Ciclo
Avaliativo
Processo de observação
Observação
A observação fixa-se numa situação em que se
produzem
comportamentos
com
vista
à
obtenção de dados que possam garantir uma
interpretação dessa mesma situação (Estrela,
1990). Capta os comportamentos no momento
em que eles se geram (Quivy & Campenhoudt,
1998) ou no desenrolar de um conjunto de
acontecimentos – comportamentos, trocas
verbais – que se produzem durante um período
de tempo (Lessard-Hérbert, Goyette & Boutin,
1990), permitindo ao investigador descobrir como
funcionam e acontecem determinados factos
(Flick, 2005).
Ciclo de observação
Pré-observação
Pós-observação
Observação
Tarefas do ciclo de
observação
Pré observação
Observação
- Clima relacional
facilitador
- Discutir as
intenções
estratégias
- Compreender
os fatores
contextuais
- Definir os
objetivos,
estratégias do
observação
…
- Adaptar
comportamento
discreto, não intrusivo,
de observação
- Recolher informação
em função dos objetivos
- Recorrer a diversas
formas de registo da
informação
- Conciliar registos
descritivos com registos
interpretativos
Pós observação
- Promover clima
relacional facilitador
Fornecer feedback
- Descrever,
interpretar,
confrontar e
reconstruir teorias e
práticas
- Encorajar uma
atitude indagatória
face à prática
- Avaliar o ciclo de
observação
Adaptado de Vieira (1993)
Encontro pré-observação
 Preferencialmente
de forma
presencial em último caso via mail
e/ou telefone;
 Disponibilizar-se para eventuais
esclarecimentos
 Mostrar receptividade para ouvir o
outro
 Facilitar o processo
Encontro pré-observação
 Clarificação
da tarefa de ensino (roteiro);
 Definição dos objetivos de observação;
 Antecipação de eventuais problemas de
aprendizagem e outros;
 Explicitação dos descritores dos
parâmetros da dimensão científico
pedagógica da observação de aula. (Ver
Indicadores e anexo I)
Roteiro








Caraterização sumária da turma;
Objetivos /aprendizagens a desenvolver;
Conteúdos a abordar;
Procedimentos/estratégias/atividades a
implementar;
Momentos da aula (introdução, desenvolvimento
e avaliação);
Integração na sequência didática (linha
condutora – tema);
Expectativas;
Outros aspetos relevantes.
(Adaptado de Alves, 2008)
Observação

Focalizar nos comportamentos - intencionalidade

Simplicidade

Flexível / Disponibilidade do observador

Exequibilidade

Descritiva

Coerência entre o objecto e evidência registada

Contextualizada
(qualidade/quantidade)
Observação – Incidentes Críticos Comunicação com base na
evidência

Diferença entre facto
e opinião
Opiniões: discutíveis,
contestáveis, sentidas

Opinião ou Facto?

Está calor – O

Está sempre atrasado
–O

Estão 32° - F

Factos: indiscutíveis,
incontestáveis,
constantes

Facto ou Opinião





A entrevista durou 30min ___
A eficácia da entrevista depende da
capacidade de colocar boas questões
___
A aula está marcada para as 9h ___
Chegou com 10 minutos de atraso às 3
últimas reuniões ___
Chega sempre atrasado __
Observação - Comunicação
com base na evidência
 Evidências
positivas ou negativas:
 Quem?
 Quando?
 Onde?
O
quê?
 Que efeitos?
 Que medidas/iniciativas?
Desconstruir opinião - A
complexidade da observação
Desconstruir opinião - A
complexidade da observação
Desconstruir opinião - A
complexidade da observação
Desconstruir opinião - A
complexidade da observação
Desconstruir opinião - A
complexidade da observação
Possíveis distorções cognitivas - Principais
efeitos a evitar na avaliação do desempenho...

1. Efeito de Halo/Horn – Acontece quando o
avaliador segue um mesmo raciocínio
durante toda a avaliação, seja o de avaliar
de forma positiva (efeito de Halo) ou
negativa (efeito de Horn). Se o avaliado é
bom
em
determinada
tarefa,
automaticamente será bom em todas ou o
contrário.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...



2.a) Tendência Central – É o denominado
famoso “meio termo”. Seja por medo,
insegurança o avaliador atribui notas
medianas, como 5 ou 6, por exemplo, a fim
de não prejudicar as pessoas ou, ainda, ter
que justificar notas muito altas no futuro.
b) Leniência ou brandura – acima do ponto
médio
c) Severidade – abaixo do ponto médio
Principais efeitos a evitar na avaliação do
desempenho...

3. Efeito de Recenticidade - O avaliador usa
apenas a sua memória recente para atribuir
notas aos seus avaliados. Assim, usa apenas
os acontecimentos mais recentes, sejam eles
bons ou menos bons, para avaliar o
desempenho.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...

4. Efeito constante (Complacência/Rigor
excessivo – O avaliador adota o seu próprio
padrão de desempenho. Assim, alguns
avaliadores parecem muito complacentes,
enquanto outros rigorosos demais. Definir
conjuntamente um padrão de desempenho
é essencial para reduzir o efeito das
características pessoais.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...

