UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Neiva Maria Rodrigues Mesquita
A CRIANÇA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CURITIBA
2011
Neiva Maria Rodrigues Mesquita
A CRIANÇA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Monografia apresentada ao
final do módulo do curso de
Psicopedagogia
sob
a
orientação
da
professora
Jurândi Serra Freitas.
Curitiba
2011
SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA.......................................................................................4
2. OBJETIVO GERAL...................................................................................4
3. OBJETIVO ESPECÍFICO...........................................................................5
4. PROBLEMA .............................................................................................5
5. HIPÓTESE................................................................................................5
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................5
6.1 Introdução..................................................................................................5
6.2 Características das crianças de cinco e seis anos....................................7
Inte
6.3
rvenção psicopedagógicas aos professores sugestões de atividades.23
1. JUSTIFICATIVA
A partir do ano de 2008, quando ocorre a implantação prática da lei
11.274, percebe-se muitas dificuldades enfrentadas pelos professores e
alunos no cumprimento real das propostas de ensino e avaliação elaboradas
pelo MEC.
Apesar do projeto de lei número 11.274 ter sido aprovada em janeiro
de 2006, vivenciou-se o quanto há de dificuldade em cumprir as normativas
dessa lei nos padrões de escolas de ensino fundamental que temos
atualmente.
Nestes últimos cinco anos os professores de primeiro ano enfrentam
novos obstáculos ao trabalhar com crianças de cinco e seis anos. Em
Curitiba, a partir de 2008 essas crianças têm o direito de iniciam o Ensino
Fundamental mesmo que completem seis anos de idade apenas em de
dezembro do ano letivo.
A imaturidade cognitiva de uma boa porcentagem desses novos
alunos, a falta de material pedagógico e estrutura física para recebê-los
contribuem para a ocorrência das dificuldades no trabalho do professor.
Através da elaboração e apresentação dessa monografia pretende-se
identificar questões pertinentes às dificuldades do trabalho do professor frente
a essa nova realidade e propor algumas intervenções que auxilie o professor
a compreender melhor o desenvolvimento desse novo trabalho.
2.
OBJETIVO GERAL
Identificar as dificuldades enfrentadas pelos professores de 1° ano do
ensino fundamental frente o trabalho com crianças de cinco e seis anos da
Escola Professor João Macedo Filho frente os novos desafios propostos pela
Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Curitiba.
3.
OBJETIVO ESPECÍFICO
•
Destacar as características físicas, psíquicas, cognitivas e
sociais de crianças de cinco e seis anos.
•
Elaborar uma listagem de conteúdos, que contribua para o
desenvolvimento do raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada.
•
Pesquisar as reais dificuldades enfrentadas pelos professores
frente a implantação do projeto de lei 11.274.
•
Registrar formas de intervenção feitas pelo professor a seus
alunos com apoio de toda equipe pedagógica.
•
Coletar propostas de atividades que venham contribuir na rotina
diária do trabalho do professor.
4.
PROBLEMA
Como o professor pode fazer um trabalho assertivo com crianças de
cinco e seis anos, mesmo tendo estrutura inadequada na escola?
5.
HIPÓTESE
Um trabalho diário que possibilite o desenvolvimento da aprendizagem
global, onde a percepção sensorial, intelectual e afetiva entre em ação, poderá
deixar a criança mais envolvida e feliz com a rotina escolar.
6.
REFERENCIALTEÓRICO
6.1 O projeto de lei 11.274
Esse trabalho se propõe a destacar os aspectos que envolvem o
funcionamento mental e psicomotor da criança de cinco a seis anos de idade para
contribuir com os professores em suas dificuldades ao trabalhar com a criança de
cinco e seis anos.
Em janeiro de 2006, o Senado aprovou o Projeto de lei n° 144/2005 que
estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com
matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Em fevereiro de 2006 o
Presidente da República sancionou a lei n° 11.274 q ue regulamenta o Ensino
Fundamental de 9 anos. A legislação prevê que sua medida deverá ser implantada
até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
(Como entender a mudança para 9 anos do Ensino Fundamental?
acessado dia 30/06/2010.)
Com a inclusão de crianças de seis anos no ensino fundamental, aumenta a
escolarização da população brasileira que se encontrava, até então privada da
educação escolar ou sem garantia de vagas nas instituições públicas.
O Ensino Fundamental é o único nível de ensino no País a ser de matrícula
obrigatória. Ao ter sua duração ampliada de oito para nove anos, traz para a escola
um grupo de crianças que ao serem introduzidas nessas instituições, entram em
contato com uma cultura da qual devem se apropriar. Embora algumas das crianças
de seis anos já frequentassem instituições pré-escolares, a entrada nesse segmento
impõe novos desafios para o educando e o corpo docente como um todo. Sabe-se
que é de direito da criança ter acesso à educação pública de qualidade. Para que
esse direito se cumpra e, portanto se configure como promotor de novos direitos, o
acesso das crianças às instituições educativas e sua permanência nelas deve
consolidar-se como direito ao conhecimento, à formação integral do ser humano e à
participação no processo de construção de novos conhecimentos. A construção
dessa prática educativa deve ter a criança como eixo do processo e levar em conta
as diferentes dimensões de sua formação.
A entrada da criança na escola de Educação Infantil é uma etapa singular na
infância, principalmente porque essa será a primeira grande situação de ampliação
do convívio social. Uma questão polêmica no cenário educacional é o fato de que
para ingressar no Ensino Fundamental a criança deve completar 6 (seis) anos até 31
de dezembro, ocasionando muitos problemas para aqueles que fazem seis anos
apenas ao término do ano.
De acordo com o Ministério de Educação (MEC) e com a Secretaria de
Educação Básica, a ampliação do Ensino Fundamental em mais um ano de estudo
do Ensino Fundamental de oito para nove anos, deve:
“(...) produzir um salto na qualidade da educação: inclusão de todas as
crianças de seis anos, menor vulnerabilidade a situações de risco, permanência na
escola, sucesso no aprendizado e aumento da escolaridade dos alunos”
(BRASIL/MEC, 2007, p. 01.).
O Conselho Estadual de Educação do Paraná reafirma a competência de
cada instituição de ensino na elaboração da sua proposta pedagógica e especifica
que essa proposta deve explicitar:
“[...] as concepções de infância, de desenvolvimento humano e de ensino e
aprendizagem” (CEE/PR, Deliberação 03/2006, art. 18, inciso I.). Por sua vez a
Resolução do CNE, nº 01/2010, em seu Art. 2º, retoma a questão da idade para a
matrícula no Ensino fundamental e determina: “Para o ingresso no primeiro ano do
Ensino Fundamental, a criança deverá ter 6 (seis) anos de idade completos até o dia
31 de março do ano em que ocorrer a matrícula”.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Concurso Prefeitura Municipal
de Curitiba 2010.
6.2 Características das crianças de cinco e seis anos
A inclusão de crianças de cinco anos no ensino fundamental é uma questão
que tem inquietado muito os educadores. Para iniciar essa discussão é fundamental
que se considere três questões: a primeira é necessário que se compreenda como
ocorre o processo de desenvolvimento infantil, bem como essas crianças realizam
suas aprendizagens. Conhecer suas características físicas, psíquicas, cognitivas e
sociais é de suma importância para a realização de um bom trabalho. E, portanto a
partir dessas concepções os professores poderão elaborar não só uma listagem de
conteúdos, mas uma proposta pedagógica que contribua para o desenvolvimento do
raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada dessas crianças.
Uma segunda questão é quando se pensa nos conteúdos e no processo de
ensino aprendizagem para o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos,
isso não pode implicar na transferência do trabalho que era desenvolvido na primeira
serie do Ensino Fundamental de oito anos. Por que no final dessa série se esperava
que a criança conseguisse ler e escrever e realizar
operações de adição e
subtração.
A terceira questão diz respeito à formação continuada dos professores. É
essencial que o professor esteja sintonizado com os aspectos relativos aos cuidados
e à educação dessas crianças, seja portador ou esteja receptivo ao conhecimento
das diversas dimensões que as constituem no seu aspecto físico, cognitivolingüístico, emocional, social e afetivo. Nessa perspectiva, é essencial assegurar ao
professor programas de formação continuada, privilegiando a especificidade do
exercício docente em turmas que atendem a crianças de cinco e seis anos.
A natureza do trabalho docente requer um continuado processo de formação
dos sujeitos sociais historicamente envolvidos com a ação pedagógica, sendo
indispensável o desenvolvimento de atitudes investigativas, de alternativas
pedagógicas e metodológicas na busca de uma qualidade social da educação.
Não há nenhum modelo a ser seguido, nem perfil ou estereótipo profissional
a ser buscado. Entretanto, como analisa Ilma Passos Alencastro Veiga, “o projeto
pedagógico da formação, alicerçado na concepção do professor como agente social,
deixa claro que é o exercício da profissão do magistério que constitui
verdadeiramente a referência central tanto da formação inicial e continuada como da
pesquisa em educação. Por isso, não há formação e prática pedagógica definitivas:
há um processo de criação constante e infindável, necessariamente refletido e
questionado.”
