FUNDAÇÃO
DE AÇÃO SOCIAL
FAS
Curitiba – PR
Marisa Sonaglio – Assistente Social – Coord. CREAS Matriz
Lissandra Benassi Medeiros Santos – Psicóloga – CREAS CIC
Histórico do Atendimento a
Adolescentes com Medida de LA e PSC
em Curitiba
1998 a 2003
Tribunal de Justiça – responsável pelas
diretrizes de ação e equipe técnica para
atendimento.
PMC – disponibiliza espaço físico e
infraestrutura nas Ruas da Cidadania, valestransporte, cestas básicas e estagiários.
Outubro de 2003
Municipalização do atendimento, com
implantação do Programa Liberdade Solidária –
ação descentralizada nas 09 regiões
administrativas do município.
Junho de 2009
Implantação dos CREAS.
Foco no território.
Foco na família, por meio do Serviço de Proteção
Social de Média Complexidade.
ORIGEM DO ENCAMINHAMENTO
CIAADI – Centro Integrado de Atendimento ao
Adolescente em Conflito com a Lei: Ministério Público,
Defensoria Pública, Delegacia do Adolescente, Centro de
Socioeducação e 3ª Vara da Criança e Juventude.
Audiência de apresentação ao Juiz, com determinação da
medida socioeducativa, mediante sentença judicial.
Setor de Triagem: prepara documentação dos
adolescentes: endereço da família/CREAS de referência,
agendamento com definição de dia e horário para
apresentação no CREAS.
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL/CREAS:
serviço proteção de Medidas Socioeducativas
em Meio Aberto
Atendimento Psicossocial
Recepção / Acolhimento.
Estudo Psicossocial da Família.
Plano de Intervenção Familiar.
Plano Individual de Atendimento do
Adolescente.
AÇÕES INTERVENTIVAS
ATENDIMENTO EM GRUPO DE AUXÍLIO À FAMÍLIA.
ATENDIMENTO AO GRUPO FAMILIAR.
ATENDIMENTO INDIVIDUAL.
ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS.
VISITAS DOMICILIARES.
ENCAMINHAMENTO/ACOMPANHAMENTO DO ADOLESCENTE NA
REDE SOCIASSISTENCIAL (ex. ambulatórios, instituições de
acolhimento, escolas, parceiros de PSC, outros).
EMISSÃO DE RELATÓRIOS AO SISTEMA DE GARANTIA DE
DIREITO.
OBJETIVOS
Apoiar e estimular o fortalecimento dos
vínculos familiares.
Sensibilizar para o exercício da cidadania.
Responsabilizar a família para o cumprimento
da função protetiva.
Promover a reflexão com o adolescente no
sentido de ressignificar sua vida familiar, social
e profissional, na perspectiva de um novo
projeto de vida.
Acompanhar a medida socioeducativa aplicada
objetivando a superação dos riscos sociais.
Dados 1º semestre 2011
38%
49%
13%
LA
PSC
LA + PSC
1574 adolescentes atendidos
Sexo
83%
17%
Feminino
Masculino
Faixa etária
7%
22%
12 a 14 anos
15 a 17 anos
18 a 21 anos
70%
Uso de Substância Psicoativa
44%
31%
19%
Sim
Não
Ignorado
1574 adolescentes com medida
socioeducativa (1º semestre 2011)
423 adolescentes desligados por
cumprimento de medida
13 adolescentes desligados por óbito
Projeto Piloto:
“DO ATO INFRACIONAL AO
PROTAGONISMO JUVENIL:
Uma proposta para o cumprimento de
medida socieducativa em meio
aberto”.
CREAS - CIC
MOTIVAÇÕES PARA A
ELABORAÇÃO DO PROJETO
Crescente demanda de adolescentes com medida de Prestação
de Serviço à Comunidade.
Redução das instituições parceiras.
Desconhecimento das habilidades, interesses, bem como da
conduta familiar e social do adolescente.
Caráter punitivo da medida.
Fragilidade do vínculo com o órgão executor, técnicos e
educadores.
MOTIVAÇÕES PARA A
ELABORAÇÃO DO PROJETO
Falta de envolvimento adequado da família para com a medida
como um todo.
Desconhecimento por parte do adolescente e sua família do
teor do termo de audiência.
Despreparo para a realização da PSC.
OBJETIVO
Redimensionar as atitudes, valores e a convivência familiar
e comunitária dos adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa em meio aberto, através de intervenção
centrada no protagonismo juvenil e ações educativas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover a participação do adolescente, como ator
principal, em ações que não dizem respeito só à sua vida
privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao
bem comum, a escola, a comunidade ou a sociedade.
