Valorização Honorários mais justos são tema central da mobilização Ordem amplia fiscalização e cassa maus profissionais Um grande ato público, no dia 11 de agosto, reforçará a campanha da seção mineira da OAB pela valorizacão dos advogados, que inclui luta por melhores honorários e condições de trabalho. Págs 3, 4, 5 ,6 e 7 Em defesa das “Eleições Limpas” Pressão pela criação de TRFs Advogados mineiros colhem assinaturas para viabilizar projeto de reforma política no Congresso. OAB vai cobrar do STF celeridade no julgamento de Adin contra novos tribunais. Pág 13 Pág 9 entrevista: adriene andrade “Mais do que perseguir responsáveis, temos de evitar o dano” Pág 18 #01 AGO/ SET 2013 EXPEDIENTE EDITORIAL valorização do advogado Luís Cláudio Chaves Presidente Eliseu Marques de Oliveira Vice-Presidente Helena Edwirges Santos Delamonica Secretária Geral Sérgio Rodrigues Leonardo Secretário Geral Adjunto Antônio Fabrício de Matos Gonçalves Tesoureiro Euler de Moura Soares Filho Tesoureiro Adjunto Uma questão de respeito ao advogado campanha: Advogados irão tomar as ruas pela valorização da carreira OAB faz mobilização em defesa dos honorários Joel Moreira Diretor Institucional Sérgio Murilo Diniz Braga Presidente - CAA/MG Wagner Antônio Policeni Parrot Vice-Presidente - CAA/MG Tito Lívio de Figueiredo Diretor de Comunicação Institucional [email protected] Túlio Iannini Executivo de Comunicação Institucional [email protected] Alex Capella Coordenador de Imprensa [email protected] Pollyanna Flores Bicalho Luiz Carlos Bernardes Jornalistas Andrezza valadares Carla Queiroz nayra lane Comunicação Interna Ordem dos Advogados do Brasil SeçÃO Minas Gerais Rua Albita, 260 – Cruzeiro – Belo Horizonte – MG Cep 30310-160 - (31) 2102-5800 CAA Caixa de Assistência aos Advogados www.caamg.com.br Escola Superior de Advocacia ESA www.esamg.org.br DAAC - Departamento de Apoio ao Advogado na Capital - (31) 3295-1190 Contato para anúncios, sugestões e comentários [email protected] (31) 2102-5945 Projeto Gráfico: 2DA Branding & Design Colaborações: Agência Virgulinas Link Comunicação Impressão: Bigráfica Editora Tiragem: 90.000 exemplares A cada ano, no mês em que se comemora o dia do advogado, a OAB lança campanha nacional com o intuito maior de valorização da advocacia. Em 2013, o Conselho Federal da OAB elegeu o tema “Honorários Dignos: Uma Questão de Justiça!”. Com esse mote mobilizamos a advocacia estadual por meio de cartazes, adesivos e outras mídias publicitárias, sempre com o objetivo de combater o aviltamento dos honorários advocatícios, dentre eles as verbas sucumbenciais. Queremos que entre as carreiras jurídicas seja fortalecida a cobrança de consultas e o pagamento digno dos honorários contratuais e de sucumbência. A redução desses valores, com toda certeza, caracteriza a violação ao direito de defesa. No Jornal do Advogado, a questão acima é tratada com o destaque merecido. Mas, outros temas abordados e de extrema importância poderão ser observados como as questões referentes à Reforma Política e a atuação da Seccional Mineira para viabilizar o projeto Eleições Limpas. Trouxemos para a pauta, mais uma vez, a criação do TRF em Minas, luta diária da OAB/MG e da sociedade. Além disso, fizemos entrevistas com os novos desembargadores do TJMG e TRT eleitos por meio do quinto constitucional. Aproveito para conclamar a advocacia para um mês de reflexões sobre os nossos rumos e para os empecilhos que fazem parte do nosso cotidiano profissional. A OAB/ MG sempre estará ao seu lado! Parabéns advogados e advogadas pelo dia 11 de agosto. Honorários Dignos: Uma Questão de Justiça! Advogado valorizado, cidadão respeitado. Luís Cláudio Chaves Presidente da OAB/MG Valorização da profissão marca atividades no mês dos advogados, que terá caminhada pelas ruas da capital mineira U ma grande mobilização, no dia 11 de agosto, marcará em todo estado o Dia do Advogado. Todas as subseções colocarão nas ruas a campanha nacional pela dignidade dos honorários. No interior, a progamação é de responsabilidade de cada subseção. Em Belo Horizonte, a seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) prepara um grande ato público em protesto às tentativas de aviltamento das verbas devidas aos advogados. O objetivo da Ordem é o de demonstrar que a redução de valores dos honorários advocatícios, em todas as categorias, caracteriza violação ao direito de defesa. A entidade em Minas vem dialogando com os tribunais para revisar os valores irrisórios fixados para os honorários. A Ordem também atua no Congresso Nacional para que os valores sejam respeitados com o novo Código de Processo Civil. Para o presidente da OAB/ MG, Luís Cláudio Chaves, os honorários são indispensáveis ao sustento do advogado. “O movimento reforça a fiscalização e o combate às iniciativas que possam atentar contra a dignidade profissional dos advogados”. O movimento de valorização do advogado A comissão, criada há um ano, atua perante os tribunais, ingressando nos autos como assistente do advogado, quando o recurso é interposto para majorar honorários aviltantes. Até hoje, todos os desembargadores do Tri“O movimento reforça a fiscalização bunal de Justiça de Minas e o combate às iniciativas que possam Gerais se pronunciaram atentar contra a dignidade profissional a favor dessa assistência. Segundo Raimundo dos advogados” Cândido Neto, a atual foi lançado em abril e vem mobilizando todos gestão da Ordem, empunhando a bandeira as seções e subseções da Ordem. Como par- da valorização da advocacia, criou esses dois te do esforço para a valorização da profissão órgãos da OAB Minas, demonstrando que a foi criada em Minas a chamada “Ouvidoria entidade não irá admitir o aviltamento dos de Honorários”. Ela tem por objetivo filtrar, honorários dos advogados. “A OAB de Midentre as diversas reclamações recebidas pe- nas Gerais, mais uma vez, foi pioneira nessa los advogados, casos em que poderá haver campanha de tamanho impacto e importânefetiva assistência processual ao profissional, cia na vida dos advogados, pela dignidade por intermédio da Subcomissão de Defesa dos dos nossos honorários. Advogado valorizado Honorários de Sucumbência, ambas presidi- é advogado bem remunerado”, destaca. das pelo advogado Raimundo Cândido Neto. 3 CAPA Advogados trabalhistas lutam por reconhecimento N a campanha de valorização, os advogados trabalhistas irão intensificar a pressão para que o projeto de lei complementar da Câmara n° 33 de 2013, também seja aprovado no Senado. O texto prescreve critérios para fixação de honorários de sucumbência na Justiça do Trabalho. A expectativa é a de que até o final deste ano, o projeto seja aprovado. O senador Jayme Campos (DEM-MT) foi designado o relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Segundo o tesoureiro da Ordem dos Advogados de Minas Gerais (OAB-MG), Antônio Fabrício de Matos Gonçalves, que também é presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), os advogados trabalhistas já podem comemorar, pois é uma vitória e deve ser comemorada por todos, uma vez que a partir de agora ocorrerá um tratamento igualitário aos profissionais que atuam na Justiça do Trabalho. “Esta é uma bandeira antiga de luta da Abrat, iniciada com a ex-presidente Clair da Flora Martins, e que quase dez anos após se torna realidade, graças a uma mobilização da classe”, diz. O PLC 33/2013 altera o artigo 791 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para estabelecer que a sentença das decisões da Justiça Trabalhista condenará o vencido, inclusive quando vencida a Fazenda Pública, ao pagamento de honorários de sucumbência aos advogados, fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação. A proposta veda também a condenação recíproca e proporcional da sucumbência. Ele exige ainda a presença de advogado em todas as ações trabalhistas. Segundo a proposta, a parte envolvida em processo tramitando na Justiça do Trabalho será representada por 4 valorização do advogado advogado legalmente habilitado, pelo Ministério Público do Trabalho ou pela Defensoria Pública da União. “Trata-se de uma inadiável conquista para a advocacia, fazendo cessar uma injusta discriminação com os advogados militantes na Justiça do Trabalho”, comemora o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado. O presidente da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo da OAB Federal, Carlos Eduardo Gomes Pugliesi, ressalta que a aprovação é um restabelecimento de uma “injustiça”, sem precedentes, “Trata-se de uma inadiável conquista para a advocacia, fazendo cessar uma injusta discriminação com os advogados militantes na Justiça do Trabalho” que é a separação de duas categorias de advogados, ou seja, aqueles que têm e aqueles que não têm direito aos honorários. “Temos de manter nosso empenho pela causa. Já está demorando