Assegurar essa formação deve ser o desafio de todos os sistemas. Uma
formação sensível aos aspectos da vida diária do profissional, especialmente no
tocante às capacidades, atitudes, valores, princípios e concepções que norteiam a
prática pedagógica. Promover a formação continuada e coletiva é uma atitude
gerencial indispensável para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico
qualitativo que efetivamente promova a aprendizagem dos alunos.
A formação oferecida fora da escola, por meio de cursos, é de grande
relevância para o aprimoramento profissional, podendo, inclusive, consolidar o
processo de acompanhamento sistemático das redes de ensino estaduais e
municipais, mediante discussões com os profissionais docentes.
No entanto, é decisivo o papel que o profissional da educação realiza no diaa-dia da escola. Esse fazer precisa ser objeto de reflexão, de estudos, de
planejamentos e de ações coletivas, no interior da escola, de modo intimamente
ligado às vivências cotidianas.
A frequência de encontros sistemáticos e coletivos para estudos e
proposições permite uma articulação entre teoria e prática. As experiências revelam
que essa estratégia, além de mais bem qualificar o trabalho pedagógico, ainda
democratiza as relações intra-escolares, na medida em que oferece oportunidades
semelhantes ao grupo de profissionais da escola.
A reflexão dos profissionais da educação sobre a sua prática pedagógica
para a construção de um projeto político-pedagógico autônomo, bem como a
implementação das diretrizes de ensino e de democracia da gestão, são essenciais
para a qualidade social da educação.
As crianças estão começando o Ensino Fundamental com cinco anos, idade
que ainda deveriam estar na Educação Infantil. O professor muitas vezes é obrigado
a ensinar determinados conteúdos a essa clientela mesmo que algumas dessas
crianças
se
encontrem
sem
estrutura cognitivo-neurológica
para
aprender
determinados conceitos. Às vezes o ato de alfabetizar reflete em desrespeito e
crueldade para com os pequenos. O que observa-se em algumas escolas, são
inúmeras crianças inteligentíssimas que não aprendem o saber sistematizado ou o
saber escolar. Parecem frustradas com o conhecimento sistematizado. Estão no
início de uma vida escolar e já se encontram traumatizadas, marcadas por um
sistema educacional que não respeita os educandos.
Alguns alunos até passaram por um processo rigoroso de avaliação
psicológica e pedagógica, foram muito bem nos testes psicológicos, elaboram
estórias e as contam oralmente com clareza. Mas a situação muda quando se pede
para a criança registrar ou escrever uma frase ou um texto, ou ainda resolver um
problema matemático no caderno. E há ainda aquelas crianças que só produz com
um professor ou um outro adulto de seu lado.
Ao entrar na escola a criança primeiro aprende a gostar do novo ambiente,
das outras pessoas que estão ali inseridas. Nessas novas relações ela começa a
entender o funcionamento dessa instituição, suas regras, os seus direitos e deveres
neste local. A princípio estar alfabetizado na língua portuguesa e na matemática
significa ter o domínio da leitura e da escrita, a realização de operações
matemáticas em situações problemas. Mas esse domínio é na verdade a conclusão
de um longo processo.
Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por
uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a
aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas compõem a chamada "fase préescolar" ou "período preparatório". O processo de alfabetização é bastante complexo
para a criança, por isso a importância de se respeitar o período preparatório, que
dará a criança o suporte necessário para que ela prossiga sem apresentar grandes
problemas. Uma criança sem o preparo necessário pode apresentar durante a
alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à orientação
espacial, não sabendo, por exemplo, segurar o lápis com firmeza, unir as letras
enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode ainda ter problemas
para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas.
Também é possível encontrar alunos que só sabem copiar textos, e durante
um ditado, não conseguem escrever. Pode-se verificar as dificuldades de
interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda os problemas
emocionais, tais como, complexos de inferioridade, insegurança, medo de situações
novas, medo de ser repreendido, medo de errar, de não corresponder às
expectativas dos pais e professores, apatia, indiferença ou indisciplina e revolta,
problemas de socialização, baixa auto-estima, e outros.
Para entendermos melhor como alfabetizar e desenvolver o raciocínio lógico
em crianças de cinco e seis anos se faz necessário analisar as contribuições de
Freud, Jean Piaget, e Vigotsky relacionadas ás características cognitivas, sociais e
afetivas dessa faixa etária, além das três questões colocadas anteriormente.
(características dessa criança, conteúdos a serem trabalhados e formação do
professor).
A criança, diante das primeiras expectativas de aprendizagem escolar,
revive, repete e expressa sua maneira pessoal, particular de lidar com a realidade,
esta maneira, representa uma reedição da história de suas relações passadas.
Assim, as experiências de sucesso ou de fracassos nesta aprendizagem, além de
ter sido influenciada por esta condição pessoal da criança, vão promover
conseqüências no seu narcisismo.
Na perspectiva psicanalítica para que a criança tenha acesso é necessário
que elabore o complexo de Édipo. Freud (1916, 1917) evidencia a importância deste
complexo na estruturação da personalidade, afirmando que é através da resolução
do Édipo, pelo medo da castração, que a criança internaliza e se identifica com as
interdições e valores culturais veiculados na relação parental, podendo por isso se
desvincular dos pais reais para assumir um lugar na sociedade.
Assim a criança que ainda está às voltas com conflitos pré-edipianos, com
questões narcísicas como a possibilidade de construir uma imagem e representação
de si mais estável, apesar de falar nem sempre a fala é simbólica, como podemos
observar na fala do esquizofrênico, a qual Segal (1983) denomina equação
simbólica encontra muita dificuldade em aprender (a ler e escrever) exatamente
porque não consegue se sujeitar a regras e normas.
O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo
Freud, é a chamada "fase latente", quando a criança já não tem mais interesses
relacionados à descoberta do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas
relações, e pode ter toda a sua atenção voltada para a aprendizagem por que esses
interesses só voltam a se manifestar na puberdade.
Para Leda Barone, a entrada na escola, e mais precisamente o início da
alfabetização, coincide com o período em que a criança está no auge da angústia de
castração, portanto muito voltada para seus interesses narcísicos, o que envolve a
possibilidade de construir uma imagem segura de si, e ao mesmo tempo
pressionada pelo meio para se sociabilizar, o que envolve a possibilidade de se
sujeitar a regras e normas.
Assim, "a forma como a criança vai viver esta aprendizagem depende do
nível de organização conseguido no seu processo de acesso ao Simbólico".
O prazer é um fator muito importante para obter sucesso ao longo dos anos
que essa pessoa vai freqüentar uma escola. Sentir prazer em ir à escola e encontrar
lá pessoas diferentes do seu cotidiano se faz necessário e é positivo para um bom
desempenho do educando. Também a educação com afeto e acolhimento vem
colaborar para que a criança se reorganize nesse novo espaço.
Alguns professores reclamam do lento progresso dos alunos, pois alegam
que muitos só “querem brincar”. Uma das formas da criança falar (comunicar) se dá
pelo ato de brincar.
Segundo Heli Mrales, “Brincar é arriscar-se a fazer do sonho um texto
visível”. (...) “Na clínica psicanalista, o brincar tem importância fundamental, como
uma das formas por onde a criança simboliza a realidade tal como percebe
situações prazerosas e desprazeirosas.”
Através da observação dos momentos de brincadeira dos alunos pode-se
constatar como a criança se posiciona frente a esse mundo novo. Expondo seus
problemas escolares e familiares. Com esse jeito de escutar o aluno a correção não
é imediata, mas são criadas inúmeras possibilidades de trabalho com esse novo
educando.
Segundo Jean Piaget, o estágio pré-operatório que vai dos dois aos sete
anos,
também
chamado
pensamento
intuitivo
é
fundamental
para
o
desenvolvimento da criança. Apesar de ainda não conseguir efetuar operações, a
criança já usa a inteligência e o pensamento. O conhecimento é organizado
através do processo de assimilação, acomodação e adaptação.
Neste estágio a criança já é capaz de representar as suas vivências e a
sua realidade, através de diferentes significantes, tais como, o jogo, o desenho, a
linguagem, a imagem e o pensamento.
Para Piaget o jogo mais importante é o jogo simbólico (só acontece neste
período), neste jogo predomina a assimilação (Ex. : é o jogo do faz de conta, as
crianças "brincam de ser o papai, a mamãe, o médico”, ...). O jogo de construções
transforma-se em jogo simbólico com o predomínio da assimilação. (Ex. : Lego - a
criança diz que a sua construção é, por exemplo, uma casa. No entanto, para os
adultos "é tudo menos uma casa").
Inicialmente (mais ao menos aos dois anos), a criança fala sozinha porque
o seu pensamento ainda não está organizado, só com o decorrer deste período é
que o começa a organizar, associando os acontecimentos com a linguagem na
sua ação.
