UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Neiva Maria Rodrigues Mesquita A CRIANÇA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL CURITIBA 2011 Neiva Maria Rodrigues Mesquita A CRIANÇA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Monografia apresentada ao final do módulo do curso de Psicopedagogia sob a orientação da professora Jurândi Serra Freitas. Curitiba 2011 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA.......................................................................................4 2. OBJETIVO GERAL...................................................................................4 3. OBJETIVO ESPECÍFICO...........................................................................5 4. PROBLEMA .............................................................................................5 5. HIPÓTESE................................................................................................5 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................5 6.1 Introdução..................................................................................................5 6.2 Características das crianças de cinco e seis anos....................................7 Inte 6.3 rvenção psicopedagógicas aos professores sugestões de atividades.23 1. JUSTIFICATIVA A partir do ano de 2008, quando ocorre a implantação prática da lei 11.274, percebe-se muitas dificuldades enfrentadas pelos professores e alunos no cumprimento real das propostas de ensino e avaliação elaboradas pelo MEC. Apesar do projeto de lei número 11.274 ter sido aprovada em janeiro de 2006, vivenciou-se o quanto há de dificuldade em cumprir as normativas dessa lei nos padrões de escolas de ensino fundamental que temos atualmente. Nestes últimos cinco anos os professores de primeiro ano enfrentam novos obstáculos ao trabalhar com crianças de cinco e seis anos. Em Curitiba, a partir de 2008 essas crianças têm o direito de iniciam o Ensino Fundamental mesmo que completem seis anos de idade apenas em de dezembro do ano letivo. A imaturidade cognitiva de uma boa porcentagem desses novos alunos, a falta de material pedagógico e estrutura física para recebê-los contribuem para a ocorrência das dificuldades no trabalho do professor. Através da elaboração e apresentação dessa monografia pretende-se identificar questões pertinentes às dificuldades do trabalho do professor frente a essa nova realidade e propor algumas intervenções que auxilie o professor a compreender melhor o desenvolvimento desse novo trabalho. 2. OBJETIVO GERAL Identificar as dificuldades enfrentadas pelos professores de 1° ano do ensino fundamental frente o trabalho com crianças de cinco e seis anos da Escola Professor João Macedo Filho frente os novos desafios propostos pela Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Curitiba. 3. OBJETIVO ESPECÍFICO • Destacar as características físicas, psíquicas, cognitivas e sociais de crianças de cinco e seis anos. • Elaborar uma listagem de conteúdos, que contribua para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada. • Pesquisar as reais dificuldades enfrentadas pelos professores frente a implantação do projeto de lei 11.274. • Registrar formas de intervenção feitas pelo professor a seus alunos com apoio de toda equipe pedagógica. • Coletar propostas de atividades que venham contribuir na rotina diária do trabalho do professor. 4. PROBLEMA Como o professor pode fazer um trabalho assertivo com crianças de cinco e seis anos, mesmo tendo estrutura inadequada na escola? 5. HIPÓTESE Um trabalho diário que possibilite o desenvolvimento da aprendizagem global, onde a percepção sensorial, intelectual e afetiva entre em ação, poderá deixar a criança mais envolvida e feliz com a rotina escolar. 6. REFERENCIALTEÓRICO 6.1 O projeto de lei 11.274 Esse trabalho se propõe a destacar os aspectos que envolvem o funcionamento mental e psicomotor da criança de cinco a seis anos de idade para contribuir com os professores em suas dificuldades ao trabalhar com a criança de cinco e seis anos. Em janeiro de 2006, o Senado aprovou o Projeto de lei n° 144/2005 que estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Em fevereiro de 2006 o Presidente da República sancionou a lei n° 11.274 q ue regulamenta o Ensino Fundamental de 9 anos. A legislação prevê que sua medida deverá ser implantada até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. (Como entender a mudança para 9 anos do Ensino Fundamental? acessado dia 30/06/2010.) Com a inclusão de crianças de seis anos no ensino fundamental, aumenta a escolarização da população brasileira que se encontrava, até então privada da educação escolar ou sem garantia de vagas nas instituições públicas. O Ensino Fundamental é o único nível de ensino no País a ser de matrícula obrigatória. Ao ter sua duração ampliada de oito para nove anos, traz para a escola um grupo de crianças que ao serem introduzidas nessas instituições, entram em contato com uma cultura da qual devem se apropriar. Embora algumas das crianças de seis anos já frequentassem instituições pré-escolares, a entrada nesse segmento impõe novos desafios para o educando e o corpo docente como um todo. Sabe-se que é de direito da criança ter acesso à educação pública de qualidade. Para que esse direito se cumpra e, portanto se configure como promotor de novos direitos, o acesso das crianças às instituições educativas e sua permanência nelas deve consolidar-se como direito ao conhecimento, à formação integral do ser humano e à participação no processo de construção de novos conhecimentos. A construção dessa prática educativa deve ter a criança como eixo do processo e levar em conta as diferentes dimensões de sua formação. A entrada da criança na escola de Educação Infantil é uma etapa singular na infância, principalmente porque essa será a primeira grande situação de ampliação do convívio social. Uma questão polêmica no cenário educacional é o fato de que para ingressar no Ensino Fundamental a criança deve completar 6 (seis) anos até 31 de dezembro, ocasionando muitos problemas para aqueles que fazem seis anos apenas ao término do ano. De acordo com o Ministério de Educação (MEC) e com a Secretaria de Educação Básica, a ampliação do Ensino Fundamental em mais um ano de estudo do Ensino Fundamental de oito para nove anos, deve: “(...) produzir um salto na qualidade da educação: inclusão de todas as crianças de seis anos, menor vulnerabilidade a situações de risco, permanência na escola, sucesso no aprendizado e aumento da escolaridade dos alunos” (BRASIL/MEC, 2007, p. 01.). O Conselho Estadual de Educação do Paraná reafirma a competência de cada instituição de ensino na elaboração da sua proposta pedagógica e especifica que essa proposta deve explicitar: “[...] as concepções de infância, de desenvolvimento humano e de ensino e aprendizagem” (CEE/PR, Deliberação 03/2006, art. 18, inciso I.). Por sua vez a Resolução do CNE, nº 01/2010, em seu Art. 2º, retoma a questão da idade para a matrícula no Ensino fundamental e determina: “Para o ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental, a criança deverá ter 6 (seis) anos de idade completos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula”. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Concurso Prefeitura Municipal de Curitiba 2010. 6.2 Características das crianças de cinco e seis anos A inclusão de crianças de cinco anos no ensino fundamental é uma questão que tem inquietado muito os educadores. Para iniciar essa discussão é fundamental que se considere três questões: a primeira é necessário que se compreenda como ocorre o processo de desenvolvimento infantil, bem como essas crianças realizam suas aprendizagens. Conhecer suas características físicas, psíquicas, cognitivas e sociais é de suma importância para a realização de um bom trabalho. E, portanto a partir dessas concepções os professores poderão elaborar não só uma listagem de conteúdos, mas uma proposta pedagógica que contribua para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada dessas crianças. Uma segunda questão é quando se pensa nos conteúdos e no processo de ensino aprendizagem para o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos, isso não pode implicar na transferência do trabalho que era desenvolvido na primeira serie do Ensino Fundamental de oito anos. Por que no final dessa série se esperava que a criança conseguisse ler e escrever e realizar operações de adição e subtração. A terceira questão diz respeito à formação continuada dos professores. É essencial que o professor esteja sintonizado com os aspectos relativos aos cuidados e à educação dessas crianças, seja portador ou esteja receptivo ao conhecimento das diversas dimensões que as constituem no seu aspecto físico, cognitivolingüístico, emocional, social e afetivo. Nessa perspectiva, é essencial assegurar ao professor programas de formação continuada, privilegiando a especificidade do exercício docente em turmas que atendem a crianças de cinco e seis anos. A natureza do trabalho docente requer um continuado processo de formação dos sujeitos