tempo demais para essa situação ser reparada”, avalia. luís cláudio : A marca da nossa gestão é a luta pela valorização da profissão JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Jovem advogado quer piso salarial movimento: Advogados lutam por melhores honorários e demais prerrogativas Tabela de honorários Outro ponto importante de valorização do advogado é a nova Tabela de Honorários da OAB/MG, publicada em 2012, que trouxe pontos marcantes para a advocacia, como a eliminação dos limites máximos de valores e percentuais de honorários, mantendo como referência apenas os limites mínimos. De acordo com o conselheiro seccional e relator da nova tabela, Márcio Scarpellini, foi inserida nela a cláusula XIV, mediante a qual o próprio advogado poderá atualizar mensalmente os valores de referência, sem necessidade de aprovação de nova tabela pelo Conselho Seccional, evitando-se, assim, a defasagem dos honorários. A tabela está disponível pelo www.oabmg.org.br/tesouraria/ tabela_honorarios DAAC busca excelência para categoria Além da revisão dos valores fixados para os honorários, o diretor do Departamento de Apoio ao Advogado na Capital (DAAC), Adriano Cardoso lembra que outro fator que valoriza a categoria é a melhora nas condições de trabalho. À frente de 15 salas em Belo Horizonte, instaladas em todas as instâncias do Judiciário, Cardoso diz que os 100 servidores do órgão estão passando por capacitação. “Temos de transformar o DAAC em um centro de excelência de serviços para os advogados”, afirma. Segundo o diretor do DAAC, o órgão precisa servir não somente aos advogados da capital, mas àqueles do interior que precisam de serviços em Belo Horizonte. Para isso, as salas passaram por uma reformulação completa, abrigando tecnologia de ponta. “O advogado pode acessar a internet nas salas e consultar os processos. O DAAC precisa trabalhar para continuar oferecendo melhores serviços aos advogados”, ressalta Adriano Cardoso, diretor do DAAC. Cardoso: Melhorar infraestrutura também é valorizar A Comissão OAB Jovem vai intensificar a mobilização para que seja criado um piso salarial regional para os advogados (empregados privados) no Estado. A proposta sugere a adoção de um piso para 20 horas de trabalho e outro para 40 horas. Segundo o presidente da OAB Jovem, Fabrício Almeida, tal iniciativa vem ao encontro dos anseios dos profissionais. “É lamentável o valor médio que os escritórios estão pagando para seus advogados empregados. Chega a ser inadmissível”, classifica. O presidente da seção mineira da OAB, Luís Cláudio Chaves, ressaltou que, quando se luta pela valorização da advocacia, se pensa também no cidadão. Ele destacou que os advogados recebem anualmente a tabela de honorários, mas que antes não se havia discutido o piso salarial regional. Luís Cláudio diz ainda que o desafio, agora, é estabelecer o valor do piso. “Não vai agradar a todos. Por isso, queremos ouvir a categoria”, salienta. O presidente da OAB destaca que a inexistência de um sindicato patronal impede que haja acordo entre a categoria para estabelecer o piso, o que torna necessária uma legislação sobre o assunto. 100 servidores do daac passam por capacitação Almeida: Em defesa do jovem advogado 5 CAPA Atuação de procuradoria garante prerrogativas C riada em março, a Procuradoria Estadual de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB Minas comemora as ações no sentido de se evitar a supressão das prerrogativas por parte de vários órgãos. Nos últimos meses, além do trabalho de orientação aos advogados, a procuradoria tem agido na defesa do dispositivo constitucional que define o advogado como indispensável à Justiça. Segundo Cíntia Ribeiro de Freitas, procuradora-geral estadual de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, uma das frentes de trabalho é a luta contra a cobrança de multas processuais aplicadas indevidamente aos advogados por juízes insatisfeitos com sua atuação. “Exemplo de aplicação indevida de multa é quando o colega não comparece à audiência, mas justifica. Ainda assim, o magistrado realiza a audiência e ainda aplica multa ao advogado por abandono. Não vamos permitir isso”, diz. “É um trabalho a favor de honorários dignos e que visa a intervenção para que o advogado seja respeitado” A procuradora afirma que grande parte das denúncias que chegam à procuradoria são de desacato e crimes contra a honra. Entre os principais alvos de reclamação estão os órgãos da administração pública e as delegacias de polícia. “São instituições que não têm o hábito de permitir que advogados consultem os processos sem procuração”, afirma. Outro trabalho importante é o controle de ações de busca e apreensão em escritórios de advocacia e de prisões ilegais de advogados. “Ainda que o colega seja suspeito de envolvi- mento em crimes, não podemos abrir mão de que o procedimento seja feito de acordo com a lei, ou seja, com um membro da OAB presente. Trata de cumprir a lei e garantir que os clientes sejam preservados”, lembra a procuradora, citando o exemplo da atuação da procuradoria em dois casos recentes ocorridos no Norte de Minas. No primeiro, a procuradoria interpôs habeas corpus no sentido de assegurar prisão domiciliar a um advogado. No outro, revogou o pedido de prisão preventida decretado contra um advogado. A procuradora salienta que a atuação conjunta dos membros da procuradoria vem sendo fundamental para os resultados. Da procuradoria fazem parte o procurador-adjunto, Fabrício Rabelo, os assessores José Ignácio e Cristiano Abreu, os assistentes Renata Bastos e Iuri Alckmin, além da estagiária Camila Lemos. Neste semestre, a procuradoria ampliará as “Caravanas de Prerrogativas” pelas subseções. A caravana já passou por Viçosa, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas. “É um trabalho a favor de honorários dignos e que visa a intervenção em processos judiciais para que o advogado seja respeitado”, explica Cíntia. O “Plantão das Prerrogativas” funciona pelos números 08002831651 e (31) 7121-5246 Semana do Advogado De 5 A 12 de agosto A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, faz um alerta aos maus profissionais que mancham o nome da entidade e lesam o cidadão. Por meio de seu conselho, o trabalho de cassação de registros continua. Em reunião realizada no último dia 8, a Ordem cassou a carteira de seis advogados. Todos são acusados de ter cometido infrações contra o estatuto profissional e o código de ética da instituição. O número é pequeno diante do universo de mais de 80 mil advogados inscritos, mas revela a preocupação da entidade em manter a ética na profissão. A constante vigília sobre a ação dos maus profissionais sempre fez parte das campanhas de reconhecimento da classe. 6 Infrações que levam à cassação Trata-se da pena máxima aplicada ao inscrito nos quadros da Ordem, no âmbito ético-disciplinar e, por conseguinte, caracterizada por maior rigor na sua aplicação: Perda da idoneidade moral para o exercício da advocacia - Gerada pela perda da honestidade ou dos modos de ação da pessoa no meio em que vive, em virtude do que é apontada e reconhecida como pessoa de bem. Prática de crime infamante (ofensivo) - Aquele crime caracterizado pela prática de atos torpes, que trazem descrédito ao agente, todos os delitos que, por sua natureza, prejudiquem a imagem da advocacia devem ser considerados, para efeito da instauração do processamento disciplinar de exclusão do inscrito. Comprovação da realização de falsa prova de qualquer dos requisitos para a inscrição nos quadros da OAB - Trata-se de conduta instantânea, ou seja, pela afirmação, declaração ou apresentação de documentação falsa ao tempo da instrução do processo respectivo, apurada posteriormente em processo específico. JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Cálculo leva em conta percentual acumulado do INPC Dia 5 14h – Auditório da OAB Audiência Pública sobre o Ensino Jurídico Dia 6 14h - Fórum Lançamento das campanhas: “Honorários dignos: Questão de Justiça” OAB/MG e “Faça justiça à sua Saúde” Nova/CAA 19h -Auditório da OAB Entrega de carteiras Dia 7 19h - Auditório da OAB Palestra Processo Judicial Eletrônico PJe e Lançamento do Curso online de PJe Projeto OAB e Nova /CAA na Palma da Mão Dia 8 19h - Auditório da OAB Palestra e lançamento do livro: “ El Ejercicio de la Función Judicial Internacional”Antônio Augusto Cançado Trindade Juiz da Corte Internacional de Justiça - Haia/ HOL Alerta para conduta ética dos profissionais TST define valor de depósito recursal Dia 9 10h - Auditório da OAB Reunião do Conselho Seccional da OAB/MG 19h - ALMG Homenagem ao presidente da OAB Federal, Marcus Vinícius Furtado Coêlho Dia 10 10h -PEC OAB Feijoada da OAB/MG – Nova/CAA Dia 11 9h30 - Praça JK Caminhada pela Paz OAB/MG – Nova/CAA Dia 12 18h - Auditório da OAB Culto Ecumênico Entrega de