CÂMARA TÉCNICA - CIT Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida – LA e de Prestação de Serviços à Comunidade – PSC (Serviço de MSE em Meio Aberto) Brasília, 02 de setembro de 2015. Departamento de Proteção Social Especial Coordenação Geral de Medidas Socioeducativas SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - SINASE Compromissos Assumidos pelo MDS 1. Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo.(Resolução CONANDA Nº 160 de 2013) 2. Carta de Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente – Executivo e Sistema de Justiça. 3. Participação no Grupo de Trabalho no âmbito do Conselho Nacional de Educação- CNE para elaboração das Diretrizes Nacionais para a efetivação do direito à escolarização e educação profissional de adolescentes e jovens em atendimento socioeducativo 4. Expansão e Qualificação do Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade (Resolução CNAS nº 18, 05 junho de 2014). Participação na Comissão Intersetorial, coordenada pela SDH – acompanha a implementação do SINASE, composta por 12 Ministérios e 2 Conselhos (Conanda e CNAS) e pelo Congemas, Fonseas e Fonacriad; AGENDA CGMSE -2015 1. Setembro (dia 02) - Abertura da Câmara Técnica na próxima reunião da Comissão Intergestores Tripartite – CIT. Objetivo da Câmara Técnica: definir parâmetros para a execução do Serviço de Medida Socioeducativa em Meio Aberto, realizados pelos CREAS no âmbito do SUAS, visando maior alinhamento e pactuação na CIT. 2. Outubro (dia 19) - Teleconferência sobre as Orientações Técnicas do Serviço de MSE em Meio Aberto. 3. Consultoria em curso (previsão de término em dezembro de 2015). Objetivo: levantamento de modelos de Plano Individual de Atendimento (PIA) e de fluxos e protocolos de gestão adotados na execução do Serviço de MSE em Meio Aberto. Pesquisa de campo em 04 municípios – entrevistas com gestores e técnicos da Assistência Social; técnicos das políticas setoriais; representante do Judiciário. Pesquisa on line – questionário remetido ao órgão gestor da Assistência Social de 60 municípios. 4. Diretrizes Nacionais para a efetivação do direito à escolarização e educação profissional de adolescentes e jovens em atendimento socioeducativo. Discussão realizada no âmbito da Câmara de Educação Básica – CEB do Conselho Nacional de Educação – CNE. Criação de um grupo de trabalho com a participação de: MEC, MDS, SDH/PR, CONANDA, Unb, integrantes do CNE – elaboração de um documento orientador: “Subsídios à elaboração das Diretrizes Nacionais para efetivação do direito à escolarização e educação profissional dos adolescentes e jovens no Sistema Socioeducativo” Situação atual – término da consulta pública ao documento orientador. Será realizada Audiência Pública em São Paulo ainda em 2015 para apresentação de Projeto de Resolução e posterior homologação e assinatura pelo Ministro da Educação. DADOS SOBRE A EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO ABERTO- Informações do Censo SUAS 2014 e do Registro Mensal de Atendimento – RMA 2014 Total Adolescentes acompanhados pelo Serviço de MSE em Meio Aberto em 2014, por GÊNERO GÊNERO 2014 Percentual MASCULINO 58.525 87% FEMININO 8.831 13% TOTAL 67.356 100% Fonte: MDS, Sistema de Registro Mensal de Atendimentos – RMA (2014) Total adolescentes acompanhados pelo Serviço de MSE em Meio Aberto em 2014, por MEDIDA SOCIOEDUCATIVA e GÊNERO Medida Socioeducativa Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida - LA Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC Total Gênero Masculino 28.464 Feminino 3.512 31.976 Masculino 28.786 33.636 Feminino Fonte: MDS, Sistema de Registro Mensal de Atendimentos – RMA (2014) 4.850 Quantidade de Adolescentes em cumprimento de LA e de PSC nos CREAS em 2014, por REGIÃO 4.262 Centro-Oeste 2.364 11.240 Sul 5.183 10.730 Sudeste 16.861 Prestação de Serviço à Comunidade Liberdade