionalmente”. Neste sentido, pode afirmar-se que as empresas representativas da amostra organizam os métodos de trabalho das suas equipas de desenvolvimento de forma a permitir que estas estejam sempre preparadas para as solicitações ou pedidos; que o projeto seja executado tal como planeado sem estar sujeito a pressões e a que se sigam metodologias e objetivos acordados pela equipa. A avaliação do parâmetro “Os métodos de trabalho das nossas equipas de desenvolvimento estão organizados de forma a que a documentação seja a parte menos importante da sua função” é apresentada de forma algo distinta das restantes, traduzindose 60% da opinião em “Nunca” e 40% em “Ocasionalmente”. No entanto, a consideração de que produção de documentação é uma função essencial da atividade não é unânime para todos os questionados, visto que as opiniões estão divididas: 14% em “Nunca”; 57% em “Ocasionalmente”; e 29% em “Sempre”. Estes resultados permitem concluir que os métodos de trabalho das 118 equipas de desenvolvimento estão organizados de forma a que os procedimentos relacionados com a documentação sejam integrados nos processos do projeto, sendo-lhes atribuída importância, embora nem sempre prioritária, para todas as situações. Com os membros da equipa usando métodos predefinidos internamente 0% 50% 50% 0% 43% 57% Com os clientes utilizando procedimentos e modelos previamente acordados 0% 57% 43% 17% Com os clientes utilizando as formas mais simples e sempre que necessário 50% 33% Por fim, ao fator de organização das equipas de desenvolvimento de forma a que sejam seguidas as metodologias e metas fixadas pela administração, apesar de não ser uma prática tão destacada como as restantes, é considerada como um indicador importante. Sendo reconhecida como rotina para 43% da amostra (“Sempre”). Caracterização do modelo de comunicação das equipas de desenvolvimento Quanto à caracterização do modelo de comunicação das equipas de desenvolvimento foi requerida uma avaliação de acordo com “A nossa equipa de desenvolvimento comunica preferencialmente” seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca 0% Nunca Ocasionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Sempre No que respeita à forma de comunicação preferencial das equipas de desenvolvimento apenas o critério “Com os clientes utilizando as formas mais simples e sempre que necessário”, apresenta uma avaliação algo diferente das restantes. É o único parâmetro que apresenta respostas discordantes (17%) e com a percentagem mais baixa de total concordância com o critério (33% “Sempre”). Os restantes fatores, apresentam-se de forma muito semelhante. Dividindo-se as opiniões quase equitativamente entre a ocorrência frequente e ocasional. Fica comprovado que as equipas de desenvolvimento das empresas em análise numa primeira fase privilegiam a forma de comunicação interna, comunicando com os membros da equipa, quer através dos métodos predefinidos internamente ou utilizando livremente um método mais adequado. A comunicação é também estabelecida com os clientes privilegiando o uso de procedimentos e modelos previamente acordados e, em casos excecionais, através de formas simples e sempre que necessário, sendo esta menos frequente. Caracterização do modelo de projetos de desenvolvimento Com vista à caracterização do modelo de projetos de desenvolvimento foi requerida uma avaliação para “A nossa equipa de desenvolvimento comunica preferencialmente” seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca 119 Para parâmetros seguintes: Caracterização da rentabilidade dos projetos de desenvolvimento Para uma caracterização eficaz da rentabilidade dos projetos de desenvolvimento foi requerida uma avaliação respondendo a “Para que um projeto de desenvolvimento de software seja rentável, é necessário que” seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca ·· Haja falhas quando existe uma preocupação maior com o planeamento e documentação do que com as alterações a