Carteiras Mais informações: www.oabmg.org.br O Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabeleceu os novos valores dos depósitos recursais previstos no artigo 899 da CLT. Os novos valores foram publicados, por meio do Ato TST 506/2013, e levam em consideração o percentual acumulado do INPC medido pelo IBGE, no período de julho de 2012 a junho de 2013. O depósito recursal ou judicial trabalhista é uma obrigação que o empregador tem quando deseja recorrer de uma decisão judicial definitiva dos respectivos órgãos jurisdicionais, quando das reclamatórias trabalhistas. Os valores terão validade a partir de 1º de agosto. Os recursos contra as decisões definitivas das varas de Trabalho (sentenças) e dos tribunais regionais do trabalho (acórdãos) estão previstos nos artigos 895 e 896 da CLT. O depósito recursal está previsto no artigo 899 da mesma lei. O depósito recursal é exigível nas obrigações em pecúnia, ou seja, quando há a condenação da empresa para pagamento de valores. Os depósitos garantem a execução da sentença e o pagamento da condenação. NOVOS VALORES R$ 7.058,11 no caso de interposição de Recurso Ordinário R$ 14.116,21 no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e Recurso Extraordinário R$ 14.116,21 no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória Se a condenação, em primeira instância, for menor que o valor para interposição do Recurso Ordinário junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a empresa deve recolher somente até o limite da condenação, caso contrário, o valor a ser recolhido é de R$ 7.058,11. A composição do depósito para interpor recurso nas instâncias superiores não é cumulativa, ou seja, a empresa não poderá se aproveitar do primeiro depósito para compor o total do valor estabelecido de R$ 14.116,21, salvo se o valor da condenação for menor que R$ 21.224,32. Envio de dados pode ser feito pela internet Se uma empresa for condenada no dia 15 de agosto, por exemplo, ao pagamento de R$ 15 mil em uma reclamatória trabalhista em primeira instância e deseja recorrer da decisão por meio de Recurso Ordinário, o valor do depósito recursal para recorrer ao TRT é de R$ 7.058,11. Agora, se a condenação fosse de R$ 3.250, o depósito recursal para recorrer da decisão ao TRT seria limitado ao valor da condenação, ou seja, os mesmos R$ 3.250. Considerando que a condenação de R$ 15.000 fosse mantida pelo respectivo TRT e a empresa desejasse revertê-la por meio da interposição de Recurso de Revista junto ao TST, a mesma deveria complementar o depósi- to recursal pela diferença entre a condenação e o valor já recolhido quando da interposição de Recurso Ordinário, ou seja, R$ 7.941,89. Para tanto, a empresa poderá se utilizar da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Informações à Previdência Social (GFIP) ou por intermédio da GFIP avulsa, devidamente preenchida. O valor do depósito será feito na conta vinculada do empregado (reclamante) a que se refere o artigo 15 da Lei 8.036/90. Para as empresas que possuem o “Conectividade Social”, o preenchimento e envio de dados poderá ser feito pelo respectivo meio eletrônico. 7 formalizaçÃO novos trfs carvalho: Confiança na aprovação do projeto de lei Simples está nas mãos dos deputados Aprovação vai possibilitar aumento da arrecadação de impostos com a maior formalidade dos advogados O professor de Direito Tributário, Tiago Gomes de Carvalo Pinto, presidente da Comissão Especial de Assuntos Federativos da OAB em Minas está otimista quanto à aprovação do chamado “Simples do Advogado”. Segundo ele, o projeto de lei complementar 105-11 tem tudo para ser aprovado na Câmara e confirmado, definitivamente, na volta ao Senado. Carvalho lembra que a proposta foi aprovada por unanimidade pelos senadores. “A expectativa é a de aumentar a formalidade e melhorar a relação de emprego dos advogados”, afirma Carvalho, lembrando que hoje só cerca de 20 mil dos 500 mil advogados brasileiros atuam de maneira formal. “É óbvio que, com a aprovação final do Simples, a situação vai mudar profundamente”. A aprovação do Simples vai possibilitar o aumento da arrecadação e a formalidade chegará, inclusive, aos profissionais que desejam constituir Sociedade de Advogados. Sociedades de Advogados recolhem até 15% de impostos sobre o total de suas receitas. Para os advogados autônomos esse percentual chega a quase 40%, somando-se despesas com INSS, Imposto de Renda e ISS. Na prática, se aprovado da forma que se encontra, o PLC 105/2011 trará uma redução real de aproximadamente 5% por cento na carga tributária das Sociedades Advocatícias. Segundo o professor de Direito Tributário da Pontifí- 8 cia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), João Paulo Fanucchi de Almeida Melo, presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB Minas, no Brasil há diferentes regimes para apuração de tributos. São as sistemáticas do lucro real, lucro presumido “A expectativa é a de aumentar a formalidade e melhorar a relação de emprego dos advogados” e, em caráter de exceção, do lucro arbitrado. “Ao lado delas, em sucessão ao antigo Simples federal, existe, desde 2007, o Simples nacional”, explica o especialista, destacando também o desempenho dos dirigentes das OAB’s nacional e mineira. Pessoas jurídicas Tiago Gomes de Carvalho avalia que outro projeto relevante é a possibilidade de os advogados constituírem pessoas jurídicas individuais. “Seria mais fácil e mais prático para os advogados criarem suas empresas”, lembra. Segundo ele, este item é outra bandeira encabeçada pelo presidente da OAB, em Minas, Luís Cláudio Chaves. O presidente da Comissão Especial afirma que ambos os projetos são muito importantes para os advogados e a própria sociedade. “Por isso, confio que os dois projetos serão aprovados pelos deputados federais e senadores”, conclui. Dados sobre o trabalho informal de advogados inscritos JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Advogados cobram TRF em Minas DIVISÃO DOS TRF`S Medida vai aproximar a Justiça Federal dos cidadãos e melhorar a prestação jurisdicional no Estado A liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, suspendendo a criação de quatro novos tribunais federais no país, surpreendeu os representantes da OAB em Minas. Segundo o presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Instalação dos Novos Tribunais Regionais Federais da OAB, João Henrique Café deSouza Novais, o argumento de que a sua instalação vai gerar gastos excessivos é vazio. “Certa vez, o ministro Joaquim Barbosa disse que o orçamento seria de R$ 8 bilhões. Trata-se de uma opinião pessoal. A despesa é muito menor e os benefícios para a população de Minas serão enormes. É inadmissível que um processo demore até dez anos para ser julgado, como acontece no TRF 1ª Região, em Brasília”, afirma Novais. O advogado rebate o argumento de que existe vício de origem pelo fato da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que determinou a criação dos TRFs, ter sido de iniciativa parlamentar. A OAB também questiona a legitimidade da Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf), que ajuizou Adin no Supremo contra a criação dos tribunais. “A Emenda Constitucional que criou o Conselho Nacional de Justiça não partiu do Judiciário e não foi contestada, assim como a PEC que determinou o fim do juiz classista na Justiça do Trabalho”, esclarece. INSTALAÇÃO O presidente da Comissão Especial lembra que não existe valor orçado para a criação dos TRFs. Minas, por exemplo, recebeu a garantia do governador Antonio Anastasia de que o local para instalação da Corte seria cedido pelo Estado. O veto do presidente do STF vale até uma decisão final dos demais ministros da Corte. A criação dos TRFs de Minas, Paraná, Amazonas e Bahia foi aprovada pelo Congresso, em junho, após mais de dez anos de tramitação. Caso receba parecer favorável no STF, a emenda que criou os novos tribunais seguirá para aprovação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, depois, para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dará um parecer. Só então será remetido ao Congresso, onde poderá sofrer ajustes. Para Henrique Café, o novo tribunal em Minas não vai nascer “blindado” de problemas. Porém, segundo ele, até os congressistas e alguns membros do Judiciário, que eram contra à sua instalação, já se “renderam” à emenda em função dos benefícios à sociedade. “A realidade hoje é muito impessoal. A Justiça Federal é um ‘cemitério’ de processos”, compara. Divisão Atual TRF 1: Roraima – Amazonas – Acre Amapá– Pará – Mato Grosso – Rondônia Maranhão – Piauí - Tocantins – Bahia Minas Gerais –Goiás – Distrito Federal Divisão PROPOSTA TRF 1ª Região: Amapá – Distrito Federal Goiás – Maranhão – Mato Grosso – Pará Piauí e Tocantins TRF 2ª Região: Rio de Janeiro e Espírito Santo TRF 3ª Região: São Paulo TRF 4ª Região: Rio Grande do Sul TRF 5ª Região: Alagoas – Ceará – Paraíba Pernambuco e Rio Grande do Norte TRF 6ª Região: Paraná – Santa Catarina e Mato Grosso do Sul TRF 7ª Região: Minas Gerais TRF 8ª Região: Bahia e Sergipe TRF 9ª Região: Amazonas – Acre Rondônia e Roraima 700 mil advogados no país 20 mil pessoas jurídicas registradas na OAB 9 3 perguntas A Escola Superior de Advocacia da seção mineira da OAB (ESA) está com a agenda de eventos, seminários e congressos pronta para o mês de agosto. Todos os profissionais da área jurídica poderão se inscrever nas diversas opções oferecidas dos cursos. Luís Carlos Gambogi Sércio da Silva Peçanha desembargador do tjmg desembargador do trt Como o senhor vê a representatividade do advogado, via quinto constitucional, junto ao TJMG? À luz da Constituição, estou em que a vaga reservada ao advogado existe para que a advocacia leve, para dentro dos tribunais, a riqueza teórica e prática experimentada pelo advogado. Penso que a Constituição, ao convocar o advogado para que passou no concurso da vida, um juiz capaz de levar, para as Cortes, o olhar de quem, por anos, suplicou pelo Direito, e que, uma vez juiz, deverá fixá-lo com a razão e o coração carregados da humildade do que sempre lutou, pelejou, pediu, suplicou pelo Direito. Mais que o seu conhecimento, mais que a sua técnica, a humildade será o seu traço mais marcante. Como o senhor avalia o papel do TJMG diante das manifestações populares, exigindo postura mais transparente dos agentes públicos? Penso que o campo público, as instituições, e não só o Judiciário, devem, a partir das manifestações, redesenhar a si mesmos. As ruas pedem instituições democráticas, produtivas, sinceras. O que foi dito é que a política, se quiser se legitimar, terá que se reinventar. Como está, cheira a um defunto insepulcro. Qual a posição do senhor com relação a aprovação do projeto que prevê férias dos advogados entre 20 de dezembro e 20 de janeiro e a valorização dos honorários? A questão das férias não só é positiva para a saúde do profissional, como é uma medida que insere a categoria entre os cidadãos que gozam de direitos fundamentais. Quanto ao aspecto do projeto afeto aos honorários, confesso que não estou inteirado, razão pela qual prefiro não opinar. Qual a emoção de ser nomeado como desembargador do TRT 3ª Região, ocupando a vaga destinada a advogado? Fiquei muito feliz com a indicação primeiramente feita pelos advogados mineiros, em seguida pelo TRT e ao final pela nomeação por parte da presidente Dilma Rousseff. Esse é um processo de avaliação em três níveis e acredito ser uma análise de toda a minha vida profissional. Minha vontade é poder representar bem os anseios da advocacia em especial dos advogados mineiros. Qual sua expectativa de representar a advocacia frente ao TRT 3ª Região? Acredito que o advogado que ocupa uma vaga de desembargador pelo quinto constitucional, tem uma responsabilidade muito grande, pois representa toda a advocacia. Neste cargo, tenho por objetivo servir e somar esforços. Tenho ciência que o TRT3 é composto por grandes desembargadores e juristas, e, por isso mesmo, sei que a minha responsabilidade será imensa, primeiro por integrar um tribunal com essa estirpe e, segundo, por ser indicado pelos advogados para ocupar esse cargo. Qual sua opinião sobre honorários sucumbenciais na justiça do trabalho? Essa é uma bandeira de todos os advogados, pois nós que começamos na advocacia mineira, há alguns anos, éramos discriminados e diminuídos, pois não tínhamos honorários de sucumbência. Sou a favor de que venham os honorários sucumbenciais na Justiça do Trabalho porque o advogado trabalhista é igual a qualquer outro advogado. A classe trabalhista merece que esses honorários sejam fixados nas sentenças judiciais. JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Plano de saúde com 50% de desconto no Mês do Advogado Caixa e Unimed criam promoção para a aquisição das modalidades de assistência Pagamento aos dativos Maiores informações pelo telefone (31) 2102-8282 ou e-mail: [email protected] PROGRAMAÇÃO EM AGOSTO Dia 8 X Encontro de Estudos Jurídicos JOÃO MOLEVADE III Encontro de Estudos Jurídicos CAETÉ Dia 12 Nova Lei das Empregadas Domésticas Sérgio Murilo: Meta é chegar a 50 mil vidas no plano JUIZ DE FORA Dia 14 O Brasil no Século XXI: Uma Democracia em Busca de sua Identidade SANTA RITA DO SAPUCAÍ Dia 14-16 V Encontro de Estudos Jurídicos UBÁ Dia 16 ix encontro de estudos jurídicos ABAETÉ Dia 21-22 ix encontro de estudos jurídicos BARÃO DE COCAIS Dia 22-23 XVII Encontro de Estudos Jurídicos NEPOMUCENO Palestra Certificação Digital araguari Dia 23 xI Encontro de Estudos Jurídicos POUSO ALEGRE Dia 27 Registro de Imóveis Palestrante Dra. Ana Caroline Santos Ceolin CONGONHAS Dia 30 xvi encontro de estudos jurídicos GUAXUPÉ 10 nova caixa Esa divulga agenda A nova gestão da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas (NOVA Caixa) quer ampliar e oferecer ainda mais vantagens para os associados do Plano OAB Saúde. Para presentear os advogados mineiros, a NOVA CAA e a Unimed criaram uma promoção para o Mês do Advogado. Todos que adquirirem qualquer modalidade do OAB Saúde, entre os dias 1º e 31 de agosto, terão 50% de desconto na adesão do plano. A estratégia vai ao encontro com o ponto principal do trabalho da NOVA CAA para 2013: chegar a 50 mil vidas no Plano OAB Saúde. Esta meta traz benefícios para todos os setores de atendimento da NOVA Caixa, pois permite que sejam realizados mais investimentos em áreas como o Serviço Social, melhorias para o hospital e crescimento das drogarias Santo Ivo. “Nos últimos quatro meses, alcançamos uma evolução no quadro do plano de saúde, acrescentando 8 mil vidas neste período. Quando atingirmos a meta de 50 mil vidas, teremos mais verba para investimentos em outros setores e poderemos conquistar mais benefícios”, explica o vice-presidente da NOVA Caixa, Wagner Antônio Parrot. A OAB Saúde comercializa os produtos Unimax, Unipart Flex 2 e Unipart Flex 3 da prestadora Unimed, com abrangência estadual para atendimento eletivo e nacional para casos de urgência e emergência. VANTAGENS Entre as maiores vantagens de adquirir o plano estão: os preços (com grandes descontos frente a tabela original da Unimed); ampla cobertura familiar que se estende para advogados, bacharéis, estagiários, estudantes de direito e dependentes (como esposo/a, companheiro/a, filhos inclusive maiores de 24 anos, pai, mãe, sogro/a, irmãos, sobrinhos e netos); prazos de carência reduzidos e a possibilidade de transferência com absorção de carência de outros planos de saúde. Wagner Parrot ressalta ainda que em qualquer outro plano você encontra limitações grandes de carência. Na NOVA Caixa a carência para consultas e exames básicos é de 24 horas. “Outra grande vantagem é ter um acesso direto aos nossos atendentes, que são exclusivos para os advogados e seus dependentes. Aqui é uma pessoa da nossa equipe que atende e não uma secretária eletrônica”. Conquista da OAB Minas junto ao Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) e a Advocacia Geral do Estado (AGE) foi o pagamento de honorários aos dativos. Recente relatório divulgado pelo setor de dativos da OAB aponta que, somente neste ano, o Estado pagou 2.335 certidões, chegando ao total de R$ 611.119,64. Somando os dados de 2012 e 2013 foram pagas 5.075 certidões. Neste período, o montante dos pagamentos chegou a R$ 973.185,64, totalizando percentual de 21% do valor pago. Os advogados interessados em obter informações sobre os pagamentos devem recorrer à NOVA Caixa de Assistência aos Advogados, que mantém o setor de dativos. Entretanto, é importante ressaltar o cumprimento das condições para aprovação do pagamento de honorários. É preciso considerar, ainda, as previsões legais no artigo 6º do Dec. 45.898/12, para ter direito ao pagamento. Cumpridas as exigências, o pagamento deve ser requerido por via administrativa. A certidão deve ser enviada à NOVA Caixa para uma pré-triagem e, desde que não apresente vícios, a certidão é enviada à Advocacia Geral do Estado (AGE). O órgão, por sua vez, também fará análise do documento e, caso não apresente vícios, o pagamento será feito mediante depósito em conta, num prazo de 30 a 90 dias. Detectado algum vício pela AGE, a solicitação de pagamento é devolvida para a NOVA Caixa para que o advogado sane o vício. Vale registrar que o formulário de solicitação de pagamento encontra-se no site, no link Dativos 2013 – Informações. Neste mês, a NOVA Caixa lança as diretorias regionais de dativos, visando descentralizar os trabalhos, com agilidade e ganho de eficiência. Informações: (31) 2102-5802/5898 ou 5878 www.oabmg.org.br e www.caamg.com.br 11 SUBSEÇÕES reforma política Conselho aprova sete novas subseções