Assistida 4.624 Nordeste 5.254 2.780 Norte 2.314 33,636 Brasil 31,976 0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 Fonte: MDS, Sistema de Registro Mensal de Atendimentos – RMA (2014) 40,000 Média mensal de adolescentes em cumprimento de MSE nos CREAS, por REGIÃO e PORTE 100 90 81 80 66 70 54 60 43 50 34 23 13 40 30 20 10 22 1310 14 87 10 6 32 21 13 25 4 24 15 11 0 Média mensal por CREAS de adolescentes em MSE Média mensal por CREAS de adolescentes em PSC Fonte: MDS, Sistema de Registro Mensal de Atendimentos – RMA (2014) 2 12 7 34 25 1114 Média mensal por CREAS de adolescentes em LA 38 Percentual de municípios que possuem pelo menos um CREAS, por Região e Porte 98% 100% 90% 86% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 44% 38% 30% 30% 49% 45% 30% 44% 27% 26% 21% 20% 37% 34% 19% 14% 10% 10% 0% 2010 Fonte: MDS, Censo SUAS (2010,2014) 2014 100% 100% 100% 93% Quantidade de CREAS Regionais, por região Fonte: CadSUAS (Julho/2015) 80 70 60 54 48 50 40 30 20 10 4 2 0 0 Sul Centro-Oeste 0 Brasil Norte Fonte: CadSUAS (Julho/2015) Nordeste Sudeste Percentual de CREAS que ofertam o Serviço de MSE em Meio Aberto, por REGIÃO e PORTE 100% 90% 80% 78% 89% 83% 81% 67% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. 91% 91% 73% 77% 80% 61% Percentual de CREAS que possuem equipe exclusiva para o Serviço de MSE em Meio Aberto – Dados Brasil, Região e Porte 100% 90% 80% 74% 66% 70% 60% 50% 40% 45% 36% 34% 32% 43% 33% 32% 26% 30% 20% 10% 0% Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. 18% Percentual de CREAS que atendem adolescente em cumprimento de Medida Socioeducativa de LA e de PSC - Semanalmente ou quinzenalmente – Dados Brasil, Região e Porte 60% 52% 53% 51% 47% 46% 42% 40% 39% 38% 36% 30% 27% 33% 32% 32% 33% 32% 22% 20% 26% 26% 23% 23% 20% 28% 26% 23% 19% 29% 31% 22% 21% 28% 26% 24% 19% 0% Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. Atendimento Semanal - LA Atendimento Quinzenal - LA Atendimento Semanal - PSC Atendimento Quinzenal - PSC 34% 34% 33% 32% 27% 25% 22% 25% 22% 20% Ações e atividades desenvolvidas realizadas pelos profissionais dos CREAS no âmbito do Serviço de MSE em Meio Aberto (PSC e LA) – Parte 1 82.20% 83.50% Acompanhamento da freqüência escolar do adolescente 93.30% 94.70% Encaminhamento do adolescente para o sistema educacional 96.10% 97.50% Visita domiciliar Atendimento com grupos de famílias do adolescente 51.40% 48.50% 93.70% 95.00% Atendimento da família do adolescente Atendimento do adolescente em grupos 60.10% 59.50% 98.00% 98.60% Atendimento individual do adolescente Elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente Prestação de Serviços à Comunidade Fonte: MDS, Censo SUAS 2014 92% 91.90% Liberdade Assistida Ações e atividades desenvolvidas realizadas pelos profissionais dos CREAS no âmbito do Serviço de MSE em Meio Aberto (PSC e LA) – Parte 2 Elaboração e encaminhamento de relatório para a Justiça da Infância e da Juventude ou Ministério Público Encaminhamento do adolescente para cursos profissionalizantes 96.80% 95.80% 82.10% 80.40% Encaminhamento do adolescente e sua família para serviços de outras políticas setoriais 84.30% 83.30% Encaminhamento de famílias ou indivíduos para outros serviços da rede de saúde 87.50% 86.80% Encaminhamento para serviços da rede de saúde para atendimento de usuários/dependentes de substâncias psicoativas 85.70% 86.80% Encaminhamento do adolescente e sua família para outros serviços e programas da rede socioassistencial 90.90% 91.50% Encaminhamento para o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 85.60% 85.80% Encaminhamento do adolescente para os locais de prestação de serviços comunitários* 92.80% *Atividade não realizada no âmbito da Liberdade Assistida Prestação de Serviços à Comunidade Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. Liberdade Assistida Principais locais onde o adolescente presta serviços à comunidade – medida socioeducativa de PSC Rede de Saúde 40.00% Rede Educacional 60.80% Rede socioassistencial pública Rede socioassistencial privada 71.60% 21.10% Outras unidades da Administração Pública Outros 0 Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. 