A criança ao jogar aprende a organizar e isso a leva a conhecer melhor o
mundo, por outro lado, o jogo também funciona como "terapia" na libertação das
suas angustias. Além disto, através do jogo também podemos perceber a relação
familiar da criança (ex.: Quando a criança brinca com as bonecas pode mostrar a
sua falta de amor por parte da mãe através da violência com que brinca com elas).
Até os dois anos a criança só faz riscos, sem qualquer sentido, porque, para ela, o
desenho não tem qualquer significado.
A criança, aos três anos já atribui significado ao desenho, fazendo riscos
na horizontal, na vertical, espirais, círculos, no entanto, não dá nome ao que
desenha. Tem uma imagem mental depois de criar o desenho. Mas aos quatro
anos a criança já é mais criativa e começa a perceber os seus desenhos e projeta
no desenho o que sente.
De um modo geral, podemos dizer que, neste estágio, o desenho
representa a fase mais criativa e diversificada da criança. A criança projeta nos
seus desenhos a realidade que ela vive, não há realismo na cor, e também não há
preocupação com os tamanhos. Nesta fase os desenhos começam a ser mais
compreensíveis pelos adultos. A criança vai desenhar as coisas à sua maneira e
segundo os seus esquemas de ação e não se preocupa com o realismo. Também
aqui a ela vai utilizar a assimilação.
No início desse período a linguagem, é muito egocêntrica, pouco
socializada, ou seja, a linguagem está centrada na própria criança. Ela não
consegue distinguir o ponto de vista próprio, do ponto de vista do outro e, por isso,
revela certa confusão entre o pessoal e o social, o subjetivo e o objetivo. Este
egocentrismo não significa egoísmo moral. Traduz, "...por um lado, o primado da
satisfação sobre a constatação objetiva e, por outro, a deformação do real em
função da ação e ponto de vista próprio. Nos dois casos, não tem consciência de
si mesmo. Isto manifesta-se através dos monólogos individuais e dos monólogos
coletivos, (Ex. : quando num grupo de crianças estão todas falando, dá a
sensação que estão conversando umas com as outras, mas não, estão sim todas
a falar sozinhas e ao mesmo tempo, ou seja, cada uma está no seu monólogo e
assim manifesta o seu egocentrismo). O termo egocentrismo, característica
descritiva do pensamento pré-operatório, foi progressivamente sendo utilizado por
Piaget, que o substitui pelo termo descentração.
A partir dos dois anos dá-se uma enorme evolução na linguagem, a título
de exemplo, uma criança de dois anos compreende entre 200 a 300 palavras,
enquanto que uma de cinco anos compreende 2000. Este aumento do número de
vocábulos é favorecido pela forte motivação dos pais e educadores, ou seja,
quanto mais forem estimulados (canções, jogos, histórias, etc.), melhor
desenvolvem a sua linguagem. Neste estágio a criança aprende, sobretudo de
forma intuitiva, isto é, realiza livres associações, fantasias e atribui significados
únicos e lógicos. Se atentarmos a uma experiência muito conhecida de Piaget em
que são dados a uma criança dois copos de água com igual quantidade de líquido,
embora um alto e estreito e outro baixo e largo, intuitivamente a criança escolhe o
copo alto, pois no seu entender este parece conter mais água.
A imagem mental é o suporte para o pensamento. A criança possui
imagens estáticas tendo dificuldade em dar-lhe dinamismo. O pensamento existe
porque há imagem. É um pensamento egocêntrico porque o predomínio da
assimilação é artificial. Na organização do mundo a criança dá explicações pouco
lógicas.
O egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico, pré-causal,
mágico, animista e artificialista. O raciocínio infantil não é nem dedutivo nem
indutivo, mas transdutivo, indo do particular ao particular; o juízo não é lógico por
ser centrado no sujeito, em suas experiências passadas e nas relações subjetivas
que ele estabelece em função das mesmas. Os desejos, as motivações e todas as
características conscientes, morais e afetivas são atribuídas às coisas
(animismo).
A criança pensa, por exemplo, que o cão late porque está com saudades
da mãe. Por outro lado, para as crianças até os sete ou cinco anos de idade, os
processos psicológicos internos têm realidade física: ela acha que os
pensamentos estão na boca ou os sonhos estão no quarto. Dessa confusão entre
o real e o irreal surge a explicação artificialista, segundo a qual, se as coisas
existem é porque alguém as criou.
Logo abaixo analisaremos mais
detalhadamente estas características.
Animismo: A criança vai dar características humanas a seres
inanimados. Este animismo vai desaparecendo progressivamente, aqui se salienta
a importância do papel do adulto, na medida em que, a partir, sensivelmente dos
cinco anos, não deve reforçar, mas sim atenuar o animismo.
Realismo: A realidade é construída pela criança. Se no animismo ela
dá vida às coisas, no realismo dá corpo, isto é, materializa as suas fantasias. Se
sonhar que o lobo está no corredor, pode ter medo de sair do quarto.
Finalismo: Existe uma relação entre o finalismo e a causalidade. A
criança ao olhar o mundo tenta explicar o que vê, ela diz que se as coisas existem
têm de ter uma finalidade, no entanto, esta ainda é muito egocêntrica. Tudo o que
existe, existe para o bem essencial dela própria. Também aqui o adulto reforça o
finalismo. Vai diminuindo progressivamente ao longo do estágio, apesar de
persistir mais tempo que o animismo, devido às atitudes e respostas que os
adultos dão às crianças.
Com o decorrer do tempo, os pais e demais educadores deverão ensinar
progressivamente, à criança, novos conceitos, de modo que futuramente ela não
tenha dificuldade em aprendê-los.
Artificialismo: É a explicação de fenômenos naturais como se fossem
produzidos pelos seres humanos para lhes servir como todos os outros objetos: o
sol foi aceso por um fósforo gigante; a praia tem areia para nós brincarmos.
Piaget considerou a irreversibilidade uma das características mais
presentes no pensamento da criança pré-operatória, para melhor entendermos
este ponto, tomemos em conta a seguinte experiência:
Piaget questionou uma criança de quatro anos: "Você tem uma irmã?
Sim, e a tua irmã tem uma irmã? Não, ela não tem uma irmã, eu sou a minha
irmã". Através das respostas dadas pela criança Piaget percebeu a da grande
dificuldade que estas têm em compreender a reversibilidade das relações. No seu
entender, a criança não tem mobilidade suficiente para compreender que quando
uma determinada ação já está realizada podemos voltar atrás. Desta forma,
podemos dizer que as estruturas mentais neste estádio são amplamente intuitivas,
livres e altamente imaginativas.
Para concluir a abordagem a este estágio é importante referir que a
criança ao relacionar-se com o meio de forma ativa seu desenvolvimento da
aprendizagem será favorecida de uma forma criativa e original. Do ponto de vista
do juízo moral observa-se que, a princípio, a moral é totalmente heterônoma,
passando a autônoma na medida em que a criança começa a sair do seu
egocentrismo e compreender a necessidade da justiça equânime e da
responsabilidade individuais e coletivas, independentes da autoridade ou da
sanção imposta.
Este estágio é fundamental, pois a criança aprende de forma rápida e
flexível, inicia-se o pensamento simbólico, em que as idéias dão lugar á
experiência concreta. As crianças conseguem já partilhar socialmente as
aprendizagens fruto do desenvolvimento e da sua comunicação.
Com Vygotsky e seus colaboradores Luria, Leontiev surge uma nova
abordagem que busca uma síntese entre a psicologia vista como ciência natural à
psicologia vista como ciência mental. A síntese desses dois elementos não e a
simples soma ou justaposição desses elementos, mas a emergência de algo
novo anteriormente inexistente. Esse novo elemento foi tornado possível pela
interação entre esses elementos, em um processo de transformação que gera
novos fenômenos. Assim, essa nova abordagem integra, em uma mesma
perspectiva, o homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e ser
social, e membro da espécie humana participante de um processo histórico.
Essa nova abordagem para a psicologia fica explicita em três idéias
centrais que podemos considerar como sendo “pilares” básicos do pensamento de
Vygotsky.
As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos
da atividade cerebral.
O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais
entre individuo e o mundo exterior, as quais se desenvolvem em um próximo
histórico.
A relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas
simbólicos.
O cérebro é base biológica do funcionamento psicológico. O homem
enquanto espécie biológica possui uma existência material que define limites e
possibilidades para o seu desenvolvimento. O cérebro, no entanto, não é um
sistema de funções fins e imutáveis, mas um sistema aberto, de grande
plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da
história da espécie e do desenvolvimento individual.
O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico, em um processo
em que é a última parte essencial da constituição da natureza humana. Não podese pensar o desenvolvimento psicológico como um processo abstrato,
descontextualizado, universal: o funcionamento psicológico, particularmente no
que se refere às funções psicológicas superiores, tipicamente humana, esta
baseado fortemente nos modos culturalmente construídos de ordenar o real.
O conceito de mediação nos remete ao terceiro pressuposto vygotskiano:
a relação do homem mediana, sendo os sistemas simbólicos os elementos
intermediários entre o sujeito e o mundo.