Provocar no adolescente atitude reflexiva acerca da
importância do planejamento das ações e projetos a
serem realizados na comunidade, bem como da
relevância de um projeto de vida pessoal.
Oferecer aos adolescentes um espaço saudável de
informação sobre cidadania, saúde, família e profissão.
METODOLOGIA
Entrevista de vinculação:
Elaboração do Plano de Intervenção Familiar
e do Plano Individual de Atendimento.
Orientação acerca dos autos processuais.
Triagem para atendimento em grupo ou
individual.
Assinar o termo de compromisso dos
responsáveis.
METODOLOGIA
Entrevista de avaliação psicossocial antecede a participação no grupo e contempla:
Avaliação psicológica individual e identificação
do perfil do grupo.
Vinculação com o coordenador.
Apresentação da proposta de trabalho em grupo
e seu funcionamento.
Questionário avaliativo.
QUESTIONÁRIO UTILIZADO
QUAL A MEDIDA APLICADA A VOCÊ PELA VARA DE ADOLESCENTES INFRATORES?
PARA VOCÊ O QUE SIGNIFICA LIBERDADE ASSISTIDA?
PARA VOCÊ O QUE SIGNIFICA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE?
ATUALMENTE, VOCÊ ESTÁ ENGAJADO EM ALGUMA ATIVIDADE NA COMUNIDADE?
A QUE VOCÊ TEM SE DEDICADO ATUALMENTE?
DESCREVA SEU RELACIONAMENTO COM SUA FAMÍLIA:
NA SUA OPINIÃO, O QUE VOCÊ ACHA QUE REALIZA MUITO BEM?
QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE A MEDIDA SOCIOEDUCATIVA APLICADA A VOCÊ?
NA SUA OPINIÃO, A MEDIDA RECEBIDA PODE TRAZER BENEFÍCIOS A SUA VIDA?
QUAIS?
NA SUA OPINIÃO, EXISTE ALGUMA CONSEQUÊNCIA PARA QUEM NÃO CUMPRE A
MEDIDA APLICADA? QUAIS?
METODOLOGIA
Atividades de Grupo Propriamente dita:
Dinâmicas de grupo: autoreflexão, autoconhecimento,
sociedade, vida familiar, social e profissional, também
discussão de assuntos correlacionados ao cumprimento da
medida socioeducativa Ex.paz, violência, valores morais,
dependência química, dentre outros.
Palestras Educativas (realizadas mensalmente).
Reuniões e Palestras com responsáveis por adolescentes
em MSE (realizadas mensalmente).
METODOLOGIA
MÓDULOS POR TEMA GERADOR
MÓDULO I - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL.TEMA GERADOR:
PROTAGONISMO INFANTO JUVENIL – PROJOVEM.
MÓDULO II: IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE INTERESSE. TEMA
GERADOR IDENTIDADE – CREAS CIC
MÓDULO III: EXECUÇÃO DO PROJETO, MONITORAMENTO DAS
ATIVIDADES.TEMA GERADOR: TRABALHO – ONG GERAR: APRENDIZ
LEGAL
MÓDULO IV: EXECUÇÃO DO PROJETO, MONITORAMENTO DAS
ATIVIDADES.TEMA GERADOR DEPENDÊNCIA QUÍMICA – CENTRO VIDA
E PEQUENO COTOLENGO PARANAENSE.
MÓDULO V: AVALIAÇÃO DO PROJETO, PROJETO DE VIDA. TEMA
GERADOR - PLANEJAMENTO E DISCIPLINA - REDE A SER
CONFIRMADA.
METODOLOGIA
ESTRUTURA DE CADA MÓDULO:
1ª e 2ª semana – atividades com o grupo de PSC
(grupo fechado).
3ª semana – palestra a partir do tema gerador
(grupo aberto PSC + LA)
4ª semana – palestra com os responsáveis a partir
do tema gerador (grupo aberto)
METODOLOGIA
ATIVIDADES RELACIOANADAS NÃO OBRIGATÓRIAS
Filmes.
Leituras.
Visitas à comunidade local.
Atividades de autoconhecimento (ex. autobiografia).
Retorno à instituição visitada com proposta efetiva de ação.
Obs. Contam como horas de PSC mediante comprovação do trabalho
realizado.
RESULTADOS INICIAIS
30 ENTREVISTAS
25 Adesões
06 em
descumprimento
(02 estão no 10º
DP)
10
permanecem
em atividade
5 não atenderam
perfil
01 desistente
sem
descumprimento
18
atingiram
100%
adesão
08 superação do
risco antes da
data limite
Atendimento
individual e
encaminhamento
para entidades
parceiras
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES
72% de adesão à proposta.
Menor resistência aos encaminhamentos para
tratamentos, cursos e outros.