sociais historicamente envolvidos com a ação pedagógica, sendo indispensável o desenvolvimento de atitudes investigativas, de alternativas pedagógicas e metodológicas na busca de uma qualidade social da educação. Não há nenhum modelo a ser seguido, nem perfil ou estereótipo profissional a ser buscado. Entretanto, como analisa Ilma Passos Alencastro Veiga, “o projeto pedagógico da formação, alicerçado na concepção do professor como agente social, deixa claro que é o exercício da profissão do magistério que constitui verdadeiramente a referência central tanto da formação inicial e continuada como da pesquisa em educação. Por isso, não há formação e prática pedagógica definitivas: há um processo de criação constante e infindável, necessariamente refletido e questionado.” Assegurar essa formação deve ser o desafio de todos os sistemas. Uma formação sensível aos aspectos da vida diária do profissional, especialmente no tocante às capacidades, atitudes, valores, princípios e concepções que norteiam a prática pedagógica. Promover a formação continuada e coletiva é uma atitude gerencial indispensável para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico qualitativo que efetivamente promova a aprendizagem dos alunos. A formação oferecida fora da escola, por meio de cursos, é de grande relevância para o aprimoramento profissional, podendo, inclusive, consolidar o processo de acompanhamento sistemático das redes de ensino estaduais e municipais, mediante discussões com os profissionais docentes. No entanto, é decisivo o papel que o profissional da educação realiza no diaa-dia da escola. Esse fazer precisa ser objeto de reflexão, de estudos, de planejamentos e de ações coletivas, no interior da escola, de modo intimamente ligado às vivências cotidianas. A frequência de encontros sistemáticos e coletivos para estudos e proposições permite uma articulação entre teoria e prática. As experiências revelam que essa estratégia, além de mais bem qualificar o trabalho pedagógico, ainda democratiza as relações intra-escolares, na medida em que oferece oportunidades semelhantes ao grupo de profissionais da escola. A reflexão dos profissionais da educação sobre a sua prática pedagógica para a construção de um projeto político-pedagógico autônomo, bem como a implementação das diretrizes de ensino e de democracia da gestão, são essenciais para a qualidade social da educação. As crianças estão começando o Ensino Fundamental com cinco anos, idade que ainda deveriam estar na Educação Infantil. O professor muitas vezes é obrigado a ensinar determinados conteúdos a essa clientela mesmo que algumas dessas crianças se encontrem sem estrutura cognitivo-neurológica para aprender determinados conceitos. Às vezes o ato de alfabetizar reflete em desrespeito e crueldade para com os pequenos. O que observa-se em algumas escolas, são inúmeras crianças inteligentíssimas que não aprendem o saber sistematizado ou o saber escolar. Parecem frustradas com o conhecimento sistematizado. Estão no início de uma vida escolar e já se encontram traumatizadas, marcadas por um sistema educacional que não respeita os educandos. Alguns alunos até passaram por um processo rigoroso de avaliação psicológica e pedagógica, foram muito bem nos testes psicológicos, elaboram estórias e as contam oralmente com clareza. Mas a situação muda quando se pede para a criança registrar ou escrever uma frase ou um texto, ou ainda resolver um problema matemático no caderno. E há ainda aquelas crianças que só produz com um professor ou um outro adulto de seu lado. Ao entrar na escola a criança primeiro aprende a gostar do novo ambiente, das outras pessoas que estão ali inseridas. Nessas novas relações ela começa a entender o funcionamento dessa instituição, suas regras, os seus direitos e deveres neste local. A princípio estar alfabetizado na língua portuguesa e na matemática significa ter o domínio da leitura e da escrita, a realização de operações matemáticas em situações problemas. Mas esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas compõem a chamada "fase préescolar" ou "período preparatório". O processo de alfabetização é bastante complexo para a criança, por isso a importância de se respeitar o período preparatório, que dará a criança o suporte necessário para que ela prossiga sem apresentar grandes problemas. Uma criança sem o preparo necessário pode apresentar durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à orientação espacial, não sabendo, por exemplo, segurar o lápis com firmeza, unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas. Também é possível encontrar alunos que só sabem copiar textos, e durante um ditado, não conseguem escrever. Pode-se verificar as dificuldades de interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda os problemas emocionais, tais como, complexos de inferioridade, insegurança, medo de situações novas, medo de ser repreendido, medo de errar, de não corresponder às expectativas dos pais e professores, apatia, indiferença ou indisciplina e revolta, problemas de socialização, baixa auto-estima, e outros. Para entendermos melhor como alfabetizar e desenvolver o raciocínio lógico em crianças de cinco e seis anos se faz necessário analisar as contribuições de Freud, Jean Piaget, e Vigotsky relacionadas ás características cognitivas, sociais e afetivas dessa faixa etária, além das três questões colocadas anteriormente. (características dessa criança, conteúdos a serem trabalhados e formação do professor). A criança, diante das primeiras expectativas de aprendizagem escolar, revive, repete e expressa sua maneira pessoal, particular de lidar com a realidade, esta maneira, representa uma reedição da história de suas relações passadas. Assim, as experiências de sucesso ou de fracassos nesta aprendizagem, além de ter sido influenciada por esta condição pessoal da criança, vão promover conseqüências no seu narcisismo. Na perspectiva psicanalítica para que a criança tenha acesso é necessário que elabore o complexo de Édipo. Freud (1916, 1917) evidencia a importância deste complexo na estruturação da personalidade, afirmando que é através da resolução do Édipo, pelo medo da castração, que a criança internaliza e se identifica com as interdições e valores culturais veiculados na relação parental, podendo por isso se desvincular dos pais reais para assumir um lugar na sociedade. Assim a criança que ainda está às voltas com conflitos pré-edipianos, com questões narcísicas como a possibilidade de construir uma imagem e representação de si mais estável, apesar de falar nem sempre a fala é simbólica, como podemos observar na fala do esquizofrênico, a qual Segal (1983) denomina equação simbólica encontra muita dificuldade em aprender (a ler e escrever) exatamente porque não consegue se sujeitar a regras e normas. O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo Freud, é a chamada "fase latente", quando a criança já não tem mais interesses relacionados à descoberta do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas relações, e pode ter toda a sua atenção voltada para a aprendizagem por que esses interesses só voltam a se manifestar na puberdade. Para Leda Barone, a entrada na escola, e mais precisamente o início da alfabetização, coincide com o período em que a criança está no auge da angústia de castração, portanto muito voltada para seus interesses narcísicos, o que envolve a possibilidade de construir uma imagem segura de si, e ao mesmo tempo pressionada pelo meio para se sociabilizar, o que envolve a possibilidade de se sujeitar a regras e normas. Assim, "a forma como a criança vai viver esta aprendizagem depende do nível de organização conseguido no seu processo de acesso ao Simbólico". O prazer é um fator muito importante para obter sucesso ao longo dos anos que essa pessoa vai freqüentar uma escola. Sentir prazer em ir à escola e encontrar lá pessoas diferentes do seu cotidiano se faz necessário e é positivo para um bom desempenho do educando. Também a educação com afeto e acolhimento vem colaborar para que a criança se reorganize nesse novo espaço. Alguns professores reclamam do lento progresso dos alunos, pois alegam que muitos só “querem brincar”. Uma das formas da criança falar (comunicar) se dá pelo ato de brincar. Segundo Heli Mrales, “Brincar é arriscar-se a fazer do sonho um texto visível”. (...) “Na clínica psicanalista, o brincar tem importância fundamental, como uma das formas por onde a criança simboliza a realidade tal como percebe situações prazerosas e desprazeirosas.” Através da observação dos momentos de brincadeira dos alunos pode-se constatar como a criança se posiciona frente a esse mundo novo. Expondo seus problemas escolares e familiares. Com esse jeito de escutar o aluno a correção não é imediata, mas são criadas inúmeras possibilidades de trabalho com esse novo educando. Segundo Jean Piaget, o estágio pré-operatório que vai dos dois aos sete anos, também chamado pensamento intuitivo é fundamental para o desenvolvimento da criança. Apesar de ainda não conseguir efetuar operações, a criança já usa a inteligência e o pensamento. O conhecimento