O processo de alfabetização pode chegar a dois anos dependendo da
maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o
período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita,
havendo a necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da
gramática e a estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de
textos. Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono
respeitado com horários regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e
amor entre a família, integração entre a família e a escola, facilitam muito a
superação do período de alfabetização com bastante êxito.
Falando agora do período preparatório, precisa-se levar em consideração
que para ser alfabetizado, um educando precisa antes de tudo ter uma auto-estima
elevada, precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e autoconfiança, para
poder enfrentar as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além
disso, a criança precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o
seu temperamento, ela deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, dentro
de seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos
adquirindo independência e responsabilidade, saber ganhar e saber perder, ter boas
maneiras, etc. Depois disso, a criança deve apresentar um bom desenvolvimento
motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela deve brincar muito,
exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem as percepções sensoriais
(gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva). Deve dominar seus movimentos corporais
com habilidade e segurança, deve conhecer seu corpo, seus limites, ter postura,
equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem desenvolvidos. Por isso a importância
das, brincadeiras de rua, de jogar bola, andar de bicicleta, rolar na grama, brincar
com areia, nadar, correr, pular, etc. Isso é o que chama-se de coordenação motora
global. O próximo passo é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança
se desenvolve nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis,
pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando
rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar,
enfim, são atividades que se limitam mais ao uso das mãos, associadas ao
raciocínio, à percepção sensorial e à concentração.
Também são pré-requisitos importantes o desenvolvimento da capacidade
de concentração, o desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato.
Estes podem ser aprimorados com brinquedos e programas educativos, músicas,
histórias, filmes infantis, livros, conversas informais, e tantos outros recursos.
Para Kátia Lima “Toda e qualquer atividade estimula o cérebro, e quanto
mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o processo de
aprendizagem.”
Além de tudo isso a criança precisa sem dúvida apresentar bom
desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse aprendizado é
importante que as crianças tenham acesso a escola antes dos sete anos.
Uma boa escola ao incluir crianças de cinco e seis anos nos Ensino
Fundamental deve:
•
ser aprovada pela secretaria de educação
•
ser devidamente regularizada e fiscalizada
•
ter uma proposta pedagógica que contribua para o desenvolvimento do
raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada do educando.
•
apresentar planos pedagógicos organizados e coerentes com as
idades das crianças
•
ter professores experientes formados em magistério superior e/ou
pedagogia
•
ter amplo espaço externo, com variedade de recursos para recreação
•
ser limpa e organizada
•
ter salas adequadas para idades diferentes, que devem ser limpas,
arejadas, amplas e decoradas para melhor estimulação
•
ter recursos pedagógicos variados e organizados: brinquedos, jogos,
ambientes de estimulação, atividades extra-curriculares
•
ter cozinha e refeitório limpos e amplos em escolas de regime integral
•
ter funcionários para limpeza: cozinha e secretaria
•
ter atendimento e boa comunicação com os pais
Muitas escolas se preocupam somente com a alfabetização da criança, mas
é muito importante que a escola se preocupe primeiramente com o desenvolvimento
do período preparatório, com a estimulação de todos os pré-requisitos que já
descrevemos. A escola não deve pular as etapas do desenvolvimento, isso é
extremamente prejudicial e trará consequências futuras para a criança, nas áreas
pedagógica, emocional ou social. Para ser alfabetizada, uma criança precisa estar
madura em todos os sentidos, pois o processo de alfabetização apresenta novas
etapas, e a criança deve estar preparada para vencê-las. O primeiro ano do Ensino
Fundamental tem um papel importantíssimo no preparo da criança para a
alfabetização e deve cumprir este papel com competência. É o início da formação da
criança, é onde muitas dela
terão o primeiro contato com o processo de
aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que ela terá no futuro.
Esse contato deverá ser agradável e prazeroso, para que não gere traumas
futuros. No período preparatório, a família e a escola devem caminhar juntas,
auxiliando uma à outra mutuamente. A família deve estimular a criança nos estudos.
Ajudá-la com as tarefas escolares, participar das reuniões, estar em contato com os
professores, interessar-se pela vida escolar da criança.
É importante lembrar que o primeiro ano do Ensino Fundamental é o começo
da longa caminhada escolar, por isso, deve ser um bom começo, que proporcione
alegria e satisfação para a criança, afinal... “a primeira professora a gente nunca
esquece.”
6.3 Intervenção Psicopedagógicas aos professores do 1º ano
do Ensino Fundamental
A implantação do Ensino Fundamental de nove anos ocorre de forma
insatisfatória na escola investigada. Há um enorme esforço do corpo docente junto
com equipe pedagógica e direção em ter um ensino de qualidade para todas as
crianças. Mas, observa-se no trabalho diário a falta de infra-estrutura física
e
preparação do profissional para trabalhar com crianças de cinco anos e orientação
dos pais no acompanhamento do processo de aprendizagem de seu filho. A
instituição está localizada em um bairro de classe média. A comunidade é
participativa, muitos pais estão sempre atentos as reuniões que são convidados. No
início do ano letivo esses pais deveriam ser bem orientados com relação ao
acompanhamento assertivo de seu filho. Observa-se que há orientação, mas a
mesma deve ser feita mostrando o afeto, carinho e firmeza que os pais podem ter
para com a criança. A secretaria da educação através das alfabetizadoras dos
núcleos regionais vem fazendo assessoria aos professores e os auxiliando nos
planejamentos e rotina diária de trabalho em sala de aula.
Muitos alunos chegam ao primeiro ano sem antes ter passado por ensino
pré-escolar. Então se tem um educando para ser alfabetizada em nove meses sem
que o mesmo tenha a estrutura básica (cognitiva e biológica) para aprender. Para
Vigotski a criança leva dois anos para ser alfabetizada. Talvez alguns levem menos
tempo, mas não se deve colocar como regra geral na quais todas as crianças
possam ser alfabetizadas em menos de um ano sem antes ter acesso ao saber
escolar. Não existe uma regra exposta claramente que as crianças devem ser
alfabetizadas, mas sim iniciado o processo de alfabetização. Porém, no primeiro
trimestre do ano letivo seguinte essa criança passará por uma avaliação na qual ela
deverá ler e resolver algumas questões sem ajuda do professor.
Para auxiliar o professor do primeiro ano do Ensino Fundamental foi
organizado algumas orientações e atividades para serem trabalhadas já nas
primeiras aulas do ano letivo.
Correspondência
Ato de estabelecer a relação termo a termo (um a um).
A ideia de correspondência está presente em toda a matemática e também
no mundo que envolve a criança.
Ex: A cada dedo da mão esquerda corresponde um da mão direita.
Atividade 1
Material: cinco cartelas, cada uma com o desenho diferente de um menino;
outras cinco cartelas, cada uma com o desenho de um mesmo cachorro.
Atividade: pedir à criança que escolha um cachorro para cada menino e que
dê nome a ambos, verificando se ela escolhe nomes diferentes, fazendo a
correspondência.
Objetivo: corresponder elementos iguais a elementos diferentes.
Atividade 2
Material: vinte cartelas que aos pares contem o mesmo número de objetos:
sete facas numa e sete garfos em outra, etc...
Atividade: as crianças devem formar os pares que possuem a mesma
quantidade de desenhos. Esta atividade pode ser feita em grupo, se houver vários
conjuntos de cartelas.
Objetivo: fazer corresponder semelhantes (quantidade x quantidade).
Comparação
Naturalmente as crianças já fazem comparações de tamanhos, formas,
cores, quantidades, etc.
O professor deve aproveitar esse conhecimento para estimular as crianças a
encontrar semelhanças e diferenças que caracterizam o que deseja comparar.
Atividade 1
Material: blocos lógicos
Atividade: cada criança escolhe duas peças. Quando todas tiverem feito sua
escolha, o professor pergunta a cada uma em que essas duas peças são diferentes
ou parecidas. É importante que todas ouçam o colega, pois as particularidades das
peças precisam ser conhecidas por todos.
Objetivo: estimular a percepção de semelhanças e diferenças.
Jogo dos sete erros
Material: pares de gravuras com pequenas diferenças entre elas.
Atividade: as cartelas terão níveis de dificuldades pra as crianças
encontrarem, aos poucos, um número cada vez maior de diferenças.
Objetivo: desenvolver o senso de observação.
Classificação
É o ato de separar em categorias, de acordo com suas semelhanças.
Para classificar é preciso escolher ou determinar um critério, e este se
baseia num atrito comum aos elementos quem serão classificados.
Atividade 1
Material blocos lógicos
Atividade: separar as peças que têm o formato de triângulo das que têm o
formato de quadrado, depois as vermelhas das azuis, depois as grandes das
pequenas.
Atividade 2
Atividade: colocar as crianças sentadas numa roda e formular questões, tais
como: “dê o nome de animais que têm quatro patas” ou “quais os animais que
moram na floresta?”, esta atividade pode ser frequentemente, variando as espécies:
coisas que são compradas no supermercado, o que nasce da terra, sempre
fornecendo, neste caso, o critério de classificação.