O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados de Minas Gerais (OAB-MG) aprovou, por unanimidade, a criação de sete novas subseções, durante sua última reunião, realizada no dia 8 de julho, no auditório da entidade. A reunião, presidida pelo presidente Luís Cláudio Chaves, homologou a criação das subseções de Santa Maria do Suaçuí, São Roque de Minas, Itumirim e Ibiraci, no Sul de Minas, Medina, no Vale do Jequitinho- Montes Claros discute PJe A subseção de Montes Claros realizou, em junho, palestra sobre “Certificado Digital Processo Judicial Eletrônico (PJe)”, com a fala do representante da OAB Minas no Comitê Gestor Regional do PJe-JT, Carlos Schirmer. Durante seu discurso, Schirmer disse que tem acompanhado e participado de perto das etapas desta implantação e adaptação do novo sistema. Ele ainda acrescentou que a advocacia não atentou que o PJe é uma realidade. “Os advogados têm uma resistência grande quanto ao PJe, pois acreditam que a atividade da advocacia vai ficar limitada, que vai piorar e dificultar o trabalho, mas é exatamente o contrário. Ele veio para ajudar e agilizar todo o processo”. Dirigentes visitam Além Paraíba, Cataguases e Leopoldina Nos dias 25 e 26 de julho, as subseções de Além Paraíba, Cataguases e Leopoldina receberam a visita do presidente da OAB Minas, Luís Cláudio Chaves, que tratou de assuntos de interesses dos advogados daquela região e inaugurou duas novas salas de atendimento da Ordem. 12 nha, Capinópolis, no Alto Paranaíba, além de Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo com o presidente da OAB Minas, Luís Cláudio Chaves, é de suma importância a instalação da subseção em Venda Nova, pois com a sua criação, o intuito é descentralizar e dar força a advocacia, assim como já acontece com a subseção do Barreiro, criada no ano passado. “Nossa intenção é fortalecer os advogados com as subseções”, ressalta. Januária tem nova diretoria Câmara de Januária, a nova diretoria da subseção da cidade tomou posse, no último dia 13 de julho. A cerimônia contou com as participações do presidente da seção mineira da OAB, Luís Cláudio Chaves, do vice-presidente da OAB-MG, Eliseu Marques de Oliveira, do diretor Institucional da OAB-MG, Joel Moreira, e do tesoureiro da OAB-MG, Antônio Fabrício Gonçalves. seminário em salinas A Escola Superior de Advocacia (ESA) realizou, no último dia 11, na subseção de Salinas, no Norte de Minas, o 11° Encontro de Estudos Jurídicos, que contou com a presença de cerca de 150 pessoas, entre advogados, estudantes de direito e convidados. As necessidades de modernização do Código Penal e no Processo Penal foram os principais temas discutidos no seminário. Estudos Jurídicos em Pitangui A subseção de Pitangui sediou, no dia 16 de junho, o XXXIII Encontro de Estudos Jurídicos e a V Caminhada Ecológica da subseção. Durante o Encontro de Estudos Jurídicos, o presidente da OAB Minas, Luís Cláudio Chaves, palestrou aos presentes sobre “A Defesa no Processo Civil”. JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Uberlândia reúne 600 em posse A solenidade de posse da diretoria da OAB Uberlândia realizada em maio reuniu aproximadamente 600 pessoas. Dentre elas, estava o presidente do Conselho Federal, Marcus Vinícius Furtado. A segunda maior subseção de Minas, com aproximadamente 4.700 advogados inscritos, empossou a diretoria, além do conselho subseccional, delegados de prerrogativas, coordenadores da ESA, delegados da Caixa de Assistência e membros de 32 comissões. Entrega de carteiras em Viçosa A secretária-geral da OAB Minas, Helena Delamonica, foi convidada especial da solenidade de entrega de carteiras da subseção de Viçosa. O evento, realizado no último dia 5 de julho, aconteceu na sede da OAB local e contou com a presença de advogados, que receberam a carteira, além de colegas, amigos e familiares. Também estiveram presentes, a presidente da subseção, Vanja Honorina Aguiar Albino, e dirigentes da OAB local. Cidadão de Bambuí O presidente da OAB Minas, Luís Cláudio Chaves, empossou, no último dia 28 de junho, a nova diretoria da subseção de Bambuí. Luís Cláudio recebeu o título de cidadão honorário da cidade com entrega do diploma de Honra ao Mérito, concedido pela Câmara de Bambuí, por indicação do presidente do Legislativo, Ildemar Donizetti Isaías. O presidente da Comissão Nacional de Direito Sindical da OAB e conselheiro seccional, Bruno Reis de Figueiredo, também foi homenageado como o 1º conselheiro estadual nascido na cidade. Pressão nas ruas e no Congresso OAB quer 1,6 milhão de assinaturas para viabilizar projeto que estabelece o “Eleições Limpas” feitos por meio eletrônico ou cheque nominal. O fundo de campanha poderá receber aportes da União e caberá à Justiça Eleitoral definir os custos da campanha. As doações seriam feitas pelo site da Justiça Eleitoral e divulgadas em tempo real. “A reforma política é essencial e a OAB tem um compromisso histórico com o tema”, lembra o conselheiro federal, Mário Lúcio Quintão Soares. O receio dos advogados e da sociedade é o de que tanto o Congresso quanto o governo adiem a reforma política. A constitucionalista Tatiana Camarão reforça que, nas atuais circunstâncias, diante das manifestações populares, a reforma se torna imprescindível. “A reforma é essencial. Se não houver pressão, ela não sairá do papel. Os brasileiros querem a reforma. A situação é insustentável”, diz. A o lado de milhares de brasileiros que saíram às ruas em manifestações a favor de uma ampla reforma política no país, os advogados mineiros mantêm a pressão sobre o governo federal e o Congresso no sentido de viabilizar mudanças no atual sistema eleitoral. Apesar da aparente falta de vontade política e da tentativa de se postergar a reforma, com o lançamento da ideia de uma consulta popular para balizar os temas, representantes dos advogados insistem em um novo regime eleitoral com impacto nas próximas eleições. Para isso, reforçam o trabalho de recolhimento de 1,6 milhão de assinaturas, que podem transformar em lei a proposta chamada de “Eleições Limpas”. A proposta prevê eleições parlamentares em dois turnos e nova fórmula de financiamento das campanhas. O documento é liderado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), idealizador da “Ficha Limpa”. De acordo com a proposta, as eleições de parlamentares serão realizadas em dois turnos. Primeiro, serão escolhidos os partidos. Depois, definido o número de vagas para cada legenda, o eleitor escolheria o candidato. O objetivo é o de evitar a “fulanização” da política e reduzir a quantidade de concorrentes, o que reduzirá os custos. As assinaturas vêm sendo colhidas pelo site eleicoeslimpas.org.br, criado para facilitar esse processo. O projeto também prevê um sistema misto de financiamento. As doações serão limitadas a R$ 700 e só poderão ser feitas por pessoas físicas. Todas as receitas e gastos de campanha serão tatiana camarão: A sociedade cobra mudanças no sistema eleitoral Participe do Eleições Limpas no endereço http://goo.gl/F8j9AE Principais realizações Eleições Limpas Caminho Reforma Política Campanha foi apresentada pela OAB e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral em apoio às manifestações populares Para o projeto tramitar, é preciso ter apoio de ao menos 1% do eleitorado recolher pouco mais de um milhão de assinaturas OAB e entidade que idealizou Ficha Limpa propõem mudanças 1 2 3 Limite para financiamento eleitoral LIBERDADE DE EXPRESSÃO A campanha será bancada por um fundo, o qual poderá receber só recursos da União e doações de até R$ 700 por pessoa física Ampliação da liberdade de expressão sobre políticos. Hoje um eleitor pode ser multado se apoiar candidato antes do período eleitoral Eleições parlamentares em dois turnos No primeiro, o eleitor escolhe o partido, definindo a quantidade de vagas para cada sigla. No segundo, escolhe o candidato 13 precatórios OAB aguarda posição do Estado sobre precatórios Protocolo integrado do TRT sofre mudança Representantes da Ordem buscam retomada de pagamentos ECT não disponibiliza mais serviço pré-franqueado de Sedex A seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) aguarda uma definição do Estado com relação à retomada dos pagamentos dos precatórios. No mês passado, o presidente da Ordem em Minas, Luís Cláudio Chaves, se reuniu, na Cidade Administrativa, com representantes do Governo para tratar do tema, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da Emenda Constitucional n. 62/2009. Durante o encontro foi apresentada proposta de pagamento de precatórios como tem ocorrido em outros estados, antes da publicação do acórdão. A Ordem nacional já havia entrado com uma petição no STF para impugnar o pedido de entes públicos para modular dispositivos da Emenda Constitucional 62/2009 sobre os precatórios, declarada inconstitucional em março. Enviada ao