realizar ·· Haja falhas quando se realizam muitas alterações sem preocupação com o planeamento e documentação ·· Seja um sucesso, porque para além do trabalho de software foi produzida documentação explicativa Para os parâmetros seguintes: ·· Seja um sucesso, porque para além do trabalho de software foi produzida o mínimo de documentação ·· Possa responder objetivamente ao desejo do cliente ·· Possa responder às alterações pedidas pelo cliente durante o processo de desenvolvimento Caracterização do modelo de projetos de desenvolvimento Num projeto de desenvolvimento de software é provável que: ·· Esteja focado apenas na produção de software 33% 33% 33% Seja um sucesso, porque para além do trabalho de software foi produzida o mínimo de documentação ·· Produza um trabalho de software, assim como uma documentação de elevada qualidade 17% Seja um sucesso, porque para além do trabalho de software foi produzida documentação explicativa 50% 33% Haja falhas quando se realizam muitas alterações sem preocupação com o planeamento e documentação 0% 17% Caracterização da rentabilidade dos projetos de desenvolvimento 83% 17% Haja falhas quando existe uma preocupação maior com o planeamento e documentação do que Para que um projeto de desenvolvimento de software seja rentável, é necessário que: 67% 17% 0% Nunca Ocasionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 14% Produza um trabalho de software, assim como uma documentação de elevada qualidade 90% 57% 29% Sempre 40% 40% Esteja focado apenas na produção de software 20% O parâmetro com um maior número de respostas, indica que é frequente a existência de falhas quando se realizam alterações sem preocupação com o planeamento e documentação (83% “Sempre”); sendo ocasional a falha quando existe uma maior preocupação com o planeamento e documentação do que com as alterações a realizar (67% “Ocasionalmente”). Verifica-se que é maior a probabilidade de sucesso dos projetos de desenvolvimento de software quanto mais explícita a documentação produzida. As empresas questionadas acreditam que o projeto seja um sucesso, porque para além do trabalho de software foi produzida documentação explicativa (33% “Sempre”, 50% “Ocasionalmente”). Embora não excluindo a hipótese de sucesso, é produzido o mínimo de documentação (33% “Sempre” e 33% “Ocasionalmente”), verificando-se que há 120 uma maior percentagem do sucesso nunca ser atingido com o mínimo de documentação do que quando existe documentação explícita (33% e 17%, respetivamente). Possa responder às alterações pedidas pelo cliente durante o processo de desenvolvimento 0% 29% 71% Possa responder objetivamente ao desejo do cliente 0% 29% 71% Embora existindo exceções, conclui-se que o desenvolvimento de documentação clara ao longo dos processos de trabalho ocupa um papel fundamental para o bom funcionamento dos projetos de desenvolvimento de software. Quando o planeamento e a documentação são descurados, o sucesso de todo o projeto é posto em causa. 0% Nunca Ocasionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Sempre Nesta análise verifica-se uma opinião bastante frisada de que para que um projeto de desenvolvimento de software seja rentável, é necessário que este possa responder objetivamente ao desejo do cliente e às alterações pedidas pelo cliente durante o processo de desenvolvimento (71% “Sempre” e 29% “Ocasionalmente”). Já o foco apenas na produção de software e a produção de um trabalho de software e documentação de elevada qualidade por si só não apresentam opiniões tão estanques e diferenciadas. Cerca de 40% da amostra considera que um projeto de desenvolvimento de software nunca é rentável se a equipa apenas se encontrar focada na produção. A rentabilidade também não parece ser completamente assegurada em casos 121 onde a produção do trabalho de software e a documentação apresentem elevada qualidade, uma vez que apenas 29% o consideram como um acontecimento certo (“Sempre”) e 57% o avaliam como ocasional. De