é organizado através do processo de assimilação, acomodação e adaptação. Neste estágio a criança já é capaz de representar as suas vivências e a sua realidade, através de diferentes significantes, tais como, o jogo, o desenho, a linguagem, a imagem e o pensamento. Para Piaget o jogo mais importante é o jogo simbólico (só acontece neste período), neste jogo predomina a assimilação (Ex. : é o jogo do faz de conta, as crianças "brincam de ser o papai, a mamãe, o médico”, ...). O jogo de construções transforma-se em jogo simbólico com o predomínio da assimilação. (Ex. : Lego - a criança diz que a sua construção é, por exemplo, uma casa. No entanto, para os adultos "é tudo menos uma casa"). Inicialmente (mais ao menos aos dois anos), a criança fala sozinha porque o seu pensamento ainda não está organizado, só com o decorrer deste período é que o começa a organizar, associando os acontecimentos com a linguagem na sua ação. A criança ao jogar aprende a organizar e isso a leva a conhecer melhor o mundo, por outro lado, o jogo também funciona como "terapia" na libertação das suas angustias. Além disto, através do jogo também podemos perceber a relação familiar da criança (ex.: Quando a criança brinca com as bonecas pode mostrar a sua falta de amor por parte da mãe através da violência com que brinca com elas). Até os dois anos a criança só faz riscos, sem qualquer sentido, porque, para ela, o desenho não tem qualquer significado. A criança, aos três anos já atribui significado ao desenho, fazendo riscos na horizontal, na vertical, espirais, círculos, no entanto, não dá nome ao que desenha. Tem uma imagem mental depois de criar o desenho. Mas aos quatro anos a criança já é mais criativa e começa a perceber os seus desenhos e projeta no desenho o que sente. De um modo geral, podemos dizer que, neste estágio, o desenho representa a fase mais criativa e diversificada da criança. A criança projeta nos seus desenhos a realidade que ela vive, não há realismo na cor, e também não há preocupação com os tamanhos. Nesta fase os desenhos começam a ser mais compreensíveis pelos adultos. A criança vai desenhar as coisas à sua maneira e segundo os seus esquemas de ação e não se preocupa com o realismo. Também aqui a ela vai utilizar a assimilação. No início desse período a linguagem, é muito egocêntrica, pouco socializada, ou seja, a linguagem está centrada na própria criança. Ela não consegue distinguir o ponto de vista próprio, do ponto de vista do outro e, por isso, revela certa confusão entre o pessoal e o social, o subjetivo e o objetivo. Este egocentrismo não significa egoísmo moral. Traduz, "...por um lado, o primado da satisfação sobre a constatação objetiva e, por outro, a deformação do real em função da ação e ponto de vista próprio. Nos dois casos, não tem consciência de si mesmo. Isto manifesta-se através dos monólogos individuais e dos monólogos coletivos, (Ex. : quando num grupo de crianças estão todas falando, dá a sensação que estão conversando umas com as outras, mas não, estão sim todas a falar sozinhas e ao mesmo tempo, ou seja, cada uma está no seu monólogo e assim manifesta o seu egocentrismo). O termo egocentrismo, característica descritiva do pensamento pré-operatório, foi progressivamente sendo utilizado por Piaget, que o substitui pelo termo descentração. A partir dos dois anos dá-se uma enorme evolução na linguagem, a título de exemplo, uma criança de dois anos compreende entre 200 a 300 palavras, enquanto que uma de cinco anos compreende 2000. Este aumento do número de vocábulos é favorecido pela forte motivação dos pais e educadores, ou seja, quanto mais forem estimulados (canções, jogos, histórias, etc.), melhor desenvolvem a sua linguagem. Neste estágio a criança aprende, sobretudo de forma intuitiva, isto é, realiza livres associações, fantasias e atribui significados únicos e lógicos. Se atentarmos a uma experiência muito conhecida de Piaget em que são dados a uma criança dois copos de água com igual quantidade de líquido, embora um alto e estreito e outro baixo e largo, intuitivamente a criança escolhe o copo alto, pois no seu entender este parece conter mais água. A imagem mental é o suporte para o pensamento. A criança possui imagens estáticas tendo dificuldade em dar-lhe dinamismo. O pensamento existe porque há imagem. É um pensamento egocêntrico porque o predomínio da assimilação é artificial. Na organização do mundo a criança dá explicações pouco lógicas. O egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico, pré-causal, mágico, animista e artificialista. O raciocínio infantil não é nem dedutivo nem indutivo, mas transdutivo, indo do particular ao particular; o juízo não é lógico por ser centrado no sujeito, em suas experiências passadas e nas relações subjetivas que ele estabelece em função das mesmas. Os desejos, as motivações e todas as características conscientes, morais e afetivas são atribuídas às coisas (animismo). A criança pensa, por exemplo, que o cão late porque está com saudades da mãe. Por outro lado, para as crianças até os sete ou cinco anos de idade, os processos psicológicos internos têm realidade física: ela acha que os pensamentos estão na boca ou os sonhos estão no quarto. Dessa confusão entre o real e o irreal surge a explicação artificialista, segundo a qual, se as coisas existem é porque alguém as criou. Logo abaixo analisaremos mais detalhadamente estas características. Animismo: A criança vai dar características humanas a seres inanimados. Este animismo vai desaparecendo progressivamente, aqui se salienta a importância do papel do adulto, na medida em que, a partir, sensivelmente dos cinco anos, não deve reforçar, mas sim atenuar o animismo. Realismo: A realidade é construída pela criança. Se no animismo ela dá vida às coisas, no realismo dá corpo, isto é, materializa as suas fantasias. Se sonhar que o lobo está no corredor, pode ter medo de sair do quarto. Finalismo: Existe uma relação entre o finalismo e a causalidade. A criança ao olhar o mundo tenta explicar o que vê, ela diz que se as coisas existem têm de ter uma finalidade, no entanto, esta ainda é muito egocêntrica. Tudo o que existe, existe para o bem essencial dela própria. Também aqui o adulto reforça o finalismo. Vai diminuindo progressivamente ao longo do estágio, apesar de persistir mais tempo que o animismo, devido às atitudes e respostas que os adultos dão às crianças. Com o decorrer do tempo, os pais e demais educadores deverão ensinar progressivamente, à criança, novos conceitos, de modo que futuramente ela não tenha dificuldade em aprendê-los. Artificialismo: É a explicação de fenômenos naturais como se fossem produzidos pelos seres humanos para lhes servir como todos os outros objetos: o sol foi aceso por um fósforo gigante; a praia tem areia para nós brincarmos. Piaget considerou a irreversibilidade uma das características mais presentes no pensamento da criança pré-operatória, para melhor entendermos este ponto, tomemos em conta a seguinte experiência: Piaget questionou uma criança de quatro anos: "Você tem uma irmã? Sim, e a tua irmã tem uma irmã? Não, ela não tem uma irmã, eu sou a minha irmã". Através das respostas dadas pela criança Piaget percebeu a da grande dificuldade que estas têm em compreender a reversibilidade das relações. No seu entender, a criança não tem mobilidade suficiente para compreender que quando uma determinada ação já está realizada podemos voltar atrás. Desta forma, podemos dizer que as estruturas mentais neste estádio são amplamente intuitivas, livres e altamente imaginativas. Para concluir a abordagem a este estágio é importante referir que a criança ao relacionar-se com o meio de forma ativa seu desenvolvimento da aprendizagem será favorecida de uma forma criativa e original. Do ponto de vista do juízo moral observa-se que, a princípio, a moral é totalmente heterônoma, passando a autônoma na medida em que a criança começa a sair do seu egocentrismo e compreender a necessidade da justiça equânime e da responsabilidade individuais e coletivas, independentes da autoridade ou da sanção imposta. Este estágio é fundamental, pois a criança aprende de forma rápida e flexível, inicia-se o pensamento simbólico, em que as idéias dão lugar á experiência concreta. As crianças conseguem já partilhar socialmente as aprendizagens fruto do desenvolvimento e da sua comunicação. Com Vygotsky e seus colaboradores Luria, Leontiev surge uma nova abordagem que busca uma síntese entre a psicologia vista como ciência natural à psicologia vista como ciência mental. A síntese desses dois elementos não e a simples soma ou justaposição desses elementos, mas a emergência de algo novo anteriormente inexistente. Esse novo elemento foi tornado possível pela interação entre esses elementos, em um processo de transformação que gera novos fenômenos. Assim, essa nova abordagem integra, em uma mesma perspectiva, o homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e ser social, e membro da espécie humana participante de um processo histórico. Essa nova abordagem para a psicologia fica explicita em três idéias centrais que podemos considerar