ministro Luiz Fux, relator do caso, a petição defende que as fazendas municipais e estaduais aumentem a dotação orçamentária para quitar as dívidas. O caso é discutido na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.357, que derrubou a EC 62, e cuja publicação do acórdão é aguardada para breve. Os representantes do Estado ficaram de se reunir com os integrantes da Central de Conciliação de Precatórios do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Ceprec/TJMG) para acertar a retomada dos pagamentos. Segundo Luiz Gustavo Moura, vice-presidente da Comissão Especial de Precatórios da OAB Minas, a sociedade anseia pelo fim das filas que aprisionam os credores do poder público aos seus processos. Além disso, segundo ele, a antecipação dos pagamentos, recomendada pelo próprio ministro Luiz Fux, evitaria o acúmulo de débitos vencidos após a publicação do acórdão. “Essa medida poderá evitar uma pressão sobre o Estado, que terá de arcar com um volume muito grande de recursos com a publicação do acórdão”, explica. Hoje, o Estado mantém o pagamento dos precatórios por meio do chamado acordo direto, pelo qual o credor abre mão de parte do montante para receber os recursos antes da ordem cronológica. Os descontos partem de um mínimo de 50%. Com isso, o Estado vem obtendo abatimento de 55%, em média, da dívida total, hoje, estimada em R$ 4 bilhões. Pela previsão orçamentária, o Estado tem em caixa R$ 340 milhões para gastar, até o final do ano, com o pagamento de precatórios. O baracho: À frente dos trabalhos para pagamento dos precatórios O QUE DIZ A LEI Precatórios são dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça. Elas podem ser alimentares (referentes a pensão, aposentadoria, auxílios), comuns (resultantes de desapropriação, fornecedores) ou trabalhistas. Sistema de Protocolo Integrado Capital/ Interior (SPICI), do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG), foi extinto no último da 1º de julho, uma vez que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não mais disponibilizará o serviço pré-franqueado de Sedex. Já o Sistema de Protocolo Postal (SPP) também foi substituído, na mesma data, pelo Serviço de Protocolo Postal, prestado de forma padronizada pela ECT para todo o Judiciário brasileiro, igualmente sob a sigla SPP. As mencionadas alterações foram introduzidas pela Resolução nº 4, de 13 de junho de 2013. A principal diferença entre os protocolos postais é que, no sistema anterior, utilizava-se um envelope de Sedex específico, concebido exclusivamente para o Protocolo Integrado do TRT da 3ª Região, ao passo que no novo serviço pode ser usado qualquer envelope, desde que contenha etiqueta específica (SPP), adquirida nas agências dos Correios. Segundo o diretor do Departamento de Apoio ao Advogado Trabalhista (DAAT), Marco Freitas, a mudança ocorreu em função Audiência pública discute marco do ensino jurídico Debater o novo marco regulatório do ensino jurídico do país. Com esse intuito, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Minas, realiza, no dia 5 de agosto, na sede da instituição, em Belo Horizonte, audiência pública pela qualidade da educação jurídica brasileira, com o intuito de coletar informações para a nova lei que regulamentará o ensino do Direito. Segundo o presidente da Comissão de Educação Jurídica da OAB Minas, Mateus Simões de Almeida, um termo de cooperação foi firmado entre o Ministério 14 da Educação (MEC) e o Conselho Federal da OAB para estabelecer as novas regras para os cursos de graduação e pós-graduação em Direito no Brasil. Segundo ele, a audiência terá o objetivo de fornecer subsídios para o acordo de cooperação. As discussões vêm ocorrendo em todo o país. “As seccionais vão promover audiências públicas para coletar informações, em todo país, com o objetivo de contribuir com o processo de regularização. É um processo que busca conhecer as necessidades das faculdades, dos professores e dos es- JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO tudantes”, afirma Almeida. Hoje, Minas é o estado brasileiro com maior concentração de faculdades de Direito com relação ao seu número de habitantes. Para o presidente da comissão, é preciso rever os critérios de autorização, reconhecimento e renovação dos cursos de direito. “A comissão vem desenvolvendo um trabalho contínuo no estado. Percebemos as deficiências e carências de algumas faculdades no que diz respeito à estrutura e ao corpo docente, que refletem na qualidade do ensino. Precisamos mudar essa realidade e o MEC precisa estar sensível a isso”, destaca. FREitas: Busca pela melhoria dos serviços OPINIÃO “As mudanças sempre trazem transtornos, mas os advogados precisam se adaptar” Royalties do minério, uma bandeira de Minas e do Brasil de uma exigência dos Correios. “As mudanças sempre trazem transtornos, mas os advogados precisam se adaptar”, diz. Segundo Freitas, o novo SPP permanece no âmbito estadual, ou seja, as petições devem ser postadas, obrigatoriamente, em agências da ECT localizadas no Estado. O Sistema de Protocolo Integrado na Capital (SPIC) será mantido sem alterações. “Os advogados podem utilizar qualquer envelope, desde que ele tenha a etiqueta do tribunal”, lembra. Os royalties são compensações financeiras que as empresas pagam aos estados de onde extraem seus recursos naturais. Está em pleno debate nacional a discussão sobre o Projeto de Lei 5807/2013, sob o regime de urgência, que trata do novo marco regulatório de mineração. Em suas controvérsias, apontadas pela comparação aos royalties do petróleo e dos valores pagos em outros países, o governo federal tenta trilhar um caminho na contramão da realidade mundial. Enquanto no Brasil cobra-se 10% do faturamento bruto do petróleo, a mineração tem a tarifa de apenas 2% do faturamento líquido, com isenção do ICMS (Lei Kandir), sem falar nos baixos salários, propiciando lucros exorbitantes para as mineradoras. A população local herda a degradação socioambiental e o aumento dos serviços básicos de saúde, água e esgoto, causados pela mineração, com a consequente destruição das rodovias pelo grande tráfego de caminhões. Vale lembrar que os royalties do minério na Austrália variam de 2,75 a 10% e no Canadá de 15 a 20%. Entendo ser importante que se destinem os royalties do minério à educação e que essa bandeira possa ser tema de discussão entre os advogados e estudantes de direito, como base de sustentação na formação de opinião em torno do tema e que unidos possamos sustentar e abraçar pontos como a correção dos royalties da mineração, tendo como base o modelo aplicado ao Petróleo em percentuais e participação especial. Orientação Jurisprudencial Um pedido de vista regimental formulado pelo ministro Ives Gandra Martins Filho transferiu para os próximos meses a definição do Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a validade dos sistemas de protocolo integrado. Apesar da interrupção, os demais ministros do TST, à exceção do presidente do Tribunal, ministro Vantuil Abdala, já se manifestaram sobre o assunto e a tendência é o cancelamento da Orientação Jurisprudencial nº 320 da Seção de Dissídios Individuais (SDI-I) do TST. Foram dados oito votos favoráveis ao cancelamento e seis pela manutenção da OJ que veda o uso do protocolo integrado em relação aos recursos destinados ao TST. “O sistema, criado pelos TRTs, que autoriza as Varas localizadas no interior a receberem e a protocolarem documentos de natureza judiciária ou administrativa, tem aplicação restrita ao âmbito de competência do tribunal que o editou”, estabelece o texto da OJ nº 320. Tito Lívio de Figueiredo Dir. de Comunicação da OAB-MG 15 cópia de autos PROJETO REVITALIZAR ‘Projeto Revitalizar’ prioriza subseções TJMG regulamenta cópias de autos Normas publicadas pela Justiça destinam-se a organizar o exercício do direito dos advogados O primeiro vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Almeida Melo assinou, em junho, a Portaria 30/2013 que disciplina o empréstimo de autos para que advogados possam tirar cópias dos processos. A medida tem a finalidade de melhorar o atendimento ao cidadão e acelerar os processo na Justiça. Com a publicação, os advogados e estagiários regularmente inscritos na Ordem e devidamente constituídos no processo ficam autorizados a retirarem dos cartórios, para extração de cópias, os autos que se encontrem sob a guarda do escrivão, mediante assinatura em livro de carga próprio ou por meio de lançamento eletrônico em sistema informatizado. Os autos devem ser devolvidos até às 18 horas do mesmo dia. Ficam excluídos os autos de processos que estiverem conclusos para despacho ou decisão ou incluídos na pauta de julgamento (exceto, neste último caso, se estiverem com vista para a parte “em cartório”). Durante a fluência de prazo comum às partes, a carga para cópias pode