forma a corresponder aos parâmetros seguintes: Assim sendo, verifica-se que para as empresas em análise, o foco e adaptabilidade às necessidades do cliente garantem mais e maior rentabilidade ao projeto do que a dedicação salientada na produção, ainda que resulte num trabalho de excelente qualidade. ·· São selecionados com flexibilidade para as diferentes tarefas, de acordo com as competências definidas pelo responsável ·· São selecionados com flexibilidade para as diferentes tarefas, de acordo com as suas competências individuais ·· São formados para aumentar a capacidade de planeamento de atividades extensivamente e de forma proativa ·· São formados para aumentar a capacidade de resposta às constantes alterações Caracterização da equipa de desenvolvimento Relativamente à caracterização da equipa de desenvolvimento, foi requerida uma avaliação respondendo a “Para que um projeto de desenvolvimento de software seja rentável, é necessário que”, seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca Constata-se que a formação da equipa de software é frequente existir para aumentar, tanto a capacidade de planeamento de atividades extensivamente e de forma proativa, como a capacidade de resposta às constantes alterações (43%). As diferenças entre os parâmetros assentam em 14% da amostra que considera nunca haver formação centrada no aumento da capacidade de resposta às constantes alterações. ·· São mais produtivos quando definem os seus próprios métodos de trabalho em colaboração com a restante equipa ·· São mais produtivos quando usam métodos comuns adotados pela empresa Já relativamente à capacidade produtiva das equipas de desenvolvimento, esta apresenta ser mais frequente quando são usados métodos comuns adotados pela empresa (50%). No entanto, 33% concorda que os colaboradores são igualmente produtivos quando definem os seus próprios métodos de trabalho em colaboração com a restante equipa. As discrepâncias de avaliação centram-se em 14%, representando as empresas que os colaboradores “Nunca” são mais produtivos quando definem os seus próprios métodos de trabalho em colaboração com a restante equipa. Caracterização da equipa de desenvolvimento Os colaboradores da equipa de desenvolvimento: São mais produtivos quando usam métodos comuns adotados pela empresa 0% 50% 50% 17% São mais produtivos quando definem os seus próprios métodos de trabalho em colaboração com a restante equipa Quanto à caracterização das equipas de desenvolvimento das empresas em estudo, verifica-se uma uniformidade de comportamento no que diz respeito à sua seleção, visto 71% da amostra consentir que estes são selecionados com flexibilidade para as diferentes tarefas, de acordo com as competências definidas pelo responsável. No entanto, essa flexibilidade, de acordo com as suas competências individuais, não apresenta tanta unanimidade de resultados dado apenas 50% das empresas afirmarem que essas competências são sempre consideradas. 50% Para aos parâmetros seguintes: ·· Serem rentáveis quando ajustamos o planeamento de acordo com as alterações solicitadas durante a fase de desenvolvimento ·· Serem rentáveis quando criamos planos de funcionamento no início do projeto e não há desvios ·· Definir o objetivo com o cliente na fase de planeamento e concluir o produto/serviço em conformidade ·· Ser possível alterar o projeto de acordo com o feedback do cliente ·· Serem selecionados de acordo com a estratégia de longo prazo ·· Serem selecionados de acordo com a situação e necessidades atuais ·· Serem genericamente acordados com o cliente, deixando espaço para alterações a negociar posteriormente ·· Acordar com o cliente os resultados do projeto antes do seu início 33% 14% São formados para aumentar a capacidade de resposta às constantes alterações São formados para aumentar a capacidade de planeamento de atividades extensivamente e de forma proativa 43% 43% 0% 57% 43% São selecionados com flexibilidade para as diferentes tarefas, de