como sendo “pilares” básicos do pensamento de Vygotsky. As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral. O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre individuo e o mundo exterior, as quais se desenvolvem em um próximo histórico. A relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos. O cérebro é base biológica do funcionamento psicológico. O homem enquanto espécie biológica possui uma existência material que define limites e possibilidades para o seu desenvolvimento. O cérebro, no entanto, não é um sistema de funções fins e imutáveis, mas um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual. O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico, em um processo em que é a última parte essencial da constituição da natureza humana. Não podese pensar o desenvolvimento psicológico como um processo abstrato, descontextualizado, universal: o funcionamento psicológico, particularmente no que se refere às funções psicológicas superiores, tipicamente humana, esta baseado fortemente nos modos culturalmente construídos de ordenar o real. O conceito de mediação nos remete ao terceiro pressuposto vygotskiano: a relação do homem mediana, sendo os sistemas simbólicos os elementos intermediários entre o sujeito e o mundo. O processo de alfabetização pode chegar a dois anos dependendo da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita, havendo a necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de textos. Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado com horários regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e amor entre a família, integração entre a família e a escola, facilitam muito a superação do período de alfabetização com bastante êxito. Falando agora do período preparatório, precisa-se levar em consideração que para ser alfabetizado, um educando precisa antes de tudo ter uma auto-estima elevada, precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e autoconfiança, para poder enfrentar as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além disso, a criança precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o seu temperamento, ela deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, dentro de seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos adquirindo independência e responsabilidade, saber ganhar e saber perder, ter boas maneiras, etc. Depois disso, a criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva). Deve dominar seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve conhecer seu corpo, seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem desenvolvidos. Por isso a importância das, brincadeiras de rua, de jogar bola, andar de bicicleta, rolar na grama, brincar com areia, nadar, correr, pular, etc. Isso é o que chama-se de coordenação motora global. O próximo passo é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são atividades que se limitam mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à percepção sensorial e à concentração. Também são pré-requisitos importantes o desenvolvimento da capacidade de concentração, o desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser aprimorados com brinquedos e programas educativos, músicas, histórias, filmes infantis, livros, conversas informais, e tantos outros recursos. Para Kátia Lima “Toda e qualquer atividade estimula o cérebro, e quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o processo de aprendizagem.” Além de tudo isso a criança precisa sem dúvida apresentar bom desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse aprendizado é importante que as crianças tenham acesso a escola antes dos sete anos. Uma boa escola ao incluir crianças de cinco e seis anos nos Ensino Fundamental deve: • ser aprovada pela secretaria de educação • ser devidamente regularizada e fiscalizada • ter uma proposta pedagógica que contribua para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da linguagem escrita e falada do educando. • apresentar planos pedagógicos organizados e coerentes com as idades das crianças • ter professores experientes formados em magistério superior e/ou pedagogia • ter amplo espaço externo, com variedade de recursos para recreação • ser limpa e organizada • ter salas adequadas para idades diferentes, que devem ser limpas, arejadas, amplas e decoradas para melhor estimulação • ter recursos pedagógicos variados e organizados: brinquedos, jogos, ambientes de estimulação, atividades extra-curriculares • ter cozinha e refeitório limpos e amplos em escolas de regime integral • ter funcionários para limpeza: cozinha e secretaria • ter atendimento e boa comunicação com os pais Muitas escolas se preocupam somente com a alfabetização da criança, mas é muito importante que a escola se preocupe primeiramente com o desenvolvimento do período preparatório, com a estimulação de todos os pré-requisitos que já descrevemos. A escola não deve pular as etapas do desenvolvimento, isso é extremamente prejudicial e trará consequências futuras para a criança, nas áreas pedagógica, emocional ou social. Para ser alfabetizada, uma criança precisa estar madura em todos os sentidos, pois o processo de alfabetização apresenta novas etapas, e a criança deve estar preparada para vencê-las. O primeiro ano do Ensino Fundamental tem um papel importantíssimo no preparo da criança para a alfabetização e deve cumprir este papel com competência. É o início da formação da criança, é onde muitas dela terão o primeiro contato com o processo de aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que ela terá no futuro. Esse contato deverá ser agradável e prazeroso, para que não gere traumas futuros. No período preparatório, a família e a escola devem caminhar juntas, auxiliando uma à outra mutuamente. A família deve estimular a criança nos estudos. Ajudá-la com as tarefas escolares, participar das reuniões, estar em contato com os professores, interessar-se pela vida escolar da criança. É importante lembrar que o primeiro ano do Ensino Fundamental é o começo da longa caminhada escolar, por isso, deve ser um bom começo, que proporcione alegria e satisfação para a criança, afinal... “a primeira professora a gente nunca esquece.” 6.3 Intervenção Psicopedagógicas aos professores do 1º ano do Ensino Fundamental A implantação do Ensino Fundamental de nove anos ocorre de forma insatisfatória na escola investigada. Há um enorme esforço do corpo docente junto com equipe pedagógica e direção em ter um ensino de qualidade para todas as crianças. Mas, observa-se no trabalho diário a falta de infra-estrutura física e preparação do profissional para trabalhar com crianças de cinco anos e orientação dos pais no acompanhamento do processo de aprendizagem de seu filho. A instituição está localizada em um bairro de classe média. A comunidade é participativa, muitos pais estão sempre atentos as reuniões que são convidados. No início do ano letivo esses pais deveriam ser bem orientados com relação ao acompanhamento assertivo de seu filho. Observa-se que há orientação, mas a mesma deve ser feita mostrando o afeto, carinho e firmeza que os pais podem ter para com a criança. A secretaria da educação através das alfabetizadoras dos núcleos regionais vem fazendo assessoria aos professores e os auxiliando nos planejamentos e rotina diária de trabalho em sala de aula. Muitos alunos chegam ao primeiro ano sem antes ter passado por ensino pré-escolar. Então se tem um educando para ser alfabetizada em nove meses sem que o mesmo tenha a estrutura básica (cognitiva e biológica) para aprender. Para Vigotski a criança leva dois anos para ser alfabetizada. Talvez alguns levem menos tempo, mas não se deve colocar como regra geral na quais todas as crianças possam ser alfabetizadas em menos de um ano sem antes ter acesso ao saber escolar. Não existe uma regra exposta claramente que as crianças devem ser alfabetizadas, mas sim iniciado o processo de alfabetização. Porém, no primeiro trimestre do ano letivo seguinte essa criança passará por uma avaliação na qual ela deverá ler e resolver algumas questões sem ajuda do professor. Para auxiliar o professor do primeiro ano do Ensino Fundamental foi organizado algumas orientações e atividades para serem trabalhadas já nas primeiras aulas do ano letivo. Correspondência Ato de estabelecer a relação termo a termo (um a um). A ideia de correspondência está presente em toda a matemática e também no mundo que envolve a criança. Ex: A cada dedo da mão esquerda corresponde um da mão direita. Atividade 1 Material: cinco cartelas, cada uma com o desenho diferente de um menino; outras cinco cartelas, cada uma com o desenho de um mesmo cachorro. Atividade: pedir à criança que escolha um cachorro para cada menino e que dê nome a ambos, verificando se ela escolhe nomes diferentes, fazendo a correspondência. Objetivo: corresponder elementos iguais a elementos diferentes. Atividade 2 Material: vinte cartelas que aos pares contem o mesmo número de objetos: sete facas numa e sete garfos em outra, etc... Atividade: as crianças devem formar os pares que possuem a mesma quantidade de desenhos. Esta atividade pode ser feita