Sequenciação
È fazer suceder a cada elemento um outro qualquer, isto é, a escolha do
seguinte, isto é, a escolha do momento e não por critérios preestabelecidos.
Atividade 1
Material: papel colorido (pode ser de revistas), tesoura, cola e barbante.
Atividade: recortar bandeiras (de São João) e coloca-las no barbante, uma
após a outra, sem qualquer ordem.
Objetivo: fazer uma sequenciação.
Atividade 2
Material seis objetivos de diferentes tamanhos e formas, tais como: botões
semelhantes, parafusos, porcas, conchas e pedras.
Atividade: as crianças organizadas em grupo, devem colocar os objetos em
fila e explicar o porquê da sequenciação. É interessante observar como discutem a
formação da sequenciação e se já aparece algum critério de ordem.
Objetivo: fazer sequenciação.
Seriação
Enquanto na sequenciação cada elemento vem após o outro sem qualquer
critério, na seriação a sucessão se dá obedecendo a uma ordem preestabelecida.
Por isso a seriação também é chamada de ordenação.
Atividade 1
Material: blocos lógicos
Atividade: apresentar o começo de uma série com duas, três ou quatro
peças diferentes (por exemplo, formato de triângulo, círculo e quadrado) e pedir às
crianças que continuem a série, de modo que a ordem das peças se repita. A
seriação pode ser feita só de peças com a mesma cor ou com o mesmo tamanho.
Objetivo: seriar considerando um só atributo.
Inclusão
A idéia de inclusão nem sempre é de fácil percepção. A criança sabe em
qual grupo está incluída (sua família, relações de amizade, etc) e conhece as
fronteiras de cada grupo.
Nesse caso, a noção de pertinência (elemento pertence a um conjunto) e as
noções de abrangência do conjunto, de comparação e de classificação já estão
presentes.
Atividade
Material: doze tampas de plástico, cinco vermelhas e sete brancas, de
preferência todas do mesmo tamanho.
Atividade: dar todas as tampas à criança e indagar:
Há mais tampas de cor vermelha ou de cor branca?
Há mais tampas de plástico ou tampas de cor vermelha?
Há mais tampas de plástico ou tampas de cor branca?
As crianças deverão comparar cores, classificar as tampas por cor, utilizarse da inclusão (no segundo e no terceiro questionamento) e da contagem; as que
não souberem contar poderão se utilizar da correspondência um a um responder à
primeira pergunta.
Objetivo: favorecer a aplicação da correspondência, da comparação, da
classificação e da inclusão.
Conservação
É o ato de perceber que a quantidade não depende da arrumação, forma ou
posição. A conservação é fundamental para o desenvolvimento do conceito de
reversibilidade (a toda ação existe uma outra de efeito oposto), o qual, por sua vez,
será básico para a compreensão dos conhecimentos aritméticos e de geometria.
Atividade
Material: cinco crianças, cinco objetos e cinco desenhos.
Atividade: escolher cinco crianças e coloca-las de três maneiras diferentes:
Primeiramente em fila, ema atrás da outra;
Depois em círculo, formando uma roda;
E, finalmente em um mesmo canto da sala.
Em seguida, perguntar a todas as crianças: “Qual arrumação tinha mais
crianças? Na fila, na roda ou no canto?”
Ou as três tinham a mesma quantidade de crianças?
É essencial prestar atenção às respostas dos alunos e pedir explicações
sobre elas:
“Por que você acha isso?
Repetir a experiência, mas agora usando cinco objetos; em seguida, repetir
a experiência utilizando apenas figuras. O professor não deve forçar que todas as
crianças aceitem a conservação da quantidade.
A ludicidade e afetuosidade se faz necessário na construção das normas,
regras ou acordos que serão feitos com a criança já no início das aulas. Pode-se
construir um cartaz coletivo onde todos possam opinar, dando sugestões para se ter
uma boa convivência durante todo o ano. Em anexo há ilustrações para auxiliar o
professor nessa tarefa. Também em anexo há sugestões para trabalhar utilizando:
códigos de silêncio, jogos cooperativos, jogo, sem adversário, jogo de memória,
música para trabalhar consciência corporal, memorização, música integrativa,
dinâmicas, e brincadeiras com revistas.
Bibliografia
ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. 15.ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Trad. De Dirceu Accioly e Rosa Maria Ribeiro
da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
SEGAL, Hanna. Notas a respeito da formação dos símbolos. Em H.Segal (org.) Rio
de Janeiro: Nick, 1983.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do Conhecimento em sala de
aula. São Paulo: Libertad, 2006.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico
São Paulo:
Cortez,1996.
NÓVOA, António. Para uma análise das instituições escolares. In Nóvoa A (org.) As
organizações escolares em análise.Publ. Dom Quixote/Inst. Inovação Educacional,
Lisboa, 1995, p. 35-36.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Professor: tecnólogo do ensino ou agente social? In
VEIGA, I.P.A. e AMARAL A. L. (orgs.) Formação de Professores – políticas
e debates. Papirus, Campinas SP, 2002, p. 85-86.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
http://pedagogia.tripod.com 01/08/2010.
http://diariopsicanalisedacrianca.blogspot.com/2009/03, Sexualidade
Infantil - Freud/Piaget.
http://guiadobebe.uol.com.br - Katia Ferreira Lima - Pedagoga, Pós-graduanda em
Psicopedagogia.
www.celsovasconcelos.com.br - acessado no dia 15 de abril de 2010.
HTTP://wikipédia.org/wiki acessado no dia 15 de abril de 2010.
Como
entender
a
mudança
para
9
anos
do
Ensino
Fundamental?
acessado dia 30/06/2010.
www.revistaescola.abril.com.br - acessado no dia 22 de agosto de 2011.
www.revistacrescer.globo.com/Revista/crescer – acessado no dia 22 de agosto de
20011.
www.cdof.com.br - acessado no dia 22 de agosto de 2011.
ANEXOS
Como entender a mudança para 9 anos do Ensino Fundamental?
Para entender melhor a nova legislação
Em janeiro de 2006, o Senado aprovou o Projeto de lei n° 144/2005 que
estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com
matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Em fevereiro de 2006 o
Presidente da República sancionou a lei n° 11.274 q ue regulamenta o Ensino
Fundamental de 9 anos. A legislação prevê que sua medida deverá ser implantada
até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Em resumo o que ocorreu foi que o Pré da Educação Infantil passou a fazer
parte do Ensino Fundamental, sendo agora o 1° Ano d esse ciclo. O Ensino
Fundamental será organizado com cinco anos iniciais para crianças de 6 a 10 anos
e, com quatro anos finais, para adolescentes de 11 a 14 anos.
O 1° Ano do Ensino Fundamental deverá manter sua id entidade pedagógica
e de instalações, observando, ainda, as orientações do Ministério da Educação de
que a entrada no novo fundamental não pode representar uma ruptura com o
processo anterior, vivido pelas crianças em casa ou na instituição de Educação
Infantil, mas sim uma forma de dar continuidade as suas experiências para que elas,
gradativamente, sistematizem os conhecimentos.
Observe a tabela de equivalência entre os regimes de 8 e 9 anos do Ensino
Fundamental:
SÉRIE – Regime de 8 anos
ANO – Regime de 9 anos
Pré – Educação Infantil
1° ANO
1ª Série
2° ANO
2ª Série
3° ANO
3ª Série
4° ANO
4ª Série
5° ANO
5ª Série
6° ANO
6ª Série
7° ANO
7ª Série
8° ANO
8ª Série
9° ANO
Para exemplificar: O aluno que cursou a 3ª série em 2006, cursará em 2007
o 5° ano do Ensino Fundamental, mas o conteúdo que será trabalhado equivalerá ao
da antiga 4ª série. Em caso de transferência, o que poderá acontecer é que os pais
acabarão encontrando algumas escolas que ainda não aplicaram a lei em 2007, e o
aluno deverá se encaixar na série adequada a sua idade cronológica e
conhecimentos pedagógicos, não esquecendo que essa regularização deverá ser
feita pela escola até o ano de 2010.
Para uma melhor compreensão das mudanças, o Portal do MEC colocou a
disposição de Educadores, Gestores, Pais e interessados documentos para
download sobre o Programa Ampliação do Ensino Fundamental para Nove Anos.
Conteúdos Primeiro Ano do Ensino Fundamental
PORTUGUÊS
• Ampliar
• Vocabulário
• Vogais
• Alfabeto (Relação fone/grafema de todas as letras)
• Identidade
• Nome Completo
Família
• Escrita como idéia de representação;
• Vocabulário;
• Escrita: Alfabeto (Relação fone/grafema:
• Direção da escrita;
• Nome Completo;
• Espaçamento entre palavras;
Argumentação: oralidade.
MATEMÁTICA
SEQUÊNCIAS
• Ordenação
• Seriação
• Conservação
• Comparação
• Agrupamento (Diferentes Bases Menores De 10)
• Antecessor
• Sucessor
• História Dos Números
• LINGUAGEM MATEMÁTICA
• NOÇÕES TOPOLÓGICA
• Envolver relações num mesmo objeto ou entre um objeto outros elementos do espaço:
Aberto/Fechado;
Antes/Depois; Longe/Perto; Largo/ Estreito Grande/Pequeno;
Frente/Atrás; Em Cima/ Embaixo.