41.80% 16.40% Principais parceiros com os quais os CREAS contam para inserirem adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de LA ou de PSC na rede de atendimento Grupos ou atividades desenvolvidas por iniciativas da sociedade civil organizada 27.00% Trabalho/Orientação ou qualificação profissional (Ex.: Adolescente Aprendiz, etc.) 48.60% Cultura 45.00% Esporte e lazer 56.30% Saúde 76.70% Educação Não conta com parceiros da rede Fonte: MDS, Censo SUAS 2014. 86.20% 2.50% Sistematização dos Relatórios das Secretarias Estaduais de Assistência Social sobre a situação dos Municípios com atendimento abaixo de 10 adolescentes no Serviço de MSE em Meio Aberto registrado no RMA 2014 Diagnóstico do RMA 2014 • 347 municípios lançaram no RMA média mensal de atendimento menor que 10 adolescentes. • Esse número representa cerca de 34% dos municípios cofinanciados em 2014. • Apenas o estado de Roraima não teve município com média de atendimento menor que 10 adolescentes (DF não recebe cofinanciamento federal). • Vale lembrar que atender média mensal igual ou maior que 10 adolescentes foi um dos critérios de elegibilidade de municípios para a expansão e qualificação do Serviço de MSE em Meio Aberto em 2014. Diagnóstico RMA 2014 – Municípios com média mensal de atendimento menor que 10 adolescentes registrados no sistema. Quantidade de Municípios com média mensal de atendimento abaixo de 10 adolescentes no RMA 2014, por Região 35 29 30 28 27 26 25 26 24 25 20 18 13 12 10 8 5 4 11 8 7 6 16 15 14 15 19 5 4 3 2 1 0 RO AC AM PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS Fonte: MDS, RMA 2014. Obs.: DF não possui cofinanciamento federal. RR não têm registro de municípios com menos de 10 adolescentes no RMA 2014. MS MT GO Consolidado das respostas dos Estados à solicitação de realização de visita técnica aos municípios com menos de 10 adolescentes no RMA 2014 (Serviço de MSE em Meio Aberto) Retorno dos Estados sobre a situação dos municípios Nº de Estados Encaminhou relatório com informações sobre todos os municípios 12 Encaminhou relatório, mas não informou sobre a totalidade dos municípios 05 Não encaminhou relatório 08 Total 25 Fonte: CGMSE, Relatórios encaminhados pelos Estados, 2015. Obs.: DF não possui cofinanciamento federal. RR não têm registro de municípios com menos de 10 adolescentes no RMA 2014. Sistematização das informações qualitativas dos relatórios enviados pelos Estados 34 municípios de 07 estados informaram que não há demanda ou a demanda é muito baixa para o atendimento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de LA ou de PSC. Há relatos de erro, inconsistência e até mesmo de não preenchimento do Registro Mensal de Atendimento – RMA em municípios de 04 estados. Municípios de 03 estados informaram que a comarca não tem juiz nem promotor ou que há grande rotatividade desses operadores do Sistema de Justiça. Sistematização das informações qualitativas dos relatórios enviados pelos Estados Judiciário não encaminha adolescentes para o serviço de MSE: • Do total de 16 estados que encaminharam relatórios ao MDS, 10 estados têm municípios que apontaram a ausência, por parte do Judiciário, de encaminhamento aos CREAS de adolescentes para cumprimento de medidas socioeducativas de LA ou de PSC. • Essa situação foi mencionada por 38 municípios nos relatórios. • Além disso, foi relatado também situações em que o Judiciário encaminha os adolescentes diretamente para cumprimento de PSC, sem passar pelo CREAS. Falta entendimento do judiciário a respeito do serviço de MSE: • Mais de 20 municípios