em grupo, se houver vários conjuntos de cartelas. Objetivo: fazer corresponder semelhantes (quantidade x quantidade). Comparação Naturalmente as crianças já fazem comparações de tamanhos, formas, cores, quantidades, etc. O professor deve aproveitar esse conhecimento para estimular as crianças a encontrar semelhanças e diferenças que caracterizam o que deseja comparar. Atividade 1 Material: blocos lógicos Atividade: cada criança escolhe duas peças. Quando todas tiverem feito sua escolha, o professor pergunta a cada uma em que essas duas peças são diferentes ou parecidas. É importante que todas ouçam o colega, pois as particularidades das peças precisam ser conhecidas por todos. Objetivo: estimular a percepção de semelhanças e diferenças. Jogo dos sete erros Material: pares de gravuras com pequenas diferenças entre elas. Atividade: as cartelas terão níveis de dificuldades pra as crianças encontrarem, aos poucos, um número cada vez maior de diferenças. Objetivo: desenvolver o senso de observação. Classificação É o ato de separar em categorias, de acordo com suas semelhanças. Para classificar é preciso escolher ou determinar um critério, e este se baseia num atrito comum aos elementos quem serão classificados. Atividade 1 Material blocos lógicos Atividade: separar as peças que têm o formato de triângulo das que têm o formato de quadrado, depois as vermelhas das azuis, depois as grandes das pequenas. Atividade 2 Atividade: colocar as crianças sentadas numa roda e formular questões, tais como: “dê o nome de animais que têm quatro patas” ou “quais os animais que moram na floresta?”, esta atividade pode ser frequentemente, variando as espécies: coisas que são compradas no supermercado, o que nasce da terra, sempre fornecendo, neste caso, o critério de classificação. Sequenciação È fazer suceder a cada elemento um outro qualquer, isto é, a escolha do seguinte, isto é, a escolha do momento e não por critérios preestabelecidos. Atividade 1 Material: papel colorido (pode ser de revistas), tesoura, cola e barbante. Atividade: recortar bandeiras (de São João) e coloca-las no barbante, uma após a outra, sem qualquer ordem. Objetivo: fazer uma sequenciação. Atividade 2 Material seis objetivos de diferentes tamanhos e formas, tais como: botões semelhantes, parafusos, porcas, conchas e pedras. Atividade: as crianças organizadas em grupo, devem colocar os objetos em fila e explicar o porquê da sequenciação. É interessante observar como discutem a formação da sequenciação e se já aparece algum critério de ordem. Objetivo: fazer sequenciação. Seriação Enquanto na sequenciação cada elemento vem após o outro sem qualquer critério, na seriação a sucessão se dá obedecendo a uma ordem preestabelecida. Por isso a seriação também é chamada de ordenação. Atividade 1 Material: blocos lógicos Atividade: apresentar o começo de uma série com duas, três ou quatro peças diferentes (por exemplo, formato de triângulo, círculo e quadrado) e pedir às crianças que continuem a série, de modo que a ordem das peças se repita. A seriação pode ser feita só de peças com a mesma cor ou com o mesmo tamanho. Objetivo: seriar considerando um só atributo. Inclusão A idéia de inclusão nem sempre é de fácil percepção. A criança sabe em qual grupo está incluída (sua família, relações de amizade, etc) e conhece as fronteiras de cada grupo. Nesse caso, a noção de pertinência (elemento pertence a um conjunto) e as noções de abrangência do conjunto, de comparação e de classificação já estão presentes. Atividade Material: doze tampas de plástico, cinco vermelhas e sete brancas, de preferência todas do mesmo tamanho. Atividade: dar todas as tampas à criança e indagar: Há mais tampas de cor vermelha ou de cor branca? Há mais tampas de plástico ou tampas de cor vermelha? Há mais tampas de plástico ou tampas de cor branca? As crianças deverão comparar cores, classificar as tampas por cor, utilizarse da inclusão (no segundo e no terceiro questionamento) e da contagem; as que não souberem contar poderão se utilizar da correspondência um a um responder à primeira pergunta. Objetivo: favorecer a aplicação da correspondência, da comparação, da classificação e da inclusão. Conservação É o ato de perceber que a quantidade não depende da arrumação, forma ou posição. A conservação é fundamental para o desenvolvimento do conceito de reversibilidade (a toda ação existe uma outra de efeito oposto), o qual, por sua vez, será básico para a compreensão dos conhecimentos aritméticos e de geometria. Atividade Material: cinco crianças, cinco objetos e cinco desenhos. Atividade: escolher cinco crianças e coloca-las de três maneiras diferentes: Primeiramente em fila, ema atrás da outra; Depois em círculo, formando uma roda; E, finalmente em um mesmo canto da sala. Em seguida, perguntar a todas as crianças: “Qual arrumação tinha mais crianças? Na fila, na roda ou no canto?” Ou as três tinham a mesma quantidade de crianças? É essencial prestar atenção às respostas dos alunos e pedir explicações sobre elas: “Por que você acha isso? Repetir a experiência, mas agora usando cinco objetos; em seguida, repetir a experiência utilizando apenas figuras. O professor não deve forçar que todas as crianças aceitem a conservação da quantidade. A ludicidade e afetuosidade se faz necessário na construção das normas, regras ou acordos que serão feitos com a criança já no início das aulas. Pode-se construir um cartaz coletivo onde todos possam opinar, dando sugestões para se ter uma boa convivência durante todo o ano. Em anexo há ilustrações para auxiliar o professor nessa tarefa. Também em anexo há sugestões para trabalhar utilizando: códigos de silêncio, jogos cooperativos, jogo, sem adversário, jogo de memória, música para trabalhar consciência corporal, memorização, música integrativa, dinâmicas, e brincadeiras com revistas. Bibliografia ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. 15.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Trad. De Dirceu Accioly e Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976. SEGAL, Hanna. Notas a respeito da formação dos símbolos. Em H.Segal (org.) Rio de Janeiro: Nick, 1983. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do Conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2006. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico São Paulo: Cortez,1996. NÓVOA, António. Para uma análise das instituições escolares. In Nóvoa A (org.) As organizações escolares em análise.Publ. Dom Quixote/Inst. Inovação Educacional, Lisboa, 1995, p. 35-36. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Professor: tecnólogo do ensino ou agente social? In VEIGA, I.P.A. e AMARAL A. L. (orgs.) Formação de Professores – políticas e debates. Papirus, Campinas SP, 2002, p. 85-86. VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. http://pedagogia.tripod.com 01/08/2010. http://diariopsicanalisedacrianca.blogspot.com/2009/03, Sexualidade Infantil - Freud/Piaget. http://guiadobebe.uol.com.br - Katia Ferreira Lima - Pedagoga, Pós-graduanda em Psicopedagogia. www.celsovasconcelos.com.br - acessado no dia 15 de abril de 2010. HTTP://wikipédia.org/wiki acessado no dia 15 de abril de 2010. Como entender a mudança para 9 anos do Ensino Fundamental? acessado dia 30/06/2010. www.revistaescola.abril.com.br - acessado no dia 22 de agosto de 2011. www.revistacrescer.globo.com/Revista/crescer – acessado no dia 22 de agosto de 20011. www.cdof.com.br - acessado no dia 22 de agosto de 2011. ANEXOS Como entender a mudança para 9 anos do Ensino Fundamental? Para entender melhor a nova legislação Em janeiro de 2006, o Senado aprovou o Projeto de lei n° 144/2005 que estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Em fevereiro de 2006 o Presidente da República sancionou a lei n° 11.274 q ue regulamenta o Ensino Fundamental de 9 anos. A legislação prevê que sua medida deverá ser implantada até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Em resumo o que ocorreu foi que o Pré da Educação Infantil passou a fazer parte do Ensino Fundamental, sendo agora o 1° Ano d esse ciclo. O Ensino Fundamental será organizado com cinco anos iniciais para crianças de 6 a 10 anos e, com quatro anos finais, para adolescentes de 11 a 14 anos. O 1° Ano do Ensino Fundamental deverá manter sua id entidade pedagógica e de instalações, observando, ainda, as orientações do Ministério da Educação de que a entrada no novo fundamental não pode representar uma ruptura com o processo anterior, vivido pelas crianças em casa ou na instituição de Educação Infantil, mas sim uma forma de dar continuidade as suas experiências para que elas, gradativamente, sistematizem os conhecimentos. Observe a tabela de equivalência entre os regimes de 8 e 9 anos do Ensino Fundamental: SÉRIE – Regime de 8 anos ANO – Regime de 9 anos Pré – Educação Infantil 1° ANO 1ª Série 2° ANO 2ª Série 3° ANO 3ª Série 4° ANO 4ª Série 5° ANO 5ª Série 6° ANO 6ª Série 7° ANO 7ª Série 8° ANO 8ª Série 9° ANO Para exemplificar: O aluno que cursou a 3ª série em 2006, cursará em 2007 o 5° ano do Ensino Fundamental, mas o conteúdo que será trabalhado equivalerá ao da antiga 4ª