Formas Bidimensionais: Quadrado, Retângulo, Círculo, Triângulo.
2BSEQUÊNCIAS
• Ordenação nº. 6 a 9;
• Seriação;
• Conservação (número/quantidade);
• Comparação
• Agrupamento (Diferentes Bases Menores De 10);
•
• Antecessor;
• Sucessor;
• Idéia de adição simples.
• LINGUAGEM MATEMÁTICA
• NOÇÕES TOPOLÓGICA
• Envolver relações num mesmo objeto ou entre um objeto outros elementos do espaço:
Aberto/Fechado;
Antes/Depois; Longe/Perto; Largo/ Estreito Grande/Pequeno;
Frente/Atrás; Em Cima/ Embaixo.
Formas Bidimensionais: Quadrado, Retângulo, Círculo, Triângulo
CIÊNCIAS
• O corpo Humano;
• Hábitos de higiene corporal.
Seres vivos e elementos não vivos(ar)
• Os cinco sentidos; olfato, visão, paladar, audição e tato;
• Elementos da natureza necessários à existência da vida: sol,água, ar e solo.
• Observação da organização dos espaços vividos.
• Representação dos objetos nas visões: frontal;
• Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de);
anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em
baixo)
GEOGRAFIA
• Observação de objetos em relação à forma e ao tamanho.
• Representação dos objetos nas visões: frontal;
• Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de);
anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em
baixo)
• Observação da organização dos espaços vividos.
• Representação dos objetos nas visões: frontal;
• Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de);
anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em
baixo)
•
HISTÓRIA
• A construção da identidade;
• Famílias na sociedade de hoje.
• Crianças de outros tempos: infância das pessoas com as quais convive;
• Cotidiano das crianças em outros tempos e lugares;
• Respeito à diversidade cultural, étnica, religiosa de gênero, etnia, pessoas com
necessidades especiais.
ROTINA ESCOLAR COMBINADOS COM AS CRIANÇAS
A EDUCAÇÃO INFANTIL NA NOVA LDB
Ângela Rebelo
A expressão educação infantil e sua concepção com primeira etapa
da educação básica está agora na lei maior da educação do país, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada em 20 de dezembro de
1996. Se o direito de 0 à 6 anos à educação em creches e pré – escolas já estava
assegurado na Constituição de 1988 e reafirmado no Estatuto da Criança e do
Adolescente de 1990, a tradução deste direito em diretrizes e normas, no âmbito da
educação nacional, representa um marco histórico de grande importância para a
educação infantil em nosso país.
A inserção da educação infantil na educação básica, como sua
primeira etapa, é o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos
de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade, afirmada no Art. 22 da
Lei: “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios
para progredir no trabalho e nos estudos posteriores”.
A educação infantil recebeu um destaque na nova LDB, inexistente
nas legislações anteriores. É tratada na Seção II, do capítulo II (Da Educação
Básica), nos seguintes termos:
Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família
e da comunidade.
Art. 30 A educação infantil será oferecida em:
I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de
idade;
II – pré – escolas para crianças de quatro a seis anos de idade.
Art. 31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento
e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental.
Da leitura desses artigos, é importante destacar, além do que já
comentamos a respeito da educação infantil como primeira etapa da educação
básica:
1) A necessidade de que a educação infantil promova o desenvolvimento
do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constituindose no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando. O desenvolvimento
integral da criança na faixa etária de 0 a 6 anos torna-se imprescindível a
indissociabilidade das funções de educar e cuidar.
2) Sendo a ação da educação infantil complementar à da família e à da
comunidade, deve estar com essas articuladas, o que envolve a busca constante do
diálogo com as mesmas, mas também implica um papel específico das instituições
de educação infantil no sentido de ampliação das experiências, dos conhecimentos
da criança, seu interesse pelo ser humano, pelo processo de transformação da
natureza e pela convivência em sociedade.
3) Ao explicitar que a avaliação na educação infantil não tem objetivo de
promoção e não constitui pré-requisito para acesso ao ensino fundamental, a LDB
traz uma posição clara contra as práticas de alguns sistemas e instituições que
retêm as crianças na pré-escola até que se alfabetizem, impedindo seu acesso ao
ensino fundamental aos sete anos.
4) Avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e deve ser
orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa, assim como o
acompanhamento e registro do desenvolvimento (integral, conforme Art. 29) da
criança deverá ter como referência objetivos estabelecidos no projeto pedagógico
da instituição e o professor. Isto exige que o profissional da educação infantil
desenvolva habilidades de observação e de registro do desenvolvimento da criança
e que reflita permanentemente sobre sua prática, aperfeiçoando – a no sentido do
alcance dos objetivos.
Além da seção específica sobre a educação infantil, a LDB define em outros
artigos aspectos relevantes para essa etapa da educação. Assim, quando trata “Da
Organização da Educação Nacional” (Título IV, Artigo 9º - IV), estabelece o regime
de colaboração entre a União, os Estados e o Municípios na organização de seus
sistemas de ensino. É afirmada a responsabilidade principal do município na
educação infantil, com o apoio financeiro e técnico de esferas federal e estadual.
Uma das partes mais importantes da LDB é a que trata Dos
Profissionais da Educação. São sete artigos que estabelecem diretrizes sobre a
informação e a valorização destes profissionais. Define o Art. 62 que a “formação de
docentes para atuar na educação básica far-se á em nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de
educação, admita para formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida
em nível médio, na modalidade normal”.
Deve-se ainda destacara na Disposições Transitórias, a instituição da
Década da Educação, a iniciar -se um ano após a publicação da Lei, e que até o fim
da mesma “somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou
formados por treinamento em serviço” (Art. 87§4°).
Há um artigo das Disposições Transitórias que tem uma relevância ímpar
para a educação infantil. Trata – se do Art.89, que afirma que “as creches e pré –
escolas existentes ou que venham a ser criadas, no prazo de três anos, a contar da
publicação desta lei, integrar-se-ão ao respectivo sistema de ensino”.
Para atender a este prazo, urge que os sistemas de ensino e as instâncias
reguladoras da área da educação estabeleçam normas e diretrizes que garantam o
caráter educativo da creches e pré-escolas e sua inserção real nos sistemas de
ensino, especialmente nas creches que, como é sabido, têm-se caracterizado mais
por seu caráter assistencial que pelo educativo.
Assumindo seu papel na formulação de políticas e programas de âmbito
nacional, o MEC, por intermédio da SEF / DPE / Coordenação – Geral de educação
infantil, está promovendo a articulação com o Conselho Nacional, Estaduais e
Municipais de Educação, visando estabelecer critérios comuns para credenciamento
e funcionamento de instituições de educação infantil e apoiar essas instâncias na
divulgação e implementação desses critérios. O MEC, juntamente com o Ministério
do Trabalho e o Ministério da Previdência e Assistência Social, apoiará projetos que
visem a formação dos profissionais que já atuam na educação infantil e que não
possuem a escolaridade mínima exigida em Lei (ensino médio)
Característica do desenvolvimento de crianças de 5 (cinco) e 6(seis)
anos de idade.
As crianças de cinco e seis anos estão vivendo segundo Piaget, o período
pré-operatório ou primeira infância. No início desse período o mais importante que
acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos
aspectos cognitivo, afetivo e social da criança. As consequências mais evidentes da
linguagem são sem dúvida sua interação e a comunicação entre os indivíduos.
Desenvolvimento social
Aos cinco anos gosta de brincar com outras crianças; quando está em
grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros, gosta de imitar as
atividades dos adultos. Está aprendendo a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar
a vez do outro.
Aos seis anos a mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá
recear a não voltar a vê-la após uma separação. Ela copia os adultos, brinca com
meninos e meninas não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é
capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças,
manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo. Brinca de forma
independente, sem necessitar de uma constante supervisão. Começa a ser capaz
de esperar pela sua vez e de partilhar. Conhece as diferenças de sexo. Aprecia
conversar durante as refeições, Começa a interessar-se por saber de onde vêm os
bebês.
Desenvolvimento Físico:
Aos cinco anos a criança exerce grande atividade motora, com maior
controle dos movimentos. Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com
pouca ajuda.
Aos seis anos a preferência manual está estabelecida. É capaz de se vestir
e despir sozinha. Assegura sua higiene com autonomia, Pode manifestar dores de
estômago ou vômitos quando obrigada a comer comidas de que não gosta; tem
preferência por comida pouco elaborada, embora aceite uma maior variedade de
alimentos.
Desenvolvimento Emocional:
Os pesadelos são comuns nesta fase à crianças de cinco anos de idade.
Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar, Procura
frequentemente testar o poder e os limites dos outros, Exibe muitos comportamentos
desafiantes e opositores. Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por
ex., é desafiante e depois bastante envergonhada. Tem uma confiança crescente
em si própria e no mundo.