de 06 estados informaram que o baixo atendimento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto se deve à falta de entendimento do Judiciário sobre a oferta do Serviço de MSE em Meio Aberto. Sistematização de informações sobre Medidas Socioeducativas em Meio Aberto 1. Pesquisa “Análise da dinâmica dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto de LA e de PSC” - CONANDA/IBAM 2013 • • • Período de realização: fevereiro a novembro de 2012 Pesquisa realizada em 156 unidades de atendimento as MSE em meio aberto, nas 26 capitais e no DF Público: Gestores municipais e estaduais, Coordenadores de unidades/serviços/programas; sistema de justiça, famílias e adolescentes. 2. Estudo sobre a gestão, organização e implementação dos serviços socioassistenciais desenvolvidos nos CREAS – DataUFF/MDS 2014 • • • • Período de realização: agosto e outubro de 2013. Pesquisa realizada em ao municípios das cinco regiões, sendo: 3 Metrópoles; 2 Grande Porte; 2 médio Porte; 1 Pequeno Porte II e 2 Pequeno Porte I. Público: gestores, coordenadores e técnicos das unidades como também usuários (62 profissionais e 111 usuários entrevistados) Complementarmente, foram realizadas 40 horas de análise de ambiência em cada um dos equipamentos que compõem a amostra. 1. Atribuições e a composição da equipe do Serviço de MSE em Meio Aberto: Pesquisa CONANDA/IBAM (2013): Equipe técnica insuficiente para atender à demanda - em 18 capitais e no Distrito Federal; Rotatividade da equipe técnica devido à falta de vínculo permanente (efetivos/concursados) – em 08 capitais; Vínculo temporário da equipe técnica e coordenadores de CREAS – em 07 capitais; Capacitação insuficiente da equipe técnica – em 10 capitais Pesquisa DataUff- CREAS (2014) Os CREAS pesquisados contam com quadros formados majoritariamente por mulheres (83%) qualificados do ponto de vista acadêmico: todas as pessoas entrevistadas tinham curso superior, e destas, 50% tinham curso de pós-graduação. Com respeito ao vínculo empregatício, o quadro de profissionais que atuam nos CREAS é formado primeiramente por concursados (37%), seguido por contratados (33%) e comissionados (19%). Relatos apontaram para o fato do número de profissionais do equipamento não ser suficiente para suprir a demanda Profissionais sem clareza sobre o papel desempenhado por cada um no equipamento. Nas cidades menores foi percebida a presença de educadores sociais, voluntários ou não, realizando papel de técnico de referencia no acompanhamento do serviço de MSE. 60% da amostra possui equipes exclusivas para o atendimento das MSE em Meio Aberto 2. Organização do atendimento do Serviço de MSE em Meio Aberto: Pesquisa CONANDA/IBAM (2013) Necessidade de aprimoramento das ações intersetoriais para o atendimento socioeducativo. Problemas no estabelecimento e manutenção de uma rede parceira para o cumprimento da medida de PSC. ( adolescentes com atividades inadequadas; capacitação das entidades; comunicação; poucas entidades interessadas em ofertar vagas; dificuldade de acompanhamento sistemático e supervisão das entidades). Falta de interação e comunicação entre os diversos agentes que atuam no atendimento ao adolescente em cumprimento de medidas socioeducativas Ainda que existam Centros de Atendimento e serviços específicos para o atendimento ao adolescente envolvido com o ato infracional em algumas capitais é evidente nas respostas dos entrevistados que os fluxos de atendimento precisam ser melhorados. Dificuldade de envolver as famílias na elaboração do PIA assim como demais setores da rede de atendimento. Identificou-se que em 145 unidades foi informado o uso do relatório do PIA como uma das formas de reavaliação da medida a serem encaminhados para o judiciário. O PIA foi indicado como um instrumento eficaz no acompanhamento do processo socioeducativo por 132 unidade Não existe um modelo padrão