série. Em caso de transferência, o que poderá acontecer é que os pais acabarão encontrando algumas escolas que ainda não aplicaram a lei em 2007, e o aluno deverá se encaixar na série adequada a sua idade cronológica e conhecimentos pedagógicos, não esquecendo que essa regularização deverá ser feita pela escola até o ano de 2010. Para uma melhor compreensão das mudanças, o Portal do MEC colocou a disposição de Educadores, Gestores, Pais e interessados documentos para download sobre o Programa Ampliação do Ensino Fundamental para Nove Anos. Conteúdos Primeiro Ano do Ensino Fundamental PORTUGUÊS • Ampliar • Vocabulário • Vogais • Alfabeto (Relação fone/grafema de todas as letras) • Identidade • Nome Completo Família • Escrita como idéia de representação; • Vocabulário; • Escrita: Alfabeto (Relação fone/grafema: • Direção da escrita; • Nome Completo; • Espaçamento entre palavras; Argumentação: oralidade. MATEMÁTICA SEQUÊNCIAS • Ordenação • Seriação • Conservação • Comparação • Agrupamento (Diferentes Bases Menores De 10) • Antecessor • Sucessor • História Dos Números • LINGUAGEM MATEMÁTICA • NOÇÕES TOPOLÓGICA • Envolver relações num mesmo objeto ou entre um objeto outros elementos do espaço: Aberto/Fechado; Antes/Depois; Longe/Perto; Largo/ Estreito Grande/Pequeno; Frente/Atrás; Em Cima/ Embaixo. Formas Bidimensionais: Quadrado, Retângulo, Círculo, Triângulo. 2BSEQUÊNCIAS • Ordenação nº. 6 a 9; • Seriação; • Conservação (número/quantidade); • Comparação • Agrupamento (Diferentes Bases Menores De 10); • • Antecessor; • Sucessor; • Idéia de adição simples. • LINGUAGEM MATEMÁTICA • NOÇÕES TOPOLÓGICA • Envolver relações num mesmo objeto ou entre um objeto outros elementos do espaço: Aberto/Fechado; Antes/Depois; Longe/Perto; Largo/ Estreito Grande/Pequeno; Frente/Atrás; Em Cima/ Embaixo. Formas Bidimensionais: Quadrado, Retângulo, Círculo, Triângulo CIÊNCIAS • O corpo Humano; • Hábitos de higiene corporal. Seres vivos e elementos não vivos(ar) • Os cinco sentidos; olfato, visão, paladar, audição e tato; • Elementos da natureza necessários à existência da vida: sol,água, ar e solo. • Observação da organização dos espaços vividos. • Representação dos objetos nas visões: frontal; • Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de); anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em baixo) GEOGRAFIA • Observação de objetos em relação à forma e ao tamanho. • Representação dos objetos nas visões: frontal; • Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de); anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em baixo) • Observação da organização dos espaços vividos. • Representação dos objetos nas visões: frontal; • Localização dos objetos no espaço: lateralidade (à direita de, esquerda de); anterioridade (em frente de atrás de); profundidade (longe, perto, em cima, em baixo) • HISTÓRIA • A construção da identidade; • Famílias na sociedade de hoje. • Crianças de outros tempos: infância das pessoas com as quais convive; • Cotidiano das crianças em outros tempos e lugares; • Respeito à diversidade cultural, étnica, religiosa de gênero, etnia, pessoas com necessidades especiais. ROTINA ESCOLAR COMBINADOS COM AS CRIANÇAS A EDUCAÇÃO INFANTIL NA NOVA LDB Ângela Rebelo A expressão educação infantil e sua concepção com primeira etapa da educação básica está agora na lei maior da educação do país, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada em 20 de dezembro de 1996. Se o direito de 0 à 6 anos à educação em creches e pré – escolas já estava assegurado na Constituição de 1988 e reafirmado no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, a tradução deste direito em diretrizes e normas, no âmbito da educação nacional, representa um marco histórico de grande importância para a educação infantil em nosso país. A inserção da educação infantil na educação básica, como sua primeira etapa, é o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade, afirmada no Art. 22 da Lei: “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores”. A educação infantil recebeu um destaque na nova LDB, inexistente nas legislações anteriores. É tratada na Seção II, do capítulo II (Da Educação Básica), nos seguintes termos: Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré – escolas para crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Da leitura desses artigos, é importante destacar, além do que já comentamos a respeito da educação infantil como primeira etapa da educação básica: 1) A necessidade de que a educação infantil promova o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constituindose no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando. O desenvolvimento integral da criança na faixa etária de 0 a 6 anos torna-se imprescindível a indissociabilidade das funções de educar e cuidar. 2) Sendo a ação da educação infantil complementar à da família e à da comunidade, deve estar com essas articuladas, o que envolve a busca constante do diálogo com as mesmas, mas também implica um papel específico das instituições de educação infantil no sentido de ampliação das experiências, dos conhecimentos da criança, seu interesse pelo ser humano, pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade. 3) Ao explicitar que a avaliação na educação infantil não tem objetivo de promoção e não constitui pré-requisito para acesso ao ensino fundamental, a LDB traz uma posição clara contra as práticas de alguns sistemas e instituições que retêm as crianças na pré-escola até que se alfabetizem, impedindo seu acesso ao ensino fundamental aos sete anos. 4) Avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e deve ser orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa, assim como o acompanhamento e registro do desenvolvimento (integral, conforme Art. 29) da criança deverá ter como referência objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da instituição e o professor. Isto exige que o profissional da educação infantil desenvolva habilidades de observação e de registro do desenvolvimento da criança e que reflita permanentemente sobre sua prática, aperfeiçoando – a no sentido do alcance dos objetivos. Além da seção específica sobre a educação infantil, a LDB define em outros artigos aspectos relevantes para essa etapa da educação. Assim, quando trata “Da Organização da Educação Nacional” (Título IV, Artigo 9º - IV), estabelece o regime de colaboração entre a União, os Estados e o Municípios na organização de seus sistemas de ensino. É afirmada a responsabilidade principal do município na educação infantil, com o apoio financeiro e técnico de esferas federal e estadual. Uma das partes mais importantes da LDB é a que trata Dos Profissionais da Educação. São sete artigos que estabelecem diretrizes sobre a informação e a valorização destes profissionais. Define o Art. 62 que a “formação de docentes para atuar na educação básica far-se á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admita para formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal”. Deve-se ainda destacara na Disposições Transitórias, a instituição da Década da Educação, a iniciar -se um ano após a publicação da Lei, e que até o fim da mesma “somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço” (Art. 87§4°). Há um artigo das Disposições Transitórias que tem uma relevância ímpar para a educação infantil. Trata – se do Art.89, que afirma que “as creches e pré – escolas existentes ou que venham a ser criadas, no prazo de três anos, a contar da publicação desta lei, integrar-se-ão ao respectivo sistema de ensino”. Para atender a este prazo, urge que os sistemas de ensino e as instâncias reguladoras da área da educação estabeleçam normas e diretrizes que garantam o caráter educativo da creches e pré-escolas e sua inserção real nos sistemas de ensino, especialmente nas creches que, como é sabido, têm-se caracterizado mais por seu caráter assistencial que pelo educativo. Assumindo seu papel na formulação de políticas e programas de âmbito nacional, o MEC, por intermédio da SEF / DPE / Coordenação – Geral de educação infantil, está promovendo a articulação com o Conselho Nacional, Estaduais e Municipais de Educação, visando estabelecer critérios comuns para credenciamento e funcionamento de instituições de educação infantil e apoiar essas instâncias na divulgação e implementação desses critérios. O MEC, juntamente com o Ministério do Trabalho e o Ministério da Previdência e Assistência Social, apoiará projetos que visem a formação dos profissionais que já atuam na educação infantil e que não possuem a escolaridade mínima exigida em Lei (ensino médio) Característica do desenvolvimento de crianças de 5 (cinco) e 6(seis) anos de idade. As crianças de cinco e seis anos estão vivendo segundo Piaget, o período pré-operatório ou primeira infância. No início desse período o mais importante que acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos cognitivo, afetivo e social da criança. As consequências mais evidentes da linguagem são sem dúvida sua interação e a comunicação entre os indivíduos. Desenvolvimento social Aos cinco anos gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros, gosta de imitar as atividades dos adultos. Está aprendendo a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro. Aos seis anos a mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não voltar a vê-la após uma separação. Ela copia os adultos, brinca com meninos e meninas não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo. Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão. Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar. Conhece as diferenças de sexo. Aprecia conversar durante as refeições, Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês. Desenvolvimento Físico: Aos cinco anos a criança exerce grande atividade motora, com maior controle dos movimentos. Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda. Aos seis anos a preferência manual está estabelecida. É capaz de se vestir e despir sozinha. Assegura sua higiene com autonomia, Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada, embora aceite uma maior variedade de alimentos. Desenvolvimento Emocional: Os pesadelos são comuns nesta fase à crianças de cinco anos de idade. Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar, Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros, Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores. Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante envergonhada. Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo. Aos seis anos de idade a criança pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta não seja uma fase de grandes medos. Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc. Preocupa-se em agradar aos adultos. Tem maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros, Envergonha-se facilmente. Desenvolvimento Moral: A criança de cinco anos tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus comportamentos). Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, aos seis anos de idade a criança poderá por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis. Desenvolvimento Intelectual: Aos cinco anos de idade manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente. Compreende ordens com frases na negativa. Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas. Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas. Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade. Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro", "debaixo", "atrás". Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais. Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos macios, animais... Aos seis anos a criança fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais. Grande interesse pelas palavras e a linguagem. Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa. Segue instruções e aceita supervisão. Conhece as cores, os números, etc. Tem capacidade para memorizar histórias e repeti-las; É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor ao maior). Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã". Códigos de Silêncio Profº Maurício Leandro Simon diz: trata-se de uma brincadeira onde o professor irá dizer algo para que os alunos façam. Os alunos só deverão fazer o que se pede caso o professor diga SIMON DIZ. Exemplo: o professor diz: SIMON DIZ: mãos na cabeça! E assim todos os alunos deverão colocar suas mãos na cabeça. Quem não o fizer, erra a brincadeira. Será considerado erro quando o aluno fizer o que se pede e que o professor diga SIMON DIZ. Para chegar ao código do silêncio, devemos fazer a brincadeira e no decorrer devemos dizer: SIMON DIZ: ficar em silêncio! Quem falar ou fizer sons, automaticamente estará errando. Olha a bomba: quando o professor disser: olha a bomba!!! Todos os alunos terão que representar o barulho da bomba dizendo: ôôôôôô Bum! E ficar em silêncio após o Bum de explosão. Ai ai ai ai ai! O professor fala em um determinado ritmo 05 vezes a palavra ai, e os alunos deverão responder a mesma quantidade, no mesmo ritmo e do mesmo modo: UI UI UI UI UI. O professor varia o jeito de falar AI e os alunos terão que fazer o mesmo. Fonte: http://www.cdof.com.br (Profº Maurício Leandro) Pã pã rã rã pã! - clássico, e muito utilizado pelos palhaços. O professor diz: pã pã rã rã pã e os alunos respondem: pãpã! Temos algumas variações. Os alunos podem responder: Atchim (simbolizando um espirro), ou bater palmas. Colaboração: professora Marissol (Escola João Macedo Filho) Quem está me ouvindo Professor: quem está me ouvindo bate palma uma vez. Primeiro o professor bate palmas depois a criança repete. Professor: quem está me ouvindo bate palmas duas vezes. Professor: quem está me ouvindo coloque a mão direita na orelha esquerda. Obs: o professor poderá ir falando várias ações para a turma realizar. Conclui a brincadeira dizendo quem está me ouvindo fica em silêncio. Colaboração: professora Rachel (Escola João Macedo Filho) Neste jogo não há adversários No jardim das brincadeiras, não tem essa de derrotar o adversário. Todo mundo se une para ganhar Fotos: Christian Parente/Produção Rita Paiva Compartilhe Envie por email Imprima Com retalhos de tecidos, tampas de garrafa e canetinhas, você apresenta para a turma um jogo de tabuleiro instigante e interativo. O nome dele? Jardim das Brincadeiras. Inspirada no original alemão Obstgarten, a arte-educadora Cyrce Andrade recriou o jogo que oferece a oportunidade de trabalhar as brincadeiras. Todos os jogadores - que podem ser os pequenos da Educação Infantil ou das séries iniciais do Ensino Fundamental - têm a função de salvar juntos o jogo-da-velha, o peão, a pipa, a amarelinha etc. O obstáculo é um grande temporal. É preciso reunir à ciranda as crianças que estão fora da roda (tampinhas coloridas) antes da chuva começar a cair. Se as nuvens (peças pretas) taparem o sol antes disso, o jogo termina. Mas não pense que tudo é divertimento puro e simples. Há uma série de conceitos escolares que você pode explorar. De cara, os estudantes entendem a importância do trabalho em equipe. "O jogo tem um objetivo e deve ser atingido em conjunto", diz Fernanda Selbmann Sampaio, professora de Educação Corporal da Escola Cooperativa de São Paulo. "Não há rivalidade entre os jogadores e, naturalmente, um acaba torcendo pelo bom desempenho do outro." Como mais um incentivo para o trabalho em grupo, Cyrce sugere que o jogo seja construído por alunos e professores. "É um excelente momento para trocar ideias, ouvir histórias e cantarolar músicas", reforça. Além disso, torna-se gratificante para quem confecciona descobrir-se capaz de fazer algo que será compartilhado com os colegas. Material necessário - Pedaço quadrado de linho ou algodão na cor verde medindo 60 centímetros de lado - Retalho de feltro amarelo - Retalhos de tecido de algodão nas cores marrom e branca ou cru - Retalho de tecido de algodão na cor azul - 4 pedaços de tecido de algodão de poliéster xadrez nas cores amarelo, laranja, vermelho, e azul e 1 multicor - Tesoura simples e de picote - Cola branca e para tecido - Pincel redondo nº 3 - Caneta para tecido preta - Canetas hidrográficas de várias cores - Retalhos de papel de 180 ou 240 gramas nas cores preto, azul, amarelo, laranja e vermelho - Tampas de garrafa - Pedaço de cartolina branca medindo 24 centímetros de comprimento por 18 centímetros de largura - Molde do dado (folha de moldes) Como fazer 1. PREPARAÇÃO DO TABULEIRO Com a tesoura de picote, corte as laterais do tecido verde apenas o suficiente para dar um acabamento dentado. 2. RECORTES DE TECIDOS Corte: um círculo de 12 centímetros de diâmetro de feltro amarelo, 15 tiras finas de 8 centímetros de comprimento de feltro amarelo, 30 círculos de 3 centímetros de diâmetro de algodão branco ou cru e 10 de algodão marrom com essa mesma medida, 24 retângulos de 6 centímetros de largura por 4,5 centímetros de comprimento de algodão branco ou cru, 10 triângulos eqüiláteros de 3 centímetros de lado de tecido xadrez azul, 30 triângulos eqüiláteros de 4 centímetros de lado de tecido xadrez amarelo, laranja e vermelho (10 de cada cor) e 10 retângulos de 3 centímetros de largura por 2 centímetros de comprimento de algodão azul. Dobre cada um desses retângulos azuis ao meio e corte como se fosse um bandeirinha junina. 3. O SOL NO CENTRO No centro do tecido verde, cole o círculo de feltro. Desenhe a cara do Sol e depois cole as tiras amarelas ao seu redor para representar os raios solares. 4. CIRANDA DE CRIANÇAS Conte um palmo a partir dos raios do Sol por todo o tecido. Nesse local, será montada a ciranda de crianças. Primeiro, cole as cabeças uma ao lado da outra, que são os círculos de algodão brancos e marrons. Depois, fixe os triângulos, que são as roupas, debaixo das cabeças. Os triângulos maiores representam os vestidos das meninas, os azuis menores são as camisetas dos garotos e as bandeirinhas são os shorts. Com a caneta preta, desenhe os braços, as pernas, os cabelos e as feições. 5. DESENHO DAS BRINCADEIRAS Nos retângulos de algodão, desenhe brinquedos e brincadeiras. Peça ajuda para seus alunos. Esse é um bom momento para a criançada representar o que é, de fato, significativo para elas. Não adianta colocar a amarelinha, por exemplo, se eles não a conhecem. Cole os desenhos entre a ciranda e o Sol. 6. PEÇAS COLORIDAS Recorte 10 círculos de 1,5 centímetro de diâmetro de cada uma das cores dos retalhos de papéis. Cole-os nas tampinhas de garrafa. 