ser realizada, pelo prazo de uma hora, independentemente de ajuste entre os procuradores. No caso de fluência de prazo apenas para uma das partes, a obtenção de cópias pelo advogado ou estagiário da parte contrária dar-se-á por meio do setor próprio da OAB. Para assegurar a integridade das peças, se os processos contiverem documentos de difícil restauração, essa particularidade deverá ser informada expressamente pelo advogado. Constatada a existência de documentos de difícil reparação, em razão de informação 16 fornecida pelo advogado ou por outro meio, essa particularidade deverá ser assinalada na capa dos autos pelo setor a que compete realizar o devido registro no termo de análise. Na hipótese de extração de cópia de documento no qual foi constatado difícil reparação, o mesmo será encaminhado pelo cartório ao setor de reprografia, exclusivamente por intermédio de seus servidores, para que, mediante comprovação de pagamento das taxas devidas, seja providenciada a reprodução requisitada. De acordo com a Portaria, cabe ao servidor “Isso permite o acesso mais rápido ao processo, sem prejuízo da segurança. Valoriza-se o tempo dos causídicos” Carga de processos Foi publicada no Diário do Judiciário eletrônico (Dje), de 28 de maio, a Portaria 28/2013 que estabelece procedimentos para carga de processos em trâmite no TJMG, mediante apresentação de procuração ou substabelecimento diretamente nos cartórios. Com a edição dessa portaria, a carga dos autos de processo, nas hipóteses previstas na legislação processual, poderá ser realizada por advogado que apresentar procuração ou substabeleci- JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO Previsão é a de que 20 salas sejam inauguradas neste semestre Melo: Medida vai facilitar vida dos advogados da secretaria responsável pela carga anotar o número do processo retirado e registrar os seguintes dados do advogado: nome completo, número de cadastro na OAB, telefone e/ou endereço para contato e dar baixa no registro de carga, à vista do interessado, no momento da devolução dos autos. Se o funcionário constatar que os autos não retornaram dentro do prazo, ele deve comunicar o fato ao escrivão para que sejam tomadas as medidas previstas em lei. Advogados ou estagiários que não tenham procuração nos autos também poderão fazer cópias dos autos, desde que o feito não tramite em segredo de justiça e que nos autos não contenha informação protegida por sigilo fiscal ou bancário. A obtenção das cópias será permitida desde que os interessados utilizem, no próprio cartório, máquina fotográfica, celular ou equipamento similar pessoal ou solicitem ajuda aos servidores da OAB credenciados nas unidades do Tribunal. mento diretamente nos cartórios, independentemente de protocolo. Para Almeida Melo, a medida visa facilitar o trabalho dos advogados. “Isso permite o acesso mais rápido ao processo, sem prejuízo da segurança. Valoriza-se o tempo dos causídicos, com cadastramento imediato do profissional, juntada dos documentos diretamente aos autos, entrega do processo mediante recibo no livro de carga e dispensa de protocolização que é suprida pelos registros efetivados no Sistema de Acompanhamento Processual de 2ª Instância (SIAP). investimento: Projeto alocou recursos na sede própria em Patos de Minas A nova fase do projeto “Por Uma OAB Ainda Melhor – Revitalizar II” prevê, ainda para o segundo semestre, a inauguração de 20 salas no interior de Minas para facilitar a atuação e melhorar a infraestrutura do advogado. Além das salas, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas, entregará, até o final do ano, cerca de 100 computadores, com acesso à internet, nos locais que demandam maior estrutura. A intenção da Ordem é dar condição de trabalho para o advogado local ou para aquele que precisa participar de audiências pelo interior e não conta com pontos de apoio. O projeto teve início na primeira gestão do presidente Luís Cláudio Chaves, quando foram inauguradas 300 salas. Diante do seu sucesso junto aos profissionais, o projeto ganhou força e entra na sua segunda fase, priorizando as comarcas carentes de infraestrutura. “A nossa intenção é a de estarmos presentes onde houver um advogado, um Fórum. Por isso, continuamos o trabalho de identificação das áreas com maior carência e infraestrutura para o trabalho do advogado”, diz o tesoureiro da OAB Minas, Antônio Fabrício Gonçalves, que também é presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat). Fabrício ressalta que, além da salas e dos computadores, o projeto de revitalização prevê a instalação de internet, de alta velocidade, para facilitar a consulta dos advogados aos processos e a comunicação desses profissionais com escritórios e clientes de outras localidades. “É um esforço para facilitarmos o trabalho do advogado, principalmente nos lugares onde a carência é maior. Não queremos que o advogado, por exemplo, chegue a uma comarca e não encontre uma base de apoio para realizar o seu trabalho”, afirma. O tesoureiro da OAB cita o exemplo da cidade de Nova Era, na Região Central, onde a sala da OAB na Comarca passou pelo processo de revitalização. Ocorrida em abril, a sala foi a primeira a receber investimentos do projeto. O espaço foi todo reestruturado. Além da salas pelo interior, a revitalização também atinge a capital. No ano passado, por exemplo, a OAB revitalizou salas na Justiça Federal, na Vara da Fazenda Estadual e no Juizado do Consumo entre outras. “Um dos compromissos da gestão é dar estrtura ao advogado”, diz Antônio Fabrício Gonçalves. 300 salas foram revitalizadas na primeira fase do projeto antônio Fabrício: Estaremos presentes onde houver um advogado 17 entrevista: adriene andrade Nosso grande desafio é evitar o dano” Presidente do TCE-MG Integrantes da OAB Minas que assumiram cargos no Conselho Federal No triênio 2011/12/13, 38 integrantes da seção mineira da OAB tomaram posse no Conselho Federal da Ordem, nas diversas áreas de atuação. Todos assumiram comissões de grande importância e destaque da OAB nacional. As mobilizações realizadas em todo o país, de certa forma, reforçam a importância do trabalho realizado pelo TCE? Os levantes convergem forças pelos serviços públicos mais eficientes e, por conseguinte, por menos desperdícios e desvios dos recursos públicos. As contas sobre as quais emitimos um parecer servem de supedâneo para o julgamento político que o Poder Legislativo exerce sobre a gestão vista de maneira mais global. Mas quando os tribunais atuam sobre os atos de despesa isoladamente, aí sim, em minha opinião, realizam a tarefa mais nobre do controle. Só nos últimos dois anos, o TCE condenou quase 1.500 gestores ao pagamento de multas por ilegalidades praticadas na gestão do dinheiro público, o que demonstra nossa perfunctória atuação neste sentido. No entanto, precisamos ir além. O grande desafio, que toca não só aos Tribunais de Contas, me parece ser evitar o dano e não tanto perseguir os responsáveis que lhe deram causa. A discussão sobre a PEC 37 mostra que é necessário um novo modelo de investigação criminal para o país, levando-se em consideração os avanços da sociedade, que se defronta com novos tipos de crimes? Como presidente do Tribunal de Contas, não me sinto à vontade para discutir o modelo de investigação criminal promovida pelo Ministério Público. O Constituinte, neste ponto, demonstrou muita astúcia ao criar o Ministério Público junto aos tribunais. Uma das competências do MPTC é encaminhar informações que possam subsidiar Ações Penais ou Civis Públicas a o Ministério Público Estadual em qualquer dos momentos processuais em que os Procuradores que aqui atuam percebam matérias residuais da alçada daquele órgão ministerial. A série de prisões envolvendo agentes públicos aponta que o controle das contas ainda precisa ser mais aprimorado? 