5. Efeito de "primeira impressão” - Lá diz o
ditado "a primeira impressão é a que fica"?
As pessoas mudam e merecem ser
reconhecidas pelo seu desenvolvimento
profissional.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...

6. Efeito de semelhança (auto-identificação)
- Os avaliadores tendem a avaliar de forma
mais positiva aqueles que possuem os
mesmos interesses, a mesma formação
profissional, ou os mesmos gostos pessoais.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...

7.Efeito de fadiga/rotina - Depois de
preencher a “52º.” ficha, o avaliador não
consegue já distinguir as diferenças entre as
pessoas. É importante que as avaliações não
sejam feitas de forma contínua, a fim de
evitar o cansaço e os erros de avaliação por
causa da fadiga.
Principais efeitos a evitar na avaliação
do desempenho...

8. Efeito de incompreensão do significado
dos critérios de avaliação - Se estes não
estiverem claramente definidos, poderão
ocorrer erros de interpretação e ocasionar
distorções nos resultados.
Principais efeitos a evitar na
avaliação do desempenho...
9
– Erro lógico consiste em avaliar duas
características partindo do pressuposto
que existe uma certa relação entre elas.
Principais efeitos a evitar na
avaliação do desempenho...
 10.
Estereótipo - Atribuir a um indivíduo
todos os traços da categoria “onde foi
incluído”
Outras atitudes que propiciam a
formulação de ideias erradas:





a)Tomamos como verdade o que vem ao
encontro dos nossos desejos;
b) A impaciência leva-nos a conclusões
apressadas;
c) Generalizar sem que o nº de factos o permitam;
d) Influências sociais exteriores à situação em
causa podem condicionar as nossas resoluções;
f) O desejo de estar em harmonia com (todos) os
outros pode enfraquecer as operações de
pensamento reflectido e levar-nos a aceitar
preconceitos alheios e/ou estereótipos
(Alarcão, 1996, p.52)
Trabalho de observação
•
Observar o vídeo e registar em ficha própria as
ocorrências – trabalho individual
•
Em pequeno grupo
Reconstruir a situação observada
Refletir sobre as dificuldades sentidas
•
Apresentar à turma as conclusões
incluindo sugestões/alertas
Durante a observação
Professor deve:
- Apresentar o avaliador aos alunos;
- Explicar o objectivo da sua presença na
sala de aula.
 Avaliador deve:
- Diminuir ao mínimo a perturbação que a
sua presença possa causar na aula.

Observação




Naturalista/descritiva (não interpretativa) ou mista
(com identificação de categorias).
Focalizada no desempenho do docente –
observação orientada e intencional.
Não interferir no contexto da aula – observação
não participante.
Nunca preencher o anexo nem qualquer doc.
durante a observação e não emitir juízos de valor.
Pós-Observação
 Após
a observação da aula o AE deverá
solicitar ao avaliado que elabore uma
autoreflexão, até ao final do dia, que
deverá remeter por mail ao AE,
abordando por exemplo, os seguintes
aspetos: Como se sentiu? Como acha
que correu? Aspetos relevantes…
Encontro pós-observação


Presencial (principalmente entre as 2
observações);
Fazer um breve relatório de autoavaliação reflexivo com base nos
parâmetros nacionais para a avaliação
externa, para cada aula observada,
assinalando
fundamentalmente
os
aspectos:
Assuntos a abordar:
O
que correu bem e porquê;
 aspetos menos conseguidos e possíveis
razões explicativas;
 estratégias a alterar;
 ilações a tirar para o futuro;
 identificação de necessidades e formas
de lhe dar resposta.
(Santos, 2008)
Formalização
 Registo/síntese
do encontro
assinado pelos intervenientes
Tarefa


Identificar os indicadores a utilizar na
especificação dos parâmetros científico
e pedagógico.
Fazer corresponder / indicadores/níveis
de competência aos parâmetros
/domínios
Bibliografia e Legislação Principal
- Alarcão, I. & Roldão, M., (2008). Supervisão. Um Contexto
de desenvolvimento profissional dos professores. Mangualde:
Edições Pedago
- De Ketele, J.& Roegiers, X. (1993). Metodologia da Recolha de
Dados. Lisboa: Instituto Piaget.
- De Ketele, J. (2010). A avaliação do desenvolvimento
profissional dos professores: postura de controlo ou postura de
reconhecimento?. In M. P. Alves & E. A. Machado, O Pólo de
Excelência (pp. 13-31). Porto: Areal Editores.
- Hadji, C. (1994) . Avaliação, Regras do Jogo. Porto: Porto
Editora.
-Reis, P.(2011) Observação de Aulas e Avaliação do
Desempenho Docente. Cadernos do CCAP-2. ME: CCAP.
- Vieira, F. & Moreira, M. (2011) Supervisão e avaliação do
desempenho docente: Para uma abordagem de orientação
transformadora. Cadernos do CCAP-2. ME:CCAP.
- Decreto-lei nº 41/2012, de 21 de fevereiro
- Decreto Regulamentar nº 26/2012, 21 de fevereiro
- Despacho Normativo nº 13981, de 26 de outubro
- Despacho Normativo nº 24/2012, de 26 de outubro
Contactos
 Maria
Manuela Matos
Mail: [email protected]
Telemóvel: 962338983
Instrumentos
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