7. O DADO Pegue novamente os tecidos estampados e corte quadrados de 5,5 centímetros de lado. Um de cada cor. Copie o molde do dado na cartolina branca. Cole um pedaço de tecido xadrez em cima de cada quadrado. Sobram dois. Pinte um de preto e, no outro, cole o multicor, que servirá como uma espécie de curinga. Dobre e una as bordas com cola branca. Regras do jogo O jogo é disputado por duas ou mais crianças. A partida começa com os desenhos das 12 brincadeiras cobertos com os retângulos de algodão e com as tampinhas coloridas espalhadas em volta do tabuleiro. Os próprios participantes estabelecem quem inicia e qual ordem seguir: horário ou anti-horário. Antes de o primeiro jogar o dado, é importante contar a história que envolve esse passatempo. As crianças (de mãos dadas no tabuleiro) estão radiantes com as brincadeiras que estão no jardim, mas o divertimento é ameaçado pelo temporal (peças pretas) que está se armando bem em cima de suas cabeças. É preciso que cada uma receba um colega (peças azuis, laranjas, amarelas e vermelhas) para que juntos salvem as brincadeiras antes que a chuva estrague tudo. Depois da contextualização, inicia-se a partida. Um aluno joga o dado e se, por exemplo, o amarelo for sorteado, ele pega a tampa amarela e coloca na criança de mesma cor. Os outros repetem o movimento. Quando o dado cai do lado preto, o jogador pega a peça preta e põe em cima do Sol. Se cai onde estão todas as cores, ele escolhe qualquer peça colorida e coloca na figura correspondente. Os movimentos prosseguem até que dez crianças seguidas sejam cobertas. Quando isso acontece, as três brincadeiras desenhadas bem em frente a elas são descobertas e salvas. O jogo acaba quando terminam as pretas antes das coloridas, o que significa que a chuva começou e não há mais brincadeiras. Ou quando acabam as peças coloridas antes que as pretas cubram o Sol. Isso significa que as crianças conseguiram salvar todas as brincadeiras. Para complicar um pouco o jogo e torná-lo mais emocionante, basta diminuir o número de peças pretas. Publicado em Outubro 2007. Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim, seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem como fora dela. Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material. Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes. Fonte: revistaescola.abril.com.br Jogo de memória Características Como o próprio nome indica, ele requer boas estratégias de memorização dos integrantes para acumular pontos. Origem Foi criado na China no século 15. Era formado por baralho de cartas ilustradas e duplicadas. Por que propor Para que os pequenos estabeleçam relações entre imagens e a posição no tabuleiro e, assim, desenvolvam estratégias de memorização. Como enriquecer o brincar ■ Discuta com a turma as estratégias para localizar as figuras no espaço, como a fixação de um ponto de referência e a observação do entorno de uma figura. ■ Converse com os pequenos ao término de cada partida para socializar as táticas usadas por cada jogador. O erro mais comum ■ Elaborar jogos da modalidade para fixar conteúdos. A modalidade impõe desafios por si própria e não faz sentido ensinar recorrendo à memorização. Músicas para os pequenos Consciência corporal 1. FORMIGUINHA Fui ao mercado comprar café Veio a formiguinha e subiu no meu pé EU sacudí, sacudí, sacudí Mas a formiguinha não parava de subir (trocar as palavras sublinhadas por objetos e partes do corpo que rimem. Ex: panela/canela; espelho/joelho. A cada parte do corpo devemos mexer ao cantarmos "sacudi"). Músicas de Memorização 1. LOJA DO MESTRE ANDRÉ Foi na loja do Mestre André que eu comprei um violão Blão! Blão! Blão! Um violão Aiolè! Aiolè! Foi na loja do mestre André REFRÃO Foi na loja do Mestre André que eu comprei um pianinho Plin! Plin! Plin! Um pianinho Blão! Blão! Blão! Um violão Repetir REFRÃO ( ir acrescentando instrumentos e seus sons. Ex.: Corneta/Fon! Fon! Fon!; Pandeirinho/Pan! Pan! Pan! ) 2. A MOSCA NA VELHA Estava a velha em seu lugar duas vezes Veio a mosca lhe atentar A mosca na velha e a velha a fiar Estava a mosca em seu lugar duas vezes Veio a aranha lhe atentar A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar (ir acrescentando animais na música) Músicas para Coordenação Motora 1. CHAPÉU TEM TRÊS PONTAS O meu chapéu tem três pontas Tem três pontas o meu chapéu Se não tivesse três pontas Não seria o meu chapéu Músicas Integrativas PIPOCA NA PANELA Uma pipoca puxa assunto na panela Outra pipoca vem correndo conversar Aí começa um tremendo falatório E ninguém mais consegue escutar É um tal de Ploc! Ploploc! Ploc! Ploc! (Três vezes) duas vezes A casa Era uma casa bem fechada . 2x Abre a janelinha deixa o sol entrar . 2x Perto da casa tem uma árvore. 2x E por baixo dela passa um rio assim. 2x Olhe as nuvens está trovejando. 2x Fecha a janelinha que já vai chover. 2x Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Colaboração: professora Jackeline (Escola João Macedo Filho) Jogo cooperativo Características A idéia básica desse tipo de jogo é a união de todos os participantes contra um inimigo comum - o próprio tabuleiro -, que pode ser representado por um personagem do jogo. Geralmente, ele possui caráter simbólico - por exemplo, a missão de um grupo de príncipes de evitar que uma princesa seja capturada por uma bruxa malvada. Origem Remontam às atividades tribais e aos rituais mágicos de diversas sociedades antigas para combater um inimigo comum real (como a chuva) ou imaginário (como duendes). Por que propor Para os pequenos refletirem sobre a importância de coordenar ações em conjunto e compreenderem regras estruturadas. Como enriquecer o brincar ■ Ponha em debate, logo depois da partida, as decisões tomadas a respeito das jogadas executadas pelo grupo. O erro mais comum ■ Oferecer só jogos cooperativos. A idéia de que competir é ruim não se sustenta. A importância de ofertar a modalidade está na diversidade de regras com que as crianças entrarão em contato. Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Cresce Fazer instrumentos de sucata Dependendo do que você coloca dentro de garrafas e potes de sucata, um som diferente é produzido. Com garrafas PET, vocês podem fazer vários tipos de chocalho. Dependendo do que colocarem dentro, um som diferente será criado. Experimentem com arroz, areia, água, milho de pipoca – um tipo para cada garrafa. Para fazer minitambores, pegue uma bexiga e corte-a ao meio com a tesoura. Estique a parte sem o bico sobre uma lata de achocolatado, sem a tampa. Prenda-a com um elástico. Se quiser incrementar o tamborzinho, faça listras na lata com fitas adesivas coloridas. Você pode usar vidros do mesmo tamanho para criar um “piano”. Coloque água em cada um deles, aumentando a quantidade (o primeiro com um dedo de água e o último quase cheio). Batendo com uma colher, as crianças percebem como o som é diferente em cada um. Brincar com recortes de revista Separe algumas revistas velhas e deixe seu filho recortar a figura de que mais gosta. Depois, pegue a tesoura e corte uma parte da imagem. Cole esse recorte em um papel branco para seu filho completar a figura, fazendo o desenho do que falta. Isso vale para paisagens, objetos. Outra forma de brincar com revistas velhas é separar os olhos, bocas e narizes de várias fotos para depois montar rostos bem malucos em um papel. Vocês podem desenhar o contorno do rosto e preenchê-lo com os recortes Dinâmicas 1. Dinâmica do Nome Esta dinâmica propõe um "quebra gelo" entre os participantes. Ela pode ser proposta no primeiro dia em que um grupo se encontra. É ótima para gravação dos nomes de cada um. Em círculo, assentados ou de pé, os participantes vão um a um ao centro da roda (ou no próprio lugar) falam seu nome completo, juntamente com um gesto qualquer . Em seguida todos devem dizer o nome da pessoa e repetir o gesto feito por ela. Variação: Essa dinãmica pode ser feita apenas com o primeiro nome e o gesto da pesso, sendo que todos devem repetir em somatória, ou seja, o primeiro diz seu nome, com seu gesto e o segundo diz o nome do anterior e gesto dele e seu nome e seu gesto... e assim por diante. Geralmente feito com grupos pequenos, para facilitar a memorização. Mas poderá ser estipulado um número máximo acumulativo, por exemplo após o 8º deve começar um outro ciclo de 1-8 pessoas. Autor: Desconhecido 2. Dinâmica do "Escravos de Jó" Esta dinâmica vem de uma brincadeira popular do mesmo nome, mas que nessa atividade tem o objetivo de "quebra gelo" podendo ser observado a atenção e concentração dos participantes. Em círculo, cada participante fica com um toquinho (ou qualquer objeto rígido). Primeiro o Coordenador deve ter certeza de que todos sabem a letra da música que deve ser: Os escravos de jó jogavam cachangá; os escravos de jó jogavam cachangá; Tira, põe, deixa o zé pereira ficar; Guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá (Refrão que repete duas vezes).