Aos seis anos de idade a criança pode apresentar alguns medos: do escuro,
de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta não seja uma fase de grandes
medos. Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos
seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar,
etc. Preocupa-se em agradar aos adultos. Tem maior sensibilidade relativamente às
necessidades e sentimentos dos outros, Envergonha-se facilmente.
Desenvolvimento Moral:
A criança de cinco anos tem maior consciência do certo e errado,
preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos
seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus comportamentos).
Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar,
aos seis anos de idade a criança poderá por vezes mentir ou culpar os outros de
comportamentos reprováveis.
Desenvolvimento Intelectual:
Aos cinco anos de idade manifesta um grande interesse pela linguagem,
falando incessantemente. Compreende ordens com frases na negativa. Articula bem
consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas. Exibe uma curiosidade
insaciável, fazendo inúmeras perguntas. Compreende as diferenças entre a fantasia
e a realidade. Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos",
"maior", "dentro", "debaixo", "atrás". Começa a compreender que os desenhos e
símbolos podem representar objetos reais. Começa a reconhecer padrões entre os
objetos: objetos redondos, objetos macios, animais...
Aos seis anos a criança fala fluentemente, utilizando corretamente o plural,
os pronomes e os tempos verbais. Grande interesse pelas palavras e a linguagem.
Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa. Segue instruções e aceita
supervisão. Conhece as cores, os números, etc. Tem capacidade para memorizar
histórias e repeti-las; É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o
tamanho (do menor ao maior). Começa a entender os conceitos de "antes" e
"depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem",
"hoje", "amanhã".
Códigos de Silêncio
Profº Maurício Leandro
Simon diz: trata-se de uma brincadeira onde o professor irá dizer algo para que os alunos
façam. Os alunos só deverão fazer o que se pede caso o professor diga SIMON DIZ.
Exemplo: o professor diz: SIMON DIZ: mãos na cabeça! E assim todos os alunos deverão
colocar suas mãos na cabeça. Quem não o fizer, erra a brincadeira. Será considerado erro
quando o aluno fizer o que se pede e que o professor diga SIMON DIZ. Para chegar ao código
do silêncio, devemos fazer a brincadeira e no decorrer devemos dizer: SIMON DIZ: ficar em
silêncio! Quem falar ou fizer sons, automaticamente estará errando.
Olha a bomba: quando o professor disser: olha a bomba!!! Todos os alunos terão que
representar o barulho da bomba dizendo: ôôôôôô Bum! E ficar em silêncio após o Bum de
explosão.
Ai ai ai ai ai!
O professor fala em um determinado ritmo 05 vezes a palavra ai, e os alunos deverão
responder a mesma quantidade, no mesmo ritmo e do mesmo modo: UI UI UI UI UI.
O professor varia o jeito de falar AI e os alunos terão que fazer o mesmo.
Fonte: http://www.cdof.com.br (Profº Maurício Leandro)
Pã pã rã rã pã! - clássico, e muito utilizado pelos palhaços. O professor diz: pã pã rã rã pã e
os alunos respondem: pãpã!
Temos algumas variações. Os alunos podem responder: Atchim (simbolizando um espirro),
ou bater palmas.
Colaboração: professora Marissol (Escola João Macedo Filho)
Quem está me ouvindo
Professor: quem está me ouvindo bate palma uma vez. Primeiro o professor bate palmas
depois a criança repete.
Professor: quem está me ouvindo bate palmas duas vezes.
Professor: quem está me ouvindo coloque a mão direita na orelha esquerda.
Obs: o professor poderá ir falando várias ações para a turma realizar. Conclui a brincadeira
dizendo quem está me ouvindo fica em silêncio.
Colaboração: professora Rachel (Escola João Macedo Filho)
Neste jogo não há adversários
No jardim das brincadeiras, não tem essa de derrotar o adversário. Todo mundo
se une para ganhar
Fotos: Christian Parente/Produção Rita Paiva
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Com retalhos de tecidos, tampas de garrafa e canetinhas, você apresenta para a turma um jogo
de tabuleiro instigante e interativo. O nome dele? Jardim das Brincadeiras. Inspirada no
original alemão Obstgarten, a arte-educadora Cyrce Andrade recriou o jogo que oferece a
oportunidade
de
trabalhar
as
brincadeiras.
Todos os jogadores - que podem ser os pequenos da Educação Infantil ou das séries iniciais
do Ensino Fundamental - têm a função de salvar juntos o jogo-da-velha, o peão, a pipa, a
amarelinha etc. O obstáculo é um grande temporal. É preciso reunir à ciranda as crianças que
estão fora da roda (tampinhas coloridas) antes da chuva começar a cair. Se as nuvens (peças
pretas)
taparem
o
sol
antes
disso,
o
jogo
termina.
Mas não pense que tudo é divertimento puro e simples. Há uma série de conceitos escolares
que você pode explorar. De cara, os estudantes entendem a importância do trabalho em
equipe. "O jogo tem um objetivo e deve ser atingido em conjunto", diz Fernanda Selbmann
Sampaio, professora de Educação Corporal da Escola Cooperativa de São Paulo. "Não há
rivalidade entre os jogadores e, naturalmente, um acaba torcendo pelo bom desempenho do
outro."
Como mais um incentivo para o trabalho em grupo, Cyrce sugere que o jogo seja construído
por alunos e professores. "É um excelente momento para trocar ideias, ouvir histórias e
cantarolar músicas", reforça. Além disso, torna-se gratificante para quem confecciona
descobrir-se capaz de fazer algo que será compartilhado com os colegas.
Material necessário
- Pedaço quadrado de linho ou algodão na cor verde medindo 60 centímetros de lado
- Retalho de feltro amarelo
- Retalhos de tecido de algodão nas cores marrom e branca ou cru
- Retalho de tecido de algodão na cor azul
- 4 pedaços de tecido de algodão de poliéster xadrez nas cores amarelo, laranja, vermelho, e
azul e 1 multicor
- Tesoura simples e de picote
- Cola branca e para tecido
- Pincel redondo nº 3
- Caneta para tecido preta
- Canetas hidrográficas de várias cores
- Retalhos de papel de 180 ou 240 gramas nas cores preto, azul, amarelo, laranja e vermelho
- Tampas de garrafa
- Pedaço de cartolina branca medindo 24 centímetros de comprimento por 18 centímetros de
largura
- Molde do dado (folha de moldes)
Como fazer
1.
PREPARAÇÃO
DO
TABULEIRO
Com a tesoura de picote, corte as laterais do tecido verde apenas o suficiente para dar um
acabamento dentado.
2.
RECORTES
DE
TECIDOS
Corte: um círculo de 12 centímetros de diâmetro de feltro amarelo, 15 tiras finas de 8
centímetros de comprimento de feltro amarelo, 30 círculos de 3 centímetros de diâmetro de
algodão branco ou cru e 10 de algodão marrom com essa mesma medida, 24 retângulos de 6
centímetros de largura por 4,5 centímetros de comprimento de algodão branco ou cru, 10
triângulos eqüiláteros de 3 centímetros de lado de tecido xadrez azul, 30 triângulos eqüiláteros
de 4 centímetros de lado de tecido xadrez amarelo, laranja e vermelho (10 de cada cor) e 10
retângulos de 3 centímetros de largura por 2 centímetros de comprimento de algodão azul.
Dobre cada um desses retângulos azuis ao meio e corte como se fosse um bandeirinha junina.
3.
O
SOL
NO
CENTRO
No centro do tecido verde, cole o círculo de feltro. Desenhe a cara do Sol e depois cole as
tiras amarelas ao seu redor para representar os raios solares.
4.
CIRANDA
DE
CRIANÇAS
Conte um palmo a partir dos raios do Sol por todo o tecido. Nesse local, será montada a
ciranda de crianças. Primeiro, cole as cabeças uma ao lado da outra, que são os círculos de
algodão brancos e marrons. Depois, fixe os triângulos, que são as roupas, debaixo das
cabeças. Os triângulos maiores representam os vestidos das meninas, os azuis menores são as
camisetas dos garotos e as bandeirinhas são os shorts. Com a caneta preta, desenhe os braços,
as pernas, os cabelos e as feições.
5.
DESENHO
DAS
BRINCADEIRAS
Nos retângulos de algodão, desenhe brinquedos e brincadeiras. Peça ajuda para seus alunos.
Esse é um bom momento para a criançada representar o que é, de fato, significativo para elas.
Não adianta colocar a amarelinha, por exemplo, se eles não a conhecem. Cole os desenhos
entre a ciranda e o Sol.
6.
PEÇAS
COLORIDAS
Recorte 10 círculos de 1,5 centímetro de diâmetro de cada uma das cores dos retalhos de
papéis. Cole-os nas tampinhas de garrafa.
7.
O
DADO
Pegue novamente os tecidos estampados e corte quadrados de 5,5 centímetros de lado. Um de
cada cor. Copie o molde do dado na cartolina branca. Cole um pedaço de tecido xadrez em
cima de cada quadrado. Sobram dois. Pinte um de preto e, no outro, cole o multicor, que
servirá como uma espécie de curinga. Dobre e una as bordas com cola branca.