18 Alex Santana de Novais Fernando Gonzaga Jayme Mario de Lacerda Werneck Neto Membro da Comissão Nacional de Direitos Sociais Membro Consultor da Comissão de Coordenação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos Membro da Comissão Nacional de Direito Ambiental Francisco Maia Neto Membro da Comissão Especial de Revisão do Sistema Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil e Membro Consultor da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais Alvaro Alexis Loureiro Junior Membro da Comissão Especial de Defesa dos Credores Públicos (Precatórios) Antonio Marcos Nohmi Ao contrário, muitas das investigações que levaram a estas prisões nasceram no Tribunal, mas, como disse, as prisões não se relacionam diretamente a nosso mister ou competência. A questão é que vivemos em um país em que a corrupção é endêmica, o que exige a união de todas as instituições voltadas ao controle no sentido de debelar este mal. Acima de tudo, o que mais precisamos, todos, Tribunais de Contas, Ministério Público, Polícias Federal, Militares e Civis, é de investimentos para que possamos aprimorar nossas atividades. “ Só nos últimos dois anos, o TCE condenou quase 1.500 gestores ao pagamento de multas por ilegalidades praticadas na gestão” Qual avaliação a senhora faz sobre o estoque processual hoje existente? Durante muitos anos, não tivemos investimentos concentrados na área de tecnologia da informação, o que tornava nosso trabalho 100% manual e nada seletivo. Isso, somado aos 3.332 jurisdicionados que temos que fiscalizar no maior Estado da federação em termos de número de municípios, fez com que, de fato, acumulássemos um enorme passivo processual. Este passivo não só constitui uma dívida com a sociedade como de mobiliza nossos esforços para dar respostas imediatas à demanda pelo controle concomitante de que já falei. Por isso, estamos radicalmente cortando gastos JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO de custeio da Casa para transferirmos investimentos pesados na modernização e racionalização de nossos procedimentos. Como a senhora avalia o projeto “Eleições Limpas” encabeçado pela OAB? Este também é um projeto dos Tribunais de Contas. Sediaremos em Minas uma discussão nacional em torno do papel dos Tribunais de Contas na moralização da política. Em evento programado para setembro serão discutidos e postos para deliberação de juízes eleitorais, promotores e procuradores atuantes na matéria e presidentes de tribunais. Como a senhora vê hoje o papel do advogado na sociedade? O advogado é indispensável para a administração da Justiça. No entanto, conforme interpretação extensiva da Súmula Vinculante n. 5 do STF aplicada aos Tribunais de Contas, tem se entendido que não é necessária a sua atuação no contencioso por nós presidido. Já me manifestei de público no sentido de que, hoje, como conhecedora da complexidade jurídica dos processos que tramitam nesta Corte de Contas e por saber que muitos deles acabam reverberando em ações judiciais, entendo que o contencioso administrativo deve ser, sim, uma tarefa privativa do advogado. Sem ele não é possível alcançar o justo processo legal, ainda que ele precise, em muitos casos, de contratar uma perícia técnica contábil ou de engenharia para pleno exercício do contraditório em favor de seu cliente. Membro da Escola Nacional da Advocacia (ENA) e Membro do Conselho Editorial da OAB Editora Secretário da Comissão Especial de Mediação, Conciliação e Arbitragem Gustavo de Marchi e Silva Presidente da Comissão o Especial de Energia Aroldo Joaquim Camillo Filho Helena Edwirges Santos Delamonica Membro da Comissão Especial de Direito de Infraestrutura Vice-presidente da Comissão Especial da Mulher Advogada Beatriz Souza Costa Igor Mauler Santiago Membro Consultor da Comissão Nacional de Direito Ambiental Membro da Comissão Especial de Direito Tributário Bruno Burgarelli Albergaria Kneipp Inácio Aparecido Souza e Silva Vice-presidente da Comissão Especial de Defesa do Consumidor Membro da Comissão Especial de Direito Desportivo Bruno Reis de Figueiredo João Henrique Café de Souza Novais Presidente da Comissão Especial de Direito Sindical Presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Instalação dos Novos Tribunais Regionais Federais Carlos Mario da Silva Velloso Membro Consultor da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais Ciro Carvalho Miranda Membro Consultor da Comissão Nacional de Advocacia Pública Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares Membro da Comissão Especial de Energia Dalton Caldeira Rocha Membro da Comissão Nacional de Educação Jurídica Dayse Maria Andrade Alencar Membro Consultor da Comissão Especial de Direito de Infraestrutura Fernando Antonio Fagundes Reis Membro da Comissão Especial de Energia Jose Murilo Procopio de Carvalho Presidente da Comissão Especial de Direito Empresarial Mário Lúcio Quintão Soares Mateus Simões de Almeida Membro da Comissão de Coordenação de Direito Educacional Paulo Roberto de Gouvêa Medina Membro da Comissão Especial para Estudo da Atualização do Código de Ética e Disciplina da OAB e Membro da Comissão de Revisão do Sistema de Indicação em Listas Sêxtuplas Raimundo Cândido Junior Membro da Comissão Especial de Estudo do Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil Roberto Soares de Vasconcellos Paes Membro Consultor da Comissão Especial de Direito Desportivo Rodolfo de Lima Gropen Secretário da Comissão de Coordenação de Defesa da Cidadania Tributária e Membro Consultor da Comissão Especial de Direito Tributário Luciano de Araújo Ferraz Rodolfo Viana Pereira Membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais Membro da Comissão Especial de Direito Eleitoral Luis Cláudio da Silva Chaves Rodrigo Otávio Soares Pacheco Membro da Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB Recomenda e presidente do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB Presidente da Comissão Nacional de Apoio aos Advogados em Início de Carreira Márcio Augusto Santiago Stanley Martins Frasão Membro da Comissão Nacional de Sociedades de Advogados Membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos Walter Cândido dos Santos Marco Antonio de Rezende Teixeira Membro do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados Membro Consultor da Comissão Nacional de Relações Institucionais Fernando Antonio Fraga Ferreira Marcos Caldas Martins Chagas Membro da Comissão Especial de Direito de Infraestrutura Membro da Comissão Especial de Mediação, Conciliação e Arbitragem ordem social RECONHECIMENTO Benção O frei Evaldo Xavier e o professor Raimundo Nonato foram recebidos na OAB/MG. Frei Evaldo foi convidado a celebrar benção, dia 12 de agosto, em comemoração ao Dia do Advogado. A secretária-geral da OAB/MG, Helena Delamonica, recebeu da Policia Militar a “Medalha Alferes Tiradentes” das mãos do comandante geral, coronel Márcio Martins Sant’Ana. Institucional Dirigentes da OAB receberam, dia 9 de julho, a visita do presidente e da vice-presidente da subseção de Ubá, Miguel Gasparoni e Vera Lúcia Basletta, respectivamente. Durante a reunião de trabalho, eles discutiram assuntos institucionais e administrativos referentes à subseção, sendo que na ocasião, os diretores da OAB de Ubá aproveitaram a visita a Belo Horizonte e foram até o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para se reunir com o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Audebert Delage Filho, e o juiz-auxiliar Sérgio Xavier. Ponto de expressão No próximo dia 20, será realizado o programa de debates “Ponto de Expressão”, resultado do termo de cooperação entre a OAB e o TCE. O evento acontece no auditório do tribunal. Nele, pretende-se discutir temas de interesse dos advogados que militam perante o TCE. No último dia 10, Flávio Boson Gambogi, presidente da Comissão da Advocacia de Contas, participou da cerimônia de adesão de instituições de ensino ao programa. Trabalho seguro Processo Civil O vice-presidente da OAB/MG, Eliseu Marques recebeu, dia 28 de junho, o desembargador do TRT 3ª Região, Anemar Pereira Amaral; o juiz do trabalho da 8ª Vara da capital, Eduardo Aurélio Pereira Ferri; e o assessor da presidência do TRT, Paulo Haddad. Nos dias 22 e 23 de agosto acontece, no auditório da Ordem, o Seminário “Trabalho Seguro”. Representantes do Instituto dos Advogados estiveram na OAB/MG, discutindo maior proximidade entre as entidades, com objetivo de melhorar os serviços oferecidos à classe. O presidente do IAMG, Luiz Carlos Aranha, convida para o Congresso de Processo Civil que será realizado, em setembro, em Uberaba. 20 JORNAL DO ADVOGADO / OAB–MG / 1ª EDIÇÃO O fortalecimento do papel da mulher na OAB Majoritariamente masculina, a advocacia mineira, agora, está tornando-se definitivamente uma área de atuação feminina. Hoje, dos 83.303 advogados ativos no Estado, 36.274 são mulheres, ou seja, uma expressiva representatividade de 43%. O fato é que está havendo uma superação de esteriótipos cada vez maior do sexo feminino no mercado de trabalho, e as advogadas estão acompanhando esta tendência. Em Minas, prova da importância da mulher está na sua presença em postos estratégicos da OAB. Das 208 subseções existentes, 34 são presididas por mulheres, dos 140 conselheiros, 119 são homens e 21 são mulheres, além de estarem presidindo diversas comissões. Exemplo importante da atuação da mulher é a presença de Helena Delamonica como secretária-geral da OAB/ MG. Essa é a primeira vez na história de 81 anos da seção mineira que uma mulher chefia o posto. “A atual gestão vem valorizando o trabalho da mulher advogada. Não obstante sermos advogadas contribuindo com cerca da metade da receita das anuidades, mas, ainda há um número reduzido de mulheres participando das funções e decisões na nossa entidade de classe”, afirma.