para o PIA. 2. Organização do atendimento do Serviço de MSE em Meio Aberto : Pesquisa DataUff- CREAS (2014) É rara a existência de uma relação de proximidade entre o órgão gestor e o CREAS. Na maioria dos casos, a relação entre o CREAS e o órgão gestor municipal da assistência social é formal, obedecendo a hierarquias e mediada pelo coordenador do equipamento, com pouca ou nenhuma participação da equipe técnica. Entrevistados consideram fundamental que o órgão gestor ofereça acompanhamento técnico, recursos materiais necessários e, sobretudo, retaguarda institucional nas articulações e/ou para decisões necessárias para a garantia dos direitos socioassistenciais dos usuários. Os profissionais que atuam diretamente com as MSE são os que mais claramente se queixam desta falta de apoio institucional e técnico por parte do órgão gestor. Possui fluxo diferenciado dos demais serviços Nenhum dos municípios possui definição formal de um fluxo padrão de atendimentos e ou acompanhamentos. 3. Relação do Serviço de MSE em Meio Aberto com os demais serviços do SUAS Pesquisa DataUff- CREAS (2014) A partir da amostra deste estudo se constata basicamente três tipos de organização dos serviços no CREAS: 1. CREAS em que existe a divisão de equipes por serviço: PAEFI, MSE e Abordagem Social; 2. CREAS em que a equipe das MSE é independente dos demais profissionais que realizam os serviços PAEFI e Abordagem Social; 3. CREAS em que a equipe realiza todos os três serviços. Por mais que as equipes do CREAS interajam cotidianamente nos espaços comuns, as pessoas envolvidas com as MSE tendem a trabalhar de forma isolada. Esse isolamento influencia inclusive a articulação entre os serviços. Foram poucos os relatos de encaminhamento, por exemplo, de adolescentes em meio aberto ou de algum familiar para os serviços do PAEFI, ao contrário do que se verifica da relação do PAEFI com a Abordagem Social. Não consta na pesquisa a interlocução do Serviço de MSE com o PAIF, o SCFV ou com o Acessuas Trabalho. 4. O Serviço de MSE e a Intersetorialidade Pesquisa CONANDA/IBAM (2013) Falta de interação e comunicação entre os diversos agentes que atuam no atendimento ao adolescente em cumprimento de medidas socioeducativas. Em algumas capitais é evidente nas respostas dos entrevistados que os fluxos de atendimento precisam ser melhorados. Ausência de entendimento dos profissionais das áreas de saúde, educação e profissionalização sobre o seu papel no atendimento socioeducativo e incompreensão do principio da incompletude institucional. No período da pesquisa (fevereiro a novembro de 2012) : 19 capitais não tinham constituído a Comissão; 01 capital tinha a Comissão constituída; DF tinha comissão instituída, mas ainda não estava ativada; 01 capital tinha comitê gestor do atendimento socioeducativo; 02 capitais – comissão estava sendo constituída; 01 capital tinha grupo de trabalho interinstitucional e intersetorial; 01 capital tinha grupo de trabalho instituído pelo CMDCA para elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo. Falta de detalhamento das atribuições das outras áreas setoriais (saúde, trabalho, cultura, esporte e lazer) que integram a rede de atendimento socioeducativo Fragilidade da rede de serviços na área da saúde, com foco nos serviços especializados de atendimento a usuários de substancias psicoativas e portadores de transtornos mentais que são inexistentes, ineficientes ou ineficazes Alto índice de evasão escolar dos adolescentes. Os adolescentes não permanecem na escola apesar de estarem matriculados Preconceito institucional contra os adolescentes. 