Regras do jogo
O jogo é disputado por duas ou mais crianças. A partida começa com os desenhos das 12
brincadeiras cobertos com os retângulos de algodão e com as tampinhas coloridas espalhadas
em volta do tabuleiro. Os próprios participantes estabelecem quem inicia e qual ordem seguir:
horário
ou
anti-horário.
Antes de o primeiro jogar o dado, é importante contar a história que envolve esse passatempo.
As crianças (de mãos dadas no tabuleiro) estão radiantes com as brincadeiras que estão no
jardim, mas o divertimento é ameaçado pelo temporal (peças pretas) que está se armando bem
em cima de suas cabeças. É preciso que cada uma receba um colega (peças azuis, laranjas,
amarelas e vermelhas) para que juntos salvem as brincadeiras antes que a chuva estrague
tudo.
Depois da contextualização, inicia-se a partida. Um aluno joga o dado e se, por exemplo, o
amarelo for sorteado, ele pega a tampa amarela e coloca na criança de mesma cor. Os outros
repetem o movimento. Quando o dado cai do lado preto, o jogador pega a peça preta e põe em
cima do Sol. Se cai onde estão todas as cores, ele escolhe qualquer peça colorida e coloca na
figura
correspondente.
Os movimentos prosseguem até que dez crianças seguidas sejam cobertas. Quando isso
acontece, as três brincadeiras desenhadas bem em frente a elas são descobertas e salvas. O
jogo acaba quando terminam as pretas antes das coloridas, o que significa que a chuva
começou e não há mais brincadeiras. Ou quando acabam as peças coloridas antes que as
pretas cubram o Sol. Isso significa que as crianças conseguiram salvar todas as brincadeiras.
Para complicar um pouco o jogo e torná-lo mais emocionante, basta diminuir o número de
peças pretas.
Publicado em Outubro 2007.
Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem
muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim,
seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem
como fora dela.
Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma
de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como
retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir
colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado,
identifique o material.
Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças
carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as
deixam muito felizes.
Fonte: revistaescola.abril.com.br
Jogo de memória
Características
Como o próprio nome indica, ele requer boas estratégias de memorização dos integrantes para
acumular pontos.
Origem
Foi criado na China no século 15. Era formado por baralho de cartas ilustradas e duplicadas.
Por que propor
Para que os pequenos estabeleçam relações entre imagens e a posição no tabuleiro e, assim,
desenvolvam estratégias de memorização.
Como enriquecer o brincar
■ Discuta com a turma as estratégias para localizar as figuras no espaço, como a fixação de
um ponto de referência e a observação do entorno de uma figura.
■ Converse com os pequenos ao término de cada partida para socializar as táticas usadas por
cada jogador.
O erro mais comum
■ Elaborar jogos da modalidade para fixar conteúdos. A modalidade impõe desafios por si
própria e não faz sentido ensinar recorrendo à memorização.
Músicas para os pequenos
Consciência corporal
1. FORMIGUINHA
Fui ao mercado comprar café
Veio a formiguinha e subiu no meu pé
EU sacudí, sacudí, sacudí
Mas a formiguinha não parava de subir
(trocar as palavras sublinhadas por objetos e partes do corpo que rimem. Ex: panela/canela;
espelho/joelho. A cada parte do corpo devemos mexer ao cantarmos "sacudi").
Músicas de Memorização
1. LOJA DO MESTRE ANDRÉ
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um violão
Blão! Blão! Blão! Um violão
Aiolè! Aiolè! Foi na loja do mestre André REFRÃO
Foi na loja do Mestre André que eu comprei um pianinho
Plin! Plin! Plin! Um pianinho
Blão! Blão! Blão! Um violão
Repetir REFRÃO
( ir acrescentando instrumentos e seus sons. Ex.: Corneta/Fon! Fon! Fon!; Pandeirinho/Pan! Pan!
Pan! )
2. A MOSCA NA VELHA
Estava a velha em seu lugar duas vezes
Veio a mosca lhe atentar
A mosca na velha e a velha a fiar
Estava a mosca em seu lugar duas vezes
Veio a aranha lhe atentar
A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar
(ir acrescentando animais na música)
Músicas para Coordenação Motora
1. CHAPÉU TEM TRÊS PONTAS
O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu
Músicas Integrativas
PIPOCA NA PANELA
Uma pipoca puxa assunto na panela
Outra pipoca vem correndo conversar
Aí começa um tremendo falatório
E ninguém mais consegue escutar
É um tal de Ploc!
Ploploc! Ploc! Ploc! (Três vezes) duas vezes
A casa
Era uma casa bem fechada . 2x
Abre a janelinha deixa o sol entrar . 2x
Perto da casa tem uma árvore. 2x
E por baixo dela passa um rio assim. 2x
Olhe as nuvens está trovejando. 2x
Fecha a janelinha que já vai chover. 2x
Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Colaboração: professora Jackeline (Escola João Macedo Filho)
Jogo cooperativo
Características
A idéia básica desse tipo de jogo é a união de todos os participantes contra um inimigo
comum - o próprio tabuleiro -, que pode ser representado por um personagem do jogo.
Geralmente, ele possui caráter simbólico - por exemplo, a missão de um grupo de príncipes de
evitar que uma princesa seja capturada por uma bruxa malvada.
Origem
Remontam às atividades tribais e aos rituais mágicos de diversas sociedades antigas para
combater um inimigo comum real (como a chuva) ou imaginário (como duendes).
Por que propor
Para os pequenos refletirem sobre a importância de coordenar ações em conjunto e
compreenderem regras estruturadas.
Como enriquecer o brincar
■ Ponha em debate, logo depois da partida, as decisões tomadas a respeito das jogadas
executadas pelo grupo.
O erro mais comum
■ Oferecer só jogos cooperativos. A idéia de que competir é ruim não se sustenta. A
importância de ofertar a modalidade está na diversidade de regras com que as crianças
entrarão em contato.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Cresce
Fazer instrumentos de sucata
Dependendo do que você coloca dentro de garrafas e potes de sucata, um som diferente é
produzido. Com garrafas PET, vocês podem fazer vários tipos de chocalho. Dependendo do
que colocarem dentro, um som diferente será criado. Experimentem com arroz, areia, água,
milho
de
pipoca
–
um
tipo
para
cada
garrafa.
Para fazer minitambores, pegue uma bexiga e corte-a ao meio com a tesoura. Estique a parte
sem o bico sobre uma lata de achocolatado, sem a tampa. Prenda-a com um elástico. Se quiser
incrementar o tamborzinho, faça listras na lata com fitas adesivas coloridas.
Você pode usar vidros do mesmo tamanho para criar um “piano”. Coloque água em cada um
deles, aumentando a quantidade (o primeiro com um dedo de água e o último quase cheio).
Batendo com uma colher, as crianças percebem como o som é diferente em cada um.
Brincar com recortes de revista
Separe algumas revistas velhas e deixe seu filho recortar a figura de que mais gosta. Depois,
pegue a tesoura e corte uma parte da imagem. Cole esse recorte em um papel branco para seu
filho completar a figura, fazendo o desenho do que falta. Isso vale para paisagens, objetos.
Outra forma de brincar com revistas velhas é separar os olhos, bocas e narizes de várias fotos
para depois montar rostos bem malucos em um papel. Vocês podem desenhar o contorno do
rosto e preenchê-lo com os recortes
Dinâmicas
1. Dinâmica do Nome
Esta dinâmica propõe um "quebra gelo" entre os participantes. Ela pode ser proposta no
primeiro dia em que um grupo se encontra. É ótima para gravação dos nomes de cada um.
Em círculo, assentados ou de pé, os participantes vão um a um ao centro da roda (ou no
próprio lugar) falam seu nome completo, juntamente com um gesto qualquer . Em seguida
todos devem dizer o nome da pessoa e repetir o gesto feito por ela.
Variação: Essa dinãmica pode ser feita apenas com o primeiro nome e o gesto da pesso, sendo
que todos devem repetir em somatória, ou seja, o primeiro diz seu nome, com seu gesto e o
segundo diz o nome do anterior e gesto dele e seu nome e seu gesto... e assim por diante.
Geralmente feito com grupos pequenos, para facilitar a memorização. Mas poderá ser
estipulado um número máximo acumulativo, por exemplo após o 8º deve começar um outro
ciclo de 1-8 pessoas.
Autor: Desconhecido
2. Dinâmica do "Escravos de Jó"
Esta dinâmica vem de uma brincadeira popular do mesmo nome, mas que nessa atividade tem
o objetivo de "quebra gelo" podendo ser observado a atenção e concentração dos
participantes.
Em círculo, cada participante fica com um toquinho (ou qualquer objeto rígido).
Primeiro o Coordenador deve ter certeza de que todos sabem a letra da música que deve ser:
Os escravos de jó jogavam cachangá;
os escravos de jó jogavam cachangá;
Tira, põe, deixa o zé pereira ficar;
Guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá (Refrão que repete duas vezes).
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A CRIANÇA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO - TCC On-line