acordo com as competências definidas pelo responsável 0% 29% 71% 17% São selecionados com flexibilidade para as diferentes tarefas, de acordo com as suas competências individuais 33% 50% 0% Nunca 122 Ocasionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Caracterização dos projetos de desenvolvimento Para uma caracterização eficaz dos projetos de desenvolvimento, foi requerida uma avaliação respondendo a “É característica dos nossos projetos” seguindo uma escala de classificação: ·· Sempre ·· Ocasionalmente ·· Nunca Sempre 123 Caracterização da rentabilidade dos projetos de desenvolvimento É característica dos nossos projetos: Acordar com o cliente os resultados do projeto antes do seu início 0% 50% 50% 17% Serem genericamente acordados com o cliente deixando espaço para alterações a negocias posteriormente 57% 17% Serem selecionados de acordo com a situação e necessidades atuais 0% 60% 40% 17% Serem selecionados de acordo com a estratégia de longo prazo 33% 50% Ser possível alterar o projeto de acordo com o feedback do cliente 0% 57% 43% 9% Definir o objetivo com o cliente na fase de planeamento e concluir o produto/serviço em conformidade Serem rentáveis quando criamos planos de funcionamento no início do projeto e não há desvios 50% 50% 0% 29% 71% Serem rentáveis quando ajustamos o planeamento de acordo com as alterações solicitadas durante a fase desenvolvimento 0% 57% 43% 0% Nunca Ocasionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Sempre A característica mais salientada, relativamente aos projetos de desenvolvimento de software, diz respeito à sua rentabilidade. Cerca de 71% da amostra afirma que os projetos são sempre rentáveis quando se criam planos de funcionamento no início do projeto e não existem desvios. O fator “Serem selecionados de acordo com a estratégia de longo prazo” apresenta também 17% de respostas em desacordo. No entanto, os 50% da amostra que afirmam existir, sempre essa seleção, faz com que se considere como especificidade dos projetos das empresas em análise. Embora com menos realce, dada a sua frequência, o acordo com o cliente dos resultados do projeto antes do seu início e a definição do objetivo com o cliente na fase de planeamento e conclusão do produto/serviço em conformidade, são parâmetros que se podem considerar como características dos projetos de desenvolvimento de software das empresas em análise. Todos os restantes parâmetros, embora com cotações diferentes entre o “Ocasionalmente” e o “Sempre”, foram reconhecidos pelas empresas questionadas. Podendo mesmo, ser definidos como características inerentes aos projetos de desenvolvimento de software. A especificidade menos assentida pelas empresas questionadas diz respeito ao acordo genérico com o cliente, deixando espaço para alterações a negociar posteriormente. Enquanto 17% afirma que esse acordo acontece “Sempre”, outros 17% dizem “Nunca” existir. O que o torna um critério bastante “indefinido” com 67% de respostas assegurando que este é um fator ocasional. 124 125 ANEXO 2 âmbito setorial empresarial TICE (informa D&B, dezembro 2011) 126 Atividades Nucleares Atividades de Suporte 26110 - Fabricação de componentes eletrónicos 26120 - Fabricação de placas de circuitos eletrónicos 26200 - Fabricação de computadores e de equipamento periférico 26300 - Fabricação de aparelhos e equipamentos para comunicações 26400 - Fabricação de recetores de rádio e de televisão e bens de consumo similares 26511 - Fabricação de contadores de eletricidade, gás, água e de outros líquidos 26512 - Fabricação de instrumentos e aparelhos de medida, verificação, navegação e outros fins, n.e. 26520 - Fabricação de relógios e material de relojoaria 26600 - Fabricação de equipamentos de radiação, eletromedicina e eletroterapêutico 26701 - Fabricação de instrumentos e equipamentos óticos não oftálmicos 26702 - Fabricação de material fotográfico e cinematográfico 26800 Fabricação de suportes de informação magnéticos e óticos 27310 - Fabricação de cabos de fibra ótica 27320 - Fabricação de outros fios e cabos elétricos e eletrónicos 58210 - Edição de jogos de computador 58290 - Edição de outros programas informáticos 60100 - Atividades de rádio 60200 - Atividades de televisão 61100 - Atividades de telecomunicações por fio 61200 - Atividades de telecomunicações sem fio 61300 - Atividades de telecomunicações por satélite 61900 - Outras atividades de telecomunicações 62010 - Atividades de programação informática 62020 - Atividades de consultoria em informática 62030 - Gestão e exploração de equipamento informático 62090 - Outras atividades relacionadas com as tecnologias da informação e informática 63110 - Atividades de processamento de dados, domiciliação de informação e atividades relacionadas 63120 - Portais Web 63910 - Atividades de agências de notícias 63990 - Outras atividades dos serviços de informação, n.e. 71120 - Atividades de engenharia e técnicas afins 72190 - Outra investigação e desenvolvimento das ciências físicas e naturais 74100 - Atividades de design (…) 46510 - Comércio por grosso de computadores, equipamentos periféricos e programas informáticos e, 46520 - Comércio por grosso de equipamentos eletrónicos, de telecomunicações e suas partes 127 128 Outras Desenvolvimento/alojamento WEB Telecomunicações Suporte Técnico/Help Desk Integração de Sistemas Desenvolvimento Software Serviços de I&D Gestão Serviços de Segurança Gestão Data Centre Consultadoria DENOMINAÇÃO SOCIAL All Ways -Si, Lda. Ambisg- Ambiente Sistemas De Informação Geográfica, S.A. Bi-Bright - Comunicação Visual Interativa, S.A. BEEVC - Eletronic Systems, Lda. Choque Virtual - Tecnologias de Informação Unipessoal, Lda. Criativa - Serviços de Informática, Lda. Dognaedis, Lda. Dreamlab, Desenvolv. e Consultoria em Multimédia, S.A. Ericsson Telecomunicações,SA Exatronic - Engenharia Eletrónica, Lda. Globaltronic - Eletrónica e Telecomunicações, S.A. HFA - Henrique, Fernando & Alves, S.A. ICTECH, Lda. ISA – Intelligent Sensing Anywhere, S.A. Matchpoint -Consultoria, Inovação e Serviços, Lda. Maisis – Information Systems, Lda. Match Profiler - Consultoria e Desenvolvimento de Sistemas de Gestão, Lda. Metatheke - Software, Lda. Micro I/O - Serviços de Eletrónica, Lda.. Nokia Siemens Networks S.A. Olisipo– Formação e Consultoria em Tecnologias de Informação, S.A. Outsoft, Lda. PASSWORD - Informática e Telecomunicações, Lda. Pictónio, Lda. Ponto C - Desenvolvimento de Sistemas de Informação, Lda. Portugal Telecom Inovação, S.A. Present Technologies - Serviços Informáticos, Lda Prodcent Lda. Rederia - Innovation, S.A. Shortcut - Consultoria e Serviços de Tecnologias de Informação, Lda. Strongstep - Innovation in Software Quality, Lda. Sys-Match - Consultores de Sistemas de Informação, Lda. Telbit- Tecnologias de Informação, Lda. Uartrónica – Eletrónica, Lda. Ubiprism, Lda. Ubiwhere, Lda. Versão Integral, Lda. Withus - Inovação e Tecnologia, Lda. XLM - Serviços de Informática, Lda. Gestão de aplicações ANEXO 3 oferta de serviços TICE no ecossistema inova-ria 129 agradecimentos PT Inovação e Sistemas Alcino Lavador galp Carlos Silva ISA Basílio Simões entidade de serviços partilhados da administração pública Jaime Quesado CGI Celestina Santos Luís Carlos Fernandes Nuno Laginha IBM Luís Ramada Pereira Nelson Cruz Associação portuguesa de outsourcing Guilherme Ramos Pereira DELL Pedro Gonçalves INDRA Vasco Mendes de Almeida Comunidade intermunicipal de coimbra João Ataíde Microsoft Joyce Fernandes instituto de informática do ministério da solidariedade, emprego e segurança social João Mota Lopes bosch João Paulo Oliveira Nuno André Silva altran Cecília Rodrigues ictech Paulo Ramalheira be.ubi Luís Faceira exatronica Nuno Gomes Pedro Fonseca hfa Carlos Alves shortcut Valter Henrique ponto C Rui Lopes MAISIS João Filipe universidade de aveiro Borges Gouveia Nokia José Delgado edp Carlos Silva Neto Garcia Mendes Cãmara municipal do fundão Paulo Fernandes 130 131 132 133