Melhoria da vinculação do adolescente e sua família com
os educadores e técnicos de referência.
Facilita conhecer as atitudes e a vida pessoal do
adolescente e assim as orientações e intervenções têm
maior possibilidade de sucesso.
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES
As famílias que se vinculam ofereceram melhor suporte a
MSE e motivam o adolescente ao cumprimento da mesma.
Os adolescentes relatam se sentirem mais
valorizados/respeitados em relação àqueles que são
encaminhados para PSC em instituições parceiras.
Demonstraram reflexões importantes para a
ressignificação da vida social, familiar e social.
COLOCAÇÕES DOS ADOLESCENTES
“A
PSC em grupo é bom porque nos dá bastante
oportunidades de serviços e cursos. E também as conversas
em grupo fazem a gente se conhecer melhor e pensar na
vida. E aqui é melhor porque não é humilhante. Aqui a gente
não fica exposto na rua, o que seria muito pior e nos
revoltaria mais ainda. A gente acha que deveria continuar
porque ajuda mais, porque como está ajudando a gente
poderia ajudar outras pessoas a mudar os pensamentos e
sem falar que a gente é bem recebido. Sempre que
chegamos a FAS nos tratam muito bem e conversam
bastante com a gente e isso nos deixa mais interagido a
participar do grupo”. SIC
Avaliação escrita realizada em 22.09.2011 (grupo manhã)
ALGUMAS DIFICULDADES OBSERVADAS
RIVALIDADE ENTRE GANGUES E O PORTE DE ARMA.
A DIFICULDADE COM OS LIMITES E REGRAS DE CONVIVÊNCIA.
O ESTREITAMENTO DO VÍNCULO COM O TÉCNICO, O SIGILO E A
CONFIANÇA.
A NEGATIVA DE QUE MACONHA E ÁLCOOL SÃO DROGAS.
A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA E A LEGITIMIDADE DO CRIME PARA A
SUBSITÊNCIA.
A DESCRENÇA NAS INSTITUIÇÕES E NOS SERVIÇOS (ex. saúde,
segurança pública).
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS, EMOCIONAIS E PSICOLÓGICOS
QUE NECESSITAM SER TRABALHADOS ANTES DO
ENCAMINHAMENTO A PSC.
DESAFIOS – potencializar as ações intersetoriais
RESPONSABILIZAÇÃO FAMÍLIA
SEGURANÇA PÚBLICA
COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
COM O SGD.
EDUCAÇÃO
PSICOSSOCIAL
JURÍDICA
SAÚDE
DEMAIS
POLITICAS PÚBLICAS
ESPORTE, CULTURA,LAZER
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
GERAÇÃO EMPREGO E RENDA
Música: O Mesmo Rosto. Jorge Trevisol
Dizem que o sol, deixou de brilhar
Que as flores mais belas não perfumam mais
Os jovens teriam deixado de amar
De crer na esperança de poder mudar
Que as lutas e os sonhos o vento espalhou
E que envelheceram as forças do amor
Um jovem foi baleado na
Cidade Industrial de
Curitiba (CIC) na tarde desta
segunda-feira. Eduardo de
Toledo, de 18 anos.
03.11.2011 – Gazeta do Povo
Se fosse assim que digam vocês
De quem é o rosto que ainda sorri
De quem é o grito que nos faz tremer
Defendendo a vida, o modo de ser
De quem são os passos marcados no chão
Unindo o compasso de um só coração
Enquanto existir um raio de luz
E uma esperança que a todos conduz
Existe a certeza, plantada no chão
Ternura e beleza não acabarão
Pois a juventude que sabe guardar
Do amor e da vida não vai descuidar
O rosto de Deus é jovem também
E o sonho mais lindo é ele quem tem
Deus não envelhece, tampouco morreu
Continua vivo no povo que é seu
Se a juventude viesse a faltar
O rosto de Deus iria mudar
REFERÊNCIAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8.069, de 13
de julho de 1990.
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Novembro 2004. Brasília:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate À Fome e Secretaria
Nacional de Assistência Social.
BRASIL. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE.
2006. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos e Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA.
BRASIL, Presidência da República. Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente. Plano Nacional de Promoção, Proteção e
Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e
Comunitária - Secretaria Especial dos Direitos Humanos – Brasília,
DF/CONANDA, 2006.
CONTATOS
MARISA SONAGLIO
E - MAIL: [email protected]
TELEFONE: 3323.4992
LISSANDRA MEDEIROS SANTOS
E-MAIL: [email protected]
TELEFONE: (41) 3347.1848
Coord. Proteção Social Especial
TELEFONE (41) 3250.7904 OU 3250.7902
OBRIGADA
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Marisa Sonaglio e Lissandra Benassi Medeiros Santos