4. O Serviço de MSE e a Intersetorialidade Pesquisa DataUFF- CREAS (2014) Ferramentas tradicionais para a realização de encaminhamento (relatórios, ofícios, contato telefônico, visitas à entidade, reuniões com profissionais) são compreendidas como ferramentas de articulação em todos os municípios pesquisados. A articulação ocorre conforme demanda, portanto, sem planejamento e sem formalização. Ausência de acompanhamento dos encaminhamentos realizados. Um dos grandes desafios apontados do Serviço se refere à qualidade do atendimento, em especial ao acompanhamento sistemático e ao encaminhamento para outros serviços das demais políticas setoriais. 5. Relação com o Sistema de Justiça: Pesquisa CONANDA/IBAM (2013): 90,32% dos serviços/unidades afirmaram estabelecer articulação com o Poder Judiciário; 83,87% com o Ministério Público e 74,19% com a Defensoria Pública. Morosidade do processo judicial prejudica o fluxo de atendimento Dificuldade de se acompanhar o adolescente em cumprimento de medidas socioeducativa em meio aberto devido a escassez de pessoal: insuficiência de defensores e a rotatividade de juízes. O tempo de 15 dias estabelecido para a elaboração do PIA é considerado como insuficiente. Pesquisa DataUff- CREAS (2014) Um dos principais desafios apontados para serviço é institucional dada a característica peculiar do serviço, cuja demanda por atendimento e formato de acompanhamento é fortemente regulada pelo judiciário local. O espaço de protagonismo da assistência social na prestação de serviço de proteção social conforme suas competências se vê contraposto a um modelo de atendimento que torna o CREAS balcão de serviços do Poder Judiciário. Inexistência de um fluxo padrão entre o órgão gestor/CREAS e o judiciário para o encaminhamento do adolescente em cumprimento de medidas e seu acompanhamento. Proposta do Departamento de Proteção Social Especial - DPSE para a condução dos trabalhos na Câmara Técnica Organização e Planejamento da Câmara Técnica 1°) Definir coordenação da câmara 2º) Disponibilização de apoio técnico do DPSE/CGMSE 3º)Fechar o cronograma – datas, temas e horários das reuniões. Setembro Novembro Dezembro 02 04 02 14:00 às 18:00 09:00 às 18:00 09:00 às 18:00 3º) Organização das reuniões: abertura; tempo para a apresentação; tempo para o debate; ordem e tempo das falas; momento de encerrar o debate; momento para as proposições; encaminhamentos. Proposta metodológica • A sistematização e análise dos dados, normativas e orientações disponíveis sobre o tema a ser discutido serão antecipadamente encaminhadas pelo MDS aos integrantes da Câmara Técnica. • A sistematização das discussões será realizada em um quadro com quatro colunas – a primeira, com o tema/subtema; a segunda, com o que diz as normativas e as orientações; a terceira, com apontamentos dos participantes e, a última, com proposições e recomendações para pactuação. Proposta Metodológica – Quadro para sistematização do debate e das proposições Tema / subtema 1. 2. 3. 4. 5. O que estabelecem as normativas e orientações Contribuições e apontamentos dos integrantes da CT Proposições e sugestões Justificativas para a priorização da discussão inicial de 02 temas 1º Ações e atividades do atendimento e atribuições e composição equipe Justificativa – tema recorrente em dúvidas e solicitação de orientações de estados e municípios. A falta de regulamentação dificulta a organização e a oferta do Serviço de MSE em Meio Aberto com impactos na qualidade do atendimento. 2º Organização e padronização do atendimento do Serviço de MSE em Meio Aberto - Protocolos e fluxos no atendimento socioeducativo em meio aberto - Plano Individual de Atendimento – PIA Justificativa – apresentação dos produtos da consultoria em curso sobre o Serviço de MSE em Meio Aberto. Apresentação prevista no Termo de Referência. Temas fundamentais para um melhor atendimento socioeducativo em meio aberto para os quais ainda não há diretrizes gerais. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social Obrigada! Departamento de Proteção Social Especial – DPSE Coordenação Geral de Medidas SocioeducativasCGMSE (61) 2030-3185